sexta-feira, 30 de março de 2012

Estrela de David


A Estrela de Seis Pontas - o hexagrama - também chamada Estrela ou Escudo de David, porque foi adotada como símbolo do Rei David, célebre por suas façanhas bíblicas, entre as quais a derrota do gigantesco Golias, quando, ainda menino, deu a vitória dos Hebreus sobre os Filisteus.
Existindo na Natureza, pois entra na formação de inúmeros cristais, o hexagrama é figura muito antiga, remontando ao tempo dos Equitumans, formada por dois triângulos equiláteros entrecruzados, sendo que um com o vértice para baixo, representando as forças da Terra, a involução, o Mal, o Jeovah Preto, o negativo; e o outro, com o vértice para cima, representando a evolução, as forças dos Planos Espirituais, o em, o Jeovah Branco, o positivo.
O hexagrama forma a Estrela Candente, onde o triângulo amarelo representa a força do Sol e o azul a força da Lua.
Em nossa Doutrina adotamos o hexagrama, porém sem que apareça o entrelaçamento dos triângulos, simbolizando assim nossa Corrente, que dá ênfase à Síntese, que se sobrepõe à Análise.
Na entrada do Templo existe uma estrela atravessada por uma seta, que simboliza nosso Pai Seta Branca, onde se pode ler trecho de uma mensagem: “O Homem que tenta fugir de suas metas cármicas ou juras transcendentais será devorado ou se perderá como a ave que tenta voar na escuridão da noite...”
Essa advertência se faz presente na própria estrela: metas cármicas são o triângulo da descida; juras transcendentais estão contidas no triângulo de subida.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Ninfas Consagradas pelo Reino Central



Salve Deus, minhas filhas.
Gostaria imensamente que cada uma de vocês fizesse um sincero exame de consciência, e despertassem para o importante papel que, por Deus, lhes foi confiados, nesse limiar do III Milênio, quando temos tanto trabalho a realizar, desempenhando as suas funções como verdadeiras missionárias que são.
Porque, minhas filhas, é muito triste ver que o desequilíbrio começa a se alastrar, insinuando-se em seus corações e em suas mentes, tomando difíceis as tarefas mais simples, desarmonizando os trabalhos, gerando rivalidades que criam profundos abismos entre vocês e entre as falanges missionárias, e o que é pior, causando desilusões profundas aos que contavam com o seu apoio e com o seu amor.
A inveja e o ciúme são frutos da insegurança. E esta é provocada por fatores que devemos combater. Quando maior for o conhecimento dentro da conduta doutrinária, quanto mais participarem dos trabalhos no Templo, mais confiança vão adquirindo e, assim, a insegurança vai acabando. Também deve ser evitado o excesso de confiança, pensando que nada mais tem a aprender, a cair no feio abismo da vaidade.
Sempre que envergarem seus uniformes, suas indumentárias, devem deixar que à individualidade passe a conduzi-las. Esqueçam os problemas, as dores que perturbam a personalidade e procurem dedicar-se, dando o melhor de si, levando a Lei do Auxílio onde quer que se faça necessário. Porque é terrível o efeito de uma negativa para ajudar em um trabalho, pelo simples motivo de não estar disposta ou por não ter sido escalada especificadamente para aquilo. Quando há escassez de ninfas, não se justifica que, por simples questão de preferência, haja mais ninfas do que o necessário para a realização de um trabalho, ficando outro paralisado.
Vamos, mesmo que com esforço, nos tornarmos prestativas, cuidando de tudo e de todos com atenção e carinho, fazendo com que as pessoas se sintam bem com nossa presença, que nossa vibração transmita serenidade e equilíbrio. Vamos valorizar o trabalho de cada uma e das falanges missionárias, e em lugar de criar tolas rivalidades, é preciso ter a preocupação de agirem conjunto e harmonia, juntando as forças, abrindo os corações, irmanando-se com todos na importante tarefa de auxiliar os que necessitam.
E preciso ter muito cuidado para não decepcionar os que as cercam e, principalmente, as Guias Missionárias, os Grandes Iniciados, que criam, em cada uma de vocês, essa beleza interior, essa força, o amor incondicional, abrindo seus caminhos para a luz e a paz, a felicidade do cumprimento de suas missões.
Junto a seus mestres, ou nas falanges missionárias, busquem sempre servir dentro da Lei Crística, com amor, tolerância e humildade.
Salve Deus.
Com Carinho, a Mãe em Cristo,

quarta-feira, 28 de março de 2012

Espiritos de Luz


ESPÍRITOS DE LUZ


A partir da concentração molecular da matéria densa, podemos
conceituar a vida, no âmbito do Mediunismo, em termos de vibração. Nesse sentido, a matéria sólida, os líquidos, os gases, o som, a luz, etc. são estados vibracionais.

Conforme o tipo do corpo de que o espírito é revestido, ele está sujeito àquela gama vibratória. Um espírito encarnado age através do corpo físico, um desencarnado do etérico, do astral ou do mental, de acordo com as vibrações desses planos. 
Ao atingir determinado grau evolutivo, sem compromissos nesses planos, o espírito adquire uma vibratilidade, cujo conceito mais apropriado, em termos de sentidos humanos, é a luz.

Costumamos dizer, então, que o espírito é pura luz. A partir daí, conceituamos os Mentores e Guias, que assistem os terráqueos, em termos de Espíritos de Luz.

Espíritos de Luz seriam, então, os que já superaram a faixa reencarnatória em termos pessoais. Quando há reencarnação desses espíritos na Terra é, provavelmente, para o exercício de missões a serviço dos planos divinos e não em funções cármicas.

Naturalmente, os conceitos desses espíritos estão fora do alcance humano e sua ação, na Terra, deve obedecer a planos incompreensíveis para nós, encarnados.

Isso é relativamente fácil de verificar, no contato com esses espíritos, qualquer que seja a modalidade de comunicação. Em nenhuma hipótese, eles invadem o campo de nosso livre arbítrio, ou nos levam a alguma decisão que contrarie nosso destino transcendental. Suas ações são inexoravelmente em termos de nossa evolução, da abertura para o espírito.

Embora respeitem nossos valores, jamais criticando as coisas de nossas vidas, ou da vida em geral, eles procuram mostrar o caminho da realização através desses mesmos valores. Eles respeitam a nossa condição de espíritos encarnados. 

Castigos, punições, lições de moral, estão fora, completamente, das atitudes de um Espírito de Luz.

Ao contrário, um espírito da Terra, ainda que muito evoluído, pauta, sempre, sua ação em termos de aconselhamento, de vida moral, de formas de comportamento. Eles fazem questão de demonstrar seus poderes ou sua eficácia, e acabam, quase sempre, se tornando patronos. 
Os grupos dirigidos por espíritos da Terra acabam, sempre, por se preocupar com problemas sociais, dão demasiada ênfase à caridade material e à correção das injustiças sociais.

Com isso, a vida mediúnica se horizontaliza, se impregna do transformismo da personalidade. O grupo assim orientado, se preocupa com as bases materiais da obra, com os resultados palpáveis, com estudos e conceituações doutrinárias. Em resumo, ele se humaniza, em vez de se divinizar.

Nesse caso, as ações e a orientação refletem o nível social do grupo. A justiça praticada pode chegar, até mesmo, aos termos de punição, vingança e corrigendas de comportamento.

Nesses grupos, o ectoplasma circulante é impregnado dos fluídos do plano invisível, resultando daí uma divisão de forças, uma homogeneização em termos diluentes. O mundo invisível não produz energias, mas, ao contrário, se abastece de energia do plano físico. É por isso que o médium desses grupos se cansa, desanima e desiste.

Ao contrário, quando o grupo mediúnico sintoniza com os Espíritos de Luz, ele recebe forças do outro plano e, com isso, não gasta suas energias fluídicas ou nervosas. Um médium, bem sintonizado com seu Mentor, pode operar horas a fio, e voltar a si em melhores condições físicas e psicológicas do que quando começou a trabalhar.

Para melhor compreensão dessas afirmações é preciso entender a diferença entre plano invisível e plano espiritual.

terça-feira, 27 de março de 2012

Espiritos Sofredores


Sofredor e, portanto, o espírito desencarnado que permanece no plano da Terra, nos submundos que circundam a superfície. Chama-se, também, espírito errante, alma do outro mundo e outros nome que as superstições e as crendices os denominam. Sua situação é análoga à de uma pessoa marginalizada, sem endereço ou emprego fixo.
No plano em que vive, não existe a luz solar, o som e outras formas energéticas do plano físico. Aí ele se liga a outros espíritos nas mesmas condições, e forma com eles falanges e até legiões.
O tempo de permanência nessa situação varia conforme o destino de cada um, até a exaustão de seus compromissos ou resgate no Sistema Crístico, nas suas múltiplas manifestações mediúnicas.
Ele se alimenta das energias sutis e fluídicas dos seres humanos, do ectoplasma colhido de plantas, animais, trabalhos de macumbas e outras fontes desconhecidas dos humanos.
Possui um peso molecular variável com sua densidade. Quando doutrinado e fluidificado a um ponto ideal, adquire leveza suficiente para ser magneticamente levado para os postos de socorro espiritual.
Ele se liga ao ser humano pela gradação vibracional e só encontra acesso quando a vibração do encarnado desce até à sua. Normalmente, sua influência é neutralizada pelo mecanismo biológico em seu contexto psicofísico. Essa relação é análoga aos fatores simbióticos do ser físico: respiramos micróbios e impurezas e os neutralizamos com nosso mecanismo de defesa. Se esse mecanismo enfraquece, ficamos doentes.
Da mesma forma, se nosso padrão vibratório é baixo, nós somos tomados, carregados, espiritados, etc. Esse mecanismo determina a posição voluntária de cada ser humano. Ele é responsável pelo seu padrão e, por conseqüência, pela companhia em que vive a cada momento de sua vida.
O Evangelho é um manancial de lições a esse respeito, pois nele encontramos inúmeras citações de problemas de passagem e redenção de sofredores. A mais notável é aquela em que Jesus dá passagem a uma legião de espíritos através de uma manada de porcos. Naquele tempo, havia tantos espíritos desencarnados, ainda na Terra, que era comum um Homem ser portador de mais de um espírito, havendo casos em que muitos espíritos habitavam o mesmo corpo, como no caso acima.
O Sistema Crístico, adequado aos dois mil anos que se sucederiam ao nascimento de Jesus, incluiu a organização das casas transitórias e, já no tempo do Mestre, elas entraram em funcionamento.
De muita flexibilidade e previsto para as mais variadas situações, o Sistema foi se espalhando pelo planeta, tomando as aparências mais diversas, conforme as épocas e lugares. Assim, nasceram mitos, religiões, doutrinas e práticas esotéricas, em cujas raízes se encontra, sempre, a base do sistema mediúnico.
No Brasil de hoje, o Sistema se chama sessão espírita, trabalho de sofredores, passagem, sessão de doutrina, etc.
É preciso que se note, entretanto, que o Mediunismo independe, no seu mecanismo básico, de um trabalho organizado. Os socorristas espirituais se aproveitam de qualquer circunstância humana, principalmente reuniões de pessoas, para fazerem a passagem dos espíritos sob sua responsabilidade. Nesse caso, qualquer ser humano atua como médium, mesmo sem o saber.
Mas o esquema só funciona em sua plenitude quando sob os auspícios do Evangelho. A técnica da passagem é acessível a qualquer um, porém, a moral e as razões mais profundas somente são do domínio de pessoas evangelizadas. É, também, natural que, em épocas de transição, como é a nossa, a necessidade de trabalho seja maior.
Cumpre notar que se torna muito difícil, senão impossível, qualquer doutrina religiosa evoluir sem a preocupação com os sofredores. Esses asfixiam os grupos pelo simples fato de seus componentes serem humanos e possuírem, gostem ou não, seus plexos epigástricos – o Sol Interior.

No limiar do 3º. Milénio – Mario Sassi

segunda-feira, 26 de março de 2012

O Acordo

 
O Acordo

Tia Neiva, no início de sua jornada, foi conclamada por Pai Seta Branca, a fazer as pazes com todos que “se diziam seu inimigos”, foi sua primeira grande missão.
Visando proteger seu povo, que ainda seria formado, procurou os “Sete Reis do Submundo” para realizar um pacto de não agressão. Esta passagem nos é relatada em nossa primeira aula de pré-Centúria, porém não é distribuída de forma impressa aos futuros Centuriões. Ela encontra-se transcrita no livro “Minha Vida, Meus Amores”, hoje de difícil acesso.
Para recordar a todos os Centuriões os perigos de quando baixamos nosso padrão vibratório, e o risco que se corre ao romper este “acordo”, transcrevo aqui a passagem.
Kazagrande
Minha vida, meus Amores, pode ser baixado em:

                         http://www.4shared.com/office/iJfRNQTw/file.html

Dois anos depois, em princípios de 1960, recebi de Pai Seta Branca a minha primeira missão. Eram seis horas da tarde e eu, mais do que nunca, sentia uma grande saudade. Dessa vez, porém, era algo diferente, mais fino, alguma coisa que eu não conhecia. Fui me sentar no alto do morro, e Pai Seta Branca chegou, começando a me mostrar meu roteiro e por tudo que eu teria que passar na missão, traçando, então, o meu sacerdócio, ao lado de Humarran. Senti forte dor de cabeça e pesada sensação de mal-estar. Quando dei conta de mim, estava diante de um velho oriental, de barba longa e trajando uma vestimenta com capuz e mangas largas, que me disse:
- Salve Deus! De hoje em diante você terá a força de uma raiz!...
A partir de então, tudo ficou difícil. Às 4 horas da tarde eu me sentia como se estivesse com uns 38 graus de febre, com a cabeça rodando, a ponto de não me agüentar de pé. Mas, deitada, as tonteiras se acentuavam e, numa espécie de sonho, sentia que me desprendia do corpo, com perfeita consciência. A cada dia, eu melhorava o meu padrão vibratório, consciente do meu trabalho. Recebi de Pai Seta Branca novas instruções: para entrar no plano iniciático eu teria que fazer as pazes com todos aqueles que se diziam meus inimigos...
Então, já no terceiro ano de conhecimentos ao lado de Humarran, segui até as cavernas, com a missão de pedir paz e amor aos reis dos submundos. Humildemente, me transportava até cada um deles, e lhes pedia que firmássemos um acordo de paz, pois nossa lei não admitia demandas. Fui à presença de sete reis, que me trataram com maior ou menor ferocidade, mas aos quais tratei com amor e muita timidez, recebendo a concordância para o acordo proposto. No caso de Sete Montanhas, recebi até uma grande proposta para ficar em sua corte: ele me compraria de Pai Seta Branca, e eu lhe prometi que cuidaria do assunto. Fiz as minhas negociações e prossegui demonstrando tranqüilidade, apesar do meu tremendo pavor...
Era um período em que eu andava sobressaltada. Naquela tarde, o sol não aparecia, tornando tristes os meus pensamentos. Havia muito o que fazer, mas resolvi, por me sentir um pouco sem forças, ir me recostar no meu velho pequizeiro. Adormeci e iniciei um transporte. Entrei em um suntuoso castelo, onde tudo era luxuoso, e logo fui presa por dois homens grandes, com pequenos chifres, que me seguraram pelos braços e me conduziram à presença de seu poderoso rei: Exu Sete Flechas.
Ele me encarou, zombeteiro, e vociferou:
- Ela é inofensiva! Tragam-na até aqui! Já tenho conhecimento de seus contatos.
Eu me aproximei e ele me falou:
- Sua pretensão é muito grande em querer fazer um acordo comigo, pois não tem sequer um povo para defender!
- Vou levantar um poder iniciático – respondi, temerosa – e só quero fazer isso após firmarmos um acordo, para que seu povo não penetre em minha área.
- Já sei muito sobre suas intenções! – disse ele – Eu me comprometo a não penetrar em sua área, mas, antes, vou fazer um teste com você, para lhe fazer sentir a minha força.

- Salve Deus! – eu só murmurei.
- Quero ver o tipo de proteção que você tem. – voltou ele – Quero ver se ela vai livrá-la de mim! Amanhã, às três horas da tarde, vou arrancar todo o telhado de sua casa. Quero testar a sua força...
Voltei ao meu corpo, sentindo o sabor desagradável daquela viagem.
Entretanto, a ameaça não se concretizou.
Tornei a voltar onde ele estava, porém em outro local, em outro salão. Ele fez o acordo, e jurou que, em verdade, jamais tocaria em meus filhos – os Doutrinadores. Mas afirmou que só se realizaria quando dividisse sua força comigo, e reforçou sua ameaça anterior.
Três anos se passaram, e nada aconteceu. Até que um dia – eu já estava em Taguatinga – tive a sensação de perigo e me decidi a ir falar com ele. Pela terceira vez, ali estava eu, diante dele, que me recebeu com risos e deboches, e me afirmou que, às três horas daquela tarde, arrancaria o telhado de minha casa.
Desafiadora, pensei:
- Ora, não tenho o que temer! Se ele, até hoje, não arrancou o telhado de minha casa, não arrancará mais.
Voltei, confiante, ao meu corpo.
Por volta de duas horas da tarde, uma velha me procurou, pessoa dessas que vivem fazendo suas cobrancinhas, e começou sua obra:
- Oh, irmã Neiva, como vai? Eu precisava tanto falar com você! Mas, dizem, e estou vendo que é verdade, que você não fala com os pobres...
Eu fiquei possessa com a velha, por sua ousadia em me falar daquela forma, e, assim, baixei minha vibração! Foi o suficiente: ouvimos o estrondo do telhado e foi tudo pelo ar!
Pensei:
- Neiva, fracassastes depois de tantas instruções!...
Voltei há três anos, e entendi que aquilo era mais uma experiência. Salve Deus! Ficara decepcionada com o Exu Sete Flechas e estava sempre preparada para seu ataque, mas falhara. Passei, então, a fazer uma preparação, quase um ritual, para entrar em uma caverna. Tia Neiva em “Minha Vida, Meus Amores”
Ainda dentro deste tema podemos encontrar outras passagens:
A Lei Negra é uma espécie de máfia, um grupo imenso de malfeitores, do mundo invisível, e, como sua similar no plano físico da Terra, ela escraviza seus membros, que ficam quase sem possibilidades de libertação.
Suas falanges são alimentadas e crescem, à custa dos espíritos nômades e sem protetores. E tudo isso acontece por opção do próprio espírito, guiado por seu livre arbítrio.
Sempre que um espírito termina seu estágio na Pedra Branca, onde ele tem a oportunidade de conhecer a verdade sobre si mesmo, seus Mentores lhe dão toda a assistência e lhe mostram o verdadeiro caminho. Mas a decisão é dele, e sua chance permanece até o último instante. Se ele tomar a decisão errada, acaba por se tornar vítima da Lei Negra.
Existem uns espíritos no submundo invisível que se chamam Exus Caçadores. Eles ficam à espreita e aguardam as decisões dos espíritos recém desencarnados. Assim que os Mentores desistem, eles entram em ação. Aproximam-se do espírito, seduzem-no, e o levam para suas cavernas. Lá, esses espíritos são submetidos a todas as sevícias e começam pesado treinamento naqueles costumes, até se tornarem exus. Tia Neiva em “Manoel Truncado”
Como você sabe, Neiva, os exus são um pouco produto da ganância dos seres humanos. As invocações e chamadas só fazem aumentar suas forças. O médium que os invoca lhes dá oportunidade de se afirmarem nas suas metas, e isso nada tem a ver com a Umbanda! Mestre Amanto, sem data
Não há qualquer espírito que passe por nossos trabalhos do qual não se faça a entrega obrigatória! Nosso trabalho é exclusivamente de Doutrina! Não aceitamos, em hipótese alguma, palestras, nos Tronos deste Templo do Amanhecer, de Doutrinadores com entidades que não sejam os nossos Mentores, espíritos doutrinários!
Mesmo fora do Templo, consta-me que os Doutrinadores que palestraram com exus, etc., atrasaram suas vidas, pois eles não se afastaram de seus caminhos. A obrigação do Doutrinador é fazer a doutrina, conversando amigavelmente com o espírito, procurando esclarecê-lo, continuar seu amigo, porém fazer sua entrega obrigatoriamente, com o que ressalva sua responsabilidade perante os Mentores.
Outros Doutrinadores estão com suas vidas atrasadas simplesmente por sua irreverência com os Mentores, acendendo para estes duas velas, saindo fora de seu padrão doutrinário. Entre eu e os exus há um laço de compreensão e respeito mútuo. Porém, um Doutrinador, por não ser clarividente, não está em condições de dialogar com eles, exceto no âmbito da Doutrina. Tia Neiva,em 07 de maio de 1974
Ora, um exu é um espírito como outro qualquer, geralmente um homem de bem, um pai de família que desencarnou normalmente. O que os torna diferentes no mundo dos espíritos é que são cultos, cientistas, doutores, enfim, pessoas de posição.
Desencarnam irrealizados, cheios de pretensões, agnósticos, descrentes das leis do Cristo. Como não crêem em coisa alguma, não aceitam as coisas simples. Tão pronto desencarnam, são atraídos para a companhia de entidades experientes na manipulação de forças.
Não existem forças do mal ou forças do bem. Existem, simplesmente, forças, que são empregadas no bem ou no mal. Depende de quem as controla, e como as controla.
Depende do plano de trabalho, da camada onde eles operam. Geralmente, esses espíritos não conseguem atingir mais que um plano inferior, próximo da superfície terrestre, onde as forças são densas, animalizadas. Não aceitando o Cristo, a Lei do Amor e do Perdão, não sintonizam com as forças do astral. A não ser aqueles que lidam com a Magia Negra, que manipulam forças extraordinárias – às vezes com a bênção de Deus – a maioria deles trabalha mesmo é com o magnético animal – ectoplasma humano, mediunidade. Tia Neiva em “Sob os Olhos da Clarividente”

Sintonia


Quando ligamos um rádio, é preciso que, pelo dial, se ajuste com exatidão a estação que queremos ouvir pois, caso não esteja no ponto exato, haverá ruídos, distorções e não vamos conseguir ouvir claramente o que está sendo transmitido. Chamamos a isto sintonizar a estação.
No nosso caso, a sintonia é feita com a Espiritualidade pela nossa mente, nas forças da mediunidade, e devemos buscar a faixa precisa para evitar alguma interferência, harmonizando-nos com nosso Sol Interior, com nossa energia mental e, assim, emitindo um padrão vibratório em perfeita sintonia com os planos espirituais.
Assim, a sintonia compreende o estado de quem se encontra em correspondência ou harmonia com o meio em que vive, isto é, em perfeita afinidade (*) com espíritos encarnados e desencarnados e com o padrão vibratório ambiente.
É importante lembrar que, ao sairmos da Pedra Branca (*), após o desencarne, não temos qualquer orientação ou proteção: nosso caminho será trilhado apenas pela nossa sintonia, isto é, nossa afinidade, nosso padrão vibratório, e, então, poderemos ir para Planos Superiores ou para Cavernas!
O médium perfeitamente sintonizado consegue perfeição em seu trabalho. Se for Apará, transmitirá a Voz Direta sem qualquer interferência; se for Doutrinador, estará tranqüilo e consciente, equilibrado e vigilante, evitando qualquer irregularidade no trabalho.
Há médiuns que confundem sintonia com sua vontade de realizar determinado trabalho. Quando convidados a participar de um trabalho ou Sanday, se negam a ir, pretextando não estar em sintonia. Ora, se ele não está em sintonia, o melhor que faz é mudar seu uniforme ou indumentária, e passar como paciente, porque, na realidade, ele não está com vontade de trabalhar.
Nosso Templo é um pronto-socorro espiritual, e devemos estar sempre prontos a colaborar onde se fizer necessário. Imagine se um acidentado chega ao hospital e os médicos não estejam em sintonia para atendê-lo! Devemos, sim, estar sempre prontos para atender àqueles espíritos que necessitam de nosso auxílio.
Para isso, antes de iniciarmos nossos trabalhos, vamos entrar em sintonia com nossos Mentores e com a Espiritualidade Maior, fazendo nossa mentalização diante de Pai Seta Branca ou no Castelo do Silêncio.