quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Anjos e Santos Espiritos


Os ANJOS e os SANTOS ESPÍRITOS são entidades de alta hierarquia, Raios de Olorum (*), que atuam nos diversos Sandays, projetando suas forças em conjunto com as das Estrelas, realizando grandes fenômenos de cura, de desobsessão e, especialmente, as aparições e materializações que objetivam conduzir as atenções da humanidade, mergulhada na violência e no materialismo, para as coisas de Deus.
O vocábulo grego anggelos, que foi traduzido como anjo, em nosso idioma, tem o significado original de "mensageiro".
Existem, através da História da Humanidade, momentos críticos para a Terra, em função da violência e descaminho dos Homens, que proporcionaram as aparições de Anjos e Santos Espíritos, abafadas pela Igreja Católica de Roma, que as denominou como aparições da Virgem Maria (quando com aspectos humanos) ou do Espírito Santo (quando apenas uma forma luminosa), uma vez que não podia esconder as evidências.
Há, também, importante passagem histórica relatada por muitas fontes, em que acontece a rebelião de um grupo de anjos, que originam os demônios (*).
Em Mateus (I, 19 a 24), temos José pensando em deixar Maria, após saber que ela estava grávida: “Então José, seu marido, como era justo e a não queria infamar, intentou deixá-la secretamente. E projetando ele isto, eis que em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo, e dará à luz um filho e chamarás o seu nome Jesus, porque ele salvará seu povo dos seus pecados. Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor pelo profeta, que disse: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e chamá-lo-ão pelo nome de Emanuel, que, traduzido, é: Deus conosco. E José, despertando do sono, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua mulher; e não a conheceu até que deu à luz seu filho, o primogênito; e pôs-lhe por nome Jesus.”
Com a ameaça de Herodes, torna o anjo a orientar José:
MATEUS – 2, 13 e 19-21: “E tendo os Magos se retirado, eis que o anjo do Senhor apareceu a José, dizendo: Levanta-te, toma o menino e sua mãe, e foge para o Egito, e demora-te lá até que eu te diga; porque Herodes há de procurar o menino para o matar.(...) Morto porém Herodes, eis que o anjo do Senhor apareceu a José no Egito, dizendo: Levanta-te, toma o menino e sua mãe, e vai para a terra de Israel, porque ali já estão mortos os que procuravam a morte do menino. Então, ele se levantou, e tomou o menino e sua mãe, e foi para a terra de Israel.”
O Evangelista registra:
MATEUS – 4, 1-11: A seguir, foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. E, depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome. Então, o tentador, aproximando-se, lhe disse: “Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães!” Jesus, porém, respondeu: “Está escrito: não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus!” Então o diabo o levou à cidade santa, colocou-o sobre o pináculo do templo, e lhe disse: “Se és Filho de Deus, atira-te abaixo, porque está escrito: aos seus anjos ordenará a teu respeito que te guardem; e eles te sustentarão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra!” Respondeu-lhe Jesus: “Também está escrito: não tentarás o Senhor teu Deus!” Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles, e lhe disse: “Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares.” Então, Jesus lhe ordenou: “Retira-te, Satanás, porque está escrito: ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele darás culto!” Com isto, deixou o diabo, e eis que vieram anjos, e O serviam.
Quando Judas levou a multidão para prender Jesus, um dos apóstolos sacou a espada e cortou a orelha de um servo do sumo sacerdote, sendo contido por Jesus:
MATEUS – 26, 52-53: “Então Jesus disse-lhe: Mete no seu lugar a tua espada porque todos os que lançarem mão da espada, à espada morrerão! Ou pensas tu que eu não poderia agora orar a meu Pai, e que Ele não me daria mais de doze legiões de anjos?”
E, finalmente:
MATEUS – 28, 1-7: “No fim do sábado, quando já despontava o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro. E eis que houvera um grande terremoto, porque um anjo do Senhor, descendo do Céu, chegou, removendo a pedra, e sentou-se sobre ela. E o seu aspecto era como um relâmpago, e o seu vestido branco como a neve. E os guardas, com medo dele, ficaram assombrados e como mortos. O anjo disse às mulheres: Não tenhais medo, pois eu sei que buscais a Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui, porque já ressuscitou, como havia dito. Vinde, vede o lugar onde o Senhor jazia! Ide, pois, imediatamente, e dizei aos seus discípulos que Ele já ressuscitou dentre os mortos. E eis que Ele vai adiante de vós para a Galiléia; ali O vereis. Eis que eu vo-lo tenho dito.”
Vemos, pois, a intensa atividade dos anjos como mensageiros celestiais e mesmo como guerreiros da Luz. Periodicamente esses espíritos se apresentam na Terra, em materializações que visam chamar a atenção dos Homens e despertar suas consciências para as mensagens que trazem.
Na vidência, o médium vê uma figura que ele julga ser alada, com um par de asas, mas que, na realidade, se apresenta com um imenso fluxo de energia que flui dos chakras (*) umerais, dando a idéia de asas.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Perispírito


Cada espírito tem características, objetivos, tendências e preferências que são somente seus, e para retornar ao TODO DIVINO necessita apagar sua individualidade, isto é, desindividualizar-se, o que lhe é propiciado pelas encarnações, em sua adaptação ao corpo físico, cujas manifestações se fazem pelo processo sensorial de estímulo-resposta, chamado alma.
No macroplexo ou plexo etérico, o espírito atua no Homem, sobre a alma e através dela.
Como não podemos conhecer o espírito em sua essência, ele se reveste de energias que o tornam perceptível e cognoscível, tomando forma, embora não percebida por nossos sentidos, formando organismo homogêneo, uma película subcutânea, que desempenha todas as funções da vida psíquica ou da vida fora do corpo, com sensibilidade extrasensorial, à qual denominamos perispírito.
O perispírito é a sede da alma e carrega todas as funções psicossomáticas do ser humano, só que com uma vibração muito mais ampla, e molda todas as características da individualidade do Homem. Arquiva os pensamentos produzidos, preparando-os para se tornarem realidade conforme a intensidade de sua estruturação, e também arquiva as experiências vivenciadas, que alteram o modo de vida da pessoa.
Embora o perispírito registre todas as nossas ações, não influencia o sistema nervoso.
Quando se dá a concepção, aquele espírito que vai reencarnar inicia seu sono cultural, fase de desassimilação, onde toda a memória se apaga, e que se prolonga até o feto completar três meses, quando ele vai despertando à medida em que aperfeiçoa seus sentidos terrenos. É colocado em torno do corpo, sob a pele, razão pela qual é denominado perispírito, revestindo-se da mesma substância da alma, dela se diferenciando por ter uma herança transcendental, enquanto a alma tem, apenas, a herança de uma encarnação.
O espírito se prende ao corpo físico pela fagulha divina. A criança nasce e dá expansão aos seus sistemas sensoriais e começa a acumular informações, alimentando seu corpo e sua alma com a manipulação das forças telúricas. Traz toda a experiência e os mecanismos de defesa necessários à vida terrestre.
Com seu corpo preparado pela codificação genética impressa em seu perispírito - sua herança biológica – que lhe proporciona vacilações e conflitos originados por seus erros e má conduta em suas vidas passadas, o Homem inicia sua jornada, submetendo-se às leis da Terra, sob ação das forças do mundo psicofísico, e onde irá encontrar cobradores em seu redor, especialmente em seu próprio lar, e as dificuldades que fazem parte de suas provações aceitas no seu plano reencarnatório. Em sua mente e na sua consciência começarão a agir variadas forças, produzindo fenômenos de vibrações eletroquímicas que interagem com seus neurônios, provocando suas reações que irão refletir sua condição moral, afetiva e espiritual diante do seu carma. Recebe energias de suas origens, que só serão identificadas a partir do despertar de seu “Eu” (*) para a conscientização de seu espírito e efetivo resgate de seus erros do passado.
Assim, o Homem, liberto de suas formas animais, conquista sua autonomia, mas está contido por suas responsabilidades morais, por seus deveres e obrigações consigo mesmo e com a sociedade em que vive. Nasce, cresce, muda de um lugar para outro, faz amizades, vive paixões, chora, ri, ama, faz o bem ou o mal, resgata ou contrai dívidas transcendentais, agindo e reagindo dentro do livre arbítrio, de acordo com sua consciência e seus conhecimentos. Em seus encontros e desencontros, desde os atos mais simples aos mais importantes, está envolvido um complexo mecanismo que se modifica a cada momento, pela decisão que toma aquela pessoa. Se a decisão é correta, em harmonia com o planejado em seu plano reencarnatório, o resultado é bom, causando bem estar e conforto espiritual e mental; mas, se a decisão é errada, o Homem sofre angústias, tormentos e dores, experiências registradas no perispírito.
O espírito rompe o neutrom (*), indo buscar energia em seu plano evolutivo para se alimentar e, assim, também alimentar o Homem, embora sofra as influências da alma e do corpo. A maneira como ele recebe as decisões da alma é que determinam seu bom ou mau aproveitamento da situação de encarnado.
Aprisionado no perispírito, dentro da Lei de Causa e Efeito - o carma -, o espírito se evolui através de incontáveis testes e provas.
Após o desencarne, a alma e o perispírito formam o corpo astral.
(Veja: Plexos, Espírito, Reencarne)

  • Na vida absoluta do espaço existem todas as formas que consistem o organismo humano, mas nem sempre se põem em ação.
Porém, pela harmonia da corrente magnética do perispírito que, mesmo seguro ao sistema nervoso do corpo, emite a alma e se põe em movimento, se atrai e se comunica.
No envolvimento da alma a outra se faz o perigo da volta. Sim, se esta não estivesse presa ao magnético vital nervoso do corpo.
Este mesmo processo encontramos na manifestação de uma alma a outra ou baixando sobre outro corpo que não o seu, porém que emite carga magnética e faz harmonia, quebrando as barreiras do neutrom.
Existem muitas formas de manifestação dessas almas ou reencontros em planos diferentes, ou manifestação com diferentes magnéticos.
Analisando a filosofia do perispírito, levando em consideração o seu centro de força, temos a saber que este é o mais poderoso, o mais importante do corpo, tanto no invólucro terrestre quanto no invólucro astral.
O perispírito está sempre presente e não se inflama, não é tocado pelos desejos do corpo como o é o centro nervoso da carne.
Os hindus consideram o perispírito “rosário de pétalas”, por ser o mais significativo em razão de suas células.” (Tia Neiva, s/d)

  • E falamos na manifestação dos espíritos.
Falamos, falamos dos desencarnados e de suas manifestações, porque é pela corrente magnética que o perispírito se comunica com a alma.
Muitas vezes eu, neste plano, me assombro com certas manifestações, suas expansões junto à matéria, isto é, atingindo o sistema nervoso, na normalidade do todo emocional vibracional do Homem, em matéria e perispírito.
Um grande ódio do sexo oposto traz terrível desajuste nos dois planos, principalmente em quem o projeta.
No Homem se acentua uma complexidade de coisas, efeitos incomparáveis.
Porém, o mais terrível de todos é a vibração de pessoas irrealizadas. O fato é que existem muitos outros caminhos.
Quanto mais elevado o padrão do Homem nestes carreiros terrestres, mais originais e perfeitas vão se tornando as suas aberturas, que atingem os reinos de toda natureza.
Tudo isso contribuindo para o aperfeiçoamento da memória, da percepção.
Instintos que vão se adaptando às irradiações do extrasensorial, na cota extra da Humanidade, digo, em todas as partes de todos os reinos da Natureza!” (Tia Neiva, s/d)

  • Sabemos que o perispírito retém, guarda, conserva a modalidade adquirida durante a vida corpórea do ser.
Cada indivíduo imprime certa modificação à sua aura de conformidade, também, com suas necessidades, de como ou onde vai reencarnar.
Vem, então, dotado de sua força psíquica, quer em um quer noutro caso de reencarnação ou volta da alma à vida corpórea.
A força psíquica, quando chega a ser espírito humano - a alma -, tem necessariamente gravada no perispírito todas as qualidades distintas e caracterizadas, que são as condições absolutamente indispensáveis à manutenção da vida para cada um: mais timidez, mais audácia, tudo de conformidade à sua missão na Terra, porque a alma humana é o produto da evolução da força através do reino de sua natureza.
O mundo é um hospital, onde a cura é a própria desobsessão, porque a energia extra-etérica é átomo que se revela na aura.
Cada indivíduo concorre para o caráter do seu grupo, que se compõe de diversos graus, desde a variedade até a espécie.
Apesar dos milhares de espíritos, tudo gera, se afina, na individualidade.
Nascer, morrer, reencarnar... Progredir sempre, na sensação de fenômenos diversos, físicos, abalos fisiológicos, a comoção nervosa, a sua transformação no cérebro, o efeito, a reação orgânica de atração ou repulsa de emoções.
Temos, assim, o conhecimento fisiológico denominado consciência, que se estabelece entre o eu e o não-eu.. Cada indivíduo é um cenário diferente, porque age na individualidade. (...)
A sede do amor está na alma.
Cada criatura recebe de acordo com o que merece.
No campo cerebral do corpo espiritual é que os conhecimentos se imprimem, em linhas fosforescentes.”
(Tia Neiva, s/d)

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Os Hebreus


Deixando a Egea, os Hebreus de deslocaram, cerca de 2000 AC, para a Palestina e depois para o ocidente, indo para o Egito, onde foram aprisionados e mantidos como escravos até o século XIII AC, quando Moisés, revoltando-se contra a degeneração dos sacerdotes egípcios, entre os quais fora educado como um príncipe, conseguiu a libertação das tribos e seguiu para a Terra Prometida
Moisés foi o líder que deu às antigas religiões dos Hebreus uma unificação sólida – o Judaísmo. Iniciado na linha egípcia, Moisés era um espírito elevado e receptivo das forças cósmicas, e teria recebido no monte Sinai as Tábuas da Lei, com os dez mandamentos que se tornaram alicerces da Lei Mosaica, que denominamos a Velha Estrada, porque obedecia, ainda, a velha lei do “olho por olho, dente por dente”, excluindo o amor, a caridade e a misericórdia. 
Moisés definiu que o único deus das 12 tribos hebraicas seria Jeová, instituindo uma monolatria a ser seguida pelos “filhos de Israel”, componentes dessas tribos, que passaram a se denominar “judeus”. Surgiu a Arca da Aliança, considerada o trono de Jeová, que era uma caixa de acácia, com 1,25 m de comprimento e 0,75 m de largura e altura, revestida em ouro, coberta com uma tampa de ouro que sustentava dois querubins.
Em seu interior havia um instrumento intergaláctico, junto ao qual Moisés depositou as Tábuas da Lei, e se tornou um grande mistério, além de ser considerado objeto sagrado, que não podia ser violado e nem ser tocada, e, por isso, era conduzida, quando necessário, sobre varais. Era portadora do poder de Deus, e ficava isolada em uma tenda, só podendo ser manipulada sua força pelo sumo sacerdote. 
Com a partida de Moisés e suas 12 tribos do Egito, tem início a grande raiz hebraica, que concentrou a linha principal do Sistema Crístico, fazendo a confluência de linhas para a Palestina, preparando a chegada de Jesus.
Essa linha segue através das eras como relatado nos livros que compõem a Bíblia, especialmente no Velho Testamento. Em torno de 1200 anos AC se completa a conquista da Palestina, a Terra Santa proclamada por Moisés, e se inicia nova fase para aquele povo, que deixa sua natureza nômade e se estabelece com atividades sedentárias agrícolas e pastoris.  
As idéias sobre Jeová se adaptaram, e o centro do judaísmo passou a ser Jerusalém. Ao mesmo tempo, as tribos ainda não unificadas integralmente em torno de Jeová cultuavam outros deuses. Agricultores adeptos do baalismo, faziam cultos a diversos deuses agrícolas. Salomão, no século X AC, fez um dos mais brilhantes governos do povo judeu e construiu um imponente templo onde foi guardada a Arca da Aliança, num local velado, denominado “Santo dos Santos”.
Do magnífico Templo de Salomão existe, hoje, apenas uma ruína que é conhecida como o Muro das Lamentações, local sagrado para os judeus. Quando Salomão morreu, os hebreus se dividiram em dois grupos: Israel, ao Norte, e Judéia, ao Sul.

Em 722 AC, as dez tribos que compunham Israel foram destruídas pelos assírios e, embora constantemente atacada, a Judéia, incluindo as tribos de Judá e Benjamim, conseguiram manter a linha dos hebreus.
Em 586 AC, os hebreus tinham sido expulsos de Jerusalém, caída em poder dos babilônios, e surgiram os grandes profetas, que reformularam a religião hebraica, dando-lhe caráter monoteísta e combatendo os sacrifícios de animais, alegando que o sacrifício verdadeiro deveria ser manter um espírito obediente e um coração contrito.
Em 538 AC, Ciro, o grande rei persa, tomou Jerusalém e a devolveu aos judeus, que já tinham evoluído em sua visão de Jeová, que passou de Deus de Israel para ser o Criador, Deus de toda a Humanidade, e foi abolido o politeísmo. Pelos profetas, firmou-se a idéia da chegada de um Messias salvador que iria restaurar a nação judaica, bem como da ressurreição geral no dia do Juízo Final.
No século IV AC, Alexandre Magno estabeleceu um século e meio de domínio da linha Grega sobre Israel, influenciando muito o povo hebreu. Em 168 AC, Judas Macabeu iniciou revolução que, em 141 AC, estabeleceu um Estado judeu independente, que se manteve até 63 AC, ano em que os romanos, liderados por Pompeu, conquistaram aquelas regiões do Oriente. A língua hebraica tinha uso muito restrito, praticamente usada em orações e rituais, sendo popular o aramaico – usado por Jesus e seus discípulos – e o grego, falado pelos mais instruídos.
Quando, em 70 AC, os romanos destruíram Jerusalém e o seu Templo, os judeus já tinham solidificado sua base religiosa – o Tora, a Lei revelada – constituída pelos cinco primeiros livros  - o Pentateuco - do Velho Testamento, compreendendo o Gênesis (relatando a criação do mundo), o Êxodo (conta a saída dos hebreus do Egito), o Levítico (que estabelece a organização do culto), o Números (fazendo o recenseamento dos hebreus) e o Deuteronômio (um resumo das leis e instruções de Moisés); pelos Livros dos Profetas e pelo Kethubim, escritos diversos que completam o Velho Testamento.
O Templo de Jerusalém, em sua terceira reconstrução (em 64 da era Cristã foi totalmente arrasado), era o centro de reuniões, das peregrinações e das orações, sendo usado pelos doutores da Lei, por cambistas e mercadores, e nele se faziam sacrifícios de animais. Imensa construção, a parte mais sagrada era o Sancta Sanctorum, uma câmara vazia, simbolizando a presença invisível de Deus, contendo apenas uma pedra, sobre a qual o sumo sacerdote acendia um incenso, um dia por ano, no Dia da Expiação, consagrado ao jejum e à oração. Formaram-se grupos religiosos, como Fariseus, Saduceus, Zelotas e Essênios, estes unificando a raiz hebraica que nos chegou com Jesus, o Caminheiro.
Os Essênios formavam uma irmandade de vida ascética e comunitária que se estabeleceu na região do Mar Morto, praticando o culto que Éssen aprendera com Moisés e dos Santos Anjos, e faziam uma oração matinal voltados para o Sol. Não participavam dos cultos no Templo de Jerusalém e não faziam sacrifícios de sangue. Seguiam uma doutrina esotérica e seus membros eram admitidos por uma Iniciação, feita após longo período de provas e um juramento.
Jesus recebeu a Iniciação dos Essênios. O povo judeu tinha uma esperança: a chegada do Messias, que os libertaria, e, assim, quando um pregador asceta – João Batista – anunciou, no ano 29, na Judéia, que Jesus era esse enviado de Jeová, a maioria se convenceu, e começaram a seguir Jesus e ouvir Suas idéias assombrosas.
No Sermão da Montanha, receberam toda a Doutrina Crística, quando Jesus disse que não viera para abolir as Leis Mosaicas, mas sim completá-las, e que seu reino não era deste mundo. Estavam confusos e desapontados com aquele Messias, que aconselhava amar os inimigos em lugar de providenciar a destruição dos romanos.
Gente simples O amava, mas era odiado pelos ortodoxos, que diziam ir Jesus contra a Lei Judaica. Os apóstolos de Jesus viveram e aprenderam toda a Doutrina, de modo que, quando sob a acusação de revolucionário e blasfemo, Jesus foi crucificado, continuaram a difundir Suas idéias. Foram escritos os Evangelhos (que significam Boa Nova), base do Novo Testamento, em que constam também as diversas epístolas de Paulo, sendo estruturada a religião cristã, que sofreu algumas derivações através do tempo e do espaço, mas com sua raiz de verdade e de amor na rápida passagem do Divino e Amado Mestre Jesus.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Cochabamba uma nova Casa de nosso Pai Seta Branca

Salve Deus,
Tenho aqui divulgado inumeras vezes mensagens do nosso Mestre Kazagrande.
Tenho por este Mestre e sua família um carinho muito grande. Só a Espiritualidade sabe o que nos une.
A distância nada representa, quando dois Espiritos estão ligados por laços transcendêntais.
Hoje, mais uma vez vou transcrever uma mensagem do Mestre Kazagrande, e podem acreditar que nenhuma me deu tanta felicidade como esta. 
A Fé inabalavel deste Mestre, é um exemplo para todos nós.
Obrigado Mestre Kazagrande, por TUDO.

O INÍCIO DE UMA NOVA JORNADA

Meus irmãos e minhas irmãs, Salve Deus!

Não podemos duvidar nunca da presença de nossos Mentores em nossas vidas e em todas nossas realizações.

Após mais de 15.000 km pelas estradas brasileiras, em dezembro e janeiro, retornei à Bolívia com o compromisso de iniciar uma nova casa do Pai. Cheguei no domingo dia 03 de fevereiro e na semana seguinte parti para cidade de Cochabamba, há 450 km de distância, para o primeiro encontro com alguns médiuns que ali residem. Realizamos nossa primeira reunião e, perante a carência daqueles que ali se encontravam, entendi que o Templo deveria ser aberto imediatamente. Comprometi-me, mesmo diante da incredulidade daqueles que há muito esperavam esta oportunidade, que na próxima semana retornaria já para determinarmos o lugar do Templo.

Durante a semana, todos, a sua maneira, procuraram alguma opção, mas nenhuma possibilidade real foi encontrada.

No sábado voltei a Cochabamba determinado a cumprir a promessa. Cheguei bem cedo e “andei igual cachorro que caiu do caminhão de mudança”... nada! Porém não desanimei, disse a todosque em algum lugar daquela cidade o Pai já havia escolhido o local e só precisávamos entrar em sintonia para encontra-lo.

Domingo despertei, olhei para o templo nublado, fiz minhas orações e falei a Tiãozinho: “Camarada, você não vai me deixar na mão! Esse povo precisa ver para crer”. Senti claramente a presença deste amigo espiritual e sua vibração alegre, um dia conto a relação de profunda amizade que nutrimos. Naquela hora também senti que, se o Pai havia me confiado esta missão, eu não estaria sozinho.

Tomei café, li o jornal e parti em busca. A primeira visita já era uma opção a ser considerada, mas não senti o “click” de confirmação (além de estar um pouco acima de meu orçamento inicial) e, embora tentado a resolver de uma vez a questão, parti para uma segunda visita. Ao chegar na casa, uma senhora de uns 60 anos me recebeu avisando que a casa acabava de ser alugada. Sentindo a receptividade dela, pedi para olhar mesmo assim.

A casa era o quê eu procurava! Enquanto olhava, comecei conversar com ela, explicando que procurava um lugar para implantar uma Doutrina Espiritualista Cristã, que realizávamos a caridade, curas espirituais, que não cobrávamos nada, etc. Vi os olhos da “senhorinha” brilharem:

- Oh meu filho, eu nem falei nada para ninguém, mas era algo assim que eu gostaria de ver nesta casa. Moro em La Paz e venho pouco por aqui, queria gente assim como você aqui. Sabe de uma coisa, a pessoa que pediu a casa nem me pagou, ficou de voltar ao meio-dia. Quem sabe ela não aparece e posso passar para você, deixe seu número e eu telefono. – disse ela.

Senti que deveria esperar ali mesmo, e ela consentiu. Durante este tempo de espera, falei da Doutrina, de nossos planos, perguntei se podia pintar, consertar, ajeitar isso e aquilo, como se tudo o contrato já estivesse fechado.

11hs45 ela foi buscar o recibo e disse já estar decidida, independente dos outros aparecerem ou não. Confesso que não fiquei cômodo, pensando em estar frustrando a expectativa de uma outra pessoa, que já havia reservado a casa, mas eu realmente queria. Ao meio dia em ponto, assinamos o contrato. Por desencargo de consciência fiquei até quase uma da tarde esperando que o outro aparecesse, e nada! Era para ser a Casa do Pai mesmo.

Comecei falando da presença da Espiritualidade e resta contar a última confirmação dada pela senhora do aluguel:

- Sabe meu filho, eu vim de La Paz na quinta-feira só para alugar esta casa, coloquei o anúncio e não apareceu ninguém, nem quinta, nem sexta e nem sábado. Descobri que o telefone estava escrito errado! Só hoje é que saiu direito, acho que esta casa era para a sua missão mesmo.

Alguma dúvida? “...disse a todos que em algum lugar daquela cidade o Pai já havia escolhido o local e só precisávamos entrar em sintonia para encontra-lo”...

Valeu Tiãozinho!

Próxima semana começam os trabalhos! Tenho certeza!

Obs.: Em tempo, em Cochabamba há uma grande escassez de aluguéis e é muito difícil encontrar um imóvel da maneira específica que precisava e mais difícil ainda que alguém desistisse dele. Salve Deus!

Kazagrande