sexta-feira, 21 de setembro de 2012

A Concepção e a Gestação


A CONCEPÇÃO
Ao atingir o momento da concepção, o reencarnante já tem preparado todo o seu mapa genético, que compreende os processos de formação do organismo físico completo, a partir da célula-ovo, que contém todo o planejamento do indivíduo com base na sua herança genética biológica, contida nos ácidos desoxinibonucléico (DNA) e ribonucléico (RNA), obedecendo aos critérios do mapa cromossômico que irão definir a modelagem bioenergética e a estrutura genética do novo ser.
Tendo tudo acertado de acordo com a sintonia e ressonância de sua nova passagem pelo plano da Terra, ao ser feita a concepção, no plano físico, pelos pais escolhidos, o espírito vai para um setor especial, onde é submetido ao SONO CULTURAL, um grande trabalho para ser organizado seu perispírito e apagada a sua grande memória, para que possa ter uma nova existência com um mínimo de lembranças transcendentais. Essa fase corresponde a, aproximadamente, três meses na Terra, e nela o espírito tem toda a preparação para sua reencarnação, inclusive a redução da forma perispíritica para ser introduzido na célula-ovo – o óvulo já fecundado na Trompa de Falópio da mãe – e que se encontra no útero.
A fecundação ou concepção, em que o espermatozóide do pai consegue penetrar no óvulo da mãe, também já é regida pelos planos espirituais, tendo em vista o plano reencarnatório do novo ser que está começando a ser gerado. Tem início a formação do embrião – a embriogênese.
A GESTAÇÃO
No terceiro mês após a concepção, se faz a ligação do espírito ao embrião, formando o feto, já portador da constituição genética do indivíduo (genótipo) que irá dar características próprias ao reencarnante (fenótipo). O espírito reencarnante é colocado em torno do corpo, sob a pele, razão pela qual é denominado perispírito, revestindo-se da mesma substância da alma, dela se diferenciando por ter uma herança transcendental, enquanto a alma tem, apenas, a herança de uma encarnação.
O espírito se prende ao corpo físico pela fagulha divina. Esse elo é reforçado pelo sacramento do Batismo. O feto dá expansão aos seus sistemas sensoriais e começa a acumular informações, alimentando seu corpo e sua alma com a manipulação das forças telúricas. Traz toda a experiência e os mecanismos de defesa necessários à vida terrestre.
Inicia-se a organogênese – formação conjunta da anatomia e fisiologia do organismo físico, obedecendo ao mapa de formação e desenvolvimento de órgãos, aparelhos e sistemas que compõem o plexo físico.
Com seu perispírito preparado pela codificação genética, que contém toda sua herança biológica, e lhe proporciona vacilações e conflitos originados por seus erros e má conduta em suas vidas passadas, o espírito inicia sua jornada evolutiva, na qual mantém constante crescimento e aperfeiçoamento de sua estrutura física e psíquica, submetendo-se às leis da Terra, sob ação das forças do mundo psicofísico, e onde irá encontrar cobradores em seu redor, especialmente em seu próprio lar, e as dificuldades que fazem parte de suas provações aceitas no seu plano reencarnatório.
Em sua mente e na sua consciência começarão a agir variadas forças, produzindo fenômenos de vibrações eletroquímicas que interagem com seus neurônios, provocando suas reações que irão refletir sua condição moral, afetiva e espiritual diante do seu carma. Recebe energias de suas origens, que só serão identificadas a partir do despertar de seu “Eu” (*) para a conscientização de seu espírito e efetivo resgate de seus erros do passado.
Essa fase é de grande importância na formação do novo ser, porque envolve a ação conjunta do embrião, da mãe e do pai, tanto no psicofísico como no emocional. Não cabe a desculpa de que a gestação é da responsabilidade da mãe. É uma fase que envolve os sentimentos dos três, e pai e mãe devem se preocupar com as inovações que surgem por conta do novo ser em formação.
Desde a fecundação até o parto, um envolvimento biológico, emocional, psicológico e sentimental é processado pelo reencarnante, principalmente com seus pais e, de forma secundária, porém também determinante, com todo o ambiente em que está sendo desenvolvida a gestação, pela ação de percepções extrasensoriais. Um ambiente de paz e harmonia proporciona um desenvolvimento mais pacífico do feto. Existem, atualmente, diversas formas de proporcionar uma gestação mais propícia a essa tranqüilidade, através de transmissões de sons e músicas para gestantes. O feto reage aos diferentes sons, principalmente às vozes da mãe e do pai.
Mas o principal fator de equilíbrio no desenvolvimento do feto são o amor e as vibrações de paz que formam o ambiente do lar de seus pais. Embora ignorem sua aceitação para a paternidade do novo ser, o pai deve ter condições psicológicas e emocionais para aceitar a nova situação, sua parcela de responsabilidade na condução e aprimoramento da gestação. Em muitos casos, o relacionamento do casal se modifica, por conta das vibrações emanadas pelo ser em formação, na atuação de forças bioenergéticas que envolvem o fenômeno da reencarnação.
Na verdade, as percepções extrasensoriais ocorrem de forma profunda e importante nos pais e no feto, envolvendo emoções, sentimentos e determinando o grau de lucidez do conhecimento consciencional do reencarnante.
Tudo isso é superado, consciente ou inconscientemente, quando existe um verdadeiro amor no relacionamento do casal e a expectativa de que a nova vida em formação é um prolongamento desse amor.
Com a participação das vibrações dos pais, o embrião, depois feto, modela e organiza o seu perispírito pela ação de campos bioenergéticos.
Portanto, o Homem é feliz ou infeliz de acordo com suas próprias decisões, e nestas residem seu desafio evolutivo. Existe uma interdependência entre o plexo físico e o macroplexo – corpo e espírito – que gera influência recíproca permanente durante toda uma reencarnação, através do perispírito, que, pelo seu grau de pureza, determina a intensidade dessas ligações, que vão direcionar o desenvolvimento de acordo com o conhecimento e sensibilidade do espírito reencarnado. Em sua marcha numa nova vida, o espírito irá sempre o alvo de forças que buscam seu desequilíbrio de forma anímica, isto é, refletindo as reações a conflitos íntimos e às forças retificadoras da alma, e, também, à pesada parcela das vibrações de natureza obsessiva emitidas pelos obsessores ou cobradores. Assim, desde sua concepção até seu desencarne, o espírito reencarnado emite seu padrão vibratório aos que estão ao seu redor, principalmente a seus familiares, e tem a grande responsabilidade não só pela sua própria evolução mas, também, pela daqueles que escolheu para se reajustar e se harmonizar.
  • A força psíquica, quando chega a ser espírito humano - a alma -, tem necessariamente gravada no perispírito todas as qualidades distintas e caracterizadas, que são as condições absolutamente indispensáveis à manutenção da vida para cada um: mais timidez, mais audácia, tudo de conformidade à sua missão na Terra, porque a alma humana é o produto da evolução da força através do reino de sua natureza.” (Tia Neiva, s/d)
  • Seu corpo foi preparado de acordo com sua herança biológica. Os cientistas, com seus bebês de proveta, estão mexendo na área mais sagrada da Natureza. É, a Engenharia Genética e os cientistas começam a interferir novamente nas Leis da Natureza!... (Tia Neiva, s/d)
  • Desde quando o espírito escolhe sua mãe, um grande laço os envolve. Sim, pai e mãe. Na minha concepção de clarividente e mãe experiente, eu digo das mães que elas assumem toda a responsabilidade.”
(Tia Neiva, s/d)
  • Paulo, um jovem médico, perdeu sua filha de oito anos.
Vivia pelos cantos, desesperado, porque, apesar de ser um Jaguar, não acreditava na vida fora da matéria. Sofria terrivelmente a perda de sua filha. Passava horas com sua esposa ou em lugares escuros.
Certo dia, uma família espírita na qual Paulo nunca acreditara, ensinou-lhe o que fazer: uma pequena mesa forrada de branco, um copo com água, um pequeno jarro de rosas (de que a menina tanto gostava). E ali ficaram, à espera do que poderia acontecer.
Súbito, ouviu-se um soluço e, logo depois, a vozinha esperada, que disse:
- Paizinho, vim buscar meu cordãozinho que o senhor me deu quando nasci! Sim, pai, lhe vejo todos os dias, quando está pensando em mim!...
- Sim, filha! - disse o homem, que até então não acreditava - Vou buscar. Está no cofre...
- Não, pai, já está no meu pescoço. O senhor não o encontrará mais! Voltarei, paizinho, para este lar tão logo me permita Deus!
Paulo foi depressa ao cofre e não encontrou o cordãozinho. Só ele sabia que ninguém poderia abrir o cofre, pois só ele tinha a chave...
Quatro anos depois daquele ritual, uma linda menina de dois anos de idade lhe perguntava:
- Papai, onde está o meu cordãozinho?
E, segurando a sua mão, o levou até o cofre. Ela batia as mãozinhas, dizendo:
- Abre! Abre!”
Paulo abriu o cofre e lá estava o cordãozinho, do mesmo jeito que o deixara, inclusive com um pequeno coração, também de ouro, que acompanhava o cordão. Ele conservava a marca do dentinho, mordido que fora pela menina.
Enquanto ela gritava: - Dá, dá, é meu!, Paulo, trêmulo, beijava a pequerrucha, dizendo:
- Oh, meu Deus! Devolvestes a minha filha! Não tenho dúvidas...
Paulo passou o resto de sua vida fazendo rituais, para achar e explicar a constituição da consciência.”
(Tia Neiva, s/d)
  • Quando assumimos o compromisso de embarcarmos nesta viagem, viemos equipados para o Bem e assumimos o compromisso para o reajuste de um débito, o qual não somos obrigados a assumir. Porém, tão logo chegamos, pagamos ceitil por ceitil o que prometemos!” (Tia Neiva, Carta Aberta n. 1, 4-9-77)
  • Assumimos o compromisso de uma encarnação. Juntos partimos não só pelas dívidas em reajustes como também pelos prazeres que este planeta nos oferece. Sim, estando no espaço, devemos na Terra.
Sentimo-nos desolados e inseguros, porque estamos ligados pelas vibrações contrárias.
E neste exemplo, Jesus nos afirma que só reajustaremos por amor.” (Tia Neiva, 9.10.77)

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

O Plano Reencarnatório

O PLANO REENCARNATÓRIO

No Canal Vermelho, o espírito desencarnado faz sua recuperação e quando sente a necessidade de reencarnar, consulta seu Mentor, que avalia suas condições e, se favoráveis, dá início ao plano reencarnatório, propiciando o roteiro para sua reencarnação. Dependendo do nível de consciência, o espírito identifica conflitos, mágoas, arrependimentos, agressões por suas ações e reações em oportunidades que teve em outras encarnações, e se sente infeliz e irrealizado, sabendo que precisa fazer seus reajustes com suas vítimas do passado, conquistar aqueles que se dizem seus inimigos, para que, livre de todo esse peso, possa retornar às suas origens. Suplica, então, por uma nova reencarnação, para resgatar tudo isso e se libertar dos tormentos que o envolvem.
Enquanto nos planos espirituais, o espírito pode evoluir muito, pela vontade e desejo de melhorar, mas somente no plano físico é que pode demonstrar e praticar tudo o que aprendeu. Desde remotas eras, era bem conhecido o fenômeno da reencarnação, denominado samsara pelos védicos.
Pela graça de Deus, o Homem reencarna dentro de um plano de trabalho elaborado em conjunto com seus Mentores, em que são previstas dificuldades, em graus variáveis, visando sua evolução. Cumprir ou não esse plano depende do livre arbítrio daquele espírito e o resultado positivo ou negativo de uma encarnação tem como ponto crítico o reajuste (*).
O espírito que obtém a graça da reencarnação faz seu plano reencarnatório, com base no exame de sua memória absoluta, onde observa suas ações passadas, os traumas que provocou, e, ajudado pelos Mentores, estrutura sua reencarnação, aceita a determinação de seu sexo genético, que pode ser imposto de acordo com a programação do seu carma, em função da sua herança espiritual, conjugando seu livre arbítrio com o cumprimento da Lei de Causa e Efeito, uma vez que terá que atender às necessidades individuais de cada ser para o tipo de reencarnação que vai ter, considerando que o ato reencarnatório visa o progresso e aperfeiçoamento individual e do grupo espiritual. Assim, são previstas as reencarnações por:
    • IGNORÂNCIA - É quando o espírito reencarna com o propósito de melhorar seus conhecimentos e se esclarecer sobre as leis da Vida, tais como o amor, a humildade, a tolerância, a caridade e a misericórdia;
    • EXPIAÇÃO - Quando o espírito retorna à Terra para sofrer as conseqüências de seus erros transcendentais, como acontece com os viciados em bebidas e tóxicos, sofrendo terríveis condições morais e a eles é dada a reencarnação de forma dolorosa e geralmente curta, a fim de que completem o tempo que desperdiçaram na vida anterior;
    • PROVAÇÃO - O espírito reencarna para sofrer no corpo físico e na alma os desafios e provas que lhe proporcionarão condições de evolução conforme sua tolerância e merecimento;
    • REPARAÇÃO - O espírito volta a esta vida para consertar suas falhas transcendentais, compensar as destruições e desencontros que provocou em vidas passadas; e
    • MISSÃO - Aquele que já superou as outras fases e reencarna, por amor, para cumprir uma missão neste planeta, junto a outro espírito, em um lar, em uma cidade, em uma nação ou por toda a Terra.
Como se encontra ligado a um grupo familiar, que ainda existe na Terra, e que teve suas vivências em muitas épocas e em vários lugares, portanto, com variadas nacionalidades, o espírito vai escolher seus pais dentro dos laços afetivos, obedecendo às heranças consciencial, psicológica e espiritual, que envolvem reajustes, compromissos, comprometimentos e outras vinculações cármicas. Os espíritos de seus futuros pais são, então, chamados enquanto seus corpos físicos estão adormecidos neste plano, e podem concordar ou não com o planejamento feito. Desta reunião espiritual resulta o plano definitivo daquela reencarnação, ficando o reencarnante já no envolvimento emocional e psicológico com seus futuros pais.
Os pais têm o livre arbítrio para aceitar ou não a escolha do reencarnante. Se a negarem, o espírito irá procurar outros pais.
Após a decisão, os pais voltam aos seus corpos e de nada lembrarão. Assim, quando vemos uma criança deficiente, um verdadeiro peso para seus pais, devemos ter a consciência de que foi tudo planejado - e aceito - nos planos espirituais, pois faz parte do reajuste daquele grupo. Embora quando estejam de volta ao corpo eles não mais lembrem de coisa alguma, essa missão - ou reajuste - foi aceita, e por isso devem os pais de deficientes físicos ou mentais compreenderem que não estão sendo castigados, mas, sim, tendo a oportunidade de se evoluírem e ajudarem àquele espírito que foi colocado sob seus cuidados, tudo de acordo com o que foi planejado.

Reencarne


Quando se dá a concepção, aquele espírito que vai reencarnar inicia, ainda no plano etérico, seu sono cultural, fase de desassimilação, onde toda a memória se apaga, e que se prolonga até o feto completar três meses, quando ele vai despertando à medida em que aperfeiçoa seus sentidos terrenos.
É colocado em torno do corpo, sob a pele, razão pela qual é denominado perispírito, revestindo-se da mesma substância da alma, dela se diferenciando por ter uma herança transcendental, enquanto a alma tem, apenas, a herança de uma encarnação.
No Evangelho de João (III, 3), encontramos: “Ninguém pode ver o Reino de Deus se não nascer de novo.” Isso dá margem a muitas interpretações, mas compreende um dos pontos básicos das doutrinas espiritualistas, que é a reencarnação, que visa o amadurecimento e o aprimoramento da alma.
Segundo Emmanuel (Amanto), "de existência a existência, no mundo, nossa individualidade imperecível sofre o desgaste da imperfeição, assim como o aprendiz, de curso a curso, na escola, perde o fardo da ignorância."
Isso porque estamos em evolução neste plano terrestre, conforme nos relata, ainda, Emmanuel: "Há muitos milênios, um dos orbes de Capela, que guarda muitas afinidades com o globo terrestre, atingira a culminância de um dos seus extraordinários ciclos evolutivos.
As lutas finais de um longo aperfeiçoamento estavam delineadas, como ora acontece convosco, terrestres, relativamente às transições esperadas na Nova Era, neste crepúsculo de civilização.
Alguns milhões de espíritos rebeldes lá existiam, no caminho da evolução geral, dificultando a consolidação das penosas conquistas daqueles povos cheios de piedade e virtudes.
Mas uma ação de saneamento geral os alijaria daquela Humanidade, que fizera jus à concórdia perpétua, para a edificação dos seus elevados trabalhos. As grandes comunidades espirituais, diretoras do Cosmos, deliberaram, então, localizar aquelas entidades, que se tornaram pertinazes, no crime, aqui na Terra longínqua, onde aprenderiam a realizar, na dor e nos trabalhos penosos do seu ambiente, as grandes conquistas do coração e impulsionando, simultaneamente, o progresso dos seus irmãos inferiores.
Foi assim que Jesus recebeu, à luz do Seu Reino de Amor e de Justiça, aquela turba de seres sofredores e infelizes. Com a Sua palavra sábia e compassiva, exortou essas almas desventuradas à edificação da consciência pelo cumprimento dos deveres de Solidariedade e de Amor, no esforço regenerador de si mesmas. Mostrou-lhes os campos imensos de luta que se desdobravam na Terra, envolvendo-as no halo bendito de Sua misericórdia e da Sua caridade sem limites. Abençoou-lhes as lágrimas santificadoras, fazendo-lhes sentir os sagrados triunfos do futuro e prometendo-lhes a Sua colaboração cotidiana e a Sua vinda no porvir.
Aqueles seres angustiados e aflitos, que deixavam atrás de si todo um mundo de afetos, não obstante os seus corações empedernidos na prática do mal, seriam degredados na face obscura do planeta terrestre; andariam desprezados na noite dos milênios da saudade e da amargura; reencarnariam no seio das raças ignorantes e primitivas, a lembrarem o paraíso perdido nos firmamentos distantes.
Por muitos e muitos séculos não veriam a luz suave de Capela, mas trabalhariam na Terra, acariciados por Jesus e confortados na Sua imensa misericórdia."
Muito discutida, a reencarnação teve uma série de outros nomes através da História, para satisfazer a teólogos e cientistas que buscam comprovar seus pontos de vista - contra ou a favor -, tais como: palingênese, metensomatose e palingenesia, além de ser a base da moderna TVP - Terapia de Vidas Passadas, uma das muitas terapias alternativas que estão sendo utilizadas desde o limiar do III Milênio. Católicos (a partir do Concílio de Constantinopla, no Século VI, ano 533), evangélicos, judeus e muçulmanos não aceitam a reencarnação: as almas dos mortos ficam aguardando o juízo final e não existem novas oportunidades para quem não cumpriu as ordens de Deus. Já as grandes religiões espiritualistas, como Budismo, o Kardecismo, o Candomblé e a Umbanda aceitam a reencarnação como o processo de oportunidade para a purificação dos espíritos.
Necessário se torna lembrar a diferença entre reencarnar e renascer. Temos, em uma mesma reencarnação, a possibilidade de renascimento, no aspecto psicológico, que nos permite profunda transformação em nosso ser, alterando nossa escala de valores e as reações mais sensíveis aos estímulos externos. Com a reencarnação temos a integração ou unidade espiritual, expressão do ser. Para o cumprimento de nossas missões há necessidade de alguns renascimentos em uma mesma existência, e um dos principais é quando fazemos nossa Iniciação na Doutrina.
Há, também, alguns aspectos da ressurreição, que muitos confundem com outras idéias sobre renascer e reencarnar. Consideramos dois tipos de ressurreição:
1º) a dos mortos, quando eles conseguem retornar em corpos espirituais, comprovando a perfeita continuidade da vida após a morte, trazendo instruções e relatos;
2º) a da carne, quando o espírito reencarna para a marcha evolutiva neste plano físico.
Na nossa Doutrina entendemos que o espírito, em sua caminhada visando seu retorno a Capela, após diversas existências na Terra, depois de ter muitas caras e muitos nomes, depois de fazer suas jornadas de vaidade, ambição, traição, violências e mentiras, ou de esforços bem dirigidos, de amor e dedicação, vai para o Canal Vermelho (*), onde vive no plano espiritual correspondente ao seu padrão vibratório (*), e ali tem toda sua memória transcendental, da qual toma consciência de acordo com seu nível de lucidez.
Segundo Koatay 108, o espírito pode ficar até sete anos terrestres no Canal Vermelho, percorrendo seus vários planos. Há hospitais, albergues e até mesmo cavernas, para onde o espírito, ao chegar, se dirige na sintonia da faixa vibratória que conquistou em sua jornada na Terra. O Canal Vermelho é o caminho da evolução. Oferece oportunidade de um espírito ajudar seus entes queridos que deixou na Terra.
Há muitos casos de desencarnados que trazem restos de seus carmas a serem eliminados, e isso é feito através do resgate pelo seu trabalho na Lei do Auxílio.
Algum tempo antes de reencarnar (cerca de onze meses terrestres), o espírito, acompanhado por seu Mentor, faz uma visita aos locais onde viveu suas várias encarnações, marcados pelos charmes (*) que deixou. O sucesso ou o fracasso de uma encarnação depende muito desses charmes, de como o espírito vai manipular aquelas energias magnéticas. Essa influência é tão determinante que, de 80 em 80 dias, o espírito encarnado muda sua roupagem, tendo suas condições de vida determinadas pelos charmes que deixou.
Assim, o Homem, liberto de suas formas animais, conquista sua autonomia, mas está contido por suas responsabilidades morais, por seus deveres e obrigações consigo mesmo e com a sociedade em que vive. Nasce, cresce, muda de um lugar para outro, faz amizades, vive paixões, chora, ri, ama, faz o bem ou o mal, resgata ou contrai dívidas transcendentais, agindo e reagindo dentro do livre arbítrio, de acordo com sua consciência e seus conhecimentos. Em seus encontros e desencontros, desde os atos mais simples aos mais importantes, está envolvido um complexo mecanismo que se modifica a cada momento, pela decisão que toma aquela pessoa. Se a decisão é correta, em harmonia com o planejado em seu plano reencarnatório, o resultado é bom, causando bem estar e conforto espiritual e mental; mas, se a decisão é errada, o Homem sofre angústias, tormentos e dores, experiências registradas no perispírito.
O reencarne é a grande prova, a grande oportunidade que cada um tem para prosseguir em sua jornada de volta às suas origens. Retornar à vida na Terra é o que o espírito suplica, em sua conscientização, por saber que precisa se libertar de seus erros passados, da perseguição de seus cobradores, e isso só poderá conseguir pela oportunidade da reencarnação. O Homem que diz: “eu não pedi para nascer!”, não sabe o quanto está equivocado!

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

João Cobu


João Cobú mais conhecido por Pai João de Aruanda:
Alfred Russel, identificava-se como um médico norte-americano, que havia vivido nas colónias do sul, ainda no período da escravatura.
Dr.Alfred Russul, fora um homem de muitas posses, e senhor de escravos.
De volta à pátria espiritual, pediu para reencarnar como negro.
A pele escura dar-lhe-ía a oportunidade de se redimir perante a própria consciência – experimentaria a escravidão do outro lado da chibata.
Aportou ao Brasil por volta de 1753, vindo de Luand, sua terra natal. Nos coqueiraispernanbucanos pôde refazer escolhas do passado e, privado da liberdade e do acesso à instrução que tivera, conheceu de perto a “mestra” dor.
Ainda hoje Pai João de Aruanda reflecte a respeito do sofrimento:

A dor é um instrumento de Deus muito mais eficiente que Pai João. Quando nego não consegue trazer um filho para os braços de Deus, então vem a professora dor, que é infalivel. Ela sempre traz os filhos de volta para os caminhos do Pai”.

Mesmo o negro mais viril não costumava durar muito na lavoura de cana-de-açúcar, todavia viveu mais de 50 anos. Deixou dois filhos,que introduzira no conhecimento do poder terapêutico das erva.
Após curta permanência no plano extrafisico, reencarna na Bahia de Todos os Santos em 1828.
Espírito redimido, que soube extrair da dor e da privação as lições necessárias, João Cobú, escolheria novamentea a pele negra como forma de aprendizagem, sob o impacto da chibata, acabaria por viver experiências que lhe fortaleceram definitivamente o carácter.
Nesta experiência fisica, havia conquistado o respeito dos seus, desde a maturidade; como ancião, tornou-se conhecido nas redondezas, reverênciado pelos seus conhecimentos fitoterapeuticos. Em contacto com os cultos afro-brasileiros da nação Ketu, ampliou a sua habilidade no manejo das ervas e da magia, das quais extraiu todo o potêncial curativo.
Trabalhou em favor da comunidade, relembrando o seu passado na medicina, e assim revestiu-se de profunda autonomia moral.
Desencarnou no ano de 1900, vitima de febre-amarela, após perlongado periodo de convalescença, com 72 anos de idade.
Apresenta-se a visão espiritual como um homem negro de aproximadamente 60 anos de idade, envolvido numa aura suave, com tonalidades que vão desde o rosa ao lilás.
Barbas e cabelo absolutamente alvos contornam-lhe a face, em geral marcada por um largo sorriso. A sua figura é ao mesmo tempo imponente e singela. Costuma vestir um terno, muito bem alinhado, acompanhado de dois acessórios: o crucifixo, que simboliza tanto o sofrimento passado, como a ascenção espiritual, e a bengala, qual dá o sugestivo nome de caridade, que representa a autoridade moral e a experiêcia do ancião.
Como espirito protector, as suas advertências e os seus conselhos sempre se mostraram sábios. A simplicidade das palavras por ele utilizadas foi aos poucos ganhando o respeito e a admiração de todos.
A coerência dos seus ensinamentos serviu para aumentar a nossa confiança na Espiritualidade.
Filho de Pai João, balança mas não cai, mas se cair, este preto-velho, já está no chão há muito tempo para amparar e amortecer a queda.”