quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Carta de Tia Neiva - Gregos e Troianos

Salve Deus!
Meus filhos Jaguares, negar a possibilidade de uma revelação divina, feita em diversos tempos e por diversos modos é o mesmo que negar a tradição falada e escrita de todos os povos. Viver a expulsar os pensamentos tentando conservar uma mente científica que, por séculos e séculos, nada fez, senão a pequena parcela nos caminhos dos homens. Sim, filhos, porque à nossa alma sofre a falta de calor místico extra sensorial que repousa no Centro Coronário de nosso Sol interior, nos plexos.

Temos aqui o relato da triste tragédia, naquela noite cheia de chamas, em que Gregos e Troianos destruíram inúmeras vidas, fatos registados pela história, e que as consequências deste desatinos foi conseguir de volta o ódio de muitos que se tornaram obsessores e clamam pela justiça.

A cidade de Traia era governada pelo rei Príamo (Cleones), o qual era casado com a rainha Hécuba (Nilda). Este nobre casal tinha um filho de extraordinária coragem chamado Heitor (Armando) outro de grande e máscula beleza chamado Páris (Silvério) e a bela princesa Policena. Páris foi enviado por Príamo à cidade Grega de Esparta, em missão comercial junto ao rei Menelau (foragido). Quando Páris chegou em Esparta, o rei achava-se ausente. Páris então encontrou-se com a rainha Helena, foragida, considerada na época a mulher mais bela e semelhante à própria Afrodite. Deslumbrado com a beleza e formosura de Helena, Páris raptou a rainha levando-a consigo para Troia.

Furioso com o fato, Menelau convocou uma reunião entre os príncipes e reis de toda à Grécia, declarando guerra aos traidores de Troia. Portanto o rapto da bela Helena provocou a guerra de Troia.

A Confederação Helénica decidiu vingar a escandalosa afronta. Foi designado Agamenon (João do Vale) irmão do rei Menelau como chefe das hostes gregas. Em meio de grande entusiasmo, prepararam as galeras que deviam combater o inimigo e, finalmente, seguiram viagem, até chegarem diante das muralhas de Traia, iniciando-se um terrível sítio que duraria dez anos. Houve violentos combates no mar destacando-se como vitoriosos os seguintes comandantes de galeras: Diomedes (Alexandre), Patrocles (Sebastião José), Aquiles (Mário Kioshi), também príncipe de Ciros, e Trós (Guto).

Em terra também se fizeram grandes combates diante das muralhas da cidade de Troia. Entre os guerreiros destacavam-se Ulisses (Raul), homem astuto e corajoso, rei de Ítaca; Macaon (Ataliba), também príncipe de Acália, que demonstrou grande habilidade na medicina; Podalírio (Mariel), irmão de Macaon, que comandou um terrível contingente de Tessalos; Eurimaco, (Luiz Claudio), e Locride (Sérgio Paulo), filho do rei de Creta. Os troianos, do alto das muralhas de sua cidade, viram surpresos e admirados, que os espartanos construíram um gigantesco animal para, em seguida, se retirarem, com suas armas e bagagens, daquele sítio.

Os troianos tiveram uma noite de festa. Todos os habitantes dançavam e bebiam, festejando entusiasmados o fim da guerra e a posse do enorme cavalo de madeira, troféu que todos os povos invejariam fazendo assim correr a fama de Troia pelo mundo.

Migdon (Michel), famoso rei de uma região da Frigia, que lutava ao lado dos troianos contra os gregos, procurou persuadir o rei Príamo do iminente perigo que representava aquele presente. Contudo, essa noite tão festejada foi a mais trágica que os troianos puderam ver. O massacre começou quando já, bem tarde, os troianos, cansados de dançar, beber, adormeceram. Em meio às sombras, os guerreiros gregos: Deífobo (Luiz da Paixão), Agapeno ( Benedito Gaspar), Neleu (Arivaldo), Istníades (Celso), Menésio (João Joaquim), Ícaro (Devaci), Perileu (Calixto), Aiante (José Dias), Sinon (Edilson), Meriones (Enio), Menestrio (Alecir), Antimaco (Djalma), Turno (Armando), Enéias (José Luiz), Filoctetes (Eduardo), Agaleno (José Vieira), Euquenor (Juarez), Enone (Raimundo Dantaas) e Eurípelo (Vicente), desceram silenciosamente do interior daquele singular presente, espalhando-se pela cidade.

Subitamente, enquanto os troianos dormiam, estes bravos guerreiros iniciaram um terrível massacre. Tochas acesas foram lançadas nas casas, que logo começaram a queimar, e a cidade tornou-se em chamas e gritos de desespero. Logo após, chegaram as frotas comandadas pelo estrategista Epeu (Lourival), que saía vitorioso de uma batalha contra Agenor (Gleidson), próxima às ilhas de Tenedo e Helesponto. Em poucos instantes todo o exército helénico estava dentro da cidade de Troia.

Com ajuda do poderoso Idomeneu (Paulo Guimarães), rei de Greta, a vitória grega foi total. Neoptolemo (Vagner) cruelmente matou o rei Príamo em seu próprio aposento.

O rei Menelau custou a achar Helena, que havia se escondido num local afastado da cidade. Quando a encontrou, pensou primeiramente em matá-la mas, encantado com sua beleza, sentiu renascer aquele velho amor por ela, e levou-a de volta consigo.

Salve Deus!

Com carinho, a Mãe em Cristo,

terça-feira, 22 de outubro de 2013

As Ninfas e Mães em nossa Doutrina




                          AS NINFAS E MÃES EM NOSSA DOUTRINA
Salve Deus!
Sempre se ouviu falar que nossa doutrina é primordialmente comandada por Doutrinadores, lógico que são só homens. Alguns dizem que seu status de machista é uma herança espartana, muito embora , Pai Seta Branca ao afirmar que suas filhas são “rosas”, “ternuras”, tem na verdade , por trás dessas afirmações o cuidado de um pai , preservando suas filhas do trabalho pesado e desgastantes que na verdade é assumir o comando e administração física da doutrina.
Mas se formos analisar e observar o que realmente acontece, vamos observar que as coisas não são bem assim. Nossas Ninfas tem um papel de suma importância em tudo que acontece em nosso meio doutrinário...E ainda mais; elas comandam na verdade, e muito!
A Doutrina nasceu de uma mulher! Tia Neiva afirmou alto em bom tom no radar do templo em um domingo em que o mesmo estava lotado!
-Eu pari o Doutrinador!
-Ele é meu filho!
-E ele me deve a vida!
-Para os mais veteranos vamos fazer um pequeno passeio e viajar um pouco por esse tempo, que nos auxilia, nos conforta, mas também infelizmente, tem a outra faceta, que em nosso meio não nos ajuda, que é apagar a memória de fatos ocorridos em nosso meio , e também outro fato triste entre nós é que nossos registos, nossa história oficial é tremendamente deturpada, deixando os novos componentes sem ter conhecimento das mulheres que fizeram e fazem história em nossa doutrina.
-Neiva Chaves Zelaya.
Nascida em Propriá, Sergipe ele foi além de tudo quanto podemos entender como missionária. Nascida em meio a uma família católica, ficando viúva muito jovem, e uma época em que o preconceito era enorme, foi fotografa, motorista de ónibus e caminhão, primeira motorista profissional do Brasil, de repente de uma hora para outra, começou a ver e ouvir espíritos. Daí para frente, assumiu sua condição mediúnica e formou hoje o que é a Doutrina do Amanhecer.
-Maria Edelves Couto dos Reis.
-Nascida em Parnaíba Piauí funcionária pública federal, veio do Rio de Janeiro transferida para Brasília, um dia resolve procurar a Clarividente e estando a sua frente , Tia Neiva pede a Edelves que para não mais usar o que trazia em sua bolsa, pois ela não precisava daquela espécie de amuleto que ali estava. Entra para doutrina, e a maioria dos trabalhos que foram implantados por Tia Neiva a ninfa sol Edelves fez a abertura.
È consagrada Adjunto Yuricy, o único Orixá mulher em meio a 39 homens consagrados como Adjuntos. É lhe entregue as falanges de Yuricys e Príncipes Maias e por volta da década de oitenta é consagrada Regente de Koatay 108.
-Nair Zelaya .
Participou do nascimento das falanges de Nityamas e Yuricys. Junto ao convívio de Tia Neiva conheceu a essência da doutrina e seus rituais. Na década de oitenta uniu-se ao Trino Ajarã Gilberto Zelaya e começaram sua missão bandeirante, semeando a doutrina em todo território brasileiro, de transcendência dos paços imperiais, é a primeira Aponara, falange missionária criada pelos Trinos Presidentes Triadas e que está ao lado dos Adjuntos Presidentes como companheira na criação e manutenção dos templos do Amanhecer.
-Terezinha Zelaya.
-Esposa e Ninfa do Trino Ypoarã, sua emanação e carinho é tão marcante que pensamos que ela é filha biológica de Neiva Chaves Zelaya. Sua presença no ritual de casamento como Pitonisa faz seu brilho natural transcender nossos pensamentos, comentam que Tia Neiva lhe concedeu posicionamentos e situações espirituais especiais.
-Carmem Lúcia e Vera Lúcia Zelaya.
-Primeira Muruaicy e Primeira Samaritana. Assistiu e participou do nascimento e desenvolvimento de nossa doutrina, ao lado de família , viveu as dificuldades de uma família em busca da afirmação da visão de sua mãe em momentos em que somente a força de uma família poderia dar sustentação para Neiva pudesse continuar sua caminhada para edificação dessa doutrina.
-Gertrudes Zelaya (Study).
Afilha e filha adotiva(oficial) de Neiva Chaves Zelaya, foi segunda Mãe dos quatro filhos de Neiva. Enquanto ela trabalhava Gertrudes ficava tomando conta das crianças. Também foi mãe adotiva de centenas de outras crianças que Tia Neiva albergava em seu orfanato.
Não podemos deixar de mencionar outras Ninfas como D Nilza Hanna Primeira Franciscana, Dinah primeira Dharman-oxinto, Dona Argentina que foi Presidente de templos em Minas Gerais e todas as primeiras de falange, de Socorro esposa do Adjunto Amayr, Dona Zilda esposa do Adjunto Umaryã.
Assim como não podemos deixar de forma alguma de mencionar você Ninfa Lua, companheira, esposa do Adjunto Presidente! Você que um dia acreditou na intuição de seu companheiro dada pelo Ministro dele na formação de um povo. Deixou seus filhos, sua casa e partiu para fundar um outro lar, onde filhos de outras épocas , de outras instâncias se reencontram para o cumprimento dessa jornada missionária . Histórias como a nina de um Presidente no início de sua jornada, quando era somente ela e seu mestre. Com um filho de colo, ao ir para os Tronos o filho era entregue aos pacientes para ser cuidado enquanto estava incorporada. Como ninfas que assisti ao chegar ao templo estava ela, de enxada na mão ajudando seu Mestre a construir a base do templo. Que nas estradas perigosas de nosso pais, ainda hoje, se arrisca para levar a doutrina ao Caboclo ao homem que busca a paz nessa nossa doutrina.
São mulheres, Ninfas que comandam sim , que nos dão a vida nossas companheiras, mães, amigas que não medem nenhum esforço para servir a Jesus o Caminheiro e a esse Pai Seta Branca grandioso...
Não há mais o que dizer a não ser nosso profundo respeito e carinho , desses seus companheiros, filhos e amigos...
Feliz dia das Mães..
Adjunto Adelano
Gilmar
Maio/2013

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Homenagem aos nossos queridos Pretos Velhos


                           Homenagem aos nossos queridos Pretos Velhos.

Conta a história todo o sofrimento desse povo na época da escravidão, quando eram tratados como animais por serem separados de suas famílias e açoitados pelos senhores de engenho, verdadeiros algozes. Hoje passado muito tempo, trazem às nossas casas espíritas ensinamentos de amor, caridade, paciência, perseverança e gratidão.

Mas como aplicar seus ensinamentos nos dias atuais, no nosso dia a dia, no nosso meio familiar, no nosso meio profissional? O importante mesmo é não nos deixarmos sucumbir diante dos espinhos e das surpresas desagradáveis do quotidiano, é estarmos na vida com sabedoria, com inteligência e com gratidão.

A prece é uma forma de nos ligarmos ao Universo, a Deus pois somos agraciados nesses momentos de oração, aos medicamentos necessários à cura de nossas feridas e chagas da alma. Estarmos atentos contra a maledicência e o orgulho, erva daninha que quando regada, tem a capacidade de destruir a vida de um homem, também faz parte dos ensinamentos do Cristo e dos nossos queridos Pretos-Velhos.

O perdão também faz parte da alegria daquele que perdoa muito mais do que aquele que é perdoado, pois traz em seu âmago a semente da paz e da tranquilidade de alma, afinal de contas, ninguém passa pela vida sem ter que ser perdoado por alguém não é verdade?

Por esse motivo o entendimento, a compreensão, a solidariedade, a fraternidade e o amor incondicional se faz urgente na vida do ser humano. Se não conseguirmos exercitar, praticar todos esses ensinamentos de uma só vez, tenhamos boa vontade em fazê-lo no decorrer de nossas vidas, dia após dia e no final, teremos feito muito por nós e pelo nosso próximo.

Sábio não significa ser aquele que possui inúmeros diplomas universitários para ostentar aos outros, sábio é aquele que tem pureza de coração e consegue compartilhar o seu melhor com todos de forma incondicional, porque quanto mais eu faço pelo meu próximo, independente da minha vontade, eu sempre irei receber da mesma forma que eu doar.

Pensem nisso e que a sabedoria do Preto Velho, possa fazer parte de suas vidas, acalentando os vossos corações e almas.



Usa a ti mesmo como lâmpada, acende a tua luz! (Buda)

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Carta de Tia Neiva


                                                                     Foto de Tia Neiva
                                           
                                             CARTA DE TIA NEIVA:
         PALAVRAS QUE ME SEGURAM E SE RENOVAM SEMPRE
Certa vez dois grandes sábios e seguidores de Cristo partiram em uma peregrinação, chegando a uma pequena cidade, onde um povo cristão, feliz, os acolheu com carinho. Mas era grande a necessidade daquele povo, em que Jesus colocara, também, forças desiguais. Os sábios mestres sentiram aquela grande necessidade mas, também, um toque de vaidade por se sentirem tão úteis àquele povo. Então, se perguntaram: Curar ou doutrinar aquela gente? Sim, curar, induzindo-lhes ao trabalho, pois todo aquele que se eleva no trabalho, gradualmente vai recebendo sua lição, a verdadeira lição com o amor extraído do palpitar de sua mente e de seu coração, e não a lição da teoria, mesmo que de velhos sábios, pois a lição de um sábio, ontem, pode ser hoje superada por uma magnífica manifestação de um discípulo. O sábio mais velho partiu. O outro, não resistindo à sua vaidade, ficou e foi ensinar. Formou sua academia, limitando aquele povo aos seus conhecimentos. Enquanto isso, o que partiu jogou-se à prática, escrevendo, traduzindo, acumulando tudo o que via, e não teve tempo de aproveitar sua linguagem pois, de certa forma, era projetado e sempre superado por tudo que aprendia dos seus discípulos. Por fim, já de volta, encontram-se os velhos sábios, e recebem a mais ardente das lições: o encontro com a Caridade! Aprender trabalhando e não ter a pretensão de saber. A dor é o espinho no coração do Homem. Após extraída, permite que desabrochem conhecimentos transcendentais de que nenhum mestre é capaz de transmitir.” (Tia Neiva, s/d)

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

O Africanismo no Vale do Amanhecer


Há milénios, um grupo de Grandes Iniciados se reuniu, na África, formando um centro emissor de luz, de energias fantásticas, que eram emitidas para diversos pontos da Terra – o Oráculo de Ariano, que significa Raízes do Céu. Mas a vaidade tomou conta deles, e os sacerdotes se acharam tão evoluídos e poderosos que foram se afastando de Deus.
Com a decadência, a Raiz que alimentava aquele povo foi recolhida pela Espiritualidade Maior. Tendo sido recolhida a chave mestra, uma porta foi fechada e outra velada. Isso quer dizer que restou apenas uma esperança, já que uma porta velada pela Espiritualidade jamais será reaberta.
As forças manipuladas pelos sacerdotes já não eram originárias daquela Raiz, e isso gerou o feiticismo, grande perigo do saber demais sem a assistência da Espiritualidade Maior.
As grandes luminosidades foram veladas, a porta se fechou, e todo aquele antigo esplendor se perdeu, passando eles a manipular forças nativas neutras em simples correntes magnéticas.
Surgiram, então, grandes linhas religiosas como o Candomblé, a Umbanda e o feiticismo, com manipulação de forças das Trevas, em seitas distantes da estrada do Amor, com incorporações e manipulações de energias usadas indistintamente para o Bem e para o Mal, misturadas, que até hoje causam o quadro de dores e sofrimentos nos espíritos reencarnados na África.
Naquela época, os Grandes Iniciados retiraram toda aquela poderosa energia, e um Iniciado, chamado Cisman de Ireshin, presidiu toda aquela eclosão e formou um Oráculo, isolando-o dos homens mergulhados no fanatismo, nos fetiches e nas macumbas.
Fechada aquela Luminosidade na África, os homens ficaram entregues a si mesmos. Destruições, dores, ruínas, violência, e os povos africanos passaram a sofrer as grandes conquistas dos europeus, passando dolorosos períodos da mais torpe colonização. A todo esse drama, acrescentou-se, no cumprimento do pesado carma, a captura de africanos para serem vendidos como escravos no Novo Mundo, a América.
Para o Brasil, vieram, na maioria, Sudaneses e Bantos, portando suas doutrinas e sendo obrigados, pela força da Igreja Católica Romana, que dominava Portugal e suas colónias, a fazerem o que se chamou o sincretismo religioso, misturando práticas africanas com rituais católicos.
Isso causou dispersão dos princípios do Africanismo, pois, misturando-se em camadas mais pobres e sem cultura, nasceram numerosas seitas e derivações deturpadas das raízes africanas.
A grande missão, todavia, estava com espíritos – os Enoques – que pertenciam à nação Nagô.
Aqui queremos ressaltar a grande diferença entre o Espiritismo e a Doutrina do Amanhecer. Enquanto para o Kardecismo o Africanismo significa apenas a mistura das linhas e das seitas de origem africana, não acatando a figura do Preto Velho, para nós, Jaguares, Africanismo representa a origem de uma de nossas grandes linhas, e os Pretos Velhos são roupagens dos Grandes Espíritos que, na simplicidade e no amor, nos ajudam em nossos trabalhos e em nossas vidas, ensinando, curando e amparando todos que se entregam, com dedicação, à Lei do Auxílio.
Nossos queridos Pretos Velhos são, essencialmente, AMOR! Obedecendo ao Plano Espiritual, aqueles espíritos de Jaguares – agora Enoques e Nagôs – que já tinham sido Equitumans e Tumuchys, foram trazidos para o Brasil, a fim de que, com a escravidão, pudessem enfrentar uma Grande Prova para resgatar seus atos transcendentais, vivendo e sofrendo a ação opressora de muitos outros Jaguares – Senhores de Engenho, Nobres e Sinhazinhas.
Para os espíritos missionários, endividados, orgulhosos e perdidos em descaminhos da consciência, a escravidão tinha o mais profundo sentido iniciático: não podendo impor as exigências do corpo físico e de sua alma, o escravo era obrigado a ceder às exigências do espírito, matando ou eliminando sua personalidade para dar vazão à sua individualidade.
Nesse período de escravatura, de mais de trezentos anos, um grupo de escravos lançou as bases da etapa final da Escola do Caminho, criando as raízes da religiosidade brasileira com base no Africanismo, em busca das condições que permitiriam a reabertura da porta fechada, do Oráculo de Ariano.
Desse grupo destacam-se dois espíritos de elevada hierarquia, Pai João e Pai Zé Pedro – a Lei e a Alta Magia -, missionários que tiveram duas reencarnações no período colonial brasileiro, liderando aqueles espíritos que, no Angical (*) e na Cachoeira dos Jaguares, viveriam o princípio dessa força luminosa – a Corrente do Astral Africano no Brasil, que hoje tanto nos assiste em nossa Doutrina.
O médium de incorporação, que sempre existiu sob uma força nativa, recebeu, dentro do Africanismo, uma nova forma: sua força, com a consagração de Nossa Senhora Apará – Nossa Senhora da Conceição – teve a transformação para uma força crística extraordinária, agindo em seu plexo iniciado, com muito maior responsabilidade por ser instrumento da Voz Direta.
Koatay 108, em sua missão de unificar as bases energéticas para formar a Raiz do Amanhecer, puxou a energia dos Pretos Velhos, reuniu os Aparás(*) e fez o Doutrinador(*), coroando de êxito tudo o quanto nos foi legado pelo Africanismo.
Segundo Tia Neiva, “era um sacerdócio poderoso, onde o Homem se concentrava, salientando felicidade, moderação e equilíbrio perante os momentos menos felizes dos outros. Hoje nós somos os espíritos luminosos no meio desta confusão, como o foram os Nagôs e os Enoques, que trouxeram essa força para o Brasil. Hoje, nós estamos vivendo o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. Vimos, até agora, como houve esta grande explosão, como se fechou esta fase da força do Céu e da Terra e como esta Luz foi transportada para cá, parcialmente, o que permitiu o nascimento do Doutrinador e do Apará.”
E a Doutrina do Amanhecer, dentro de seu dinamismo, tem muitos aspetos interessantes, porque nos ensinam o fantástico leque de forças de que dispomos, como, por exemplo, a ação na Cura dessa grandeza que nos chegou da África, explicada por Tia Neiva: “quando o Anjo Ismael decidiu que o Brasil seria a Pátria do Evangelho, vendo a chegada do Africanismo, convocou os cientistas alemães, promovendo sua sublimação e proibindo o curandeirismo. Estabeleceu-se que os médicos de curas desobsessivas baixariam nos aparelhos mediúnicos, enquanto os médicos de curas físicas terrestres atuariam nos médicos profissionais encarnados na Terra.”


A Cabala a que deram o nome de Ariano, que quer dizer Raízes do Céu. Desconhecida, com a volta, em 1700, de Pai Zé Pedro e Pai João, perdeu o seu real significado, agora chamada LINHA MATER. Desde a chegada de Cisman de Ireshin, quando tudo foi ocultado, somente as raças africanas, por seus sacerdotes, guardaram sua origem e seus valores, até que se formou a grande BARREIRA para individualizar o Apará na força de Olorum e o Doutrinador na força de Tapir, força predominante no Reino Central. (…) Temos que patentear os conceitos africanos porque, para seguir as Linhas honestamente, é preciso conhecer, fundamentalmente, as Linhas da Ciência do Amanhecer.” (Tia Neiva, 7.9.77)

terça-feira, 15 de outubro de 2013

A filosofia basica do Vale do Amanhecer

Filosofia básica do Vale do Amanhecer


A ideia mais simples e mais de acordo com a realidade que se pode ter do Vale do Amanhecer, é a de que se trata de um grupo humano, de pessoas comuns, as quais, mercê de suas dores e da busca de um lenitivo para elas, decidiram trabalhar para si e para seu próximo, baseadas nas exortações do Mestre Jesus, resumidas numa série de conceitos sob o título de “Doutrina do Amanhecer”, que é também chamada de “O Evangelho do Vale do Amanhecer”.
Para que não haja a mínima dúvida quanto a essa Doutrina, os ensinamentos do Mestre são colocados de forma acessível a qualquer mente, independente de cultura intelectual ou escolaridade.
A Doutrina do Amanhecer resume-se em três propostas básicas de Jesus: o amor, a tolerância e a humildade. Com essas três posições, é possível a qualquer ser humano reformular sua existência, adquirir visão mais ampla da vida e equacionar seus problemas desta Terra.
Alicerçada neste triângulo, a Escola do Caminho, do Mestre Jesus, permite compreender e analisar tudo que se passa em nosso mundo, e abrir caminho para as soluções da vida. A primeira resultante dessa filosofia básica é que a verdade só é percebida individualmente, por cada pessoa. Logo, o mundo não é como é, mas, sim, como cada pessoa o vê.
Essa posição é diametralmente oposta aos conceitos vigentes nas bases da fase atual de nossa civilização, cuja posição é a de que o mundo é como é e não como nós o vemos.
Por essas duas maneiras de ver, pode-se conceituar as coisas e as pessoas. No primeiro caso, o mundo e o universo estão de acordo com o dimensionamento da consciência do observador, e ele está em paz com o quê o cerca.
No segundo caso, o homem vive em angústia, porque não tem certeza de nada que o cerca e vive em desacordo com a realidade, porque supõe que o mundo é algo diferente daquilo que regista. Nessa posição, o Homem é inteiramente dependente do que lhe é dito e ensinado. Logo, ele não tem individualidade, sendo, apenas, uma parte do coletivo. Na sua mente predomina a personalidade padronizada.
Para que essa posição crística possa ser entendida, sem restar margem a dúvidas, o Vale ensina que o ser humano, o Homem, toma suas decisões com base nos estímulos, que partem de três diferentes fontes, existentes em si mesmo: a física, a psicológica e a espiritual.
Resumindo: o Homem é composto de corpo, alma e espírito, separando objetivamente a ideia de alma (psique) da ideia de espírito.
Tais conceitos podem ser encontrados mais detalhadamente nos livros publicados sob a responsabilidade da Ordem Espiritualista Cristã, entidade jurídica que rege o Vale do Amanhecer, particularmente “No Limiar do Terceiro Milénio” e “Instruções Práticas Para os Médiuns”, sendo este último publicado em fascículos.

domingo, 13 de outubro de 2013

O que nos falta?



                                                 O QUE NOS FALTA

Salve Deus!

Nas palestras do Primeiro Mestre Sol Trino Tumuchy ele sempre ressaltava a fidalguia dessa corrente, do quanto nossa linhagem espiritual era diferenciada e nossos ancestrais sempre estiveram em situações decisivas nesse planeta.
É certo que temos uma transcendência espartana que ainda hoje muitos de nossos irmãos bradam em alto e bom som, orgulhando-se disso. Essa condição espartana deve ser encarada da luta e da vontade de vencer as dificuldades quer permeiam nossa existência. Já no que refere a segregação social,o ódio,e o desejo de conquistar sem importar o preço que possa custar deve ser deixado de lado.
Voltando a nós hoje como missionários, algumas de nossas piores falhas ainda continuam a nos incomodar.
Ao entrar para a doutrina do Amanhecer em todas as aulas, desde o primeiro dia, que é a palestra dominical ouve-se sobre tolerância ,humildade e amor. Então o médium abre mão de seu lazer, ausenta-se de sua família para desenvolver sua mediunidade e tentar apagar essas falhas adquiridas pelas personalidades já vividas em várias encarnações
Depois de uma longa caminhada ele é um Mestre/Ninfa com todas as patentes e pronto para ajudar seu próximo, seja ele encarnado ou não. Ele não se vigia e acontece dos inúmeros Gregorinhos existentes na doutrina(Termo que Tia Neiva utilizava para médium critiqueiro) e começa a contaminar aquele médium que até então encontrava-se com sua alma pura e vem os tristes quadros.
-Começa a denegrir a imagem de seu irmão!
-Vai contra sua origem espiritual(seu adjunto)
-Atrás de consagrações e classificações ,como se fosse uma batalha sangrenta, lança mão de artifícios deploráveis para conquista-los.
Se um Mestre já não lhe agrada, logo ele procura outro e já se colocando contra aquele que antes era seu amigo...
A Doutrina do Amanhecer não tem vestibular para santo e nem deseja que a postulação de seus mestres sejam dessa forma. Mas nossos Mentores lutam incessantemente para que nós nos tornemos mais tratáveis, mais gente. Adianta alguém pedir perdão a um sofredor, se ele não se perdoa ou tão pouco perdoa seu irmão!
Precisamos estar atentos a que a doutrina realmente nos ensina, e não condicionar a consciência para aceitar aquilo que é lhe convém e que não é licito.
Um dia em um local chamado anfiteatro, será cobrado cada palavra cada atitude feita e principalmente aquela que deixou de ser realizada ou feita.
Então com todas as classificações e ensinamentos que tivemos o que nos falta?
Adjunto Adelano
Teresina - outubro 2013