sábado, 27 de outubro de 2012

Tia Neiva - Anotações

Brigas, paixões, conflitos, realizações...
Após alguns dias, me dirigi para o que era meu. Como já disse, era um lugar onde o morro era muito a pique, e eu me sentava como se fosse uma poltrona. Caminhava para lá, como de costume, quando uma grande força me impediu, e ouvi:
- Volte! Volte já!
Sem entender, eu voltei correndo, sem saber se aquela “coisa” era má, se gostaria de me arrebentar. Que coisa horrível! Chamei Mãe Tildes, e ela me explicou que era a voz direta deslocada pelo neutrom, a força que divide os planos vibracionais.
Voltei para casa. De longe, ouvia as meninas cantando. Fiquei parada por alguns minutos, e logo vi surgir uma linda Lua no céu. Fui me sentar em um banco, sob um pequizeiro, e logo apareceu Gertrudes, me trazendo um prato feito, que comi sem saber, na realidade, o que comia.
Sim, muitas coisas aconteceram... Sozinha, naquela serra, sempre com mil preocupações em minha cabeça! Sozinha, sim. Como é triste a solidão...
Lembrava-me das queixas dos mal-amados, e pensava na solidão que sentiam. Também comecei a fazer críticas, julgando: eles estão sozinhos por falta de tolerância... Devemos pensar na solidão, na velhice...
Naquele instante, Getúlio, meu companheiro, chegou de mansinho e, segurando os meus ombros, disse:
- Já pode me perdoar, Neiva? Vamos embora daqui! Já não suporto mais isto. Mãe Neném lhe trouxe o recado do Chico Xavier? Ele fez críticas a seu respeito...
Senti como se tivesse levado uma punhalada. Perguntei:
- Você também acha que eu, realmente, preciso estudar?
- Não, absolutamente. – respondeu Getúlio – Mas, você me ensinou que o Homem se evolui em qualquer lugar. Por que, então, ficar aqui nesta serra, com tanto desconforto?
- Não sei o que me espera – respondi – porém continuarei aqui até terminar meu curso com Humarran.
- Meu Deus! – exclamou ele – Acho que não estou preparado para tanto, principalmente para ser companheiro de uma clarividente. Às vezes, penso que a amo, mas, quando estou ao seu lado, sinto que você está distante. Como sofro com isso!...
Estávamos nos entendendo quando Mãe Neném chegou e começou a despejar tudo o que lhe vinha na cabeça. Disse que Chico Xavier tinha razão, que minha ignorância estava me atrasando, que ninguém conseguiria decifrar minhas visões, que Urubatã – Cavaleiro de Oxosse, líder da linha do amor e do perdão – era um exu, enfim, que tudo estava errado. Sizenando recebera uma comunicação de que Urubatã havia queimado todo meu dinheiro.
Sim, nisso ela tinha uma certa razão pois, simbolicamente, ele havia incendiado o barraco de Mãe Neném na Cidade Livre.
- Meu Deus! O que tenho a ver com tudo isso? – pensei, com a mente mergulhada num turbilhão de pensamentos.
Lembrei-me de Humarran e de sua filosofia:
- O corpo físico é, para a alma encarnada, aquilo que a máquina significa para o operário.
A doença persistia no meu corpo, e eu já não me sentia a mesma. Pensava no que ouvira: Caminharás muitas vezes no mundo como um barco que navega no oceano revolto... Ouvi Humarran que me dizia:
- Não culpe os médicos, não acuse os professores, não reprove a conduta dos outros... Não maldiga a poeira da terra... Aproveite, sempre, o seu tempo em aprender, porque é muito mais tarde do que pensa. Você deve sentir a mais perfeita tolerância por todos e um interesse, com sinceridade, pelas crenças dos que pertencem a outras religiões. Não se importe pelo que demonstrarem pela sua e, para que possa ajudá-los, é preciso se libertar dos falsos preconceitos. Você não deve desprezar Mãe Neném. Deve, sim, ser condescendente em tudo, ser benevolente em tudo, agora, que os seus olhos estão abertos, para que possa empreender um trabalho de ordem superior. Pobre Mãe Neném!... A superstição é outro grande mal, que tem ocasionado muitas e terríveis crueldades neste mundo. Sofrem os homens, as plantas e os animais. Os fanáticos se dizem religiosos e praticam todo o mal em nome de suas religiões... Filha! Se anseia se unificar com Seta Branca, que nunca seja por amor a si mesma e, sim, para que você seja um canal, através do qual o seu amor chegue aos seus semelhantes. Geralmente, só temos consciência do corpo, que vai morrer, e não temos conhecimento do nosso estado de consciência interior, que é imortal. Faça a sua parte, filha, e lembra que, sempre, será capaz de fazer a sua parte. Não se esqueça de que a mente tem seus truques e de que a consciência é algo inegável. A única esperança, para um homem perdido no meio do oceano, é a de que alguém venha tirá-lo dali. Se alguém vem e o levanta, ele se sentirá aliviado e salvo. Outra coisa, filha, não abandone o seu companheiro...
Enquanto ouvia tudo isso, Getúlio me olhava com ternura.
- Cruz credo! Vou embora dessa miséria... – praguejou Mãe Neném.
Continuei calada, ouvindo em dois planos. Getúlio e eu nos abraçamos, e eu pensava:
- Ó, meu Deus! A alma espiritual é, realmente, uma partícula tão diminuta que se encontra dentro do corpo, que não a podemos ver...
Despertei dos meus pensamentos pelas súplicas de Getúlio:
- Vamos embora daqui, Neiva!...
Procurei acalmá-lo com algumas palavras de doutrina, e tudo ficou bem.


sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Este é o Segundo do meu Primeiro Canto - Tia Neiva



Oh Jesus! Nesta hora bendita, eu quero me encontrar comigo mesmo.
Eu quero sentir todo o meu amor, quero sentir resplandecer o meu Sol
Interior
Mesmo nas noites densas sem luar.
Quero sentir o aroma da mata frondosa, quero sentir, quero respirar
juntinho aos Caboclos e as Caboclas.
Quero sentir sua bênção, sua mão em minha testa, tirando os males que restam no fundo do meu coração.
Quero ouvir o riacho que corre, sua água cristalina...
Quero a força de Janaína, sua Bênção, seu olhar.
Quero o canto de Jurema e Juremá.
Quero sentir a Franqueza de meus Paizinhos Negôs, que de longe vêm ao
meu encontro, aliviar a minha dor.
Paizinhos, eu quero o aroma desta flor para o progresso de minha vida
material e espiritual.
Quero levar tua bênção dos meus meninos e de minhas meninas,
Dos meus amores e do meu amor.
Quero subir no pico desta montanha, quero andar em cima das cordilheiras...
Quero descer até o rio caudaloso,
Quero a pureza dos Mantras de Yemanjá, que me envolvam...
Que retire, oh mãe! Meus conflitos, as minhas dores e as minhas necessidades, para que eu possa vibrar sem dúvidas, amando sem vacilar.
Oh Jesus! Oh Simiromba meu pai!
É a hora da individualidade, que as minhas dores te venho entregar, depois fazer a oferta a quem de mim necessitar.
Não deixe meu pai, que eu sofra com o cobrador a cobrar...
Que eu sinta a compreensão e que veja a luz da tua razão.
Não deixe que maus pensamento me venham desajustar.
Oh poder! Oh Perfeição!
Que na luz iniciática na corrente mediúnica da ninfa e do Jaguar,
Que amando e perdoando, sempre estejam sem conflitos a vibrar.
Oh! Jesus! Oh! Simiromba meu Pai!
É uma estrela que aparece, uma vida a pagar,
Um mundo em evolução, nova luz que vai dominar, o dia e a noite.
Em nome do pai, do filho e do espírito.
Salve Deus!


quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Eixo Solar


O Eixo Solar do Homem é uma espiral de energias que atua de forma perpendicular sobre a cabeça do ser humano, que governa um sistema particularizado e individual - suas esferas coronárias, o seu Sol Interior (*). Com movimento circular de vórtice, no sentido horário, situa-se diretamente sobre o chakra coronário, agindo de forma a receber e a emitir energias:
CENTRÍPETAS – Captadas no vórtice central, são forças cósmicas e extracósmicas, emitidas em planos superiores e por Espíritos de Luz, que penetram pelo chakra, passam pelos lobos cerebrais, descem pela coluna, através da medula, e chegam ao Sol Interior, irradiando o ectolítero e, conseqüentemente, compondo o ectolítrio, que vai agir na regulação do padrão vibratório da pessoa pela energização dos seus chakras; e
CENTRÍFUGAS – São emitidas pelas bordas do vórtice, e emitem o ectolítrio, energia que se forma no ectolítero, desprende-se do Sol Interior e faz uma trajetória muito rápida, mas intensa, por todos os principais chakras, energizando-os e emitindo o padrão vibratório da pessoa. Age como a Kundalini (*), só que não fica adormecida e, sim, em permanente ação, porém tendo sua natureza e intensidade dependendo do equilíbrio e energização do Sol Interior.
É preciso, principalmente para realizar um trabalho espiritual, fazer nossa captação de energia. Nenhuma entidade traz uma carga de energia suplementar à que lhe é própria. Ela vem, sim, para trabalhar também com a energia que lhe for proporcionada pelas nossas condições como médiuns, isto é, pela nossa corrente, da qual somos os elos formadores, que tem imensa importância na realização de qualquer trabalho. Pela emissão, captamos na vertical o que pudermos nos planos espirituais, e alimentamos nosso Sol Interior, para, através do nosso canto, emitindo na horizontal a força recebida, nos tornarmos um elo da corrente e unificar a energia para a realização, em conjunto, de um trabalho.
Para que isso funcione com mais precisão é bom que sempre, na participação de qualquer trabalho, façamos nossa emissão silenciosamente, acompanhando a emissão do comandante, e, em seguida, o nosso canto, para que possamos nos ligar como elo da corrente que é formada, por ação do nosso Eixo Solar. Com nossa parcela vamos ampliar a energia disponível para a realização, pelas entidades, daquele trabalho.
É claro que as entidades possuem suas energias próprias e as utilizam, também, para os diversos trabalhos. Assim, um Preto Velho tem sua energia e a usa tanto com a presença, em espírito e em verdade, em um Trono ou, de forma oculta, em uma Mesa Evangélica; e uma Entidade de Cura participa com sua energia própria para a realização da Cura Desobsessiva, mas, sempre, ampliando aquela intensidade com o que pudermos oferecer como elos daquela corrente, transmitindo pelos chakras e pelo Eixo Solar todo o nosso potencial de forças.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Mentora de Cura - Irmã Scheilla


BIOGRAFIA IRMÃ SCHEILLA

Na Colônia Espiritual Alvorada Nova, Scheilla desenvolve um trabalho forte e muito amplo com dedicação ímpar, coordenando quatorze equipes cujos coordenadores formam com ela o Conselho da Casa de Repouso, o qual se reúne periodicamente para decidir as questões pertinentes a Casa. Após essas reuniões, Scheilla encaminha a Cairbar Schutel o comunicado de suas atividades. Sua administração direta no Hospital foi estipulada há muito tempo pela Espiritualidade Superior. À equipe de trabalho de Scheilla ligam-se muitos encarnados para a consecução da cura espiritual nos dois planos da vida.

ENCARNAÇÕES DE SCHEILLA

Tem-se notícias apenas de duas encarnações de Scheilla: uma na França, no século XVI, e outra na Alemanha.

Na existência francesa, chamou-se Joana Francisca Frémiot, nascida em Dijon a 28/01/1572 e desencarnada em Moulins a 13/12/1641. Ficou conhecida como Santa Joana de Chantal (canonizada em 1767) ou Baronesa de Chantal. Casara-se, aos 20 anos, com o Barão de Chantal. Tendo muito cedo perdido seu marido, passou a dedicar-se à obras piedosas e orações, juntamente com os deveres de mãe para com seus 4 filhos.

Fundou, em 1604, juntamente com o Bispo de Genebra, S. Francisco de Salles, em Annecy, a Congregação da Visitação de Maria, que dirigiu como superiora de 1612 a 1619, no bairro pobre de Santo Antônio em uma pequena casa alugada em Paris. Passaram por grandes necessidades, mas a Ordem da Visitação foi aumentando e superou todos os problemas. Em 1619, São Vicente de Paulo ficou como superior do Convento da Ordem da Visitação. Santa Joana de Chantal deixou o cargo de superiora e voltou a Annecy, onde ficava a casa-mãe da ordem. A Santa várias vezes tornou a ver São Vicente de Paulo, seu confessor e diretor espiritual. À data de sua morte a Congregação da Visitação de Maria contava com 87 conventos e, no primeiro século, com 6.500 religiosos. A 13 de dezembro de 1641 ela veio a falecer.


A outra encarnação conhecida de Scheilla, verificou-se na Alemanha. Com a guerra no continente Europeu, aflições e angústias assolaram a cidade de Berlim, na Alemanha, onde Scheilla atuava como enfermeira. Seu estilo simples, sua meiguice espontânea, muito ajudavam em sua profissão. Bonita, tez clara, cabelo muito louro, que lhe davam um ar de graça muito suave. Seus olhos, azuis-esverdeados, de um brilho intenso, refletiam a grandeza de seu Espírito. Estatura mediana, sempre com seu avental branco, lá estava Scheilla, preocupada em ajudar, indistintamente. Esquecia-se de si mesma, pensava somente na sua responsabilidade. Via primeiro a dor, depois a criatura...

Numa tarde de pleno combate, desencarna Scheilla, a jovem enfermeira. Morria no campo de lutas, aos 28 anos de idade.

Muitos anos depois, surgia nas esferas superiores da espiritualidade, com o seu mesmo estilo, aprimorado carinho e dedicação, Scheilla, a Enfermeira do Alto!


TRABALHO ESPIRITUAL NO BRASIL

Tudo indica que Scheilla vinculou-se, algum tempo após a sua desencarnação em terras alemãs, às falanges espirituais que atuam em nome do Cristo, no Brasil.

Peixotinho, em Macaé-RJ, iniciou um trabalho de orações para as vítimas da Segunda Grande Guerra. Foi então que, de repente, chegou lá e se materializou um espírito chamado Rodolfo, que contou que era de uma família legitimamente espírita, morando na Alemanha. Ele teve que servir na guerra como oficial-médico e o pai dele, Dr. Fritz, muito reservado, educado, severo, muito autêntico, que passou muitas idéias humanitárias aos filhos, havia lhe dito: - Matar nunca. Ao que Rodolfo respondeu: - Pai, não é isso, vou servir como médico.

Pois bem, em certa ocasião, o Dr. Rodolfo foi chamado como oficial para integrar um pelotão de fuzilamento. Ele, então, disse: - A minha missão é salvar, não matar. E, de acordo com o regulamento militar, ele passou a ser considerado criminoso, porque deixou de servir à pátria, pois a pátria pedia a ele que matasse alguém e ele se negou. Então, disseram-lhe: - Já que você não vai executar esse homem, você vai ficar junto dele para morrer como um traidor. E ele foi fuzilado na mesma hora. A essa altura, manifestou-se (espiritualmente) ao pai e disse: - Pai, já estou na outra dimensão da vida. Cumpri a palavra empenhada: não matei, preferi morrer. Para que não continuasse no ambiente de guerra, foi amparado espiritualmente no Grupo Espírita Pedro (Macaé-RJ).

Peixotinho, por ter sido militar, em razão justa, como espírita, tinha esse trabalho de preces em benefício das vítimas de guerra e pela paz. E esses fatos se deram no auge da Segunda Guerra Mundial, quase no final.

Certo dia, Rodolfo (espírito) disse, assim, no Grupo de Oração do Peixotinho: - Orem por minha irmã, ela está correndo perigo. E como a voz do alemão, através da voz direta por ectoplasmia, não era bem nítida, um sotaque carregado, a pronúncia do nome da sua irmã não saía boa, ao invés de Scheilla, saía Ceila. Passado alguns dias ele disse: - Minha irmã acabou de desencarnar. Foi vítima de bombardeio da aviação. Ela e meu pai desencarnaram. Dias depois, para agradável surpresa da equipe, materializou-se uma jovem loura e disse: - Eu sou Scheilla. Foi muita alegria! Os irmãos ficaram cheios de júbilos espirituais.

Conta-nos R. A. Ranieri que, numa das primeiras reuniões de materialização, iniciadas em 1948 pelo médium “Peixotinho”, surgiu a figura caridosa de Scheilla. Em Belo Horizonte, marcou-se uma pequena reunião que seria realizada com a finalidade de submeter a tratamento Dona Ló de Barros Soares, esposa de Jair Soares. No silêncio e na escuridão surgiu a figura luminosa de mulher, vestida de tecidos de luz e ostentando duas belas tranças, era Scheilla. Nas mãos trazia um aparelho semelhante a uma pedra verde-claro, ao qual se referiu dizendo tratar-se de um emissor de radioatividade, ainda desconhecido na Terra. Fez aplicações em Dona Ló. Depois de alguns minutos, levantou-se da cadeira e proferiu uma belíssima pregação evangélica com sotaque alemão e voz de mulher. Em vários grupos espíritas brasileiros, além de sua atuação na assistência à saúde, sempre se caracterizou em trazer às reuniões certos objetos, deixando no recinto o perfume de flores que lhe caracterizam.

Na obra "Chico Xavier - 40 Anos no Mundo da Mediunidade" de Roque Jacintho, encontramos o seguinte depoimento: "Chico aplicava passes. Ao nosso lado, ocorreu um ruído, qual se algum objeto de pequeno porte tivesse sido arremessado, sem muita violência. (- Jô - disse um médium - Scheilla deu-lhe um presente). Logo mais, procuramos ao nosso derredor e vimos um caramujo grande e adoravelmente belo, estriado em deliciosas cores. Apanhamo-lo, incontinenti, e verificamos nele água marítima, salgada e gelada, com restos de uma areia fresca. Scheilla o transportara para nós. Estávamos a centenas de quilômetros de uma nesga de mar, em manhã de sol abrasador que crestava a vegetação e, em nossas mãos, o caramujo que o Espírito nos ofertara, servindo-se da mediunidade de Chico!" "Na assistência reduzida, estava presente um cientista suíço, materialista, que ali viera ter por insistência de seus familiares. Scheilla, em sotaque alemão, anunciou: - Para nosso irmão que está ali - indicava o suíço -, vou dar o perfume que a sua mãezinha usava, quando na Terra. Despertou-lhe um soluço comovido, pela lembrança que se lhe aflorou à memória, recordando a figura da mãezinha ausente.”

Tempos depois, um outro raro instante se deu com a presença de Scheilla. "Bissoli, Gonçalves, Isaura, entre outros, compunham a equipe de beneficiados, agrupando-se numa das salas da casa de André, tendo Chico se retirado para o dormitório do casal, onde permaneceria em transe mediúnico. Uma onda de perfume, corporifica-se Scheilla, loira e jovial, falando com seu forte sotaque alemão. Bissoli estabeleceu o diálogo:

- Eu me sinto mal - diz Bissoli - Você - informou Scheilla - come muita manteiga Bissoli. Vou tirar uma radiografia de seu estômago. A pedido, nosso companheiro levantou a camisa. O espírito corporificado aproxima-se e entrecorre, num sentido horizontal, os seus dedos semi-abertos sobre a região do estômago de nosso amigo. E tal se lhe incrustassem uma tela de vidro no abdômen, podíamos ver as vísceras em funcionamento. - Pronto! - diz Scheilla, apagando o fenômeno. - Agora levarei a radiografia ao Plano Espiritual para que a estudem e lhe dêem um remédio.”


QUEM É NA VERDADE SCHEILLA?

Certo dia, em mensagem psicografada, assim se expressou Cairbar Schutel a seu respeito:

"Scheilla é, para mim, um verdadeiro exemplo de fé, de perseverança, de humildade e, sobretudo, de muito amor. Quem dera pudéssemos todos nós ter uma pequenina parcela de seu infinito desejo de amar! Scheilla vivencia o amor em sua plenitude, fazendo da cura a sua verdadeira face. Ama e trabalha diuturnamente pelo próximo. Outra não foi à recomendação de Jesus quando esteve entre nós! Outra não é a recomendação dos Espíritos que orientaram Allan Kardec na obra de Codificação!"

Esta Mentora trabalha igualmente na linha do Vale do Amanhecer
Fonte: Centro Espírita Irmã Scheilla - Curitiba (PR) e GLASER, Abel. Alvorada Nova, pelo espírito de Cairbar Schutel.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Umbral

UMBRAL

O Umbral é uma região limite que, no Canal Vermelho (*), separa o Vale Negro (*) do restante, onde se travam grandes combates, com espíritos procurando escapar das Trevas e com os Bandidos do Espaço que atacam os que estão desprevenidos e sem proteção, para levá-los a leilão. Para o Umbral são conduzidos os espíritos de baixo padrão vibratório, os escravizados pelo ódio, pela vaidade, os perdidos pelo magnetismo de obsessores e sofredores pela sua própria energia mental.
No Umbral estão vários pontos de auxílio, mas o que mais nos diz respeito é o Albergue de Irmã Lívia, que cuida de todos os Jaguares que desencarnam em determinados padrões vibratórios, evitando que se percam no Vale Negro.
Mas existe outro Umbral, região de Capela, plano físico, onde o Homem ainda maldoso realiza trabalhos para evoluir, com saudades, arrependimentos e com claras recordações, fazendo consciente exame de sua trajetória e de seus atos quando encarnado na Terra.
Essa parte de Capela tem grande organização social, com camadas distintas, vinte e um departamentos isolados um dos outros, como se fossem mundos separados. Após passarem pelas Casas Transitórias, onde recebem seu tratamento, ali chegam os desencarnados no nosso planeta que não conseguiram alcançar o padrão vibratório que lhe daria condições de viver nos mundos mais adiantados de Capela.
No Umbral, eles são encaminhados de acordo com suas condições vibracionais e suas afinidades, indo juntar-se aos espíritos da mesma faixa para trabalhar por sua evolução, sentindo em sua própria carne tudo aquilo que costumava fazer aos outros, na Terra, desta forma conscientizando-se do que produzia ao seu redor.
Ali estão previstas todas as oportunidades para reequilíbrio e retificação das trajetórias desviadas, sob a direção de espíritos também em provas, porém já mais evoluídos.
O desencarnado terrestre faz seu autojulgamento e sua autocondenação. Enquanto uns progridem, com amor, tolerância e humildade, outros se deixam ficar, mergulhados em seu egoísmo, em sua vaidade, e vão ficando estacionados. Os que evoluem, mudam de departamento, indo integrar-se a novo grupo afim. Os que não conseguem evoluir vão para as regiões abissais, no interior da Terra, formando grupos terríveis em seus aspectos e aparências, dominados pelo ódio, pela vingança e pela destruição.

domingo, 21 de outubro de 2012

Primeiro Canto - Tia Neiva

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Oh! Jesus, esta é a hora precisa, na individualidade de nossas vidas, de
minha vida.
Oh! Jesus, é a hora que dentro de mim, assisto o despertar das forças, na
força absoluta que vem de Deus Todo Poderoso.
Quisera, oh! perfeição, que as pérolas dos Anjos e dos Santos Espíritos,
encontrassem acesso nos hospitais, nos presídios, onde gemem e choram os
incompreendidos, na desarmonia que hora não te conhecem.
Daí a luz da Vida e da Morte. Ilumina o viandante na sua obscuridade.
Ilumina os cegos, também, na sua obscuridão.
Ilumina, Oh! Jesus, os campos orvalhados, as cordilheiras silenciosas à
margem do rio caudaloso, onde vive a choupana e o lavrador. 
A cachoeira das matas,o caboclo e seus amores, o saveiro no mar distante, o menino e a menina, a jovem mãe abandonada, o órfão de pai e mãe vivos.
Nos liberte, Senhor, da calúnia, da falsidade e do desprezo. Mestres desta
Consagração! Vamos emitir todo o nosso amor, para que eflúvios luminosos nos
alcancem e nos protejam, na luz dos nossos caminhos cármicos.
Meus irmãos e meus Mestres. Mentalizemos o que formamos neste Canto,
para que os Grandes Iniciados distribuam de nossas mentes, para o fenómeno
desobsessivo.
Mundo Encantado dos Himalaias! Povo de Deus! Raio de Arakém!
Poder da Vida e do Amor!
Do meu amor, do nosso amor, do amor incondicional.
Que em nome do Pai, do Filho e do Espírito do Sol e da Lua.
Salve Deus!
03 de Julho de 1979 
Tia Neiva