Quando Aragana
desencarnou, ao chegar ao plano etérico encontrou um obsessor, um
espírito que havia sido sua vítima no passado, tendo sido morto por
uma punhalada que ela desferira, e que pedia justiça, clamando por
todo aquele ambiente. Aragana pediu à Rainha de Sabá que
organizasse o tribunal, para ser julgada. E assim foi feito. Aragana
começou a colher bónus para ser ajudada naquela triste passagem.
Composto pelos Cavaleiros Verdes, o tribunal começou seu trabalho,
com a presença do obsessor. Relatado o crime, as punições
começaram a ser apreciadas, com penas duríssimas e de grande
sofrimento. O rigor da pena foi excessivo, e isto fez com que o
obsessor, recebendo parte dos bónus recolhidos, se apiedasse de
Aragana, clamando pela sua absolvição, com o amor suplantando o
ódio e a vingança. Perdoada, Aragana seguiu, livre, a sua jornada.
Com base naquele facto,
Tia Neiva estabeleceu a prisão para os Jaguares.
A Prisão é um trabalho
muito subtil e importante, porque é a libertação de nossas vítimas
do passado, de espíritos acrisolados no ódio e na vingança, que
têm a oportunidade de, através desse trabalho, se
consciencializarem e de renascerem para a Luz, perdoando seus algozes
do passado e retomando suas jornadas interrompidas por nossos actos
impensados ou com trágicos motivos de violência, luxúria e
ambição.
Temos dois tipos de
trabalhos de libertação, que se alternam de quinze em quinze dias
no Templo-Mãe: Julgamento e Aramê (*), que estão descritos no
Livro de Leis, inclusive com suas variações para execução nos
Templos do Amanhecer, e contendo a Lei da Libertação Especial.
No Julgamento, o médium
do Amanhecer se confronta com uma vítima individualizada, isto é,
um espírito de alguém que foi sua vítima em outra encarnação,
pelos mais diferentes motivos, mas que se tornou um cobrador pessoal;
no Aramê, não há uma ligação individual, mas sim de grupos, já
que congrega espíritos de vítimas de acções colectivas, tais como
ataques militares, acções opressoras e repressoras, operações
mercenárias e de conquista, onde se dizimavam populações inteiras
das pequenas cidades, dai não sabermos quem são essas nossas
vítimas, mas tendo elas em sua mente a nossa imagem, aquele que foi
o seu verdugo e de toda sua família.
No Julgamento nos
defrontamos com alguém com quem tivemos um caso de traição, de
ódio ou desamor; no Aramê são espíritos cujo único motivo de
terem sido destruídos foi estarem em nossos caminhos!...
Para assumir uma Prisão,
o médium deve estar bem, pois vai precisar de todo o seu equilíbrio
e de toda a sua força para conseguir alcançar o objectivo do
trabalho. Pegar os bónus em seu Livro e obter bónus pela
participação nos trabalhos da Lei do Auxílio deve ser a
preocupação maior.
Quando, no trabalho de
prisioneiros da Espiritualidade Maior, recolhemos bónus no Livro ou
Caderno do Prisioneiro, devemos fazê-lo com muito amor, tolerância
e humildade, para que estes bónus possam ajudar na libertação.
São bem diferentes dos
bónus-horas, uma simples formação de energia mental que se
concentra no Sol Interior e projectada no Sol Interior do
prisioneiro, conduzindo vibrações de amor que vão se acumulando na
aura do cobrador, facilitando sua marcha para a libertação pelo
reconhecimento da humildade e dedicação do prisioneiro. Assim, quem
souber do que se trata aquela colecta de assinaturas naquele caderno,
pode colocar seu nome e os de quem quiser ajudar, porquanto a troca
de energia se faz de forma bem direccionada: uma partícula vai para
o prisioneiro, outra para a aura do cobrador, outra é devolvida à
aura de quem está dando o bónus ou das pessoas cujos nomes estão
sendo colocados no caderno. Dessa forma, o bónus pode ser concedido
independentemente das convicções religiosas ou linhas filosóficas
de quem os dá. Não depende, nem mesmo, do estágio em que estiver
um mestre ou ninfa, isto é, se está de branquinho, não emplacado,
se estiver elevado, se for Centurião, etc. Por isso temos os
Pequenos Pajés prisioneiros.
Pela forma como se
processa o bónus, é necessário que o prisioneiro e o doador fiquem
de frente, ambos de pé, com a mente voltada para aquele momento, a
fim de que não haja uma interferência que prejudique os bónus. Por
isso, o prisioneiro deve evitar conversar, voltar-se para um lado ou
para o outro, não se dirigir a outras pessoas, enfim, procurar
manter a sua concentração naquele importante ato de doação.
O maravilhoso trabalho de
Prisão da Espiritualidade Maior mereceu o maior cuidado de nossa
querida Mãe Clarividente e, se por falta de oportunidade, algumas
coisas não foram firmadas, é porque teríamos que resolvê-las pelo
bom senso e pelo conhecimento da condição e forma de sua
manipulação.
Por isso tivemos
condições de prisões efectuadas na administração do Trino Triada
Arakém nas quais ele exigia um mínimo de 10 mil bónus recolhidos
em assinaturas, não contando com os recebidos nos diversos
trabalhos.
Mas é de grande
importância a participação nos sectores de trabalhos da Lei do
Auxílio, em que os bónus-horas são também projectados em
benefício dos cobradores, estabelecidos por Koatay 108 nas condições
mais adiante descritas.
O Caderno de Bónus do
prisioneiro deve ser guardado no seu Aledá, para ser usado em
momentos de dificuldades, pois tem impregnação de efeitos físicos.
Segundo Koatay 108, a energia ali contida pode até processar uma
cura.
Importantes observações
sobre os bónus:
- Não se recebe bónus para outra pessoa, nem mesmo no Livro do Prisioneiro. Você trabalha unicamente para você mesmo, os bónus de seu trabalho são exclusivos para você. Nem o Adjunto, nem uma Primeira de Falange Missionária, ninguém – a não ser você – recebe os bónus que lhe são destinados. O que poderá e deverá ser feito, isso sim, é que com a recepção de muitos bónus, você terá condições melhores para o seu trabalho espiritual e, então, irá ajudar a quem quer que mentalize para receber suas vibrações de amor, e não os seus bónus. Por expressa autorização do Trino Arakém, tornou-se possível poderem ser pedidos bónus em um segundo caderno, em favor de alguém que não possa colhê-los pessoalmente e precise de ajuda numa situação grave de actuante cobrança.
- Quando damos bónus com amor, recebemos o dobro da Espiritualidade.
- No trabalho de Prisioneiro, deve haver um interesse do médium em equilibrar seus bónus arrecadados com as assinaturas em seu Livro com os recebidos nos trabalhos na Lei do Auxílio. Após a libertação, este Livro deve ser guardado no Aledá, para ser utilizado quando necessário, pois tem impregnação de efeito físico, podendo realizar curas.
- Não se pode dar bónus com o nome de pessoas já desencarnadas, pois os bónus são condição do ser vivo, que tem plexo físico e força vital.
Não temos, na verdade,
qualquer ideia da quantidade de bónus que recolhemos, pois um bónus
depende de muitas coisas, do íntimo de cada um, da forma como
participa dos trabalhos.
Quando começou o
trabalho de Prisão, o número de bónus obtido nos demais trabalhos
era muito pequeno, segundo o estabelecido por Tia Neiva em suas aulas
dominicais.
Como isso acarretou o
esvaziamento dos trabalhos por parte dos Prisioneiros, que preferiam
ficar colhendo bónus em seus Livros, Tia Neiva foi aumentando o
crédito pelos trabalhos, o que resultou numa verdadeira inflação -
hoje, quase toda participação em qualquer trabalho, rende 1.000
bónus!
E podemos ouvir, em fitas
gravadas em aulas, Tia Neiva consultando a Espiritualidade sobre
conceder 50 bónus ao Prisioneiro que participasse de uma Estrela
Candente!
Os Livros de Bónus, a
princípio, em 1981, eram feitos sem uniformidade. Começaram com
cadernos e blocos, onde era escrita uma mensagem por quem concedia os
bónus. No meu bloco, como exemplo, destaco as seguintes páginas:
Com o passar do
tempo, os livros foram sendo padronizados, sendo utilizados os
cadernos de capa dura, com a maioria de 96 folhas pautadas. Esses
cadernos de bónus não devem ser jogados fora e nem reaproveitados
em uma outra Prisão. São focos de energia que podem nos ajudar nos
momentos difíceis. Caso alguém não os queira guardar, devem ser
queimados.
O mesmo deve ser feito
com exês, capas e vestidos que fiquem inservíveis.
O primeiro passo para
implantar o trabalho de Prisão foi dado quando Tia Neiva, em 1981,
trouxe o Anodaê da Legião, fazendo sete Prisioneiras e seus
respectivos Sentinelas, sendo estabelecido o actual sistema em carta
de 14-12-82, como consta no Livro de Leis.
Inicialmente, Tia Neiva
fazia a história de cada caso, e foi interessante conhecer passagens
em que muitos mestres e ninfas estavam envolvidos, com isso
propiciando até emocionantes oportunidades para muitos reajustes que
aconteceram nos Julgamentos. Um caso para exemplificar as cartinhas
que Tia Neiva entregava a muitos de nós, revelando nossas vidas, e
pelas quais podíamos intuir nossas prisões: Salve Deus, meu
filho (....)! Você é um espírito espartano que se destacou pela
força e coragem. Percorreu as planícies macedônicas na conquista
de novos mundos e civilizações. Em Roma, foi Centurião, e impunha
respeito pela força. Fez muitas desordens no Egipto, provocando a
queda da rainha e exterminando com a civilização egípcia. Na
França, participou activamente na batalha da queda da Bastilha.
Quando Cigano, acompanhava Natacha e era, então, inteligente,
astucioso e muito dinâmico. Foi deportado, no império de Dom Pedro,
quando se perdeu nas desapropriações de direitos, desviando-se de
suas obrigações e responsabilidades. Veio, então, no Angical, onde
foi severo senhor de escravos, homem de grande fortuna e inteiramente
voltado para os vícios e prazeres mundanos, jogos, bebidas, danças
e roubos. Gostava de conquistas amorosas, sendo o causador de
desajustes em muitos lares, e a cada dia destruindo seu próprio lar.
Teve que fugir e abandonar toda a sua riqueza, porque, na Abolição,
os negros libertos, que tanto haviam sofrido em suas mãos, queriam
matá-lo. Sempre foi um espírito de fortuna e até hoje não se
conforma com a riqueza perdida. O que possui é concedido pela
Providência. Procure não fazer inimigos, para não aumentar sua
bagagem cármica. Destruiu toda a sua família e, por isso, sua
principal missão, hoje, é se recuperar e se reajustar com seus
familiares, que são os mesmos do passado. Procure cultivar e
conservar tudo aquilo que Deus lhe concede a cada instante e, com a
força do seu amor, vencerá mais esta batalha difícil do seu carma.
Pai Seta Branca está lhe dando especial assistência e protecção,
para que possua sempre, em seu íntimo, a paz e a tranquilidade,
mesmo em meio às dificuldades que são comuns a todos nós que
peregrinamos na Terra. A Mãe, em Cristo Jesus, Tia Neiva.
Uma situação, das
muitas passagens que tivemos em nossas jornadas na Terra, e que
trazemos para nossa prisão, está descrita na história da Fazenda
dos Três Coqueiros, que pode ser vista em Mãe Tildes (*) e outras,
em cartas sem data, em que ela conta uma passagem na Guerra de Tróia
e outra no Brasil Colónia, na Inconfidência Mineira, dando o nome
actual dos personagens, como consta mais à frente.
Existem períodos
marcantes em nossos caminhos na Terra, que deixaram rastros de ódio
e vingança, mas não consegui documentos de Koatay 108 a respeito.
Sabemos que, actuando como membros da Igreja Católica, no Século
XV, na Espanha, inicialmente, quando, em 1482, o monge dominicano
Thomas de Torquemada foi nomeado um dos inquisidores da Santa Fé e
estabeleceu, em conjunto com os doutores da lei Tristão de Medina e
João de Chaves, as Instruções e Ordenanças dos Inquisidores,
que serviram como instrumento para a execução de milhares de
pessoas nas fogueiras e outras punições cruéis, e que se espalhou
por todo aquele mundo dito civilizado. Outro monge dominicano, Inácio
de Loyola, criou a Companhia de Jesus e se tornou o fundador da ordem
dos jesuítas, empenhada, no Século XVI, em conquistas extremamente
cruéis e devastadoras, onde tivemos grande participação e
cometemos crimes de variadas e hediondas naturezas, que nos
proporcionaram um grande número de cobradores, até hoje esperando o
momento do acerto de contas connosco.
Em 1983, com o aumento do
número de prisioneiros, se tornou impossível esclarecer os diversos
casos, e cada um passou a receber uma pequena mensagem com um
“Príncipe”, pequena flor trabalhada por Koatay 108, ao ser
libertado.
Às ninfas era entregue:
“Querida Filha, Salve Deus! Que a sua
força, juntamente com essa amacê que você tem agora, possa emanar
esses irmãozinhos, caindo sobre eles como pétalas de rosas que irão
despertá-los para uma nova vida, bálsamo sagrado que irá iluminar
as Trevas em que estão perdidos, tirando o ódio e o rancor de seus
corações e fazendo com que tenham novamente esperança, amor e
equilíbrio. Assim como no passado você foi instrumento de suas
aflições e injustiças, que hoje, evoluída, possa ser o
instrumento da libertação - deles e sua - graças a essa feliz
oportunidade que nosso querido Pai Seta Branca lhes proporcionou.
Estamos felizes com todo esse maravilhoso trabalho e pedimos ao
Divino e Amado Mestre Jesus que envolva a todos com o Seu Sagrado
Manto, para que a Luz e o Amor acompanhem eles e nós nessas novas
jornadas. Salve Deus!”
Aos
Jaguares era entregue uma mensagem nos seguintes termos:
“Salve Deus, meu Filho Jaguar! És
consciente das vidas transcendentais deste mundo físico em que
vivemos, em que já ocupamos outros corpos, em que já caminhamos em
outras trilhas, onde já subimos e descemos na esperança de um novo
comportamento e, no entanto, mais uma vez nos emaranhamos e nos
fizemos cobradores e cobrados. A Justiça de Deus nos permite a
graça, nesta feliz oportunidade, de sermos prisioneiros dos
Cavaleiros de Oxosse e das Grandes Legiões. E hoje, filho, escolhido
pelo teu Cavaleiro, te libertas daqueles que impediam teus passos no
progresso de tuas vidas material e espiritual, e de muito no teu
quadro sentimental. É tudo que posso dizer! Com carinho, a Mãe em
Cristo, Tia Neiva – Absolvido, filho, afirmam estes Grandes
Iniciados: Entidade: _____ na figura do Mestre Ajanã _____, tendo
como Advogado de Defesa _____ e a Sentinela _____, sob o testemunho
da Condessa ______, na Promotoria ______. Filho, não precisas saber
especificamente o que fostes. Só digo que os anjos e os santos
espíritos, que já se libertaram dos seus destinos cármicos, nunca
serão prisioneiros no mundo das Legiões. Esta pequena flor é um
“Príncipe Imantrado”, que eu preparei na Alta Magia para ti.
Guarde-a e, se possível procure levá-la sempre contigo. Alerta,
filho! Continue a lutar, tirando os bons proveitos desta libertação,
porque, filho, só cai aquele que não está seguro em si mesmo.
Partirás daqui sem a perseguição destes que foram suas vítimas do
passado! Com carinho, a Mãe em Cristo Jesus, Tia Neiva.”
Quando entre nós, Koatay
108 fazia as prisões. Com seu desencarne, a necessidade ou não de
ficar prisioneiro foi entregue à própria consciência do médium,
que já tinha como sentir suas condições para assumir uma Prisão.
Nenhuma entidade faz um
médium assumir a Prisão. O que acontece é uma sugestão, dada por
um Preto Velho num Trono, para que alguém, que se sinta em condições
plenas de energia e equilíbrio, assuma, quando lhe convier, uma
Prisão, pois a Entidade está vendo um quadro em que isso se faz
necessário.
A partir de 2000, em suas
eventuais reuniões gerais, o Trino Arakem, com a autoridade de
Executivo da Doutrina e, como tal, com sua sensibilidade intuitiva,
passou a indicar, entre os médiuns que passavam à sua frente, no
Radar, aqueles que deveriam assumir uma Prisão.
Para assumir uma Prisão
há que se estar em condições de ajudar àquele irmão que será
colocado junto a nós para ver que, hoje, somos diferentes daquele
que o jogou naquela triste situação. Sem prepotência, sem
arrogância, sem ódio, temos que estar conscientes de que teremos
que agir com todo nosso equilíbrio, harmonia e amor no período da
Prisão, para demonstrar àquela nossa vítima do passado que hoje
somos diferentes. No nosso coração vibra o Amor, quebramos nossas
armas, nos despimos de nosso orgulho, de nossa vaidade, e ali
estamos, com humildade, colhendo os bónus-horas para nossa
libertação.
Devemos estar alertas,
pois a presença do cobrador (ou cobradores) junto a nós modifica
nossa sintonia mental, nosso padrão vibratório, podendo nos causar
mal-estar e até mesmo dores físicas e alta sensibilidade, tentando
nos levar à irritação e à desarmonia.
Por isso devemos evitar a
Prisão quando estamos atravessando fases difíceis, quando
enfraquecidos por algum mal físico ou vibracional, pois já
estaremos prejudicados na essência do trabalho, que é a recuperação
de nosso cobrador. Este precisa saber que não somos mais aquele que
o desgraçou. Ele vai saber disso pela nossa harmonia, pela nossa
dedicação na Lei do Auxílio, pela vibração do nosso amor, e,
especialmente, pela nossa reacção àquelas situações em que ele
nos colocar. Temos que fazê-lo perceber e acreditar em nossa
mudança. Ele terá que ter certeza de que esta mão que hoje lhe
estendemos é a mão de um irmão amoroso que o quer trazer para a
Luz, e não é mais aquela mão de alguém dominado pela paixão,
pela vaidade, pela ambição, a mão armada que tirou sua vida e
cortou seus sonhos, sua esperança, instrumento de um coração sem
amor!
Pela seriedade e pela
grandeza, o trabalho de Prisão deve ser assumido com muita
consciência, amor e humildade. Senão, o que pode acontecer a quem
se deixa levar pelo desequilíbrio, pela desarmonia, é aumentar o
ódio daquele cobrador, desapontado com mais uma oportunidade
perdida, por ver que aquele seu algoz em nada mudou, e que retorna à
condição de cobrador com maior intensidade, sem se ter libertado no
Julgamento ou no Aramê, onde se fazem presentes a representante de
Koatay 108 e a da Condessa Natharry, a testemunha de todos os tempos,
que representa o Espírito da Justiça, e se veste toda de preto
porque é uma verdadeira projecção de Chapanã, o Cavaleiro da
Lança Negra, que aplica a Justiça Divina na Terra.
Com base nas denúncias,
os Promotores montavam as acusações e as defesas, e houve muitos
casos em que a projecção proporcionou um ato de perdão entre os
próprios prisioneiros, que foram envolvidos em dramas do passado e
que puderam se redimir com o reencontro, dentro das energias do amor
e do perdão, no Julgamento.
- “Meus filhos, nunca se esqueçam de que tudo é consciência.
Não
podemos ficar alheios ao nosso passado, ao que fizemos ou deixamos de
fazer, pois, no ciclo evolutivo da vida, não podemos deixar marcas
por onde passamos.
Às
vezes, por inconsciência, vaidade ou, mesmo, auto-afirmação,
prejudicamos alguém e continuamos nossa marcha como se nada tivesse
acontecido. Mas, um dia, vem o reencontro, tem que haver o
reencontro, e a prisão é o meio mais subtil, pois há amor e
consciência, assim como nesta história de Aragana. Veja como Deus
não tem pressa!...