quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Carta de Tia Neiva


                                                                     Foto de Tia Neiva
                                           
                                             CARTA DE TIA NEIVA:
         PALAVRAS QUE ME SEGURAM E SE RENOVAM SEMPRE
Certa vez dois grandes sábios e seguidores de Cristo partiram em uma peregrinação, chegando a uma pequena cidade, onde um povo cristão, feliz, os acolheu com carinho. Mas era grande a necessidade daquele povo, em que Jesus colocara, também, forças desiguais. Os sábios mestres sentiram aquela grande necessidade mas, também, um toque de vaidade por se sentirem tão úteis àquele povo. Então, se perguntaram: Curar ou doutrinar aquela gente? Sim, curar, induzindo-lhes ao trabalho, pois todo aquele que se eleva no trabalho, gradualmente vai recebendo sua lição, a verdadeira lição com o amor extraído do palpitar de sua mente e de seu coração, e não a lição da teoria, mesmo que de velhos sábios, pois a lição de um sábio, ontem, pode ser hoje superada por uma magnífica manifestação de um discípulo. O sábio mais velho partiu. O outro, não resistindo à sua vaidade, ficou e foi ensinar. Formou sua academia, limitando aquele povo aos seus conhecimentos. Enquanto isso, o que partiu jogou-se à prática, escrevendo, traduzindo, acumulando tudo o que via, e não teve tempo de aproveitar sua linguagem pois, de certa forma, era projetado e sempre superado por tudo que aprendia dos seus discípulos. Por fim, já de volta, encontram-se os velhos sábios, e recebem a mais ardente das lições: o encontro com a Caridade! Aprender trabalhando e não ter a pretensão de saber. A dor é o espinho no coração do Homem. Após extraída, permite que desabrochem conhecimentos transcendentais de que nenhum mestre é capaz de transmitir.” (Tia Neiva, s/d)

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

O Africanismo no Vale do Amanhecer


Há milénios, um grupo de Grandes Iniciados se reuniu, na África, formando um centro emissor de luz, de energias fantásticas, que eram emitidas para diversos pontos da Terra – o Oráculo de Ariano, que significa Raízes do Céu. Mas a vaidade tomou conta deles, e os sacerdotes se acharam tão evoluídos e poderosos que foram se afastando de Deus.
Com a decadência, a Raiz que alimentava aquele povo foi recolhida pela Espiritualidade Maior. Tendo sido recolhida a chave mestra, uma porta foi fechada e outra velada. Isso quer dizer que restou apenas uma esperança, já que uma porta velada pela Espiritualidade jamais será reaberta.
As forças manipuladas pelos sacerdotes já não eram originárias daquela Raiz, e isso gerou o feiticismo, grande perigo do saber demais sem a assistência da Espiritualidade Maior.
As grandes luminosidades foram veladas, a porta se fechou, e todo aquele antigo esplendor se perdeu, passando eles a manipular forças nativas neutras em simples correntes magnéticas.
Surgiram, então, grandes linhas religiosas como o Candomblé, a Umbanda e o feiticismo, com manipulação de forças das Trevas, em seitas distantes da estrada do Amor, com incorporações e manipulações de energias usadas indistintamente para o Bem e para o Mal, misturadas, que até hoje causam o quadro de dores e sofrimentos nos espíritos reencarnados na África.
Naquela época, os Grandes Iniciados retiraram toda aquela poderosa energia, e um Iniciado, chamado Cisman de Ireshin, presidiu toda aquela eclosão e formou um Oráculo, isolando-o dos homens mergulhados no fanatismo, nos fetiches e nas macumbas.
Fechada aquela Luminosidade na África, os homens ficaram entregues a si mesmos. Destruições, dores, ruínas, violência, e os povos africanos passaram a sofrer as grandes conquistas dos europeus, passando dolorosos períodos da mais torpe colonização. A todo esse drama, acrescentou-se, no cumprimento do pesado carma, a captura de africanos para serem vendidos como escravos no Novo Mundo, a América.
Para o Brasil, vieram, na maioria, Sudaneses e Bantos, portando suas doutrinas e sendo obrigados, pela força da Igreja Católica Romana, que dominava Portugal e suas colónias, a fazerem o que se chamou o sincretismo religioso, misturando práticas africanas com rituais católicos.
Isso causou dispersão dos princípios do Africanismo, pois, misturando-se em camadas mais pobres e sem cultura, nasceram numerosas seitas e derivações deturpadas das raízes africanas.
A grande missão, todavia, estava com espíritos – os Enoques – que pertenciam à nação Nagô.
Aqui queremos ressaltar a grande diferença entre o Espiritismo e a Doutrina do Amanhecer. Enquanto para o Kardecismo o Africanismo significa apenas a mistura das linhas e das seitas de origem africana, não acatando a figura do Preto Velho, para nós, Jaguares, Africanismo representa a origem de uma de nossas grandes linhas, e os Pretos Velhos são roupagens dos Grandes Espíritos que, na simplicidade e no amor, nos ajudam em nossos trabalhos e em nossas vidas, ensinando, curando e amparando todos que se entregam, com dedicação, à Lei do Auxílio.
Nossos queridos Pretos Velhos são, essencialmente, AMOR! Obedecendo ao Plano Espiritual, aqueles espíritos de Jaguares – agora Enoques e Nagôs – que já tinham sido Equitumans e Tumuchys, foram trazidos para o Brasil, a fim de que, com a escravidão, pudessem enfrentar uma Grande Prova para resgatar seus atos transcendentais, vivendo e sofrendo a ação opressora de muitos outros Jaguares – Senhores de Engenho, Nobres e Sinhazinhas.
Para os espíritos missionários, endividados, orgulhosos e perdidos em descaminhos da consciência, a escravidão tinha o mais profundo sentido iniciático: não podendo impor as exigências do corpo físico e de sua alma, o escravo era obrigado a ceder às exigências do espírito, matando ou eliminando sua personalidade para dar vazão à sua individualidade.
Nesse período de escravatura, de mais de trezentos anos, um grupo de escravos lançou as bases da etapa final da Escola do Caminho, criando as raízes da religiosidade brasileira com base no Africanismo, em busca das condições que permitiriam a reabertura da porta fechada, do Oráculo de Ariano.
Desse grupo destacam-se dois espíritos de elevada hierarquia, Pai João e Pai Zé Pedro – a Lei e a Alta Magia -, missionários que tiveram duas reencarnações no período colonial brasileiro, liderando aqueles espíritos que, no Angical (*) e na Cachoeira dos Jaguares, viveriam o princípio dessa força luminosa – a Corrente do Astral Africano no Brasil, que hoje tanto nos assiste em nossa Doutrina.
O médium de incorporação, que sempre existiu sob uma força nativa, recebeu, dentro do Africanismo, uma nova forma: sua força, com a consagração de Nossa Senhora Apará – Nossa Senhora da Conceição – teve a transformação para uma força crística extraordinária, agindo em seu plexo iniciado, com muito maior responsabilidade por ser instrumento da Voz Direta.
Koatay 108, em sua missão de unificar as bases energéticas para formar a Raiz do Amanhecer, puxou a energia dos Pretos Velhos, reuniu os Aparás(*) e fez o Doutrinador(*), coroando de êxito tudo o quanto nos foi legado pelo Africanismo.
Segundo Tia Neiva, “era um sacerdócio poderoso, onde o Homem se concentrava, salientando felicidade, moderação e equilíbrio perante os momentos menos felizes dos outros. Hoje nós somos os espíritos luminosos no meio desta confusão, como o foram os Nagôs e os Enoques, que trouxeram essa força para o Brasil. Hoje, nós estamos vivendo o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. Vimos, até agora, como houve esta grande explosão, como se fechou esta fase da força do Céu e da Terra e como esta Luz foi transportada para cá, parcialmente, o que permitiu o nascimento do Doutrinador e do Apará.”
E a Doutrina do Amanhecer, dentro de seu dinamismo, tem muitos aspetos interessantes, porque nos ensinam o fantástico leque de forças de que dispomos, como, por exemplo, a ação na Cura dessa grandeza que nos chegou da África, explicada por Tia Neiva: “quando o Anjo Ismael decidiu que o Brasil seria a Pátria do Evangelho, vendo a chegada do Africanismo, convocou os cientistas alemães, promovendo sua sublimação e proibindo o curandeirismo. Estabeleceu-se que os médicos de curas desobsessivas baixariam nos aparelhos mediúnicos, enquanto os médicos de curas físicas terrestres atuariam nos médicos profissionais encarnados na Terra.”


A Cabala a que deram o nome de Ariano, que quer dizer Raízes do Céu. Desconhecida, com a volta, em 1700, de Pai Zé Pedro e Pai João, perdeu o seu real significado, agora chamada LINHA MATER. Desde a chegada de Cisman de Ireshin, quando tudo foi ocultado, somente as raças africanas, por seus sacerdotes, guardaram sua origem e seus valores, até que se formou a grande BARREIRA para individualizar o Apará na força de Olorum e o Doutrinador na força de Tapir, força predominante no Reino Central. (…) Temos que patentear os conceitos africanos porque, para seguir as Linhas honestamente, é preciso conhecer, fundamentalmente, as Linhas da Ciência do Amanhecer.” (Tia Neiva, 7.9.77)

terça-feira, 15 de outubro de 2013

A filosofia basica do Vale do Amanhecer

Filosofia básica do Vale do Amanhecer


A ideia mais simples e mais de acordo com a realidade que se pode ter do Vale do Amanhecer, é a de que se trata de um grupo humano, de pessoas comuns, as quais, mercê de suas dores e da busca de um lenitivo para elas, decidiram trabalhar para si e para seu próximo, baseadas nas exortações do Mestre Jesus, resumidas numa série de conceitos sob o título de “Doutrina do Amanhecer”, que é também chamada de “O Evangelho do Vale do Amanhecer”.
Para que não haja a mínima dúvida quanto a essa Doutrina, os ensinamentos do Mestre são colocados de forma acessível a qualquer mente, independente de cultura intelectual ou escolaridade.
A Doutrina do Amanhecer resume-se em três propostas básicas de Jesus: o amor, a tolerância e a humildade. Com essas três posições, é possível a qualquer ser humano reformular sua existência, adquirir visão mais ampla da vida e equacionar seus problemas desta Terra.
Alicerçada neste triângulo, a Escola do Caminho, do Mestre Jesus, permite compreender e analisar tudo que se passa em nosso mundo, e abrir caminho para as soluções da vida. A primeira resultante dessa filosofia básica é que a verdade só é percebida individualmente, por cada pessoa. Logo, o mundo não é como é, mas, sim, como cada pessoa o vê.
Essa posição é diametralmente oposta aos conceitos vigentes nas bases da fase atual de nossa civilização, cuja posição é a de que o mundo é como é e não como nós o vemos.
Por essas duas maneiras de ver, pode-se conceituar as coisas e as pessoas. No primeiro caso, o mundo e o universo estão de acordo com o dimensionamento da consciência do observador, e ele está em paz com o quê o cerca.
No segundo caso, o homem vive em angústia, porque não tem certeza de nada que o cerca e vive em desacordo com a realidade, porque supõe que o mundo é algo diferente daquilo que regista. Nessa posição, o Homem é inteiramente dependente do que lhe é dito e ensinado. Logo, ele não tem individualidade, sendo, apenas, uma parte do coletivo. Na sua mente predomina a personalidade padronizada.
Para que essa posição crística possa ser entendida, sem restar margem a dúvidas, o Vale ensina que o ser humano, o Homem, toma suas decisões com base nos estímulos, que partem de três diferentes fontes, existentes em si mesmo: a física, a psicológica e a espiritual.
Resumindo: o Homem é composto de corpo, alma e espírito, separando objetivamente a ideia de alma (psique) da ideia de espírito.
Tais conceitos podem ser encontrados mais detalhadamente nos livros publicados sob a responsabilidade da Ordem Espiritualista Cristã, entidade jurídica que rege o Vale do Amanhecer, particularmente “No Limiar do Terceiro Milénio” e “Instruções Práticas Para os Médiuns”, sendo este último publicado em fascículos.

domingo, 13 de outubro de 2013

O que nos falta?



                                                 O QUE NOS FALTA

Salve Deus!

Nas palestras do Primeiro Mestre Sol Trino Tumuchy ele sempre ressaltava a fidalguia dessa corrente, do quanto nossa linhagem espiritual era diferenciada e nossos ancestrais sempre estiveram em situações decisivas nesse planeta.
É certo que temos uma transcendência espartana que ainda hoje muitos de nossos irmãos bradam em alto e bom som, orgulhando-se disso. Essa condição espartana deve ser encarada da luta e da vontade de vencer as dificuldades quer permeiam nossa existência. Já no que refere a segregação social,o ódio,e o desejo de conquistar sem importar o preço que possa custar deve ser deixado de lado.
Voltando a nós hoje como missionários, algumas de nossas piores falhas ainda continuam a nos incomodar.
Ao entrar para a doutrina do Amanhecer em todas as aulas, desde o primeiro dia, que é a palestra dominical ouve-se sobre tolerância ,humildade e amor. Então o médium abre mão de seu lazer, ausenta-se de sua família para desenvolver sua mediunidade e tentar apagar essas falhas adquiridas pelas personalidades já vividas em várias encarnações
Depois de uma longa caminhada ele é um Mestre/Ninfa com todas as patentes e pronto para ajudar seu próximo, seja ele encarnado ou não. Ele não se vigia e acontece dos inúmeros Gregorinhos existentes na doutrina(Termo que Tia Neiva utilizava para médium critiqueiro) e começa a contaminar aquele médium que até então encontrava-se com sua alma pura e vem os tristes quadros.
-Começa a denegrir a imagem de seu irmão!
-Vai contra sua origem espiritual(seu adjunto)
-Atrás de consagrações e classificações ,como se fosse uma batalha sangrenta, lança mão de artifícios deploráveis para conquista-los.
Se um Mestre já não lhe agrada, logo ele procura outro e já se colocando contra aquele que antes era seu amigo...
A Doutrina do Amanhecer não tem vestibular para santo e nem deseja que a postulação de seus mestres sejam dessa forma. Mas nossos Mentores lutam incessantemente para que nós nos tornemos mais tratáveis, mais gente. Adianta alguém pedir perdão a um sofredor, se ele não se perdoa ou tão pouco perdoa seu irmão!
Precisamos estar atentos a que a doutrina realmente nos ensina, e não condicionar a consciência para aceitar aquilo que é lhe convém e que não é licito.
Um dia em um local chamado anfiteatro, será cobrado cada palavra cada atitude feita e principalmente aquela que deixou de ser realizada ou feita.
Então com todas as classificações e ensinamentos que tivemos o que nos falta?
Adjunto Adelano
Teresina - outubro 2013