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terça-feira, 25 de agosto de 2015

Os que ficam para trás


Muitas vezes lembramos-nos de caros amigos que ficaram para trás. Perderam-se de nós simplesmente na falta de contacto, no tempo escasso que nos envolve em três vidas a serem mantidas nesta encarnação complexa, onde o necessário equilíbrio entre o material, emocional e físico tanto nos cobram...

Alguns mergulham em suas vidas materiais, e, a necessidade de “sempre fazer mais” facilmente consome o tempo que poderia ser mais bem dividido. Trazer o conforto para família ou semear um futuro sem onde possa ter “mais tempo”, está nossa luta diária, e estes desafios são apenas parte de um todo, não o objectivo final.

Outros permitem as emoções da personalidade dominarem por completo. Entregam-se ao desejo de fazer feliz os mais próximos e esquecem-se de tantos que podem estar igualmente precisando do seu afecto. O amor cativado gera responsabilidades e traz vibrações...

Existem ainda os que investem tudo na busca espiritual. Dedicam-se ao conhecimento e se isolam, sem compartilhar as conquistas ou, fanatizados pelo que acreditam, passam a tentar converter a fé alheia, afastando aqueles que os amam, mas não os entendem.

Todos estes ainda se debatem em seus karmas que não serão quebrados porque o equilíbrio ainda não chegou! Perdem-se pelas “prioridades” e tornam-se cada vez mais sós, mesmo que não percebam. Nossa vida é uma constante busca pelo equilíbrio, atreveria mesmo a dizer que nossa maior lição como encarnados é tentar alcançar o equilíbrio!

Porém resta o consolo de que a verdadeira ligação espiritual independentemente do binómio físico de “espaço-tempo”. Está registada em nosso espírito e a afinidade se mantém mesmo quando distantes. Por isso existem aqueles que encontramos, anos depois de nos afastarmos, e “parece que foi ontem”. Os olhares se cruzam, o coração emociona e o abraço caloroso aparece. Não parece que os anos passaram, não existem as perguntas repletas de cobranças, apenas a saudade que de imediato se converte em um sentimento de carinho e respeito. Isto é afinidade espiritual, isto é amor incondicional também.

Outros... Simplesmente ficaram para trás! Os reencontros são frios, disfarçados, ou repletos de cobranças. Um grande amigo do passado passa a não significar mais nada, pois a escada da evolução é fatal. Até mesmo um grande amor pode se apagar por completo e transformar-se em apenas uma lição ou questionamento.

Resta lembrar as sábias palavras de Tia Neiva nos afirmando para que, quando encontramos um grande amigo, ou um grande amor, nos esforcemos para não perder vista, não deixa-los para trás, ou ficarmos para trás. Ninguém é de ninguém, mas as afinidades podem ser construídas dia a dia.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Hierarquia: Poder ou Responsabilidade?

                                          Hierarquia: Poder ou Responsabilidade?

A frustração na vida pessoal, seja no aspecto familiar, emocional ou profissional,  leva inúmeros seres humanos a buscar algum destaque na dita “vida religiosa”.

Tornar-se um líder dentro de sua religião não significa obter o “poder” que reequilibraria as frustrações particulares. Por isso inúmeros pastores, dirigentes espíritas, chefes e terreiro, e, infelizmente, jaguares, se perdem em suas missões e se transformam em déspotas usando as vestes da arrogância e vaidade das placas de acrílico.

Ser um líder dentro de nossa Doutrina implica em servir ainda mais! Tem que ser exemplo! E jamais poderá ser um exemplo se sua vida pessoal (familiar, emocional, profissional...) for desastrosa. Para ser líder é preciso ter equilíbrio!

Para ser um exemplo é preciso ter a consciência dos incansáveis pedidos de nossa Mãe Clarividente: conduta, meus filhos, é preciso ter muita conduta!

Dentro do Templo é preciso ser o mais humilde servidor da Luz. Ter sempre uma palavra amiga e estar disposto a colaborar em tudo. É preciso jamais render-se às provocações e ter o sorriso que cativa e desarma a qualquer ser!

O Comandante “de mal com a vida”, irritadiço, cheios de respostas irônicas e sarcásticas, que impõe pela hierarquia suas “ordens” e desfruta da posição de mando... este jamais será um líder! No máximo terá alguns bajuladores em busca de usufruir da “posição” do pseudo-líder.

A Conduta Doutrinária para os que dispõem da hierarquia outorgada pelas classificações, ou missões assumidas espontaneamente, vai muito além das portas do Templo. Suas vidas tornam-se públicas e seu exemplo é levado por onde andar.

Um verdadeiro líder é abordado em seu trabalho, em seu convívio social, com perguntas sobre “como tem tanta paciência?” ou “como faz para manter esta tranquilidade?”. As pessoas identificam a luz de nossos Mentores e sentem-se atraídas. Querem desabafar, contar suas vidas. São mariposas atraídas pela luz.

Um Adjunto não deveria nunca precisar convidar ninguém para ir ao Templo, pois as pessoas que precisam, invariavelmente tentam saber que religião ele frequenta para ter aquele comportamento.

Por isso afirmo que hierarquia na balança espiritual de sua vida não lhe trará poder, mas sim responsabilidade. O poder que aparentemente recebe não é espiritual é apenas temporal. Poder espiritual é uma conquista de sua sintonia e de sua conduta.

Vou mais longe... Um Pai Nosso realizado com amor e sintonia, por um emplacadinho, pode chegar mais longe que a emissão de um Arcano vaidoso.

Sem conduta e sem sintonia as classificações atrasam  a evolução do Jaguar (Pai João).

Buscar poder pela hierarquia é somente assumir mais compromissos. E sempre somos avisados: Ninguém é obrigado a jurar, mas se jurou, terá que cumprir. Salve Deus!

Kazagrande