sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Rainha do Sabá


A invocação da força da Rainha de Sabá é muito poderosa e desobsessiva. O Cap. 10 do I Livro dos Reis descreve: Tendo a Rainha de Sabá ouvido a fama de Salomão, com respeito ao nome do Senhor, veio prova-lo com perguntas difíceis. Chegou a Jerusalém com enorme comitiva; com camelos carregados de especiarias e muitíssimo ouro e pedras preciosas; compareceu perante Salomão e lhe expôs tudo quanto trazia em sua mente. Salomão lhe deu resposta a todas as perguntas, e nada lhe houve profundo demais que não pudesse explicar. Vendo, pois, a Rainha de Sabá toda a sabedoria de Salomão, e a casa que edificara, e a comida à sua mesa, e o lugar dos seus oficiais, e o serviço de seus criados, e os trajes deles, e seus copeiros, e o sacrifício que oferecia na Casa do Senhor, ficou como fora de si, e disse ao rei: "Foi verdade a palavra que a teu respeito ouvi na minha terra e a respeito de tua sabedoria. Eu, contudo, não cria naquelas palavras, até que vim e vi com os meus próprios olhos. Eis que não me contaram a metade: sobrepujas em sabedoria e prosperidade a fama que ouvi. Felizes os teus homens, felizes estes teus servos, que estão sempre diante de ti e que ouvem a tua sabedoria! Bendito seja o Senhor, teu Deus, que se agradou de ti para te colocar no trono de Israel; é porque o Senhor ama Israel para sempre, que te constituiu rei, para executares juízo e justiça." Deu ela ao rei cento e vinte talentos de ouro e muitíssimas especiarias e pedras preciosas; nunca mais veio especiaria em tanta abundância como a que a Rainha de Sabá ofereceu ao rei Salomão.(...) O rei Salomão deu à Rainha de Sabá tudo quanto ela desejou e pediu, afora tudo o que lhe deu por sua generosidade real. Assim, voltou e se foi para a sua terra, com seus servos. Essa passagem está também registada em 2 Cronicas 9; 1 a 12. Segundo os Evangelhos de Mateus (12; 42) e Lucas (11; 31), Jesus fala aos escribas e fariseus sobre aquela geração má e adúltera, e diz, referindo-se à Rainha de Sabá: A rainha do Sul se levantará, no Juízo, com esta geração e a condenará, porque veio dos confins da Terra para ouvir a sabedoria de Salomão. E eis aqui está quem é maior do que Salomão! A Rainha de Sabá - cujo nome era Makeda - foi considerada, em sua época, a mais inteligente e rica rainha do Oriente. Reinava sobre Sabah e áreas fronteiriças, numa região em ambas as margens do mar Vermelho, que compreendia as cidades de Marib, Sana e Taizz, ao sul da Arábia Saudita, e no litoral africano, a zona da atual Etiópia. No Século XV, mapas foram feitos com a situação de Sabá dentro do território etíope, e documentos egípcios antigos indicavam a Etiópia e Sabá como um só país. Essas controvérsias são compreensíveis, uma vez que trata-se de história vivida há mais de três mil anos, com muitos documentos perdidos através dos tempos ou destruídos por ações religiosas. Inúmeras histórias descrevem a sabedoria e a fortuna de Makeda, amealhada com amor e paz, especialmente pelo grande comércio de incenso e mirra, material que era vendido para as mais distantes civilizações. A mirra é uma planta medicinal, originária da África, cuja resina dimana por incisão, sendo usada como unguento, bem como excelente perfume e para o trabalho de mumificação. Muito cara por seu difícil cultivo, foi um dos presentes que os Reis Magos levaram ao Menino Jesus, simbolizando a cura do espírito e do plexo físico. Makeda era rainha e sacerdotisa, sabendo manipular, com perfeição, as Grandes Forças do Oriente Maior, de forma precisa e consciente, realizando grandes fenómenos e tendo, sempre, proteção dos mundos espirituais de Luz, para si e para seu povo. Foi, principalmente nos relatos da Idade Média, tida como grande feiticeira, que usava calçados especiais para esconder seus pés, que tinham a forma dos pés de patos, e muitas ilustrações a mostram como um cisne. Uma lenda das mais difundidas é a de que, quando visitou Salomão, a Rainha de Sabah se recusou a passar por uma ponte, construída com madeira retirada da Árvore do Bem e do Mal, que havia recoberto o túmulo de Adão. Essa madeira, mais tarde, foi retirada, e com ela foi feita a cruz onde Jesus foi crucificado. Símbolos e fantasias preenchem os relatos sobre a Rainha de Sabá, principalmente dos Hebreus, que a identificam com Lilith, mulher bela, sedutora e diabólica, citada na mitologia assíria e babilónica. Chegou a formar uma poderosa raiz, mas esta força foi desintegrada por causa das deformações que sofreu, em face dos transtornos pelos quais a Rainha de Sabá passou. Para se casar com Salomão, Makeda teria se convertido ao Judaísmo, onde tomou o nome de Balkis ou Belkiss. Seguindo seus destinos, Salomão continuou em Jerusalém e Makeda, grávida, voltou a Sabah. Menelique, fruto dessa união, nasceu em Sabah, sendo ali educado e preparado para ser um rei, até que, ao completar 22 anos, foi visitar Salomão. Foi recebido cordialmente pelo pai, que cuidou para que estudasse as leis e a religião hebraicas. Após algum tempo, sentindo que haveria mais condição para alcançar o poder em suas terras, Menelique resolveu retornar a Sabá. Antes de partir, o sumo sacerdote hebreu sagrou-o Primeiro Imperador da Etiópia, e Salomão deu-lhe o nome de David, ordenando que os primogénitos dos chefes de Israel o acompanhassem à Etiópia, conduzindo a Arca da Aliança, embora haja, em outras narrações, a acusação de que Menelique teria roubado a Arca da Aliança, mas isso não tem fundamento. Por essa razão é que, desde então, seus descendentes herdam o trono da Etiópia, com o título de Filho de David e Leão de Judá. Esse milenar espírito da Rainha de Sabá, tendo totalmente cumprido sua missão na Terra, hoje, espírito de alta hierarquia, conduz seu trabalho no Umbral, atendendo aos espíritos que foram perturbados em suas encarnações e não souberam como encontrar o Caminho de Jesus, deixando-se levar pelos desesperos e pelas dores, ficando em triste situação após o desencarne. A Rainha de Sabá, juntamente com Falanges de Guias Missionárias, especialmente Dharman Oxinto e Jaçanãs, e Cavaleiros de Oxosse, os assiste e os conduz às enfermarias e aos albergues, protegendo-os da ação das falanges do Mundo Negro. Salve Deus!

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

O Padrinho - Tia Neiva


                                                      PADRINHO

Quando um espírito se compromete com outro como padrinho, ele tem a responsabilidade de levar o amor e a evolução àquele afilhado, principalmente pela harmonia e dedicação nos trabalhos da Doutrina do Amanhecer.
Tia Neiva dizia ser a mãe do Doutrinador, logo, como pai, com a polaridade positiva, está, neste planeta, o padrinho, cuja principal função é a de substituir a figura paterna, tornando-se um espelho para aquele que lhe coube como afilhado, dando exemplo dignificante por sua conduta doutrinária.
Não sofre qualquer interferência dos espíritos das Trevas aquele que está sob a guarda de seu padrinho, porque é formada uma proteção magnética que permite o total isolamento dos dois, juntando seus campos magnéticos e vibrando o amor luminoso, em harmonia como seus Ministros e Cavaleiros.
O padrinho completa o grande feixe de forças necessárias para a evolução e condução de um espírito a caminho de Deus.
O padrinho de um Arcano deve ser do mesmo Adjunto de origem. Caso não o seja, deixará de emitir com o Ministro anterior e passará a emitir no Ministro do afilhado.
• “As lutas, as constantes guerras dos exus, eguns, são terríveis. Existem espíritos que já subiram para o sono cultural, isto é, tiveram a graça de serem retirados das Trevas por um padrinho. Sim, quando estamos em dificuldade, chamamos por nosso padrinho e ele, somente ele, pela graça de Deus, pode colocar seu afilhado no grau de sua evolução. Devemos admitir, então, que entre o afilhado e ser padrinho tudo pode acontecer. Tudo, inclusive uma mudança estrutural benéfica.” (Tia Neiva, 14.8.84)

domingo, 2 de novembro de 2014

Prioridades


Prioridades

Uma das grandes dificuldades que encontramos para exercitar nossa tolerância é compreender as prioridades dos outros.

As pessoas ao nosso redor, por mais próximas que sejam, possuem suas próprias prioridades e não temos o direito de julgar fúteis ou tentar “enfiar” em suas cabeças as nossas prioridades, por mais que pareça claro aos nossos olhos que deveriam ter uma atitude diferente.

Não podemos avaliar seus pensamentos, devemos apenas aceitar o nível de compreensão que cada um possui. Claro que aceitar, compreender, é muito diferente de concordar!

Podemos discordar, considerar que tudo poderia ser diferente, mas temos, pela nossa consciência, a obrigação de compreender as diferenças nas prioridades de cada um. Aquilo considerado fútil para nós, pode ser verdadeiramente importante para o outro, e ponto! É importante para a pessoa, devemos respeitar.

Às vezes isso é muito difícil... Pois agiríamos de maneira completamente diferente, falaríamos, sentiríamos... Mas cada um é cada um e sequer podemos exigir que sejamos compreendidos. Compreender antes de ser compreendido! Esta é a máxima!

Evolução não é algo que podemos impor aos outros com nossas palavras e justificativas. Não vamos mudar os pensamentos e convicções por conta de nossos discursos e justificativas. A evolução é muito individual, e tão particular que sequer podemos avaliar quem é mais evoluído: se nós com nossas certezas e boas intenções, ou o outro com seus rompantes que também são certezas pessoais.

Nos magoamos inutilmente por pensar que os outros poderiam pensar ou agir de maneira diferente, principalmente quando estamos diretamente envolvidos. E, a grande verdade, é que não podemos exigir que compreendam nossas mágoas... Não podemos querer mudar os outros, pois quem deve mudar somos nós!

Recordemos sempre que o sofrimento é uma escolha e que qualquer mágoa inicial pode ser manipulada com a tolerância e a compreensão.

Nem sempre conversar adianta! Pois na maioria das conversas  um dos lados tenta prevalecer, e quando existe mágoa, esta mágoa não poderá ser sanada com a imposição das ideias ou justificativas dos fatos. Mágoa é sentimento, e sentimento não some por um bom discurso.

Respeitemos ao outro! Compreendamos as prioridades de cada um! Aprendamos a nos magoar menos e principalmente buscar a compreensão (mesmo sem a concordância) para não mantermos a mágoa e transforma-la em ressentimento.

Kazagrande