sábado, 29 de setembro de 2012

Recordar o amor materno é trazer à lembrança o olhar de Tia.

Olhos profundos que hoje povoam algumas mentes e muitas fotos compartilhadas com alegria e certo orgulho.

Olhos por vezes que parecem tristes, distantes. Em outras alegres, penetrantes.

Tia Neiva não pode ser esquecida e sua lembrança não pode ficar perdida em meio a disputas hierárquicas. Seu olhar não pode perder-se pelos questionamentos dos que ainda não compreendem a essência da Doutrina: A mensagem de Jesus! Do Jesus redivivo, do Caminheiro, do Divino Mestre que veio abrir a Escola do Caminho e romper o ciclo vicioso do karma com a Lei do Perdão através da caridade prática.

Tia Neiva preocupava-se em Evangelizar! Em despertar a consciência do médium para as coisas simples. Em meio a nossos Rituais, onde técnicas Iniciáticas manipulam energia precisas, está simplesmente o médium missionário. Este é o pilar de sustentação da Doutrina. Aqueles que, na simplicidade de seus parcos conhecimentos, apenas se preocupam em praticar a caridade com a peculiar pureza de seus sentimentos nobres de servir a humanidade. De servir ao encarnado e ao desencarnado.

Tia Neiva se preocupava em encaminhar espíritos! Trouxe-nos toda esta estrutura doutrinária para que pudéssemos ter em mãos as ferramentas mais precisas, armando seu povo com a sabedoria das palavras do Divino Mestre, entregando a cada dia seus olhos a bem da verdade.

Juramos com a espada apontada junto peito, pedindo, repito, pedindo para sermos feridos se nossos pensamentos se afastassem de Jesus! Isso é muito sério! Não juramos apenas pelas palavras proferidas ou ações cometidas, juramos pelos nossos pensamentos!!!

Tia a cada dia pedia que seus olhos fossem arrancados se escravizasse os sentimentos dos que nela confiavam.

Por isso, meus irmãos e irmãs, não questiono os “certos e os errados”, os acertos e desacertos, apenas semeio que o mais importante é seguir encaminhando espíritos. Acreditando que podemos ser pessoas melhores e evoluirmos como espíritos a caminho.
Não posso ficar observando “erros” e perdendo o precioso tempo terrestre com as picuinhas da personalidade. Devemos, ao abrir a boca, pensar na mensagem do Divino Mestre e ter em mente Os Olhos de Tia Neiva!

Kazagrande

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Magia

A Magia é o mais elevado e absoluto conhecimento das forças da Natureza, cuja prática revela o valor interno e oculto das coisas, tendo como base a sabedoria e as revelações dos sacerdotes do antigo Egito, que se difundiram, de forma secreta, pelo Oriente.
Foi a denominação dada à ciência dos Magos, casta sacerdotal da antiga Pérsia, que manipulavam técnicas ritualísticas capazes de obter efeitos benéficos e afastar efeitos maléficos com a ajuda de forças ocultas ou de seres de outros planos. Moisés, Abraão, Orpheu, Confúcio e Zoroastro foram grandes magos, mas Salomão é considerado um dos maiores pelos conhecedores do assunto.
Embora lidando com a Luz e com a energia que flui de todos os seres animados ou inanimados, a Magia difere da religião por ser uma técnica manipuladora e não uma sujeição à adoração, dirigindo-se a fins específicos e não ao culto de seres espirituais.
Sob o aspecto de processos da eficácia, a Magia é:
a) DE CONTATO ou simpatética – com base no princípio que basta atingir uma parte para atingir o todo, isto é, para atingir uma pessoa podem ser usadas unhas, cabelos ou peças do vestuário daquela pessoa; e
b) DE SEMELHANÇA ou homeopática – com base no princípio de que atingir a imagem é atingir a pessoa, como aplicada em bonecos ou fotografias.
Por sua finalidade, a Magia pode ser BRANCA, se usada para beneficiar uma pessoa, ou NEGRA, quando utilizada para fazer o mal.
A Magia é resultante do conhecimento ligado ao poder de transformação. O conhecimento (*) é que torna possível a transformação consciente e a manipulação das forças, fazendo com que um efeito da Magia sempre precise da transmutação de forças bem selecionadas e relacionadas, polarizadas pelo amor ou pelo ódio.
Os magos se julgam pessoas iluminadas, espíritos preparados pela conjunção de forças astrais, com missão de ajudar a Humanidade a encontrar seus caminhos e amenizar seus carmas. Os magos não aceitam a noção de fé, porque acham que a fé é vulnerável, e acreditam no poder do amor e da verdade e não aceitam a Magia como um tipo de religião.
A Magia compreende a prática de profecias através de oráculos sagrados e não de adivinhação, porque o oráculo refletiria a alma do ser, coisas íntimas das quais só ele tem o conhecimento, o que permitiria não modificar mas, sim, amenizar o carma, transformando um carma maldito em um carma benéfico.
A Magia e a Alquimia caminharam juntas e foram a base, com a pesquisa e manipulação dos quatro elementos naturais – Terra, Água, Ar e Fogo – da Ciência moderna.
Estudiosos da Magia sem os esclarecimentos da Espiritualidade se questionam como poderiam ter sido feitos os contatos entre povos tão distantes, como os chineses e os celtas, os africanos e os caucasianos, os índios americanos e os hindus, pois encontram muita coisa em comum em suas magias. Buscam contatos entre as civilizações da Assíria e da Babilônia com os princípios europeus e africanos, esquecidos de que os conhecimentos tiveram, sim, uma origem comum – as bases de chegada dos Capelinos (vide Raízes) – e as alterações de devem aos desvios de civilizações posteriores que, em muitos aspectos, mantiveram o conhecimento transcendental, o que leva a idéias gerais e envolventes.
Os ramos que mais conservaram seus conhecimentos foram os egípcios e os semitas, que geraram as magias greco-romanas e a arábica. A que mais se distanciou foi a africana, onde imperou o feiticismo, com a mistura da Magia Branca – usada para o Bem – e a Magia Negra, usada para o Mal.
A Doutrina do Amanhecer revive a verdadeira Magia de Nosso Senhor Jesus Cristo, preconizada desde as nossas origens, que busca a manipulação das poderosas forças Crísticas e a recuperação dos que enveredaram pelas sendas do Mal.
Na nossa Doutrina há a possibilidade de aplicarmos a nossa Magia – nosso ego evoluindo pelo conhecimento doutrinário e se fundindo com o amor incondicional, uma fusão energética que nos liberta e nos faz crescer – tornando-nos magos do Evangelho, cada um de acordo com sua capacidade de interagir com as coisas, com os outros e com nós mesmos, adquirindo capacidade mágica similar àquela que tivemos em eras passadas e que nos deram condições de semideuses.
Quando vemos a atuação dos magos, que traçam um círculo mágico, variável de acordo com suas linhas de trabalho, e, dentro desse círculo, buscam a ajuda de forças superiores universais, que são invocadas e depois distribuídas neste plano físico, vamos encontrar uma forma de trabalho muito semelhante à que praticamos: vamos buscar, pela emissão, as forças superiores de que necessitamos, no Astral Superior, e, após, pelo nosso canto, vamos distribuindo-as na horizontal, compondo a força de nossos trabalhos e rituais. Por isso, somos magos do Evangelho!
Pela atividade antiga dos religiosos, a partir da Igreja Católica e, mais tarde, com os Evangélicos e outras derivações, as entidades da Magia foram sendo consideradas como demônios (*), forças das Trevas, e grande parte do conhecimento se perdeu com a destruição de magos e livros pela ação devastadora da crença religiosa. A Magia que ensinava ao Homem o valor das plantas, dos astros, do ar, da água, do fogo e da terra e como utilizar as forças cósmicas, perdeu-se num emaranhado de idéias e publicações mercenárias, tal como podemos ver hoje, na explosão do esoterismo, em que existem milhares de obras ensinando de forma equivocada a aplicação da Magia.
Não somos donos da Verdade, mas sabemos que, com os ensinamentos trazidos através de nossa querida Mãe Mentora, Tia Neiva, estamos praticando a verdadeira Magia – a ALTA MAGIA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, de nossas origens, revivida no planeta pelo Divino e Amado Mestre Jesus, e que só pode ser exercida plenamente por aquele que está bem preparado espiritualmente e com pureza de coração, dentro da correção moral e da conduta doutrinária, para a prática do Bem.

PRECE DA ALTA MAGIA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO

Ó, JESUS, ESTA É A HORA DA INDIVIDUALIDADE!
EU ESTOU RODEADO PELO SER PURO E NO ESPÍRITO SANTO DA VIDA, AMOR E SABEDORIA.
Ó, JESUS, QUE AS FORÇAS BENDITAS DO TEU IMENSO AMOR
REFLITAM EM NOSSOS CORAÇÕES A TOLERÂNCIA E A HUMILDADE!
QUE O MUNDO ENCANTADO DOS HIMALAIAS POSSAM, UM DIA, SE UNIR A NÓS,
NA REGÊNCIA DOS GRANDES INICIADOS, NOS AMANDO E NOS ENSINANDO,
RETIRANDO AS DIFICULDADES DOS NOSSOS CAMINHOS CÁRMICOS
NA LUZ DA COMPREENSÃO ESPIRITUAL DE NOSSAS JORNADAS.
JESUS, NA FORÇA EXTRA-ETÉRICA DESSES ABNEGADOS ESPÍRITOS MILENARES DOS HIMALAIAS,
PERMITA, JESUS, QUE REINE A CONFIANÇA DE NOSSOS ESPÍRITOS,
QUE AS REALIZAÇÕES MATERIAIS NOS TRAGAM A CERTEZA DA PROTEÇÃO
DOS ANJOS E SANTOS ESPÍRITOS EM NOSSA JORNADA DIÁRIA.
Ó, JESUS, QUE NESTA HORA DE LUZ E AMOR, OS MUNDOS ILUMINADOS SE PREPAREM PARA RECEBER
TODAS AS MANIPULAÇOES DO POVO DO GRANDE SIMIROMBA, SETA BRANCA,
QUE OS FLUIDOS E AS ENERGIAS DOS JAGUARES DO AMANHECER
SEJAM ENCAMINHADAS, PELOS MENTORES RESPONSÁVEIS,
AOS HOSPITAIS, AOS PRESÍDIOS, AOS ORFANATOS, AOS ASILOS
E A TODOS QUE CHORAM E GEMEM NAS AFLIÇÕES DA VIDA!...
QUE O MESTRE JAGUAR SEJA O CONSOLO, A ORIENTAÇÃO E A CURA,
E A ILUMINAÇÃO DOS CORAÇÕES CARENTES DE LUZ E DO AMOR INCONDICIONAL...
DAÍ-NOS, JESUS, A HUMILDADE DE DESCOBRIR A SABEDORIA DE NOSSOS ANTEPASSADOS
NOS GESTOS, NAS PALAVRAS E NAS ATITUDES MAIS SIMPLES DOS IRMÃOS QUE NOS CERCAM.
ABRE, JESUS, OS NOSSOS CORAÇÕES E AS NOSSAS MENTES PARA QUE SEJAMOS
OS CANAIS DE COMUNICAÇÃO COM A HUMILDADE SOFRIDA E PERDIDA NA ILUSÃO DA MATÉRIA!
QUE OS NOSSOS MENTORES ENCONTREM ACESSO EM NOSSOS CORAÇÕES E EM NOSSAS MENTES,
NOS DANDO A CERTEZA DE UMA SEMANA TRANQUILA, FELIZ E COM NOVAS OPORTUNIDADES
DE SERVIR A DEUS PAI TODO PODEROSO NA LEI DO AUXÍLIO,
LIBERTOS DAS CORRENTES NEGATIVAS DE INVEJA, CIÚMES, MALDADES,
DA CALÚNIA, DA FALSIDADE E DO DESPREZO.
SALVE DEUS, JESUS QUERIDO! QUE A TUA PAZ ESTEJA SEMPRE COMIGO! SALVE DEUS!

(O trabalho de ALTA MAGIA é para ser feito todas as quintas-feiras: “Coloca-se um copo de água no sereno e leia-se a prece, mentalizando sempre seus problemas e pedindo ao Pai Seta Branca e a Tia Neiva que atenda o seu pedido dentro do seu merecimento. No outro dia você poderá beber a água ou despejá-la no filtro, para que todos a bebam. Salve Deus! Tia Neiva”)


quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Sabedoria de Preto Velho


PAI JOÃO DE ARUANDA 

Sou preto. Negro como a noite sem estrelas.
Sou velho. Velho como as vidas de meus irmãos.
Mas se sou ainda negro, é porque trago em mim as marcas do tempo, as marcas do Cristo.
Essas marcas são as estrelas de minha alma, de minha vida.
Sou negro. Mas a brancura do linho se estampa na simplicidade do meu olhar, que tenta ver apenas o lado bonito da vida.
Sou velho, sim. Mas é na experiência da vida que se adquire a verdadeira
sabedoria, aquela que vem do Alto. Sou velho. Velho no falar; velho na mensagem, velho nas tentativas de acertar.
A minha força, eu a construí na vida, na dor, no sofrimento.
Não no sofrimento como alguns entendem, mas naquele decorrente das lutas, das dificuldades do caminho, da força empreendida na subida.
A força da vida se estrutura nas vivências. É à medida que construímos nossa experiência que essa força se apodera de nós, nos envolve e nós então nos saturamos dela.
É a força e a coragem de ser você mesmo, do não se acovardar diante das lutas, de continuar tentando.
Sou forte. Mas quando me deixo encher de pretensões, então eu descubro que sou fraco.
Quando aprendo a sair de mim mesmo e ir em direção ao próximo, aí
eu sei que me fortaleço.
Sou andarilho.
Eu sou preto, sou velho, sou humano.
Mas sou humano sim.
Sou como você, sou Espírito. Sou errante, aprendiz de mim mesmo.
Na estrada da vida, aprendi que até hoje, e possivelmente para sempre, serei apenas o aprendiz da vida.
Pelas estradas da vida eu corro, eu ando.
Tudo isso para aprender que, como você, eu sou um cidadão do universo, viajor do mundo.
Sou um semeador da paz.
Sou preto, sou velho, sou Espírito.
Na fazenda do Lajedo tem quatro campo quadrado.
Cada canto tem um nêgo, capinando seu roçado.
Senhô, senhô deixa nêgo trabalhar.

Sabedoria de Preto Velho

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

A Mensagem de uma Entidade de Luz


Sou Doutrinadora e confesso que tenho muito medo de deixar passar uma mensagem que não seja da Entidade, então pergunto: Como saber mesmo que a mensagem é da Entidade? Gostaria de dicas práticas para ter mais segurança no meu trabalho, por favor me atenda Mestre!

Salve Deus! Com certeza os Aparás têm a mesma preocupação, e alguns até “fogem” dos Tronos pela insegurança. Eu poderia ficar escrevendo durante horas sobre este assunto, falando de todas as técnicas e ritualísticas que existem em nossa Doutrina para evitar as interferências, mas sinto ser este o momento propício para falar abertamente e de maneira que as “dicas” sejam efetivas e dentro da realidade do trabalho.

Uma Entidade de Luz jamais interfere na vida do consulente, seja paciente ou médium! Esta é a primeira e mais importante premissa de um atendimento nos Tronos. O Preto Velho, Preta Velha, não está ali para dizer o quê você deve fazer! Jamais irá dizer para você fazer isso ou aquilo, ou deixar de fazer algo. É nisso que se baseia a beleza e perfeição do Trabalho! A Entidade pode aconselhar, mas jamais irá decidir nada por você. O Trabalho é espiritual! A Entidade irá falar de coisas boas, mudar sua tônica vibratória, elevando o seu padrão, para que você tenha condições de decidir sozinho. Sempre dirá que a resposta está em seu coração, que você já sabe o quê fazer, ou como agir, e isto é a mais pura verdade! Ao melhorarmos nosso padrão, entrando em sintonia com nosso próprio espírito, sentiremos o caminho natural a ser trilhado. Os insensatos saem dizendo: O Preto Velho nunca me diz nada! Salve Deus, quem não consegue escutar é você! Um paciente aflito sai de um Trono, mais leve, revigorado, acreditando que tudo é possível e sem receber nenhuma resposta! A atuação é no campo vibracional!

Uma Entidade de Luz jamais gera fanatismos! Você precisa de sete defumações, passar na Indução três vezes, fazer três Estrelas Candentes, assumir duas prisões e tudo vai dar certo!” Salve Deus! A Entidade recomenda somente o trabalho que sua aura está preparada para receber naquele dia! Isso é muito importante: A recomendação é para o momento vivido! Não se pode voltar no dia seguinte e “ir direto para a Indução”, tem que passar nos Tronos de novo, sim! Seguindo este raciocínio, fica claro que não dá para ter recomendações para outros dias em que sua aura já terá passado por alterações. Ao recomendar uma Estrela e você (ou o paciente) se comprometer em ir, todo um trabalho de preparação já inicia por parte dos Mentores. E finalmente quanto à prisão: Simplesmente uma Entidade jamais prende ninguém! No máximo, havendo uma real necessidade observada, poderá sugerir, para que quando você sinta a sintonia e tenha condições, que considere assumir uma prisão. De uma maneira sutil, sem jamais criar um condicionamento de que precisa assumir de imediato, isso não será feito por uma Entidade de Luz!

No Vale do Amanhecer o único remédio é água fluídica! Nenhuma Entidade de Luz vai receitar chás, banho de descarrego, vela para as almas ou qualquer outra vela, rituais estranhos e nem mesmo “sal e perfume do Templo”.

Entidade de Luz não se mete na vida de ninguém, nem do próprio aparelho! Não vai dizer para você largar o marido, trocar de namorada, conversar com o aparelho depois”... Salve Deus! Trata do Espiritual apenas. Você ou o paciente pode chorar suas mágoas, mas jamais vai ouvir conselhos emocionais ou conjugais diferentes da necessidade de seguir o seu coração, de ouvir a voz de seu próprio espírito para compreender até onde pode se estender a cobrança que vive em um relacionamento.

Entidade de Luz não conta “historinha de encarnação”! Salve Deus! Somente havendo real necessidade, onde o fato narrado possa efetivamente contribuir de maneira positiva e produtiva para a jornada da pessoa, é que uma noção de uma vida anterior pode ser falada. Tudo que provêm da Luz é útil!!! Nada vai mudar e nem terá utilidade saber que seu vizinho foi seu primo, fulana sua esposa, ou que você era irmão deste ou daquele. Escravizar sentimentos por meio destas ilusões é um dos maiores ardis dos Vales Negros.

O mesmo se passa em relação às profecias... Como é triste a proliferação de “visionários e profetas” de coisas inúteis! Mas este é outro tema digno de ser abordado em outro texto, onde aproveitarei para falar sobre nosso comportamento perante a Entidade de Luz e como agir perante um interferência ou animismo (para o Doutrinador e para o Apará).

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Julgamento

Dentro de nossa vida temos que tomar decisões que são resultantes de diversos raciocínios simples que surgem em face das vantagens e desvantagens daquela determinada situação, por nós avaliada, e tornam sua forma de acordo com sua adequação à nossa realidade e às formas legais a que estamos sujeitos.
Isso se constitui na forma mais simples de julgamento. A mais complicada é a que normalmente se faz entre os Homens, quando se julgam atos e pensamentos, sem atentarmos para toda a complicada rede vibracional que envolve cada um de nós, de forças transcendentais e cobranças que levam o Homem a agir e a reagir de formas diferentes diante de uma mesma situação, sendo ainda, importante, considerar as ações de obsessores que levam suas vítimas ao cometimento de erros e situações terríveis, independentemente da vontade delas.
Quando tivermos que avaliar alguém ou alguma situação, não nos deixemos levar pelas aparências, pela precipitação e nem pela impiedade, e vamos evitar fazê-lo quando estivermos sob a ação de cargas negativas de raiva, mágoa ou tristeza. Temos que nos colocar à parte de nossas avaliações, sem querer tirar proveito próprio de qualquer decisão, que deverá ser norteada pela caridade, pela bondade e pela compaixão. Com base na razão, temos que admitir nossa impotência perante fatos surpreendentes com que nos deparamos e não há como entendê-los e, portanto, nem serem avaliados, uma vez que são envolvidos pelas vibrações de cobradores sutis e terríveis que estão gerando vibrações tempestuosas que alteram a nossa própria sensibilidade e equilíbrio.
Os árabes, em sua sabedoria milenar, pedem a Alah que não permita que julgue seu próximo sem andar sete dias em suas sandálias. Isso mostra como é impossível julgar nosso próximo, porque não temos como efetivamente avaliar tudo que está envolvido numa determinada situação, seja no aspecto espiritual, moral ou psico-mental, sem fazer a projeção do nosso próprio íntimo, de nossa escala de valores, de nossas imperfeições.
Existe grande número de pessoas que se tornam justiceiras, revestindo-se de ares puritanos e falsos conhecimentos, julgando duramente o próximo, apenas porque estão projetando nele suas próprias imperfeições, das quais não conseguem se libertar. Ficam acomodadas em suas vidas desgastantes e inúteis, presas à idéia de uma existência nefasta e sem propósitos. Não tomam decisões, não encontram soluções, mas sabem condenar, julgar, incriminar o próximo, a família, a sociedade e o mundo, omitindo-se do seu livre arbítrio na responsabilidade pelas próprias escolhas.
Na nossa Doutrina do Amanhecer aprendemos que não nos é permitido julgar, nem sequer criticar os atos praticados por outros, pois tudo está de conformidade com a evolução daquele espírito. Passamos a conhecer melhor nossos irmãos, espíritos que estão acomodados mental e moralmente, e incapazes de evoluírem pelo conhecimento e pelo trabalho na Lei do Auxílio, mergulham nas críticas e julgamentos daqueles que se propõem a cumprir suas missões. Querem punir nos outros os erros que sabem ser seus, desejando destruir aquela própria imagem projetada, que odeia e não tem força para reagir. Quem poderá dizer qual a natureza das milhares de ações praticadas pelo Homem comum em seu cotidiano? Não há como fazê-lo sem incorrer em graves erros, que podem causar um mal maior do que a própria ação praticada, agindo com forças que se contrapõem aos princípios da ética e da justiça.
Nos Evangelhos, vamos encontrar em João (III, 16 a 21): “Porquanto Deus amou tanto o mundo, que lhe deu seu Filho Unigênito, para que todo o que crê nele não pereça, mas tenha a vida eterna. Nem Deus enviou seu Filho ao mundo para julgar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. Quem nele crê, não será condenado; mas o que não crê já está condenado, porque não crê no nome do Filho Unigênito de Deus. E esta é a causa da sua condenação: a Luz veio ao mundo e os homens amaram mais as trevas do que a Luz, porque eram más as suas obras. Mas aquele que pratica a verdade chega-se à Luz para que as suas obras sejam conhecidas, porque são feitas em Deus.” E João (12, 44 a 48) nos fala mais de julgamento: “Jesus bradou e disse em alta voz: Quem crê em mim, não crê em mim, mas naquele que me enviou, e quem me vê a mim, vê aquele que me enviou. Eu, que sou a Luz, vim ao mundo para que todo aquele que crê em mim não fique nas Trevas. E se alguém ouvir as minhas palavras e não as observar, não será julgado por mim, porque não vim para julgar o mundo, mas para salvá-lo. Quem me despreza e não recebe as minhas palavras, já tem o seu juízo. Esta mesma palavra que eu lhe anunciei há de julgá-lo no último dia!”
Torna-se, porém, clara a idéia de que existem fatos que independem do julgamento: atos praticados por pessoas que se enquadram no que nos é dito por Mateus (7, 16 a 20), sobre como Jesus ensinou a reconhecermos e nos protegermos dos falsos profetas: “Pelos seus frutos os conhecereis. Porventura o Homem colhe frutas de espinhos ou figos de abrolhos? Assim, toda a árvore boa dá bons frutos e a árvore má dá maus frutos. Não pode a árvore boa dar maus frutos, nem a árvore má dar bons frutos. Toda árvore que não dá bons frutos será cortada e metida no fogo. Assim, pois, pelos frutos deles conhecê-los-eis.” Isso já nos ajuda em casos que temos que reconhecer as pessoas por seus atos, isentos de julgamento mas entendendo seu significado, isto é, se são bons ou se são maus. Mateus (12, 33 a 35) relata a passagem em que Jesus reforça essa idéia: “Ou dizei que a árvore é boa e seu fruto é bom, ou dizei que é má e seu fruto é mau; porque é pelo fruto que se conhece a árvore. Raça de víboras, como podereis falar coisas boas sendo maus? Pois a boca fala da abundância do coração. O homem bom do bom tesouro tira coisas boas; mas o homem mau, do mau tesouro tira más coisas”.
Vemos pessoas que se comprazem em fazer o mal, em viver à margem da conduta doutrinária, praticando atos que não precisam de qualquer julgamento para serem considerados maléficos, afrontando a própria Doutrina com desrespeito às leis e aos ensinamentos de Koatay 108. Esses os maus frutos que definem a árvore má, sem preconceitos e sem julgamento! Maus frutos como boatos e fofocas, tão comuns entre os Jaguares, fogo devastador que rapidamente gera perdas morais, espirituais, sociais e financeiras, um péssimo hábito alimentado pelo Vale das Sombras.