sexta-feira, 22 de março de 2013

Rainha do Sabá


Então um dia, eu passava por esse lugar com muito medo, achava que
eu que estava bisbilhotando, mas não era não, eu era guiada pra passar por esse lugar. E um dia eu fui mais adiante e vi uma casinha que eu também achei igualzinha, eu vou colocar tudo para vocês verem.

E encontrei uma mulher muito bonita, vestida de Rainha, cheia de
contas, assim com o corpo aparecendo, uma tanga assim tudo de contas,
brilhando, uma coroa assim atrás da cabeça, uma mulher com os olhos lindos, lindos mesmo, e um chicote na mão.
E eu fiquei espiando, de onde eu estava eu via o movimento dela lá
dentro, é uma casa meio redonda, é um castelinho, eu vou botar lá para vocês
verem. E ela me chamou.
Foi o primeiro contacto que eu tive com um Espírito de Luz, assim no
Plano Espiritual. Porque antes era com a Senhora do Espaço, que me mostrava
os lugares, os Departamentos, mostrava de longe. E esse dia é no Umbral e eu fui lá onde ela estava.
Uma simpatia, mas eu tive muito medo dela! É dessas pessoas que
você tá perto, e você não sabe se você tá na hora de ir, você não sabe como que se comporta. E ela me chamou:
“ – Neiva, você também já foi uma Rainha!”
Eu perguntei quem era e ela:
“ – Sabá.”
Foi a Rainha de Sabá! Eu custei a falar o nome dela porque eu esperei
que ela falasse. Era a Rainha de Sabá que estava ali. Então ela me contou:
A Rainha de Sabá, quando ela teve na terra, ela foi um espírito terrível,
ela era, ela tinha uma porção de escravos que ela chama de Safavas Pérolas,
como Pai Jamgô e outros, eram “Safadores” de pérolas. Esse é o nome que eu to dizendo porque ela me dava.

E um dia ela viu, ela viu um filho de um escravo e se apaixonou por ele.
Ela era um espírito que nunca amou na vida, não teve amor de mãe, de pai, de nada, foi um espírito terrível, e ela se apaixonou e por isso ela mandava surrar esse espírito!
E ele foi o Missionário que veio para evoluir, e então um dia ele fazia
uma materialização, fazia umas defumações, e apareceu um espírito naquela
fumaça e Sabá, que ficava escondida assim naqueles matos, para ficar olhando ele, os movimentos, o que eles faziam, tudo, e viu esse espírito e se redimiu.
Mas, e nesse dia ele foi, não precisava mais dele estar na terra, né? Ele
foi à procura de Pai Xangô... de Pai Xangô não, de Pai Zambú, e morreu afogado.
Então, ela começou a trabalhar na Alta Magia. Por isso que Sabá é um
Espírito da Alta Magia.

E quando ela subiu, ela pediu ao Ministro do Umbral, que ela queria
ficar ali num Departamento daquele para ajudar os espíritos. E começou a tomar
conta de um certo lugar e tem ajudado muito!
Então, aquele contacto meu com Sabá, ela me contou a história, e foi a
minha maior evolução. Então, eu comecei tomar gosto pela Vida Espiritual. E o desejo de ver o Doutrinador!"

Salve Deus!

Tia Neiva
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Perfil Espiritual Rainha de Sabá

A Rainha de Sabá é mencionada no Antigo Testamento e no Corão como a soberana de um reino muito rico - o reino de Sabá - que teria visitado o rei Salomão. Os árabes chamam esta mulher de Bilqus ou Balkis; na Etiópia, Makedda, Magda, Maqda ou Makera, que significa "grandeza”. A Ordem do Graal na Terra a chama de Biltes. Anos mais tarde, o historiador judeu Flavius Josephus refere-se a ela como “Nikaulis, rainha da Etiópia”. Na Bíblia ela é descrita como “negra e bonita”. O reino de Sabá localizava-se no sudoeste da Arábia entre 900 a 1000 anos a.C. . O incenso que produzia era muito procurado. Em Sabá não havia miséria e seu povo era sadio e feliz. A figura da Rainha de Sabá tornou-se muito conhecida principalmente por sua viagem a Jerusalém onde foi exortar Salomão a não se descuidar de sua importante missão na Terra.
Protegido geograficamente, de tal modo que o difícil acesso isolou Sabá da impureza que já naquela época grassava pelo mundo, turvando e transformando a vida dos seres humanos num vale de lágrimas. Profetas e Enviados especiais foram sendo encarnados para advertir a humanidade sobre o futuro que estavam preparando para si mesmos o que fez necessária a vinda do Messias para romper a escuridão como um raio de Luz proveniente das alturas máximas, porque os seres humanos se encaminhavam para a ruína e destruição, antes mesmo da chegada do tempo da colheita. No Kebra Negast, ou “As Gloriosas Memórias do Império”, um livro sagrado da Etiópia, diz-se que a própria Makedda teria criado uma regra segundo a qual “apenas uma mulher pode reinar”. Aparentemente, Sabá era uma sociedade matrilinear, em que o poder é passado aos descendentes pela via feminina. A Rainha de Sabá era muito bonita, rica e poderosa, com toda sorte de luxos e regalias. Contam que, com a morte de seu pai, ela assumiu o trono com apenas 15 anos de idade. Sua coroação foi festejada pelos súditos, uma vez que, em Sabá, mulheres e homens tinham direitos iguais. Segundo a religião, a soberana tinha que se manter virgem e tinha que seguir os costumes do seu povo. Já que não podia se entregar aos prazeres da carne, ela passava boa parte do tempo estudando
filosofia e misticismo. O encontro com a Rainha de Sabá foi a grande encruzilhada na vida do Rei Salomão. Com o seu livre arbítrio devia ter mudado de rota, abandonando a volúpia e as baixarias a que se entregava, mas Salomão falhou espiritualmente, permitindo a contaminação da crença pura com a nefasta degeneração e lascidão decorrentes do culto de Baal que destacava o desvairado comportamento sexual como fonte de felicidade; a perversidade e a astúcia como formas de manter o poder. Afirma-se que a dinastia dos reis da Etiópia provém do filho do rei Salomão e de Makkeda, e ainda que foi desta união que a lei mosaica foi trazida para a Etiópia. Na Doutrina do Amanhecer, Tia Neiva se referia à Rainha de Sabá como um grandioso espírito que nos assiste com sua luz e com sua sabedoria. Na força decrescente, nossa Mãe dizia ser ela mesma “um sétimo de Sabá”. A Prece de Sabá, emitida na Estrela Candente todos os dias, é uma grande afirmação da presença de Deus dentro de nós.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Oráculo de Delfos


DELFOS

(Oráculo de Delfos)
 
Localidade da Fócida, na Grécia, situada na encosta sul do monte Parnaso, Delfos tornou-se um centro religioso dois mil anos antes de Cristo.

O primeiro Oráculo ali instalado foi o de Ge (a Terra), e foi crescendo em importância até que no século VIII antes de Cristo tornou-se enormemente influente com o Templo de Apolo e suas pitonisas, que eram procuradas por reis, nobres e cidadãos comuns vindos das mais distantes regiões, buscando, nas previsões das pitonisas, orientações e decisões para guerras, casos de amor e de negócios, fundação de colônias, novos cultos, purificação de criminosos e outros variados assuntos.

As respostas eram dadas por uma pitonisa que se preparava fazendo fumigações de louro e cevada, bebendo água da fonte de Cassótis, e sentava em um tripóide, banco de ouro com três pernas, sobre uma pedra redonda, dividida em três, tendo em cada parte uma fenda por onde passava uma fumaça de origem vulcânica, vinda do adyton, parte inferior do Templo de Apolo, que era aspirada pela pitonisa, fazendo com que entrasse em êxtase mediúnico. Os oráculos proferidos pela pitonisa eram então, se necessário, interpretados pelos sacerdotes.

Para que aguardassem serem atendidos, os reis construíram vários minipalácios no caminho para o Templo de Apolo - a Via Sagrada -, erguendo monumentos e depositando tesouros que, com o tempo, se perderam. Até hoje existem as ruínas do Templo, a pedra circular, ruínas dos palácios, sendo o mais conservado o dos Atenienses.
Existe o anfiteatro onde se faziam os julgamentos das pitonisas novatas, pois, como o poder delas era muito grande, quando desconfiavam que estavam diante de uma mistificação, submetiam-nas ao julgamento. Se não conseguissem provar seus poderes, eram imediatamente atiradas a uma corrente de água que caía pelo despenhadeiro.

Foi num desses julgamentos que Pytia, encarnação de Tia Neiva, produziu, pela primeira vez, o fenômeno do rufar dos tambores. Entre a entrada do Templo e o anfiteatro existe um caminho, onde os guardas se postavam com tambores.

A cada passo que a pitonisa a ser julgada percorria, rufava um tambor onde ela passava, de modo que o povo reunido no anfiteatro percebia sua aproximação. Quando Pytia estava diante de seus juizes, provou sua força fazendo com que, independentemente dos soldados, todos os tambores rufassem ao mesmo tempo, sendo, então, reconhecidos seus poderes.

Esse fenômeno ela reproduziu em Atenas, quando comprovou seus poderes a Leônidas, para libertar a Rainha Exilada, como se revive no Turigano.

O culto a Apolo era interrompido no Inverno, quando Apolo ia para os Hiperbóreos, ficando em seu lugar Dionísio. Os Hiperbóreos eram, segundo os gregos, “um povo que habitava além do Vento Norte”, numa região de Paz e Sabedoria, até hoje não localizada. Eram os condutores das forças de uma das Sete Raízes formadas pelos Capelinos na Terra.

Em Delfos, Pytia consagrou Alexandre Magno e suas tropas, dando-lhe o título de “O Invencível”.

De Delfos, Pytia organizou as Falanges Missionárias de Yuricy, Jaçanãs, Muruaicys e Dharman Oxinto, após a instalação da Cruz do Caminho no Delta do Nilo.

Segundo os historiadores, havia em Delfos uma grande pedra - omphalos -, que marcava o centro do mundo, que desapareceu. Com o passar dos séculos, pela ação destruidora de terremotos e saqueadores, pouco resta do antigo esplendor de Delfos.

No Templo estavam escritas sentenças dos Sete Sábios - Tales de Mileto, Pitaco de Metilene, Brias de Priene, Sólon, Cleóbulo de Lindos, Míson de Cene e Chilone de Lacedemônia -, os sábios gregos que possuíam no mais alto grau o que os gregos chamavam de Sabedoria. Entre as sentenças gravadas, destacam-se “Conhece-te a ti mesmo” e “Nada em excesso”.

Dentro da missão de preparar o caminho para Jesus, as pitonisas de Delfos se entregaram às suas funções com amor e muito zelo. Levavam uma vida de castidade e orações.

De modo geral, eram recrutadas entre as sacerdotisas de Apolo. Com o advento do cristianismo, Delfos foi perdendo seu poder, e a última mensagem do Oráculo dizia: “Chorai, trípodes! Apolo é mortal... E ele sente morrer sua chama passageira... O fogo sagrado do Eterno eclipsa sua débil luz!...”

quarta-feira, 20 de março de 2013

Almas Gemeas


A Cilada das Almas Gêmeas

A Doutrina Espírita é clara no que diz respeito às almas gêmeas. Não existem metades que precisam se completar para desfrutar a eterna felicidade. Cada um de nós é uma individualidade que estabelece laços e afinidades com outras individualidades, através dos tempos e das vivencias sucessivas.

Se substituirmos o termo “gêmeo” por “afim”, vamos perceber que são muitas as almas afins que encontramos e reencontramos por esse mundão de meu Deus, e que todas elas, cada uma seu modo, têm seu espaço e importância em nossa caminhada. Podemos dizer então que são várias as nossas “almas gêmeas”. Amigos, filhos, irmãos, pais, mães, maridos e esposas, entre outros, formam a imensa fileira das relações de afinidade construídas vidas afora.

Porém, apesar da clareza dos ensinamentos espíritas, ainda vemos muita gente boa, dentro do nosso movimento, cair nessa armadilha emocional, que está mais pra conto do vigário que pra conto de fadas, e pode gerar graves conseqüências, não só na vida pessoal, como também no núcleo espírita em que trabalham.

Temos presenciado histórias preocupantes. Aqui, são aqueles dois médiuns, ambos casados com outros parceiros, que se descobrem “almas gêmeas”; E aí, tentam se enganar que estão “renunciando”… Mantém-se em seus casamentos, mas tornam-se “irmãos siameses” na Casa Espírita. Sentam-se lado a lado nas reuniões, são vistos juntos em todos os lugares, dão sempre um jeitinho de fazer parte da mesma equipe (isso quando não arranjam uma missão que “a espiritualidade designou somente aos dois”) e se isolam pelos cantos em conversas particulares sem fim. Só tem olhos um para o outro e, em tal enlevo, não se dão conta que à sua volta todos sentem o que está acontecendo, sobretudo seus maridos e esposas, humilhados publicamente no melhor estilo adultério por pensamento e intenção, embora sob a máscara do amor fraternal. Sim, porque o fato de não partirem para o ato sexual não os exime do abandono afetivo e da traição emocional em relação aos cônjuges.

Acolá, é aquela irmã solitária e carente, que se depara com o eloqüente e carismático orador. Que palestra!… Que palestrante!… Que homem! Ele só tem um defeito: É casado!… E logo com aquela senhorinha já envelhecida e meio sem graça… Que desperdício!… E eis que de repente ele também a vê na platéia… Bonitona, elegante, jovial e olhando-o com aquele olhar de admiração apaixonada que há muito ele não percebe na companheira… Afinal, o casamento – como todos após lá seus trinta anos – já entrou na rotina. Oh céus! Ali mesmo cupido dispara a flexa e zás!… Começam as justificativas íntimas: “Como não tinham se descoberto antes?!… Por certo eram almas gêmeas que há muito se procuravam… O casamento foi um equívoco; o reencontro uma programação para que pudessem trabalhar juntos para Jesus.” Resolvem então assumir o romance. A mulher dele, abandonada após anos de companheirismo e convivência, entra em profunda depressão, os filhos se revoltam, a família se desestrutura, os companheiros se retraem, decepcionados e temerosos… “Ora, quem tem suas mulheres e maridos que se cuide, pois se aconteceu com o fulano, que era um exemplo, ninguém está livre”…

Instala-se então o tititi e a desconfiança. Daí para o escândalo é apenas um passo, e para o afastamento constrangido dos próprios envolvidos, sua família e outros tantos trabalhadores desencantados com a situação, é um pulo. Sofrimento, deserção e descredibilidade. Tudo pelo direito ao “felizes para sempre”junto à sua “metade da laranja”… Mas, onde é que está escrito, no Evangelho, que é possível construir felicidade sobre os escombros da felicidade alheia ou edificar relacionamentos duradouros em alicerces de leviandade e egoísmo?

Temos visto estrondosos equívocos desse tipo mexer seriamente com estruturas de famílias e Casas Espíritas, fazendo ruir Instituições e relações que pareciam extremamente sólidas. Temos visto companheiros valorosos das nossas fileiras, que caminhando distraídos de que “muito se pedirá àquele que muito tiver recebido”, de repente resolvem jogar pro alto o patrimônio espiritual de uma vida inteira, em nome do “amor”.

E assim, cônjuges dedicados e dignos são descartados como se não tivessem alma nem sentimentos, em detrimento de aventuras justificadas por argumentos inconsistentes, sem nenhum respaldo ético/moral ou espiritual. Isto quando ainda há um mínimo de honestidade e se pede a separação, porque alguns preferem continuar comodamente em seus relacionamentos “provacionais”, porém mantendo, na clandestinidade, um “afair” paralelo com a tal “metade eterna”, sob a desculpa esfarrapada de que a família deve ser poupada, pois “família é sagrado!!!”

Logo se faz sentir o efeito dominó. Lá adiante, após vários corações feridos e muitas quedas morais, a convivência faz a alma gêmea virar “alma algemada”. As desilusões chegam, inevitáveis, com todo o peso resultante das atitudes ditadas pelas paixões, mas na maioria das vezes, já é tarde pra retomar, ainda nesta existência, o percurso abandonado.

Reflitamos. Ninguém chega atrasado na vida de ninguém. Se chegou depois é porque não era pra ser. E se não era pra ser há um bom motivo para isso, visto que as Leis Divinas são indiscutivelmente sábias, justas e providenciais. Não tem pra onde fugir: Quando o teste nos procura, ou somos aprovados ou forçosamente teremos que repetir a lição futuramente, e em condições bem mais adversas…

Podemos reencontrar, no grupo de trabalho espírita, grandes amores e paixões do passado que nos reacendem sentimentos e sensações maravilhosas? Sim. Podemos olhar para companheiros de ideal espírita com outros olhos que não sejam os do amor fraternal? Sim. Nada mais natural. Mas sabemos, pelo Apóstolo Paulo, que poder nem sempre significa dever… Portanto, o bom-senso nos diz que investir ou não afetivamente nessas pessoas, vai depender de que ambos estejam livres para fazê-lo.
Alguém haverá de argumentar que casamento não é prisão e que aliança não é corrente; que ninguém está preso a ninguém “até que a morte os separe” e que o próprio Cristo admitiu a dissolução do casamento.

Porém, o espírita não desconhece que, na maioria dos casos, muito além dos compromissos cartoriais existem profundos compromissos e dívidas emocionais entre aqueles que se escolheram como marido e mulher nesta vida. Compromissos muito sérios para serem dissolvidos porque o corpo requer sensações novas, porque a mulher envelheceu, perdeu o brilho ou porque o marido ficou rabugento… Como se o outro estivesse só quebrando um galho enquanto a “outra metade” não chegava…

Todos almejamos felicidade, e no estágio evolutivo em que nos encontramos, isso ainda tem muito a ver com realização afetiva. Por isso mesmo, não devemos ignorar que só a quitação de antigos débitos emocionais é que nos facultarão essa conquista. Precisamos interiorizar, de uma vez por todas, que os casamentos por afinidade ainda são raros neste momento planetário, e que se ainda não conseguimos amar o parceiro que nos coloca em cheque ou aquele que não corresponde aos nossos anseios, o conhecimento das leis morais exige que ao menos nos conduzamos com um mínimo de retidão e tolerância diante deles.

Tal consciência nos exige também, caso nos sintamos atraídos por companheiros já comprometidos, que nos recusemos terminantemente, sob qualquer pretexto, a desempenhar o deprimente e desrespeitoso papel da terceira pessoa numa relação, pois não há conversa fiada de alma gêmea que dê jeito no rombo emocional aberto pela desonestidade afetiva, nem justificativa de carência e solidão que nos permita desviar da rota do dever sem que tenhamos, forçosamente, que colher amargos frutos, porque “se o plantio é livre, a colheita é obrigatória”.

Não se colhe rosas plantando espinhos. Sejamos responsáveis diante daqueles que escolhemos e que nos escolheram para compartilhar a vida. Acautelemo-nos contra as ilusões. Se os nossos anseios são irrealizáveis por agora, respeitemos as limitações impostas pelo momento que passa; Por mais possa doer olhar de longe um dos muitos seres amados, que cruza o nosso caminho nesta vida, mas que já optou por outra pessoa, só a dignidade de nos manter à distância é que vai possibilitar, pelas justas leis da vida, que conquistemos por mérito, lá na frente, em outras circunstancias, a alegria do reencontro e a partilha do afeto junto àquele que nos é tão caro, porque estaremos redimidos dos ônus afetivos do ontem através das atitudes renovadas do hoje.
“Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e sua justiça, e tudo o mais vos será acrescentado” (Mateus 6.33)

Saibamos buscar… Saibamos esperar… Trabalhemos por merecer… Afinal, temos pela frente a eternidade!

PENSE NISSO.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Mesa Evangélica


Antes de iniciarmos o primeiro Trabalho do dia, que invariavelmente deveria ser a Mesa Evangélica, ficando a excepção apenas para os Prontos Socorros que ainda operam em regime de urgência, existe todo um preparo. Ao colocarmos o uniforme iniciamos um processo que nos conduzirá ao contacto com nossa Individualidade. Deixamos de lado nossos problemas e aflições e passamos a considerar que o atendimento ao paciente, encarnado ou desencarnado, é o mais importante dever do dia. Passamos por um processo completo de mediunização, onde os mantras e nossa preparação, nos dão a condição de participar da mesa Evangélica, já devidamente interiorizados em nosso espírito. Perguntaram “em que pensar? como me concentrar na Mesa Evangélica?”. Abordemos este tema sob a ótica de nossas duas diferentes mediunidades desenvolvidas: Doutrinador e Apará. O Apará, Mestre ou Ninfa Lua, tem normalmente uma maior faculdade de desprender-se das necessidades de concentração. Sua mediunidade já leva um pequeno entorpecimento do sistema de vigília, e um suave relaxamento se passa no momento que se dispõe a preparar-se para a incorporação.


Na Mesa Evangélica não é diferente. Deve deixar a mente livre de pensamentos pré-concebidos e entregar-se a projecção que recebe. A chamada para incorporação dos irmãozinhos é a chave para fechar as mãos, cruzar os braços e ser o perfeito aparelho de integração entre aqueles que necessitam do magnético humano para partir rumo a uma nova jornada. Este trabalho foi destinado aos nossos irmãos recém-desencarnados, que necessitam de fluído, para recuperar parte de suas forças, afim de acompanharem seus mentores. As ditas “Mesa Pesadas” não são um trabalho trazido pela Clarividente. Excepcionalmente, pode-se realizar uma Mesa Especial de Centuriões, como o Trino Araken concebia, visando direccionar a energia de maneira claramente desobsessiva para determinado evento ou pessoa. O tal “peso”, de algumas Mesas, é trazido pela falta de preparo dos médiuns participantes, que trazem suas energias pesadas e eternam seus próprios problemas. O Apará equilibrado vai à Mesa para cumprir o papel que a ela foi destinada: Receber os irmãozinhos recém-desencarnados, doar a energia e permitir que sejam rapidamente encaminhados pelos seus Mentores. Deste modo, a concentração é apenas na doação de energia a ser fornecida e ao esclarecimento promovido pelo Doutrinador.
 
Já o Doutrinador, concentra-se expandindo sua percepção. Trabalha a Doutrina com amor e procura sentir cada palavra proferida como um bálsamo a ser entregue aos que ali chegam ainda desorientados e enfraquecidos. Sua postura de carinho, respeito e total dedicação, é a verdadeira e necessária concentração.