Nossa doutrina
em sua programação básica de cura desobsessiva nos tornou meio
mecanizado em relação aos processos mediúnicos, muito embora nossa
clarividente tenha dito que nos preocupássemos em não tornarmos um
Monge ou um Robô místico, a própria energia dinâmica dos
processos que envolvem nossos rituais nos faz parecer dessa maneira
endurecida quantos fenómenos que vivemos. Mas vez por
outra alguma coisa mais destacada acontece para nos provar ou tentar
fazer que passemos a olhar a espiritualidade como realmente é, ou
seja, um colectivo funcionando em função de cada individualidade,
de cada ser. Depois da
partida da Clarividente, os médiuns tiveram que se adaptar as
condições existentes, sem os olhos espirituais da mãe sempre
atenta e vigilante, e nisso estaria envolvendo o que leva os seres
humanos a buscar as religiões e doutrina a cura de seus males.
O Adjunto
Yuricy Mestre Edelves, recebera da Clarividente a condição de ser
sua regente, também teve sua outorga para grandes desenvolvimentos,
ficara então responsável pela cultura das ninfas que iriam receber
Pai Seta Branca.
Aos
sábados o castelo dos Doutrinadores ficava com grande movimentação
por parte das ninfas e seus mestres que iriam participar da benção
do Pai Seta Branca, e aos domingo de manhã era a vez do castelo do
silencio onde Mestre Edelves resolvia os problemas relacionados a
mediunidade.
Vez por outra
aparecia no circuito alguma entidade diferente, lembro-me que
um dia apresentou uma dessa entidade e disse que ainda estava
encarnadas duas contemporâneas suas, uma era o Adjunto Yuricy e
outra o Mestre Tumuchy.
Também
ocorriam algumas pessoas recorrerem a mestre Edelves com problemas de
saúde física,mental e psicológica, dessa forma ela recorria a
nossas entidades para o auxilio da cura e recuperação dessas
pessoas.
Um dia certo
Adjunto apareça com um problema grave para Mestre Edelves, ao
que tudo indicava era um câncer no olho. Ela não teve dúvida
e pediu as Entidades que aliviassem a sofrimento e a possível cura
daquele Mestre. Então ela
providenciou a incorporação de várias Entidades de luz, e colocou
o Mestre ali para receber a energia da cura deles...
Algum tempo
depois foi evidenciado que o mesmo estava livre daquela terrível
enfermidade.
Essa atitude
custou muito a mestre Edelves, que primeiramente recebeu uma
advertência e depois foi afastada da cultura das ninfas que iriam
receber Pai Seta Branca.
Esta cartinha é para a sua
individualidade, é para que se lembre que estou aqui, sem poder
sair, porém saudosa e me preocupando com você. Filho: Estamos
vivendo a moderna vida doutrinária, nos limites de nossas forças.
Sim, filho, movimento espontâneo das almas, desta era para o 3 O
milénio! Não se deixe confundir, filho, nem por mim nem por
ninguém. Viva onde seu coração sentir expansão, sem conflito! Não
se nivele aos aliciadores - não responda e não se exalte. Não se
preocupe, porque cada um prestará contas somente a DEUS, que é sua
própria consciência - o que é o mesmo. Pai Joaquim sempre me
pergunta: - Como vai sua obra orgânica ? Sim, filho, vamos
procurar a sintonia com as nossas coisas mais sagradas, sempre
melhorando, e você melhorando o seu ALEDÁ. O motivo desta carta
foi uma “viagem” que eu fiz. Todas as madrugadas eu faço o
seguinte juramento: - Jesus! Arranque meus olhos no dia em que,
por vaidade, eu tentar enganar os que me cercam, quando desesperados,
me procurarem. Serei sábia, porque viverás em mim ! Filho, como
sabe, Deus permitiu que eu tivesse o que é meu, um cantinho nas
imediações dos UMBRAIS, no lugar chamado PONTA NEGRA. Eram três
horas da madrugada, e eu ali estava, inquieta, como se alguma coisa
estivesse para acontecer. Realmente, não demorou muito e apareceu
uma mulher que se debatia com três ELÍTRIOS, gritando: - Oh, meu
Deus ! De onde vieram estes bichos horríveis ? Vi quando chegou
alguém, e ela, sofrida, contava a sua história. Nisso, chegou PAI
JOAQUIM DAS ALMAS, que me assiste em minhas viagens em outros planos.
Pedi-lhe a bênção e que me explicasse o que se passava com aquela
mulher. - Essa mulher - explicou-me ele - amava um homem e por ele
foi amada, no amor da afinidade das almas afins. Porém, o seu amor
era obsessivo. Ele se evoluiu, enquanto ela não aceitava as coisas
que aconteciam. Ele era um pobre homem, sem luz mas era um JAGUAR e
ela também. - Então, eles eram felizes e o VALE os separou ? -
perguntei - Filha, a missão é do missionário ! O JAGUAR não é
espírito resignado. Em seu peito palpita a esperança e ele vive a
buscar, a conhecer o alto, os sentimentos. Filha! a esperança é uma
planta que revive em nosso SOL INTERIOR. Essa mulher era esposa de um
Mestre Jaguar. Amavam-se muito, porém o JAGUAR tem o seu destino
traçado pela DOUTRINA. Apesar do amor, ela não confiava nele e,
ainda assim, não o acompanhou. O pobre Amaro vivia sob o jugo de
Marta e ela o caluniava, destruindo seus momentos felizes. Quando
chegou à doutrina, Amaro lançou-se a ela com amor e dedicação,
trocando suas tardes de acusação e cenas de ciúmes pela realização
no trabalho doutrinário. O Jaguar do Amanhecer, lembre-se, é o
trabalhador da última hora, é o homem designado à condução de
povos. Sua companheira é responsável, também, pela mesma missão.
Amaro, cansado das eternas acusações de infiel e mau carácter, não
aguentou mais: Abandonou Marta e foi seguir a sua missão. Ela, que
jamais imaginara que isto aconteceria um dia, sempre procurando
motivos para o magoar, sentiu-se perdida. E se suicidou, deixando uma
carta acusadora, tentando, neste último gesto, criar uma situação
pior para Amaro. Ela até se esquecera que a própria família dela o
entendia e ficava ao seu lado. Tanto assim que, naquele dia, ele não
fora ao VALE e sim, almoçar com os pais de Marta, que o adoravam. E
eu que pensara que ela estava chegando! No entanto, já estava há
três meses. . . Fiz uma prece e formei o meu IABÁ. Imediatamente,
os ELÍTRIOS a libertaram, voltando para Deus. Sua passagem foi tão
ligeira que nem houve tempo de recuperação. Por que se foram tão
facilmente ? É tão difícil conjugar a vida em dois planos. . . -
Sim, filha - continuou Pai Joaquim - Olha quem está chegando! Era
EUNÓBIO, acompanhado de um ÍNDIO muito bonito. Pedi a bênção a
Eunóbio, que me disse ser o índio a alma gémea de Marta. Por
que julgar ? Por que tentar mudar as criaturas ? Compreendi que
Marta e Amaro haviam completado o seu tempo na terra. Como é
perfeita a essa criação! Mais uma vez repito: COMO É DIFÍCIL
JULGAR OS NOSSOS SENTIMENTOS DE VIDA E MORTE ! COM CARINHO, A MÃE
EM CRISTO JESUS TIA NEIVA VALE DO
AMANHECER, 11 DE JULHO DE 1983