quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

EU



Em nossa marcha evolutiva, há um momento em que o espírito desperta pela percepção de si mesmo, quando o “EU” atinge o nível de poder exercer o livre arbítrio no plano temporal, deixando de ser uma prisão para o espírito.
Pela ação e interação, o “EU” amplia seus conhecimentos e expande suas realizações, refina as emoções e aprimora os sentimentos, permitindo que o espírito, que nasceu simples e ignorante, passe a atuar e crescer no entendimento de si mesmo e de tudo o que está à sua volta neste Universo.
Ele deixa de se aprisionar na idéia de que é um corpo carnal, mortal, limitado pelos sentidos, e desperta para a realidade de que é um ser imortal, iluminado e preciosa existência. Esta é a fase do renascimento do Homem!
Mas, é preciso observar entre o "EU" negativo e o positivo. O negativo é o que desperta para o egoísmo (*), ignorando os outros e buscando sempre vantagens para si mesmo. O positivo é aquele que desperta para o trabalho na Lei do Auxílio, esforçando-se para servir e ser útil aos seus irmãos, sempre preocupando-se em ampliar o seu conhecimento, proporcionando a si mesmo o aperfeiçoamento de seu espírito através das modificações em seu íntimo, sempre exigindo o melhor de si mesmo.
O campo energético da mente é limitado em torno de uma densa massa, nuclear, o “EU” ao redor da qual os mecanismos psicológicos giram como partículas atômicas, instrumentos da vida mental que têm diversas naturezas, indo do sistema sensorial até à capacidade de abstração, controlando a intensidade e a qualidade da energia mental (*).
Seu funcionamento é pulsativo ao redor de seu núcleo, recebendo e transmitindo impulsos de diferentes padrões vibratórios, obedecendo à sintonia em que é colocada pela vontade - a sintonia mental.
O Eu é a sede da decisão, o centro do livre arbítrio e da responsabilidade do indivíduo. Forma uma unidade complexa, idêntico a si mesmo e autônomo no agir, dando aos fatos psíquicos a forma de atos pessoais e, na verdade, é o conteúdo da consciência.
O Eu permanece intocado em qualquer dos planos - físico, etérico ou astral - em que estejamos, isto é, da nossa organização molecular. Transcende as experiências e experimentações psicológicas, sendo sujeito ao corpo e ao meio cósmico, avaliando sensações e sentimentos, fazendo julgamentos, questionando razões, formando uma intersubjetividade que lhe dá natureza secreta, e, independentemente do comportamento do ser, o torna único e incomunicável.
Entre as situações-limite - nascimento e morte - o Eu preside todo o desenrolar da vida, seu determinismo e sua liberdade. Em Delfos vê-se a inscrição: “Conhece-te a ti mesmo!”, e essa é a base da Doutrina do Amanhecer. Aprendemos a nos conhecer, a caminhar para dentro de nós mesmos, sabendo que o Céu e o Inferno estão dentro do nosso Eu.
Em João (XIV, 6) nos é revelado que Jesus disse: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por Mim!” Um dos significados desta frase seria: O Eu é o caminho da verdade e da vida.
Sim, porque como conteúdo da consciência, depende da estruturação do Eu o bom ou mau aproveitamento da reencarnação, da jornada daquele espírito.
Existe até uma doutrina – o solipsismo – que afirma ser o “EU” única realidade no mundo, pois, com suas modificações subjetivas, forma toda a nossa realidade.

  • No mundo físico, muitas vezes ocultamos certos comportamentos a que nosso plexo nervoso nos obriga. Sabendo que o nosso mundo social se escandalizaria, nos escondemos, e Deus nos ajuda, pela razão do nosso sentimento em não querer desafiar os laços sociais do nosso mundo.” (Tia Neiva, s/d)

  • Cada indivíduo concorre para o caráter do seu grupo, que se compõe de diversos graus, desde variedade até a espécie.
Apesar dos milhares de espíritos, tudo gera, se afina, na individualidade.
Nascer, morrer, reencarnar, progredir sempre, na sensação de fenômenos diversos, físicos, abalos fisiológicos, a comoção nervosa, a sua transformação no cérebro, o efeito, a reação orgânica de atração ou repulsa de emoções.
Temos, assim, o conhecimento fisiológico denominado consciência, que se estabelece entre o eu e o não-eu.
Cada indivíduo é um cenário diferente, porque age na individualidade.”
(Tia Neiva, s/d)

Desencarne

Em memória ao Luis Costa Ribeiro que desencarnou hoje 29/12/2011
  • No desencarne acontece o mesmo que no nascimento: exige cuidados médicos dos dois planos. (...)
Aplicando todos os recursos, na tentativa de salvar o paciente, os médicos da Terra curam muita coisa antes que o paciente morra. Muita dor e sofrimento são, assim, poupados. O paciente que morre bem assistido chega ao outro lado com muito menos trauma e muito menos defeitos no seu perispírito.
Na verdade, embora os médicos da Terra não saibam disso, eles trabalham sempre em equipe com os médicos espirituais, cada um atuando no seu plano. Ambas as equipes, uma sabendo e a outra sem saber, obedecem aos ditames da Lei Cármica, e o paciente desencarna no momento previsto.
Todo desencarne é feito antes da morte física. Quando chega a hora, os Mentores e Guias tomam as providências necessárias e o “parto” para o outro lado tem início.
Geralmente, dura de três a quatro horas. Mas, não existem dois desencarnes iguais. Cada caso exige atenção especial. (...)
Muitas vezes a pessoa está dirigindo calmamente seu carro e seu desencarne já está sendo feito. Logo adiante, o carro capota e ela morre, às vezes inexplicavelmente. Isso mostra, inclusive, porque certas pessoas saem vivas de desastres terríveis e outras morrem de uma simples batida.” (Tia Neiva – “Sob os Olhos da Clarividente”)



Fluido Magnético



Tudo nesse mundo é energia (*) e, por conseguinte, vibra em determinada freqüência, emitindo essas vibrações dentro de um padrão com as características intrínsecas deste ser, seja ele mineral, vegetal, animal ou humano.
O Homem, pela condição de ter um plexo preparado nos Planos Espirituais, emite o ectoplasma (*) e tem muito ampliada sua capacidade de emissão vibracional. Na Natureza, dentro de uma escala que não tem ainda bem definidos seus limites pela deficiência de nossa sensibilidade, começamos com o fluido magnético mineral, que vem sendo muito explorado ultimamente pelo uso de cristais, principalmente nos chakras (*), para utilização de suas vibrações no equilíbrio energético do Homem. É uma energia densa, como a que invocamos nas Contagens, quando pedimos a energia das grandes cordilheiras silenciosas, e as manipuladas pelo Povo das Rochas, as Rochanas, nos trabalhos do Templo.
Fortes, porém menos densas, são as energias das águas, manipuladas pelo Povo das Águas (*), das cachoeiras, dos rios, dos lagos e dos mares. Com densidade menor, temos o fluido magnético vegetal, o aroma verde das matas, os florais, os produtos homeopáticos, as raízes e medicamentos normalmente usados para restabelecer o equilíbrio energético do Homem, que é a sua saúde. É amplamente manipulado pelos Caboclos das Matas (*).
Já com densidade menor, com ampla freqüência vibratória, temos o fluido magnético animal, que é utilizado amplamente nos trabalhos feitichistas e macumbas, onde o sangue e as vibrações da angústia da morte são usados para satisfazer a carência energética de exus e outros espíritos do Vale das Sombras.
Estudos modernos demonstraram alterações vibracionais nos animais e nos vegetais através de diversas experiências. As plantas demonstraram modificações ao serem queimadas ou cortadas outras que estavam perto, podendo ser avaliado um comportamento de medo. Harmonizaram, também, ao serem colocadas em ambientes onde havia música suave.
Com animais, têm-se muitos exemplos de formas adiantadas de inteligência e sentimentos. Uma coelha apresentava alterações vibracionais cada vez que matavam um de seus filhotes, colocados a milhares de quilômetros de distância, em um submarino russo que estava submerso em local não revelado, em horários não previamente combinados.
Assim, os três reinos da Natureza estão integrados em todo o Universo vibracional, irradiando, absorvendo e modificando padrões vibratórios.
Cabe ao Jaguar descobrir e conhecer as diversas características do mundo que o cerca, sabendo manipular em seu próprio benefício e em benefício dos seus irmãos, encarnados e desencarnados, todo esse maravilhoso conjunto de forças provenientes dos fluidos magnéticos mineral, animal e vegetal que agem e interagem em seu Sol Interior (*).
Não se fala em ectoplasma a não ser para a emissão do fluido magnético animal do Homem.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Humildade



Uma das bem-aventuranças proclamadas por Jesus no Sermão da Montanha diz: “Bem aventurados os mansos, porque herdarão a Terra!” Ser manso é ser humilde. A humildade é uma virtude do Homem que aprende a se dominar, aplacando seus sentimentos quase inconscientes de orgulho e soberba, reconhecendo seus limites ante a dignidade do próximo e sua limitação ante a grandeza de Deus. Um dos alicerces da condição do Jaguar, junta-se à justiça e à verdade para formar o caráter do médium que pretenda cumprir fielmente seus compromissos com a Espiritualidade Maior. Ë preciso determinação e paciência para caminhar, cada vez mais alto, na estrada da humildade. O grande exemplo foi o do Divino e Amado Mestre Jesus, cuja humildade, admirável e positiva, graciosa e redentora, nos ensinou, conforme Mateus (XI, 29 e 30): “Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim que sou manso e humilde de coração: e achareis descanso para as vossas almas, porque o meu jugo é suave e o meu peso é leve!”. E ainda em Mateus (XVIII, 1 a 5): “Naquela hora, chegaram-se a Jesus os seus discípulos dizendo: Quem julgas que é o mais importante no reino dos céus? E chamando Jesus a um menino, colocou-o no meio deles, e disse: Em verdade vos digo, que se vos não converterdes e vos não fizerdes como meninos, não entrareis no reino dos céus! Todo aquele pois, que se fizer pequeno e humilde como este menino, será o maior no reino dos céus. E o que receber, em meu nome, uma criança como esta, a mim recebe!”. A verdadeira humildade não é a do Homem perante outro Homem, mas sim perante Deus. Jesus nos ensinou que pela humildade recebemos a ajuda divina, o prana. Quantas vezes a Espiritualidade precisa de nós, nos procura, e fugimos ou nos escondemos, sem consciência de que fazemos isso simplesmente pelo orgulho. Na Doutrina do Amanhecer temos que ter consciência de nossa missão e do que representamos: a Corrente é imensa, luminosa, de uma grandeza infinita, e nossa capacidade mediúnica será grandiosa se estivermos nela perfeitamente integrados, e não por nossa simples e pequenina personalidade. Nós precisamos da Corrente - ela não precisa de nós: a partir daí temos condições de exercer nossa humildade. Em João (XIII, 14 a 17), o Evangelista, relatando a passagem em que Jesus lavou os pés de seus discípulos: “Vós me chamais de Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou. Se, pois, eu vos lavei os pés, eu que sou vosso Senhor e Mestre, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Eu vos dei o exemplo para que assim como eu vos fiz, o façais também. Em verdade, eu vos digo: o servo é maior do que o amo, nem o apóstolo maior do que aquele que o enviou. Se compreendeis estas coisas sereis felizes, contanto que as pratiqueis”. Aprendemos, então, que devemos ter a simplicidade de coração, sem depender da vivência social, intelectual ou formal. Nos trabalhos do Templo, as indumentárias nos igualam. Nosso uniforme faz com que todos se sintam sem distinções de classe, de cor ou de qualquer outro fator. Uma grande lição de humildade nos é dada por Pai Seta Branca, que desce de sua grandeza e plenitude para se submeter a um comando quando, incorporado em um simples médium, nos traz sua bênção. E essa humildade sentimos e nos ilumina em todos nossos trabalhos com a Espiritualidade. Por que, então, seríamos orgulhosos e arrogantes?
O médium de incorporação corre riscos de se engrandecer, vaidoso das entidades que incorpora, esquecido de que ele é simples instrumento e, como tal, tem que estar em perfeitas condições para ser utilizado pelos Mentores. Amor, tolerância e humildade!
São os três reinos de nossa natureza, são o nosso caminho, devem ser nossa preocupação constante. O verdadeiro médium, com amor, faz sua preparação, chega diante do Pai Seta Branca e humildemente suplica: Pai, aqui estou, com todo o meu amor, para que disponha de mim conforme a Sua vontade! E parte para o trabalho confiante na sua intuição, naquilo que vai receber dos altos planos espirituais. A nossa missão é difícil, nossa jornada é cheia de obstáculos, e somente com humildade vamos entender que as dificuldades foram criadas por nós mesmos, em jornadas anteriores, e que não podemos culpar ninguém, além de nós mesmos, por nossos sofrimento. Só a humildade nos auxilia, porque nos permite receber o prana, nos dá condições para contemplarmos nossos quadros com visão bem próxima da realidade e nos concede a grandeza de avaliar nossas ações dentro da Lei de Causa e Efeito. Obedecer à hierarquia, ser humilde sem se humilhar, ser manso sem ser servil, cumprindo nossas metas cármicas com plena consciência do que somos e do que queremos ser dentro da perfeita conduta doutrinária, respeitando nossos próximos e buscando obedecer às leis da sociedade e da moral, sobretudo às Leis de Deus - eis nossas diretrizes como verdadeiros Jaguares.
 
Entretanto, no Evangelho, tudo se resume na prática destas três palavras, que nós sempre repetimos: Amor, Tolerância e Humildade. Agora, chegou o momento de saber até que ponto cada um de nós adquiriu a capacidade de perdoar, de tolerar, de ser humilde, de não julgar e de amar, e assim avaliar o ponto a que chegou em termos de amor incondicional!”
Tia Neiva
 
Pai Seta Branca diz que: “A humildade e a perseverança de vossos espíritos conduziram-me ao mais alto pedestal de força básica que realizou esta corporação.” Mais uma vez você, com seu esforço, amor e humildade, encheu da maior alegria o coração de nosso Pai tão querido!”
Tia Neiva – Carta Aberta n.º 6 –  09/04/1978
 
Ser humilde é ser amor. Ser humilde é ser manso de coração, é ser tratável. Toda filosofia exige humildade de tratamento, principalmente para com aqueles que precisam de nossos cuidados. !”
Tia Neiva – 05/03/1979
 
O verdadeiro sentido da humildade é conseguir dar vazão, através de si mesmo, da maior pureza do céu, que é a Voz Direta. Isto não diz respeito só ao Apará, mas, principalmente, ao Doutrinador, porque os Doutrinadores são os portadores do Terceiro Verbo, da Palavra, que é o fundamental do sistema crístico.”
Tia Neiva

domingo, 25 de dezembro de 2011