sexta-feira, 3 de maio de 2013

A Mesa Evangélica


Tocou a sineta é hora de dirigir-se para o setor! Ah, mas eu estava na “sintonia” de um cafezinho... O chamado da sineta é uma alerta de que necessitam de você naquele setor, e você tem um compromisso. Garanto que o café vai ficar bem mais saboroso depois do trabalho realizado.

No setor evangélico, enquanto aguardamos a quantidade necessária se completar, é hora de imantrar. Não há espaço para conversas vazias e que só atraem forças esparsas! Tem que colocar o pé lá dentro e já estar trabalhando! Imantrar, mentalizar, e com seu comportamento verá que outros, que normalmente se perdem nas “conversas sem procedência” irão te acompanhando na conduta correta. É uma lei de atração em que o certo vai sempre vencendo. Ah, mais uma coisa, entrou para o trabalho, não saia! Às vezes você induz a outro a sair, e acaba sendo o responsável pela não realização do trabalho todo. Isso tem preço!

Aparás acomodados... Doutrinadores atrás, concentração total durante a abertura e então o Comandante determina que se façam as puxadas. Xiii... O Apará não incorporou! E agora? Quando você faz a puxada, o Apará passa a receber a projeção, independente de qualquer sintoma aparente. Por tanto, não vá “dar banho em Jesus”...??? ... Explico, baixar a cabeça perto do ouvido do Apará e gritar “LAVADO SEJE NOSSU SINHÔ JESUIS CRISTO”... Salve Deus! Um Apará está ali mediunizado, buscando a sintonia daquela incorporação, que muitas vezes é difícil, pesada, e o Doutrinador faz algo assim? Não!!! Um médium deve ter o comportamento exemplar, com carinho e respeito! E mais do que isso, “Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo” é uma chave! Aprenda a pronunciar corretamente! A postura elegante e a voz em bom tom fazem parte da conduta doutrinária.

Após a puxada, o Apará, sob projeção, deve manter o equilíbrio, mesmo diante da mais feroz vibração. Com as mãos fechadas, mantendo o corpo no mesmo equilíbrio, sem emitir sons, ruídos de qualquer espécie, gestos corporais que incitem qualquer tipo de sentimento. Estas manifestações não são sinais de uma incorporação perfeita, de muita sintonia e de força do médium. Pelo contrário! São sinais de fraqueza, de falta de controle e até mesmo de desequilíbrio! Não foi isso que aprenderam nas aulas de desenvolvimento! Se não foram corrigidos, a culpa é do Instrutor!

O Doutrinador realiza então sua doutrina. “Tem uma doutrina específica para a mesa”... MENTIRA! Não, a doutrina que acompanha a limpeza da aura deve ser espontânea. Seguir um determinado padrão, porém sem ser cansativa e decorada. Tem que ter sentimento! Levar sua vibração energética! Não pode ser uma fala decorada sem emoção, enfadonha e cansativa. Você tem que se concentrar no que está fazendo. Está encaminhando um espírito desconhecido que jamais te esquecerá, se aquela realização for completa. Está formando uma amizade que irá, quem sabe, te receber quando chegar a sua hora de partir. Pois ele jamais te esquecerá. Pense nisso! E não no café que você deixou de tomar.

Ao realizar a limpeza da aura, o cuidado com a elegância também é fundamental. Aqueles que fazem tudo correndo ou que gesticulam fora dos padrões, inevitavelmente são notados e vibrados. Atraem para si a atenção que parecem querer, mas com certeza, não vem nada positivo junto. Ah... Uma lembrança importante: Nunca, jamais se toca no Apará durante a limpeza de aura!!! Pergunte o quê sentiu um Apará que recebeu um toque. Vai ver como ele ficou “feliz” com o choque recebeu, e como o doutrinador(a) caiu em seu conceito.

Quando é realizada a elevação, o objetivo é permitir que o espírito siga sua jornada. Segurar a incorporação é um dos piores erros que um Apará pode cometer. Claro que algumas vezes, existe a necessidade de um espírito receber um pouco mais de ectoplasma, ou mesmo um fluido de diferente doutrinador(a), mas está não é a regra, é a exceção! Fazer isso no encerramento da mesa, criando um clima de espetáculo, é ainda pior! Quem leva as vibrações, não é o doutrinador(a) que não “conseguiu” elevar o espírito, e sim o Apará que deu show! Salve Deus! Falo isso assim, de forma clara, porque é o quê na verdade todos comentam. Digo ao Apará que não acredite se alguém foi elogiar “sua força” na mesa... Quem fez isso agiu por ignorância ou falsidade.

Resta ainda falar do giro... Giro, quer dizer andar em círculos! É deixar o fluxo energético da mesa seguir a trajetória. Quando um Doutrinador(a) estaca atrás de um determinado Apará, esperando que o outro Doutrinador termine sua doutrina e elevação, ele pára este fluxo e sujeita-se às forças esparsas. Fica segurando “carga”. Portando não pare! Siga o giro, somente pare para aguardar quando ouvir o “Obatalá”. Nos faróis é mais uma questão de bom senso. Se tem um ou dois esperando para fazer a limpeza, espere também, mas se já tiverem três ou quatro esperando, Salve Deus, siga em frente e não cause um “engarrafamento doutrinário”. A passagem sem fazer a limpeza, quando já existem mais de três esperando no farol, foi autorizada pelo Trino Arakem.

Eu deveria continuar escrevendo sobre este tema, mas como afirmei, vai acabar virando um jornal. Espero já ter atendido as expectativas do médium que fez sua consulta, e aguardo novos questionamentos sobre o tema, para ter a oportunidade de escrever mais.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Aparições no momento da morte


Momentos antes de morrer, muitas pessoas alegam ver junto de si seres conhecidos, familiares e amigos, também já falecidos. Estes estudos têm tido o interesse de muitos pesquisadores.

 Ernesto Bozzano (1861-1943) foi um dos mais eruditos sábios dos últimos tempos. Foi um famoso escritor italiano, mundialmente conhecido pelas excelentes obras espíritas legadas ao mundo, através de suas investigações. Uma de suas pesquisas denomina-se «Fenómenos Psíquicos no Momento da Morte» e relata muitos casos confirmados e catalogados de pessoas que tiveram contacto visual com seres conhecidos, familiares, amigos, todos eles já falecidos e que viriam então “buscá-los” para a sua nova vida. Factos muito interessantes que acontecem amiúde, e que os mais desavisados facilmente consideram ser apenas uma alucinação visual, não dando a menor importância aos mesmos.
Ensina-nos o Espiritismo (ver “O Livro dos Espíritos” de Allan Kardec) que as pessoas, quando o corpo físico se vai deteriorando ao ponto de não mais suportar a vida no planeta Terra, começam a desligar-se naturalmente, passo a passo, desse mesmo corpo.
«...é possível aos falecidos (chamados de desencarnados, isto é, fora do corpo de carne) tornarem-se visíveis perante nós encarnados, isto é, ainda no corpo de carne.»
Sendo o ser humano um espírito eterno, que tem temporariamente um corpo físico, esse ser volta um dia para o mundo espiritual, continuando aí a viver em várias cidades e organizações existentes nesse mesmo mundo espiritual, mas agora, vivendo com o corpo espiritual (denominado de perispírito), que é uma espécie de duplicação do corpo físico, só que em outro estado da matéria.
Nesse sentido, e por um processo de “condensação” molecular desse mesmo corpo espiritual, é possível aos falecidos (chamados de desencarnados, isto é, fora do corpo de carne) tornarem-se visíveis perante nós encarnados, isto é, ainda no corpo de carne. É o que acontece amiúde com pessoas que se encontram em estado de doença prolongada, e que vão assim desligando-se paulatinamente do corpo físico, estando por vezes, no momento da morte, mais “do lado de lá” do que “no lado de cá”, como é usual dizer-se. Essas pessoas, descrevem seres conhecidos, já falecidos, que estão ao seu lado, amistosamente, e relatam muitas vezes suas conversas com esses mesmo seres, podendo inclusive prever com alegria o momento da morte do corpo físico.