sexta-feira, 22 de novembro de 2013

O Médium Doutrinador - Trino Tumuchy


                                         O MÉDIUM DOUTRINADOR
Pelo Trino Presidente Triada Tumuchy!
É o médium cujo ectoplasma se acumula na parte superior do corpo, do peito para cima, predominando na cabeça. Quando ele se mediuniza, isto é, estabelece sintonia entre seu sistema psicológico e seus chakras, seus sentidos se activam acima do normal. Como consequência imediata, sua percepção fica mais apurada, mais alerta. Com a tónica circulatória predominando na cabeça, os órgãos inferiores diminuem a actividade, principalmente na área do sistema neuro-vegetativo.
A partir daí, ele começa a emitir uma onda fluídica com a parte superior do corpo, principalmente pela boca e pelas narinas.
Essa onda estabelece um canal fluídico entre os plexos superiores e os chakras correspondentes. Seu sistema psicológico passa a receber as influências dos chakras que, por sua vez, são activados pelo plano vibratório do mundo espiritual. O Doutrinador se torna, então, receptivo aos espíritos de sua sintonia.
Essas emanações são filtradas pelo sistema cerebral, e o Doutrinador emite sua doutrina, isto é, fala, pensa, escreve, cura, consola e executa sua tarefa Mediúnica.
Esse é o sentido amplo da doutrina. Ela não é, apenas, um conjunto de palavras bem articuladas e com boa construção literária. Também, não é simples pensamento bem elaborado, representando ideias precisas. É, essencialmente, emissão de energia positiva, que tanto pode se manifestar por palavras como pela aplicação das mãos, pelo olhar e até pelo simples pensamento dirigido.
Essa realidade do Doutrinador tem algumas implicações que não podem passar desapercebidas: 1º) O fenómeno existe e funciona, mesmo que o Doutrinador nato não saiba disso; 2º) a emissão fluídica tanto pode ser positiva como negativa, na dependência do campo de sintonia do Doutrinador. Nos estados de ira, de cólera, de angústia, de medo ou de ansiedade, a polarização das forças é, essencialmente, dos plexos nervosos. Nesse caso, os chakras se fecham, e a pessoa entra em curto-circuito, que pode produzir resultados funestos. O sangue que aflui ao cérebro se carrega de partículas tóxicas e produz descargas em todo o organismo. O médium Doutrinador não desenvolvido é um candidato natural à apoplexia, aos enfartes e derrames.
Pelas razões expostas acima, o Doutrinador é o médium por excelência, o intermediário entre os planos e o responsável pelo fenómeno mediúnico. Sem a presença de seu ectoplasma, é difícil a realização do processo, no qual ele actua como catalisador.
A manifestação de sua mediunidade é feita través da sua psique normal e esse fato inspira confiança, em virtude da plena responsabilidade em quaisquer circunstâncias. O Doutrinador não sente arrepios, perdas de consciência, nem tem descontroles emocionais, comuns em outros médiuns.
O desconhecimento desse tipo de mediunidade leva a considerar o Doutrinador como um ser humano que não tivesse mediunidade, atitude essa que tem tirado a oportunidade de realização a muitos.
Por outro lado, a tentativa de desenvolvimento da mediunidade de um Doutrinador nato pelos plexos inferiores, leva a complicações de consequências imprevisíveis.
A memória transcendental estabelece, para o ser humano, o momento para cada etapa fundamental de sua trajectória. O exercício da mediunidade tem um tempo certo para começar. Quando essa cronologia não é observada a Natureza põe em funcionamento os sinais de alarme. Estes aumentam de intensidade na proporção em que não são atendidos.
Nesse ponto, torna-se necessário lembrar ao leitor que o exercício da mediunidade não é feito apenas no Espiritismo. Se assim fosse, o mundo seria habitado somente por desequilibrados. Mas, por outro lado, apenas a vida comum, o mundo da personalidade transitória, não satisfaz às demandas mediúnicas. Isso explica, em parte, a busca eterna da realização religiosa, política ou idealista. O ser humano sempre precisa de algo além da sua simples sobrevivência. O Mediunismo se apresenta, actualmente, como a solução mais objectiva.
O Doutrinador potencial, quando se apresenta ao grupo mediúnico, demonstra, em geral, ter a vida desequilibrada e ser dominado pela angústia, pela descrença, agressividade ou passividade excessiva.
Fisicamente, queixa-se de dores de cabeça, distúrbios digestivos e incómodos cardíacos. De modo geral, esses incómodos cardíacos já foram objecto de cuidados médicos e desanimaram o clínico pela falta de causas definidas.
Submete-se, então, o paciente a um trabalho mediúnico, em que haja absorção do ectoplasma excedente no organismo. A melhora quase instantânea é a melhor prova de que estamos na presença de um Doutrinador.
Depois dessa experiência, se ele aceitar a ideia de trabalhar espiritualmente, deve ser submetido ao exercício de sua mediunidade, a começar pelos processos físicos. Durante um período mínimo de três meses, ele deve trabalhar uma ou duas vezes por semana, doutrinando espíritos incorporados, ministrando passes magnéticos e conversando com pacientes que procuram o tratamento espiritual.
Por tendência natural, o Doutrinador tem interesse na cultura intelectual. Tenha escolaridade ou não, ele sempre absorve o aspecto intelectivo do meio em que vive.
Sua apresentação, pois, é cheia de justificativas, explicações e demonstrações de conhecimentos. No seu arrazoado, predomina a análise com tendências ao cerebralismo. Nisso ele revela certo bloqueio à recepção espiritual. O racionalismo excessivo impede o contacto com o transcendente.
A alimentação do intelecto, nesse caso, é somente horizontal, isto é, nutrida, apenas, pelas ideias elaboradas por outros, remodeladas num transformismo contínuo, que nada cria. É uma psique saturada.
Paralelamente à desassimilação ectoplasmática, o médium deve ser submetido a uma confortável desassimilação intelectual. Durante algum tempo, ele deve se abster de leituras, experiências e pesquisas mais sérias; isso irá aguçar sua curiosidade, mas descansará sua mente. Esta, sem o bombardeio das informações formais, começará a sintonizar as antenas com o mundo chákrico e, mais além, com o mundo espiritual.
Nesse período, ele deve receber, apenas, as informações essenciais à técnica da mediunização, um subtil fenómeno da Natureza, mas de fácil alcance. Na vida comum, ele pode ser verificado nos momentos dramáticos, quando os acontecimentos superam o senso comum e o ser humano apela, automaticamente, para o transcendente.
O Mediunismo provê a mediunização por meio de chaves, mantras e o ritual em geral. Em última análise, é um problema de disponibilidade de ectoplasma e de focalização da consciência.
Sem dúvida, o sucesso de um Doutrinador depende de sua capacidade de mediunizar-se. Pela sua própria natureza, ele é um impaciente, e tudo que lhe acontece em torno o incomoda. Tem tendência para dar ordens e organizar as coisas. Gosta de falar, mas não de ouvir, provocando, com isso, reacções desfavoráveis à sua actividade.
No estado normal, sob o domínio da personalidade, ele manifesta seu temperamento, sua cultura e seus preconceitos, nem sempre agradando.
Ao mediunizar-se, porém, ele entra em sintonia com seu espírito, portador da experiência milenar, e com o plano em que se acha. Seus Guias encontram acesso à sua psique e, através dela, trazem suas vibrações benéficas ao ambiente, no verdadeiro exercício da mediunidade.
Como vimos até aqui, a mediunidade de doutrina revela as maiores possibilidades do ser humano, podendo, sem medo, se atribuir a ela as grandes conquistas da Humanidade.
Se pensarmos em termos da iluminação intelectual, mediante o processo mediúnico, chegaremos à conclusão de que a revelação mística não é antagónica ao processo científico, e tem sido a base da evolução humana. Com essa reflexão simples, colocaremos as religiões no lugar que lhes compete e partiremos mais tranquilos ao encontro do nosso futuro.
Qualquer ser humano, por modesto que seja em seu mecanismo intelectual, pode ser o portador da experiência transcendente. Basta, para isso, que se disponha a servir o seu próximo nas normas evangélicas e conheça as técnicas do Mediunismo.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Atendimento do Preto Velho - Tia Neiva


                                   ATENDIMENTO DO PRETO VELHO

Salve Deus, meu filho Jaguar!
Preto Velho é amor, humildade e tolerância. Ele não diz a determinado paciente que ele está carregado porque fizeram um despacho para ele. Ele não leva ninguém ao desespero e, sim, ao conforto espiritual. Ele nada promete. Ele ajuda, dentro dos limites cármicos e do merecimento de cada um.
Filho, é muito triste ouvir falar que um Apará fez isso ou aquilo e, o que é pior, veio desarmonizar um visitante nosso.
Também é muito triste saber que um Apará, com toda sua sensibilidade Mediúnica, se deixou levar por uma influência negativa e transmitiu o que não devia.
Filho, ao sentir em seu trabalho de Trono uma possível interferência, uma aproximação negativa, proceda a passagem e deixe que o Doutrinador doutrine e faça a elevação, para que você retorne com seu Preto Velho, transmitindo a voz directa do Céu!
Filho, evite tocar no paciente, evite o contacto físico e procure trabalhar com as emanações de nossas energias, que são fluidos benéficos aos pacientes.
Saudações tais como: “Salve o fogo!”, “Salve a Terra!”, “Salve as areias das praias!”, “Salve o trovão!”, etc. devem ser evitadas, porque nada significam em nossa Doutrina.
Filho, tenha sempre em mente que você é um ser especial que recebeu a missão sagrada de ser um medianeiro entre o Céu e a Terra, e que todos os que o vêm confiam em você.
Salve Deus! Que o Divino Mestre Jesus o abençoe!
Tia Neiva

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Ninfas Consagradas pelo Reino Central - Tia Neiva


                                Ninfas Consagradas pelo Reino Central

Minhas filhas ,

Salve Deus!

Gostaria imensamente ,que cada uma de vocês fizesse um sincero exame de consciência ,e despertassem para o importante papel que por Deus ,lhes foi confiado ,neste limiar do III Milénio ,quando temos tanto trabalho a realizar ,desempenhando as suas funções como verdadeiras missionárias que são. Porque ,minhas filhas ,é muito triste ver que o desequilíbrio começa a se alastrar ,insinuando-se em seus corações e em suas mentes ,tornando difíceis ,as tarefas mais simples ,desarmonizando os trabalhos ,gerando rivalidades que criam profundos abismos entre vocês e entre as falanges missionárias ,e ,o que é pior ,causando profundas desilusões aos que contavam com o apoio e o amor de vocês.
A inveja e o ciúme são frutos da insegurança .E esta é provocada por factores que devemos combater. Quanto maior for o conhecimento dentro da conduta doutrinária ,quanto mais participarem dos trabalhos no Templo ,mais confiança ,vão adquirindo e, assim ,a insegurança vai acabando .Também ,deve ser evitado o excesso de confiança ,pensando que nada têm a aprender ,e cair no feio abismo da vaidade.
Sempre que envergarem seus uniformes ,suas indumentárias ,devem deixar que a individualidade passe a conduzi-las. Esqueçam os problemas ,as dores que perturbam a personalidade ,e procurem dedicar-se ,dando o melhor de si levando a Lei do Auxílio ,onde quer que se faça necessário. Porque ,é terrível o efeito de uma negativa para ajudar em um trabalho ,pelo simples motivo de não estar disposta ou não Ter sido escalada especificamente para aquilo. Quando há escassez de ninfas ,não se justifica que ,por simples questão de preferência ,haja mais ninfas do que o necessário para a realização de um trabalho ,ficando outro paralisado.
Vamos ,mesmo que com esforço ,nos tornamos prestativas ,cuidando de tudo e de todos com atenção e carinho ,fazendo com que as pessoas se sintam bem em nossa presença ,que nossa vibração transmita serenidade e equilíbrio. Vamos valorizar o trabalho de cada uma ,e das falanges missionárias ,e ,em lugar de criar tolas rivalidades ,é preciso Ter a preocupação de agir em conjunto e harmonia ,juntando as forças ,abrindo os corações ,irmanando-se com todos na importante de auxiliar os que necessitam.
É preciso ter muito cuidado para não decepcionar aos que as cercam e, principalmente ,às Guias Missionárias ,os Grandes Iniciados ,que criam ,em cada uma de vocês ,essa beleza interior ,essa força ,o amor incondicional ,abrindo seus caminhos para a luz e a paz ,a felicidade do cumprimento de suas missões.
Junto a seus mestres ,ou nas falanges missionárias ,busquem sempre servir dentro da Lei Crística ,com tolerância e humildade.

Salve Deus! Com carinho ,a Mãe em Cristo ,

TIA NEIVA

Vale do Amanhecer ,18/02/1981.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Conversa com Pai Joaquim das Cachoeiras.



Pai Joaquim, o senhor está triste hoje?

- Sim, meu filho, um Mentor também se entristece, mas saiba que é diferente da tristeza que vocês sentem.

- Como assim diferente, meu pai? Tristeza não é tudo igual?

- Nós nos entristecemos, mas não com sofrimento, pois o sofrimento vem quando sabemos que poderíamos ter feito mais, e nós sempre fazemos tudo que é possível, tudo que é permitido. Então somente ficamos tristes por não atingirmos os objectivos que dependem da compreensão de cada Individualidade, ou de cada Personalidade.

- Entendo, mas o senhor poderia dar um exemplo, para que eu possa escrever sobre isso?

- Sim, meu filho... Nenhuma pessoa se aproxima de outra se não houver um motivo. Grande parte das vezes é por afinidade vibratória, e outras tantas pelos reajustes. Saiba, meu filho, que todo reajuste é planificado pelos espíritos envolvidos de maneira que possam aprender alguma coisa e reequilibrar um charme do passado com amor. Sim, com amor! Porque cada reencontro, por mais doloroso que possa parecer, tem uma finalidade produtiva para ambas as partes. Às vezes nós, aqui no Plano Espiritual, nos esforçamos para auxiliar que dois caminhos se encontrem. Que duas pessoas que necessitam reajustar possam estar próximas e em situações que permitam a superação dos defeitos de carácter de cada um. A tristeza chega para nós quando todos os esforços são vencidos pelo orgulho pessoal, pela arrogância, pela falta de compreensão e pelo desejo inconsciente de voltar à velha estrada. Então nos entristecemos, pois sabemos que a lição não foi aprendida.

- Então o reajuste não é realizado, e as pessoas terão que reencarnar novamente para reajustar a oportunidade que perderam?

- Não meu filho! O reajuste é sempre realizado, não tenha dúvidas. Mas sempre há a possibilidade do reajuste por amor, e, nestes casos, o reajuste é realizado pela dor. A mágoa acaba reequilibrando as energias. Os encontros e reencontros acontecem para que os envolvidos possam ultrapassar os limites do simples reajuste, para que possam aprender algo e realizar com amor o reequilíbrio do passado. É a lei do Perdão de Nosso Senhor Jesus Cristo. Porém, quando o amor é vencido pelos sentimentos negativos ou mesmo pelas influencias dos irmãozinhos, volta-se a velha estrada do dente por dente, olho por olho e quem pode cobra, quem deve paga.

- Então sempre podemos reajustar por amor, pelo perdão, mas quando “terminamos mal”, acabamos reajustando pela dor. É isso meu pai?

- Sim filho. Por isso a importância de procurar compreender o outro, de colocar-se “nos seus sapatos” e entender, mesmo que não concorde com as atitudes e palavras. Assim, buscando o entendimento de como o outro está pensando, podemos perdoar, quando requer perdão, ou pedir perdão. Aliás, pedir perdão é sempre recomendável quando o coração compreende. Pedir perdão não é sinal de fraqueza ou de concordância com o outro. É o reconhecimento da compreensão e a nova Lei de Nosso Senhor Jesus Cristo, na sua Escola do Caminho.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Mediunidade Psiquica e Mediunidade Espiritual


O Espírito é algo que se destacou do Todo e, como consequência, se individualizou, se tornou uma “Individualidade”. O Indivíduo-Espírito pela própria natureza, apresenta características, tendências, preferências e objectivos que são somente seus, que o destacam de outros Indivíduos-Espíritos.
Para encarnar, isto é, para percorrer por certo tempo este Planeta, seguir a estrada que o levará, num futuro talvez remoto, à desindividualização, isto é, à sua reintegração no Todo, ele é obrigado a se adaptar ao corpo físico, cujas manifestações se fazem pelo processo sensorial de estímulo-resposta, chamado Alma.
 Esse conjunto Corpo-Alma forma a Personalidade. Personalidade significa a aparência física, a constituição do corpo, as tendências, a educação recebida, ou seja, “aquilo” que foi feito ou se fez no mundo físico, no Planeta, para a manifestação do Indivíduo-Espírito.
Essa é a lei da Terra, a Lei crística, em seu aspecto peculiar da encarnação.
Ao se submeter a esse processo, o Espírito aceita completamente o facto de que terá que se manifestar, exercer a sua programação, caminhar para seus objectivos, dentro dessas condições difíceis. A formação da Personalidade já é meio caminho andado na realização cármica.
Por mais que faça, o HOMEM, dificilmente pode modificar sua personalidade, a não ser em termos de mudança de comportamento. Essa mudança entretanto, a não ser que seja feita em consonância com os objectivos do seu Espírito, será angustiosa, transitória ou auto aniquilante.
O conhecimento e a utilização da Força Mediúnica devem ser paralelos ao reconhecimento da existência do Espírito Transcendental, do próprio Espírito, sob pena dela ser apenas a exteriorização da Personalidade. Em resumo, o desenvolvimento da Mediunidade apenas fenoménico, sem um objectivo Crístico, ressalta as qualidades ou defeitos do Médium e o torna apenas intermediário entre ele e o mundo que o cerca.
Pode ainda acontecer dele, na sua cegueira personalística, ser intermediário de Forças Horizontais, não criativas e às vezes até destrutivas. Nesse caso ele se torna um Médium apenas psíquico, isto é, ele dá vazão a conceitos, ideias e conselhos de sua própria lavra ou de Espíritos do Plano Terreno, ou seja, formas e valores não criativos, apenas transformistas.
Esse fato simples e objectivo é que separa o joio do trigo, o que é Crístico e o que apenas não é. É fácil de se saber quando isso acontece, bastando seguir-se a regra evangélica de que a “árvore se conhece pelos frutos”… A Mediunidade desenvolvida paralelamente ao esclarecimento doutrinário, apresenta um quadro totalmente diferente.
O Médium começa por apreender as emanações e os anseios transcendentais de seu próprio Espírito e, graças a isso, ele se harmoniza com sua linha cármica. Ele muda as perspectivas, a visão da vida e muda seu comportamento por um processo íntimo de plena convicção. Ele passa a ver o Mundo com maior descortino, se torna mais abrangente e com isso sua vida se equilibra. Ele passa a ser uma pessoa que irradia simpatia e interesse pelo seu próximo. A partir daí se torna possível seguir a Lei do Perdão, do Amor, da Tolerância e da Humildade.
Nessas condições isso é feito sem constrangimento, sem que a pessoa tenha que se violentar, sem provocar tensões internas, geralmente causadoras de revolta. Nessa linha de sintonia com seu Espírito transcendente ele atrai para si as emanações dos Espíritos Superiores, de seus Guias, seus Mentores, e passa a ser porta-voz desses Espíritos. Esse é o Médium Espiritualizado, o Médium através do qual vem a cura, o alívio e a esperança dos que são atendidos por ele. Temos assim uma ideia clara do que seja a Mediunidade puramente Psíquica e a Mediunidade Espiritual. Entretanto é preciso saber que o Ser Humano não é estático, sempre o mesmo. Ele varia a cada momento e seus estados se alternam conforme as influências a que é submetido.
Como consequência, sua Mediunidade pode variar e se apresentar ora de uma forma, ora de outra. Por
isso é que a prática da Mediunidade deve ser feita no âmbito de um conjunto doutrinário, com regras ritualísticas e a vigilância dos Mentores. Em nossa Corrente, para melhor garantir a autenticidade, todo trabalho mediúnico é feito pela unidade dupla Apará – Doutrinador.
Só o Doutrinador tem as condições necessárias para discernir as manifestações e saber quando as coisas vêm do Médium ou dos Guias, qual a dosagem de Psiquismo existente no trabalho e até que ponto esse Psiquismo não prejudica o trabalho. Afinal ninguém é perfeito e qualquer um pode cometer erros.
O importante é tirar o melhor partido de cada situação e fazer com que o Médium ajude a si mesmo, enquanto ele está ajudando o seu próximo. Só uma atitude de Amor e paciência pode conduzir o fenómeno mediúnico para resultados positivos a todos que dele participam. Para isso é preciso haver uma atitude desassombrada e de compreensão, de que somos todos Espíritos a caminho e que o Ser Humano dificilmente mistifica deliberadamente.
 

Trino Tumuchy, Mestre Mário Sassi – IPM 04