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segunda-feira, 18 de junho de 2012

Pai Joaquim das Matas


Pai Joaquim das Matas

No verde é que mora Pai Joaquim das Matas. Preto velho do cabelo branco-algodão e dos olhos de esmeralda é Pai Joaquim das Matas. Pai Joaquim das Matas é do signo do mato, tem a alma de luz esverdeada. Pai Joaquim das Matas conhece as folhas, as raízes, as sementes e tudo mais o que brota na mata. Pai Joaquim das Matas nos descarrega com sua natureza, rompendo nossas demandas como rompe suas matas. Pai Joaquim das Matas canta o canto que o vento do mato carrega pelas matas. Pai Joaquim das Matas dança a dança do mato. Pai Joaquim das Matas está na copa das árvores mais altas e nos olhos dos animais que caminham pela floresta.

Pai Joaquim das Matas vibra com Oxóssi, o rei da floresta. Pai Joaquim das Matas está próximo de Ogum Rompe-Mato. Pai Joaquim das Matas é um espírito do mato. Pai Joaquim dança, Pai Joaquim brada, Pai Joaquim é pássaro verde. Pai Joaquim das Matas Virgens vive longe da civilização. Pai Joaquim das Matas lida com os bichos do mato. Pai Joaquim das Matas é curandeiro, é rezadeiro, é guerreiro. Pai Joaquim das Matas cuida da terra como cuida de seus filhos. Pai Joaquim das Matas é guiado pelas forças da natureza.

Pai Joaquim das Matas tem o som das árvores e o cheiro de capim molhado. Pai Joaquim das Matas é a madeira, é a celulose, é o fruto, é a resina, é a raiz. Pai Joaquim das Matas é o abrigo da caça. Pai Joaquim das Matas é floresta nascida e criada sozinha. Pai Joaquim das Matas enxerga no escuro. Pai Joaquim das Matas traça no meio do mato suas linhas de trabalho. Pai Joaquim das Matas se comunica com animais, vegetais e minerais do seu reino. Pai Joaquim das Matas entra nas profundezas da mata e nos traz seus mistérios e magias.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Alimento Espiritual


Meu amigo, no vasto caminho da Terra, cada criatura procura o alimento espiritual que lhe corresponde à posição evolutiva.
A abelha suga a flor, o abutre reclama despojos, o homem busca emoções. Mas ainda mesmo no terreno das emoções, cada espírito exige tipos especiais.
Há sofredores inveterados que outra coisa não demandam além do sofrimento, pessimistas que se enclausuram em nuvens negras, atendendo a propósito deliberado, durante séculos. Suprem a mente de torturas contínuas e não pretendem construir senão a piedade alheia, sob a qual se comprazem. Temos os ironistas e caçadores de gargalhadas que apenas solicitam motivos para o sarcasmo de que se alimentam.
Observamos os discutidores que devoram páginas respeitáveis, com o único objetivo de recolher contradições para sustentarem polêmicas infindáveis.
Reparamos os temperamentos enfermiços que sorvem tóxicos intelectuais, através de livros menos dignos, com a incompreensível alegria de quem traga envenenado licor.
Nos variados climas do mundo, há quem se nutra de tristeza, de isulamento, de prazer barato, de revolta, de conflitos, de cálculos, de aflições, de mentiras...
O discípulo de Jesus, porém - aquele homem que já se entediou das substâncias deterioradas da experiência transitória -, pede a luz da sabedoria, a fim de aprender a semear o amor em companhia do Mestre...
Para os companheiros que esperam a vida renovada em Cristo, famintos de claridade eterna, foram escritas as páginas deste livro despretensioso.
Dentro dele, não há palavras de revelação sibilina.
Traduz, simplesmente, um esforço para que nos integremos no Evangelho, celeiro divino do nosso pão de imortalidade.
Não é exortação, nem profecia.
É apenas convite.
Convite ao trabalho santificante, planificado no Código do Amor Divino.
Se a candeia ilumina, queimando o próprio óleo, se a lâmpada resplende, consumindo a energia que a usina lhe fornece, ofereçamos a instrumentalidade de nossa vida aos imperativos da perfeição, para que o ensinamento do Senhor se revele, por nosso intermédio, aclarando a senda de nossos semelhantes.
O Evangelho é o Sol da Imortalidade que o Espiritismo reflete, com sabedoria, para a atualidade do mundo.
Brilhe vossa luz! - proclamou o Mestre.
Procuremos brilhar! - repetimos nós.