sexta-feira, 12 de abril de 2013

Uma História contada por Tia Neiva


Ao ver a foto da Tia, me lembrei do Nestor em uma das suas aulas dadas as quintas-feiras em sua casa a um grupo reservado de Aparas.
Ele começa assim!
Jaguares, o que vou cotar á vocês, me foi contado pela Tia.
Não estou inventando nada do que vocês vão ouvir.
A flor da honestidade.
Pai João, conta que certa vez, houve uma reunião pedida pelo Pai Seta Branca no anfiteatro de Capela, onde seriam recebidos os doutrinadores adjuntos de povos, interessados em se consagrar arcanos. E para terem acesso ao anfiteatro foi distribuída uma sementinha de uma flor muito rara, que os jaguares deveriam plantar em um vaso, e só então, depois de nascida, cada um deveria trazê-la para a reunião. Passaram seis meses e todos os doutrinadores que receberam a semente estavam com seus vasos nas mãos, com as mais lindas flores até então nunca visto. La no fim da fila, estava um adjunto com seu vazo sem nenhuma flor. Os demais, o olhavam com certo desprezo e muitos até riam do vazo sem flor que ele conduzia. Após se acomodarem nos seus lugares, o Pai Seta Branca, entra no recinto em companhia do Pai João, e sentam-se silenciosamente. Então, Pai João, levanta-se e chama pelo nome (não vou falar o nome a pedido da Tia), o doutrinador com o vazo sem a flor e o conduz até ao Simiromba que lhe consagra Arcano. Todos os demais baixaram a cabeça ao ouvir que as sementes distribuídas eram estéreis, e que portando, não dariam nenhuma flor. Portando, só um de todo o grupo, tinha sido honesto e vindo a reunião com seu vazo vazio, exercendo assim a conduta doutrinaria da honestidade, o que lhe deu o direito da consagração que foi feita pelo Pai Seta Branca naquele momento. E ordenou Pai João, que todos os demais, deveriam sair do recinto com seus vasos e suas flores, e regressarem aos seus templos e informando ao seu povo o ocorrido na reunião. 
Sabe quantos fizeram isso? 
Nenhum...   

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Raiz Egea


A RAIZ EGEA

Uma poderosa raiz se baseou na região da Egea, terra que ficava entre a Turquia e a Grécia, tendo sido submersa pelas águas do mar Egeu, formando as ilhas gregas, e dando origem a três linhas que influenciaram profundamente a civilização da Terra: Gregos, Egípcios e Hebreus.

GRÉCIA
Um dos três troncos da Egea, foi o grupo que desenvolveu mais rapidamente tudo que dizia respeito ao Homem e à sua vida em sociedade, não só em seus aspectos positivos como, também, negativos. As ruínas de Thira, mostram que a região da Egea abrigava  uma civilização adiantada, que muitos confundem como sendo a Atlântida, sem registro de guerras ou violência, que foi destruída por uma grande erupção que provocou a submersão de grande parte da Egea e formou as ilhas gregas das Cíclades e do Dodecaneso, Creta e o Peloponeso, ao sul da Grécia.

Os deuses se concentraram, então, no monte Olimpo, de onde se envolveram nas grandes aventuras relatadas na Mitologia grega. Era a história da queda dos Capelinos, uma fase vital para muitos espíritos, quando tantos chegaram ao fim da existência, já que foram desintegrados, isto é, deixaram de existir.

Na Egea surgiram poderosas forças e um povo missionário, que iria levar o Homem à idade da Razão, mas também foi um ponto de reinicio de nossa jornada de volta às nossas origens, embora fosse  o final para aqueles que se deixaram levar pelo desamor e pela violência, como os que se concentraram em Esparta, onde esses espíritos caíram o mais fundo que lhes foi permitido. Para muitos de nós, foi dada uma nova oportunidade.

Em Esparta tivemos a última experiência com um núcleo onde o amor não existia, nem a misericórdia e nem a caridade. Vivia-se por instintos e não por sensibilidade, transformando aqueles que um dia foram deuses em seres mais perigosos que os animais.

Em Atenas, destruída pelos persas, surge a grande figura de Péricles (495 a 430 AC), cuja missão era reunir aquela plêiade de espíritos  vindos da Egea, estabelecendo os caminhos para o Deus Único, invisível e indivisível, desconhecido.

Aceitando as divindades do Olimpo, reconstruiu Atenas, de forma até hoje admirada por todos, não só na parte material como, também, nas raízes que deixou. Ergueu o principal  templo da cidade dedicado a Atena e, com sua visão e inteligência, dedicou-se à política voltada para a comunidade, prestigiando as Artes e as Letras em tal dimensão que sua época ficou conhecida como “o Século de Péricles”.

Cercada por muralhas, Atenas se concentrava em torno do Acrópole e dispunha de locais preparados para as reuniões com os grandes mestres que ali iniciavam a Era da Razão, como a Assembléia – Pnix -, o teatro de Dionísio e, fora dos muros, a Academia de Platão e o Liceu de Aristóteles. Na guerra do Peloponeso, Atenas foi derrotada por Esparta, logo após a morte de Péricles. Para se ter uma idéia do mundo intelectual grego, as cidades-estados foram campos de atividades dos famosos sábios (ver, no Anexo, maiores informações): Abdera (Demócrito e Pitágoras); Elide (Pirro); Estagiros (Aristóteles); Megara (Euclides); Mileto (Anaximandro, Leucipo e Talles); Samos (Epicuro e Pitágoras); Sinope (Diógenes); e Atenas (Anaxágoras, Antistenes, Aristóteles, Epicuro, Píndaro, Platão, Sócrates, Timon e Zenão).  

Sócrates já revelava a esperança crística quando declarou: “desde a minha infância, graças ao favor celeste, sou seguido por um ser quase divino, cuja voz me impele a esta ou aquela ação”. Em Éfeso, região da atual Turquia, Heráclito proclamava que a evolução do mundo se fazia pelos conflitos e desarmonias aparentes que, na verdade, obedeciam a uma ordem superior harmônica que regulava os acontecimentos dentro de determinadas medidas ou proporções.

Com o fogo sendo considerado a substância básica, o mundo estaria em mudança permanente. Assegurava: “A luta é a mãe de tudo!”. E foi na Grécia que tivemos reencarnações marcantes, como as da época da guerra de Tróia, objeto de história contada por Koatay 108 na oportunidade de uma prisão coletiva, onde relatou fatos e personagens ligados a Jaguares de hoje. Eram usados os oráculos, onde sibilas, pítons e pitonisas, pela Voz Direta, faziam previsões e orientavam grande parte dos reis e nobres. Um ponto essencial no mundo grego foi Delfos.

Localizado da Fócida, na Grécia, situada na encosta sul do monte Parnaso, Delfos tornou-se um centro religioso dois mil anos antes de Cristo. O primeiro Oráculo ali instalado foi o de Ge (a Terra), e foi crescendo em importância até que no século VIII antes de Cristo tornou-se enormemente influente com o Templo de Apolo e suas pitonisas, que eram procuradas por reis, nobres e cidadãos comuns vindos das mais distantes regiões, buscando, nas previsões das pitonisas, orientações e decisões para guerras, casos de amor e de negócios, fundação de colônias, novos cultos, purificação de criminosos e outros variados assuntos.

As respostas eram dadas por uma pitonisa que se preparava fazendo fumigações de louro e cevada, bebendo água da fonte de Cassótis, e sentava em um tripóide, banco de ouro com três pernas, sobre uma pedra redonda, dividida em três, tendo em cada parte uma fenda por onde passava uma fumaça de origem vulcânica, vinda do adyton, parte inferior do Templo de Apolo, que era aspirada pela pitonisa, fazendo com que entrasse em êxtase mediúnico. Os oráculos proferidos pela pitonisa eram então, se necessário, interpretados pelos sacerdotes.

Para que aguardassem serem atendidos, os reis construíram vários minipalácios no caminho para o Templo de Apolo - a Via Sagrada -, erguendo monumentos e depositando tesouros que, com o tempo, se perderam. Até hoje existem as ruínas do Templo, a pedra circular, ruínas dos palácios, sendo o mais conservado o dos Atenienses. Existe o anfiteatro onde se faziam os julgamentos das pitonisas novatas, pois, como o poder delas era muito grande, quando desconfiavam que estavam diante de uma mistificação, submetiam-nas ao julgamento.

Se não conseguissem provar seus poderes, eram imediatamente atiradas a uma corrente de água que caía pelo despenhadeiro. Foi num desses julgamentos que Pytia, encarnação de Tia Neiva, produziu, pela primeira vez, o fenômeno do rufar dos tambores. Entre a entrada do Templo e o anfiteatro existe um caminho, onde os guardas se postavam com tambores.

A cada passo que a pitonisa a ser julgada percorria, rufava um tambor onde ela passava, de modo que o povo reunido no anfiteatro percebia sua aproximação. Quando Pytia estava diante de seus juizes, provou sua força fazendo com que, independentemente dos soldados, todos os tambores rufassem ao mesmo tempo, sendo, então, reconhecidos seus poderes. Esse fenômeno ela reproduziu em Atenas, quando comprovou seus poderes a Leônidas, para libertar a Rainha Exilada, como se revive no Turigano.

O culto a Apolo era interrompido no Inverno, quando Apolo ia para os Hiperbóreos, ficando em seu lugar Dionísio. De Delfos, Pytia organizou as Falanges Missionárias de Yuricy, Jaçanãs, Muruaicys e Dharman Oxinto, após a instalação da Cruz do Caminho no Delta do Nilo, colocando, sob nova projeção, a Iniciação de Osiris, que passou à Iniciação Dharman Oxinto, até hoje usada em nossos Templos do Amanhecer.

Segundo os historiadores, havia em Delfos uma grande pedra - omphalos -, que marcava o centro do mundo, que desapareceu. Com o passar dos séculos, pela ação destruidora de terremotos e saqueadores, pouco resta do antigo esplendor de Delfos. 

No Templo estavam escritas sentenças dos Sete Sábios - Tales de Mileto, Pitaco de Metilene, Brias de Priene, Sólon, Cleóbulo de Lindos, Míson de Cene e Chilone de Lacedemônia -, os sábios gregos que possuíam no mais alto grau o que os gregos chamavam de Sabedoria. Entre as sentenças gravadas, destacam-se “Conhece-te a ti mesmo” e “Nada em excesso”.

Dentro da missão de preparar o caminho para Jesus, as pitonisas ou sibilas de Delfos se entregaram às suas funções com amor e muito zelo. Levavam uma vida de castidade e orações, e muitas predisseram a futura chegada de Jesus, sendo famosas Ciméria (“Num século surgirá o dia em que o Rei dos Reis habitará conosco.

Três reis do Oriente, guiados pela luz de um astro rutilante, que ilumina a jornada, irão adorá-lo e, humildes, prosternados, Lhe oferecerão ouro, incenso e mirra!”) e Daphne (“Depois que alguns anos passarem, o Deus, de uma virgem nascido, fará reluzir aos homens aflitos a esperança da redenção e, conquanto tudo possa – e quão alto está o Seu trono! – ele sofrerá a morte para, da morte, resgatar seus povos...”). De modo geral, eram recrutadas entre as sacerdotisas de Apolo. Com o advento do cristianismo, Delfos foi perdendo seu poder, e a última mensagem do Oráculo dizia: “Chorai, trípodes! Apolo é mortal... E ele sente morrer sua chama passageira...

O fogo sagrado do Eterno eclipsa sua débil luz!...” Estava cumprida a missão, pois o Sistema Crístico já estava estabelecido pelo Divino e Amado Mestre Jesus. Porém, é em Esparta nosso último degrau da decadência espiritual. Formamos uma civilização militarista e insensível, violenta e sem amor, espíritos oriundos de Egea eram responsabilidade do estado desde a sua gestação, criados longe dos pais, e se apresentassem alguma fraqueza ou deficiência eram imediatamente eliminados.

Daí, partimos em busca de podermos retornar a Capela, e essa é a força que nos impulsiona – a dos Cavaleiros Verdes – que vamos buscar no passado remoto. A figura de Leônidas se destaca nesta época, sendo esta raiz invocada no Turigano. Pelo seu nível elevado, a Grécia, embora sob o poder romano, influenciou profundamente a raiz que se formou em Roma. Vale destacar uma linha, a de Hermes Trimegisto e o Hermetismo. Hermes é o deus grego que corresponde a Mercúrio romano, mensageiro dos deuses, representado carregando um bastão ao redor do qual se enrosca uma serpente, simbolizando a sabedoria.

É uma figura originária do Grande Toth, oráculo de sabedoria filosófica e religiosa, que significou a unificação das linhas da Mesopotâmia e da Egea, expressa em um conjunto de 17 livros, escritos anônimos muito divulgados no século I DC, sob o título de Poimandres. O conjunto de ensinamentos de Hermes – Summa Hermetica – é dividido em duas categorias: a) o Hermetismo Popular, com textos mais antigos, datando, em média, de 300 AC, versando sobre Astrologia, Medicina, Alquimia, Magia e simpatias, com revelações secretas dos laços secretos que existem em diversas partes do Universo que não têm, aparentemente, qualquer ligação entre si; e b) o Hermetismo Sábio, com textos mais recentes, após Jesus, sob o título de Corpus Hermeticum, que traduzem a helenização das antigas religiões da Mesopotâmia, fazendo frente à racionalização da Grécia, que impunha, com Roma, pesada responsabilidade a todos. Com as revelações baseadas em Hermes, pensadores europeus formaram uma nova ordem em que adaptaram elementos de diversas doutrinas anti-racionalistas e foram estruturadas diferentes linhas filosóficas com base na Astrologia, na Alquimia e na Magia.

A influência de astros e de minerais na configuração energética do corpo, os poderes da meditação,  as instruções para refinamento do espírito a fim de que possa se assemelhar a Deus (que seria a Pedra Filosofal pesquisada na Alquimia), as bases da Gnose e toda a unificação das bases da Mesopotâmia e da Egea deram tal projeção ao Hermetismo que ele se manteve por muitos séculos, influenciando até mesmo grandes católicos, como Santo Agostinho, e se tornando ponto de referência no Renascimento e nos movimentos da Gnose até os tempos atuais, como, por exemplo, na Teosofia.

Na Idade Média, deu-se a Hermes, Moisés e Zaratustra o título de nobres pagãos, por terem conseguido, em suas obras, unificar as linhas que confluíram para o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. Atualmente, Hermetismo é sinônimo de Esoterismo, e abriga mistérios sagrados, ciências ocultas, conhecimentos da Cabala, templários, rosa-cruzes e alquimistas, tendo como base a Tabula Smaragdina (Tábua Esmeralda), que surgiu no Ocidente durante o século XII, traduzida do árabe (século X), que havia sido traduzida do egípcio para grego (século IV), e contendo o Simbolismo, a Mitologia, a Magia, a Alquimia e a Astrologia. A Tábua Esmeralda teria sido encontrada no Egito por Alexandre Magno, texto gravado em uma grande esmeralda, que teria, entre outras, a seguinte tradução:

É verdade, sem ficção, é certo e muito verdadeiro, que o que está embaixo é como aquilo que está em cima, e que o que está em cima é como o que está embaixo, para que se cumpram os milagres de uma única coisa. E como todas as coisas vêm do Ser Único por sua própria mediação, assim todas as coisas nascem Dele, por adaptação. Seu pai é o Sol e sua mãe é a Lua. O Vento o levou em seu ventre e a Terra foi sua nutriz. Este é o Pai do thelesma de todo o mundo. Sua força é poderosa quando se converte em telúrica. Poderás separar a Terra do Fogo, o sutil do espesso, delicadamente, com muita prudência e critério. Irás subir da Terra ao Céu e tornarás à Terra, recolhendo as forças dos seres superiores e dos inferiores. Poderás ter, assim, toda a glória do mundo, e toda a escuridão se afastará de ti. Este poder é maior do que a própria força, porque vencerá tudo o que é sutil e penetrará em tudo quanto é sólido! Assim foi criado o mundo e disso se fizeram incríveis adaptações, cujo segredo está contido aqui. Por isso fui chamado Hermes Trimegisto, o conhecedor das três filosofias do mundo. “ 


quarta-feira, 10 de abril de 2013

Ectoplasma - Rompendo a Fronteira Física


No mundo das manifestações espirituais, vários fatos e fenómenos compõem um vasto conjunto de provas da existência de uma realidade espiritual e de como essas energias conscientes entram em contacto com o mundo físico. Uma das mais impressionantes manifestações é a formação do ectoplasma, um fenómeno que ainda aguarda uma investigação mais efetiva.

No fim do século 19 e início do século 20, houve uma intensa busca para se compreender os fenómenos espirituais que tomavam conta dos salões onde ocorriam os chamados fenómenos espirituais. Evidentemente, a base desses encontros eram os contactos com entidades espirituais, mas também significavam divertimento – algo de novo sendo introduzido numa sociedade que começava a se preparar para encarar essa nova realidade. A intensa utilização de médiuns e os fenómenos que eles apresentavam, também levaram a uma vulgarização dos acontecimentos do "mundo do além", especialmente devido à grande quantidade de fraudes, muitas delas desmascaradas pelos cientistas que pesquisavam o assunto.

A intensidade dos fenómenos e a profusão dos "poderes" dos médiuns – que passaram a surgir em cada esquina – originaram uma grande quantidade de estudos sobre tais fenómenos, desenvolvidos por cientistas credenciados. O resultado foi a elaboração de vários trabalhos e documentos que atestavam a existência de eventos parapsicológicos legítimos, como a clarividência, a materialização, a comunicação com os mortos, etc.

De todos os fenómenos estudados, um dos mais impressionantes, atraindo inúmeras pessoas e os jornais sensacionalistas, foi a ectoplasmia ou materialização. Centenas de casos, devidamente comprovados, foram fotografados e medidos por diversos pesquisadores que relataram detalhadamente as manifestações e produziram uma base científico-espiritualista para compreender a produção nos mais diversos ambientes e condições da "matéria espiritual".

Como sempre ocorre com os fenómenos espirituais, os enganadores tentaram se aproveitar da credulidade e da fé das pessoas, muitos deles sendo desmascarados como fraudes. Alguns faziam uso de luvas, vapores e de ilusionismo para enganar a plateia que ia ver os "espíritos". Essa situação acabou por gerar uma grande dose de desconfiança e a perda de prestígio dos fenómenos parapsicológicos na comunidade científica de forma geral (que, em grande parte, se mantém cética até os dias atuais, apesar das evidências reunidas).

Contudo, existiam médiuns que produziam eventos legítimos de materialização que podiam ser devidamente comprovados como reais e incontestáveis. Muitos pesquisadores, mesmo contra as opiniões contrárias, continuaram pesquisando e descobrindo as peças que formavam o quebra-cabeça das materializações.

As ideias apresentadas nos trabalhos de diversos estudiosos, levaram à aceitação de que o ectoplasma é gerado mediante uma notável interação entre diversos planos físicos e espirituais, durante a qual as vibrações etéricas acumulariam matéria das pessoas envolvidas nas manifestações e reproduziriam as intenções do espírito manifestado de uma forma consistente e material.

Os estudiosos concluíram que, na verdade, existe um número reduzido de pessoas capazes de produzir casos autênticos de ectoplasmia, mesmo sem ter de recorrer a ritos específicos ou realizar as chamadas "sessões". Acredita-se que os médiuns aproveitam as energias etéricas, magnéticas e do seu envolvimento com o mundo espiritual, somadas às vibrações emanadas das pessoas presentes ao experimento, e assim produzem as energias e condições necessárias para a manifestação.

No Oriente, essa ideia já foi muito discutida e difundida, além de experimentada, ao longo de milhares de anos. Aqueles que possuem tais poderes (siddhas) não são necessariamente sábios (rishis, pessoas de conduta irrepreensível e de profundo saber espiritual); na verdade, muitos deles fazem uso de suas capacidades para ganhar a vida, como se fossem pianistas, desenhistas ou qualquer profissão que exigisse algum dom especial.

O Médium

A manifestação de ectoplasma causa esgotamento físico nos médiuns, pois eles cedem parte de sua "energia vital" para produzir e enriquecer a materialização periespiritual. Isso foi devidamente comprovado por uma série de investigações realizadas por W. J. Crawford, professor de Engenharia Mecânica da Queens University, de Belfast. Ele se dedicou a estudar uma médium famosa na Irlanda, conhecida como Goligher, e descobriu que, durante as sessões (quando surgia o ectoplasma), tanto a médium quanto seus assistentes perdiam peso. Com um conjunto complexo de medidas, ele determinou que, nas manifestações de ectoplasma (quando ele saía pela boca da médium), ela perdia cerca de vinte e seis quilos (algo considerável para qualquer ser humano), e ainda anotou em seus estudos que a perda de peso de massa era evidente no corpo da médium, pois ela definhava a olhos vistos.

O professor Crawford, segundo foi relatado por várias pessoas próximas, estabeleceu uma teoria coerente para explicar o surgimento e a materialização do ectoplasma, plausível tanto para os cientistas quanto para os espíritas; só que essa teoria nunca chegou ao conhecimento do público, pois ele nunca a revelou a quem quer que fosse. Desde então, surgiram vários boatos, mas nada foi revelado, nem mesmo após a sua morte.

Um trabalho notável no que diz respeito à comprovação científica da ectoplasmia foi desenvolvido pelo barão von Schrenk-Notzing. Ele conseguiu obter um pedaço de ectoplasma e realizou mais de uma centena de exames laboratoriais. Descobriu-se a presença de leucócitos (células do sistema imunológico humano) e células epiteliais (pele, a primeira camada celular), colocando em cena os possíveis mecanismos psicofísicos da ectoplasmia.

Essa análise corroborava a ideia de que os médiuns contribuem ativamente com a sua própria "matéria" para a formação das materializações. O barão von Schrenk-Notzing ampliou as definições existentes sobre o ectoplasma, afirmando: "É uma matéria inicialmente semifluida, que possui determinadas propriedades da matéria viva, especialmente a capacidade de mutação de movimentos e de tomar diversas formas". Como podemos perceber, o barão tinha a ideia de que o ectoplasma era algum tipo de interação orgânica entre o médium e as forças espirituais.

Os cientistas e outros pesquisadores também coletaram centenas de fotografias das sessões de materialização; elas mostram imagens com formas e estruturas variadas. Geralmente, surgem em torno do médium das mais diversas maneiras: às vezes, de forma difusa, outras, de maneira bastante nítida. Formam rostos, fios translúcidos, pedaços de corpos, mãos e outras estruturas não-identificáveis.

Algumas das materializações mais surpreendentes da época foram produzidas pelas médiuns Eva Carrière e Eusapia Palladino. Mesmo com um histórico polémico quanto à autenticidade de suas manifestações, a produção de ectoplasmia das médiuns foi fotografada e analisada.

Um evento notável em sua extensão e nas consequência científico-espirituais, foi o ocorrido em 1913, durante uma convenção espírita em Moscovo. Nela, um grupo de investigadores perguntou a um espírito materializado se havia algum problema em se realizar uma intervenção cirúrgica em seus antebraços ectoplasmáticos, para que pudessem ver a substância da qual eram compostos. Ele aceitou, impondo como condição que ele iria se preparar para que o médium nada sofresse no processo. Após cinco meses, os investigadores e o médium voltaram a se reunir, e a operação foi realizada. Em um dos antebraços os pesquisadores encontraram uma constituição perfeitamente humana (ossos, nervos, sangue, etc,), enquanto o outro era formado por uma substância gelatinosa, clássica nos casos de ectoplasmia, e sem definição de partes constituintes.

Esse fato contribuiu para colocar a materialização ectoplasmática novamente sob um prisma científico. Alguns experimentos chegaram a extremos, como no caso de médiuns colocados em cadeiras e equipamentos especialmente projetados para evitar fraudes e, ainda assim, os eventos ocorreram e foram detetados por aparelhos sensíveis , deixando de lado qualquer dúvida sobre a autenticidade do fenómeno.

Explicando o Ectoplasma

As teorias que procuram explicar a ectoplasmia partem de um ponto comum: a existência de uma forma energético-espiritual, denominada perispírito. Essa substância preencheria o corpo material enquanto encarnado, servindo como recetáculo da consciência durante a estada do ser no mundo físico-espiritual. É pela interação entre os perispíritos desencarnados e as energias espirituais dos encarnados que médium e espírito podem, então, romper os limites mentais e as fronteiras físicas, produzindo o ectoplasma.

Esse perispírito foi relatado por vários médiuns, que o descreveram das mais variadas formas. Geralmente, é visto como um vapor branco-azulado que se desprende dos corpos de pessoas mortas, saindo pela região do chacra coronário (alto da cabeça). Essa "matéria" teria uma existência intermediária entre as formas densa (atómica) e espiritual (etérea).

Segundo alguns estudiosos, isso também é comprovado por meio das fotografias Kirlian, que mostram uma estrutura energética envolvendo os mais diversos objetos e, em específico nos seres humanos, mostram uma profusão de cores e linhas que lembram os "caminhos de luz" descritos nos antigos textos orientais sobre a acupuntura, quando falam a respeito das linhas energéticas.

Segundo o que se conhece atualmente dos mecanismos da ectoplasmia, o médium usa seu perispírito para interagir com o perispírito do desencarnado; cedendo material orgânico e energético, gera o ectoplasma e auxilia, com sua carga cultural e imaginativa, para construir a materialização.

Não há qualquer dúvida quanto à razão da ectoplasmia atrair tanta atenção: é uma manifestação visível, palpável, muitas vezes mensurável. Ao contrário de outros fenómenos espirituais, ou parapsicológicos, se preferirem, causa um impacto mais imediato. E não são poucos os que se dedicam ao seu estudo que afirmam ser a ectoplasmia o fenómeno parapsicológico que apresenta o maior número de provas. Além disso, permite que os pesquisadores possam comprovar, de forma relativamente simples, se é uma manifestação verdadeira ou fraudulenta.

Não se sabe muito bem em que ponto se encontram as pesquisas científicas com relação ao assunto. Cientistas que não estão ligados ao espiritismo pouco ou nada falam sobre o assunto, ou então rechaçam completamente o fenómeno, entendendo que ele jamais foi devidamente comprovado, apesar das inúmeras evidências coletadas.

O que se sabe ao certo é que o fenómeno continua a ocorrer, e a ser registado, em muitos centros espíritas e em locais que nada tenham a ver com a doutrina. Resta esperar que pesquisas mais afirmativas e profundas sejam realizadas.

Pesquisas Recentes

Quando se fala sobre o fenómeno da ectoplasmia, geralmente são apresentados documentos e fotos antigas. A verdade é que esses casos foram muito examinados nos primórdios das pesquisas parapsicológicas, fotografados e registados com o rigor científico possível na época. Depois, a impressão que se tem é de que as pesquisas foram um tanto esquecidas.

No entanto, existem grupos de pesquisa, espíritas ou não, que continuam procurando obter registos cientificamente válidos para o fenómeno, e muitas vezes com êxito. As pesquisas não são muito divulgadas: o que se ouve dizer é que os pesquisadores preferem realizar suas experiências sem grande alarde, mantendo os resultados conhecidos apenas de um pequeno grupo de interessados, evitando o escárnio que geralmente ocorre quando se fala sobre certos assuntos.

Nas pesquisas do dr. João Alberto Fiorini, que deverão ser publicadas em livro, ele informa que o ectoplasma é sensível à ação da luz comum (branca) e reage ao pensamento. Por outro lado, suporta bem as radiações pouco energéticas do espectro da luz, como o vermelho e o infravermelho. A temperatura é um pouco inferior à do ambiente em que se encontra o médium, e sua cor pode ser acinzentada, branca, amarelada, malhada ou negra. Também se encontra em todos os estados, ou seja, invisível, visível, gasoso, plasmático, tangível, morfo, foculoso, filamentoso, sólido e estruturado.

Esperamos, em breve, poder apresentar algumas imagens e documentos obtidos a partir de pesquisas do género, no Brasil, assim como conversar com cientistas envolvidos na pesquisa parapsicológica, para que eles apresentem seus depoimentos a respeito e, quem sabe, algumas pesquisas científicas. (GS)

Fenómenos de Ectoplasmia

Ectoplasma: O ectoplasma pode exteriorizar-se em qualquer parte do corpo do médium, ao qual está vinculado estreitamente. Dirigido pelas forças presentes, o ectoplasma pode causar o fenómeno da telecinesia, que é a movimentação de objetos. Em alguns casos, foi comprovado que o ectoplasma saía do corpo do médium e, apoiando-se no chão, formava uma espécie de alavanca, conseguindo assim erguer objetos bem mais pesados do que o médium.

Ectoplasmia: Do grego ectós, "fora"; plasma, "coisa formada". Ectoplasmia designa o fenómeno; ectoplasma designa a substância.

Ectocoloplasmia: Termo que foi utilizado para definir a "modelagem" do ectoplasma para formar membros ou partes de pessoas, animais ou objetos.

Fantasmogênese: A produção ectoplasmática de um fantasma de pessoa, animal ou coisa, pelo menos aparentemente inteiro.

Transfiguração: A transformação do próprio corpo do médium por meio do ectoplasma.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Ensinamentos por Tia Neiva


Filho, tudo o que estamos fazendo é levar a mensagem do III Milénio por todo este universo, nas indumentárias, no comportamento desta conduta doutrinária...

Dez anos vivemos de amor e luz. Porém, os impactos que a minha clarividência ocasionava não bastavam. Veio, então, a vida iniciática, com suas cores berrantes e seus poderes. E, assim, nos foi proporcionada a oportunidade de exibirmos a obra ao seu autor, junto a povos.

As vibrações foram tomando lugar em toda a Doutrina, nas cores, no Templo e, por fim, na Estrela Candente, essa grandeza que emite, de suas amacês, a energia do Jaguar, para a cura desobsessiva dos cegos, dos mudos e dos incompreendidos. As vibrações aumentaram sem que, por um minuto sequer, saíssemos do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo Jesus em sua caminhada evangélica iniciática, o Caminheiro, sem dor e sem sofrimento, ensinando a cura desobsessiva, colocando os espíritos a caminho de Deus Pai Todo Poderoso.

Não podemos garantir que tudo aqui aconteça, nem que possa acontecer. Porém, acontecerá alguma mudança estrutural e benéfica nos rumos do pensamento humano, abalando os alicerces da cultura ancestral que consolidou a Velha Estrada.

Filho, não interessa, ao Homem, o seu vizinho. Interessa, sim, a função que ele desempenha. É verdade que não podemos separar a obra do seu autor, mas, quando eu daqui partir, dirão: O Doutrinador e a sua Doutrina! Por conseguinte, filho, esqueça essas pequenas preocupações de avaliação social, em termos dos componentes já ativos nesta jornada doutrinária para o III Milénio.

Antes, eu pensava: por que as amacês não aparecem nos grandes centros? Tive a minha resposta: pelo respeito às velhas teorias, pois ainda é cedo para mudar as estruturas.

A vida não perdoa, filho! Morreremos pelos caminhos, se não nos consciencializarmos, se não soubermos, com precisão, aquilo que nos pertence. Ver e viver, antes que os sinais da angústia o obriguem, oferecendo novos olhos e novas perspetivas, complicando, no entendimento de novas ciências, o que é mais simples: amor e Deus – essa verdade eterna!

Por que foi escolhido o Jaguar, o Espírito Espartano, o Cavaleiro Verde, o Cavaleiro Especial? Porque vem de um processo penoso, por sua mente científica, evoluindo na luta através dos séculos, neste mesmo solo... Hoje, sua perceção lhe afirma , filho, que os tempos chegaram e não há mais como desperdiçá-lo com polémicas.

Vocês têm a sensibilidade do Homem Iniciado, que descansa apesar da grandeza da luta, e é acariciado pela grandiosidade da energia trazida pelo prana, para retirar seu psiquismo particular e responder às perguntas que surgem do fundo de seu coração.

Esse Homem é fácil de encontrar. É grosseiro e sagaz, sim, porque vem das cordilheiras e da península espartana, porém, não suporta ver alguém sofrer, sai, aflito, a socorrer todos... É amável, requintadamente afetuoso, sensível às dificuldades de povos. Sempre estende sua mão forte e corajosa para a missão maior, e seu amor é espontâneo. Caminha sem superstições e sem falsos preconceitos.

Quando é um Jaguar, ama verdadeiramente a Doutrina e a faz seu sacerdócio; acredita na vida e sabe se promover. É boémio e sua mente é limpa de qualquer crença que não seja autêntica consigo mesmo... Sabe que a última grande iniciação da humanidade ocorreu pela aparente espontaneidade, unificando e aproximando o Homem de sua individualização e que, por todo o universo, o Homem está sendo sacudido no fundo de seu ser, de maneira autêntica e poderosa.

TIA NEIVA

domingo, 7 de abril de 2013

Uma pequena história de Jesus


DA SÉRIE MAIS JESUS MENOS RELIGIÃO
Hora da História:
Certo dia Jesus resolveu ir á cidade de Naim. Era uma longa e cansativa caminhada entre morros e estradas empoeiradas. Os discípulos não entendiam porque o Mestre queria ir àquela cidade. Eles não sabiam que Jesus sabia que o filho de uma viúva dessa pequena cidade havia acabado de morrer.
Enquanto as pessoas caminhavam até o cemitério, a multidão ia crescendo cada vez mais. (Entram pelo centro da igreja um grupo de pessoas com uma maca).
Ao se aproximar da cidade, Jesus viu a procissão. O grupo estava levando um corpo morto ao cemitério. Porém, alguma coisa maravilhosa estava prestes a acontecer. Todos sentiam muito pela pobre viúva, porque ela caminhava bem junto do corpo de seu filho e chorava muito.
Jesus então disse a viúva com muito amor:
- Não chore!
Então Ele tocou o caixão e falou ao morto: “Jovem, a ti te digo: Levanta-te!”
Subitamente, ele se moveu, seus olhos se abriram; Então ele se assentou e começou a falar. A mãe abraçou o seu filho chorando, mas agora suas lágrimas eram de felicidades.
Os que testemunharam esse milagre ficaram tomados de espanto.
Quão felizes estavam! Jesus havia transformado sua noite em dia, e em alegria a sua tristeza!

É maravilhoso saber que Jesus entende cada um de nós e sempre está pronto a nos ajudar.
Vamos agradecer-lhe