sexta-feira, 21 de junho de 2013

Caminhada Espiritual


A caminhada espiritual no plano físico é marcada por duas, distintas, forças. A força do espírito: que carrega toda historia do ser, sedento por evolução. E a força do corpo físico: que carrega em si todo planeamento cármico daquele ser, velhos hábitos e vícios. Essas duas forças trabalham juntas para que o único objetivo da vida seja alcançado, a evolução. Não existe sobre hipótese alguma a possibilidade de se isentar dos compromissos cármicos. Temos que pagar todas nossas dividas, se quisermos elevar nosso padrão vibratório. A melhor maneira de se fazer isso é trabalhando na lei do auxilio. A lei do auxilio praticada na inconsciência da encarnação trás benefícios gigantescos para a quitação de nosso carma. Através desta força podemos receber com mais facilidade o verdadeiro sentindo dos ensinamentos de Cristo. Veja bem meus irmãos, uma coisa é ter acesso ao evangelho outra e compreende-lo, senti-lo e vive-lo. Muitas vezes, por desarmonia, as pessoas usam o seu lado racional e afirmam-se conhecedoras do santo evangelho, quando apenas tiveram acesso a suas palavras. O uso verbal e linguístico do ser humano é legitimo e deve ser usado no seu planeamento incarnatório, mas o espírito não se limita apenas a esses sensores. O Santo Evangelho é uma força divina, é através desta força que nos libertamos das correntes negativas e evoluímos. Temos neste planeta terra diversos seres que vivem a risca o Santo Evangelho, sem se quer, terem tido acesso a sua leitura. Trilhamos um caminho de dor, trazido por nosso carma, só assim podermos nos libertar de nossas dividas. O Evangelho de nosso Senhor Jesus é a força que nos orienta e nos acolhe nesta caminhada. Aqueles espíritos que passam pela mesa evangélica são nossos irmãos e merecem todo nosso amor, pois nos poderíamos estar passando pela mesmas tristes condições que eles. Um espírito sofredor possui um espírito exatamente igual ao nosso. Aquela condição em que ele se encontra e decorrente das suas escolhas, é a prova da legitimidade do livre arbítrio. Quando passamos por um trabalho de mesa evangélica e levamos a esses espíritos, através de nossas palavras, a importância do amor e do perdão, estamos praticando o Santo Evangelho. É isso que devemos fazer em nossas vidas, vive-lo em sua infinita perfeição, pois o ele nada mais é que a sabedoria que Deus divide com todos seus filhos. Uma pessoa pode decorar, discutir e reinterpretar os ensinamentos sagrados. Mas ela jamais poderá vive-los se ainda possuir em seu coração a vaidade.
Salve Deus!

Meus irmãos Jaguares, SALVE DEUS! Peço licença para fazer um pedido do fundo do meu coração;
Peço que saiam dessas discussões desnecessárias que circulam, regradas a rumores e especulações, elas só nos atrapalham. De que importa quem vai assumir a presidência do templo no plano físico. Essa doutrina é amor e temos a oportunidade de provar tudo que aprendemos nela, agora mesmo. Ambas as partes já erraram, mas acertaram por diversas vezes também, somos todos seres humanos. Nem a melhor das intenções garante o acerto, isso é para todos nos, sem exceção. Ninguém é melhor que ninguém, se você não concorda com algo, você tem esse direito. Mas peça a Deus por aqueles que passam por momentos difíceis, pois foi isso que nossa Mãe nos ensinou. Jesus só amou e não agradou a todos, pois nem todos estavam prontos para compreendê-lo. Enquanto tivermos os trabalhos abrindo diariamente nos templos e podermos praticar a lei do auxilio, temos tudo que nossa Mãe Koatay 108 nos deixou. Confie na espiritualidade, tenha mais devoção e amor a sua Doutrina. Se tudo estiver resolvido dentro de ti, não haverá mais nada para se resolver. Pois temos cobradores que estão sedentos por vingança e tentarão de todas as formas nos desestabilizar em nossa missão. A missão do Jaguar é em conjunto e devemos permanecer unidos, independentemente do que aconteça.

Muitos se queixam da falta que faz a presença física de Tia Neiva, mas outros simplesmente trazem em sintonia a sua presença e não se deixam abalar por qualquer desarmonia. Vamos trabalhar que o relógio esta contando os segundos e nossa oportunidade de crescimento pessoal dentro desta casa é única.
Salve Deus!

 (As minhas desculpas, mas não sei quem é o autor deste texto. As minhas desculpas...)

quinta-feira, 20 de junho de 2013

A vida na U.E.S.B.


                                                                 Vida na U.E.S.B.

Recebemos, eu e meu companheiro Getúlio, ordem espiritual para virmos aqui morar e junto a nós veio um bom servidor de Deus - António, o Carpinteiro, como o chamavam os espíritos. Meu companheiro, Getúlio da Gama Wolney, e António começaram a trabalhar desesperadamente nas construções de prédios de madeira para morarmos, enquanto eu, Gilberto, Raul, Carmem Lúcia e Vera Lúcia, saíamos em busca do ganho material: com um pequeno veículo vendíamos, em Brasília, roupas feitas e bijuterias, e só mesmo com a proteção de Deus fazíamos boas vendas e todos os dias, ao findar o dia, eu e meus filhos nos reuníamos e repartíamos o dinheiro. Metade era para comprar géneros alimentícios, e com a outra metade comprávamos gasolina e tecidos, para que eu e Wilma - a esposa do António Carpinteiro - os transformasse em saias de senhoras, enfim, roupas feitas. Trabalhávamos à noite e seguíamos no outro dia, depois de um almoço cedo. Como todos sabem, o pouco com Deus é muito!

Em poucas horas, coisa mesmo de admirar, lá vínhamos eu e meus filhos, no mesmo regime do dia. E assim passaram os dias, os meses. A caridade já me tomava parte do ganho material. E os visitantes! Já podia contar 20 ou 30 pessoas nos domingos, para almoços e jantares que eu me via obrigada a servir, pois os mesmos se acomodavam em minha casa. Meu Deus - pensei muito - será possível que só escolhestes avarentos e acusadores? Que Deus me perdoe por meus instantes de dor, quando me faltava a compreensão ante aqueles exploradores! Comecei a sentir desprezo pela vida material. Eles estragavam sempre os meus planos. Quantas vezes eles chegavam e, na minha própria casa, ali comodamente, começavam a discutir, recriminando tudo o que, com sacrifício, fazíamos eu e meu companheiro.

Nada dizíamos. Era mesmo horrível. Eu olhava ao redor e via, na verdade, material para construirmos. Porém, via também que os trabalhadores precisavam comer. Alguém teria que sustentá-los. Fui então vendo todo o sofrimento dos meus filhos e do meu companheiro Getúlio. Já sem entusiasmo, continuava eu. A caridade se alastrava, com bela emanação, aos que não a conheciam. A luz da Verdade começava a reluzir nas iniciais que comandava aquela terra sagrada - UESB!

Enquanto lutávamos para o nosso infeliz sustento e grandeza da obra, outros se reuniam até mesmo na minha casa, e ali ficavam a ofender nossa Irmã Neném (Diretora Espiritual), que também a estas alturas já tinha vindo residir aqui, eram horríveis os nossos primitivos cobradores todos se revoltavam.. Todos começavam a vibrar inquietude da revolta íntima, muitas vezes desencadeava discussões e muitas vezes conheci o ódio nos corações de alguns, porém com toda incompreensão quem mais sofria era eu. Tudo desencadeava em mim na verdade alem de todas as torturas que pensam sentir os pobres sem compreensão que desejam servir a Deus, sentia eu também pela rebeldia de não gostar de morar no mato a falta de conforto material a mudança de profissão ver arrancado dos estudos os meus Filhos. Tudo era tortura para mim e meu companheiro e pelos mesmos trilheiros passava a irmã Nenen com os seus filhos.

António o carpinteiro todos víamos chegar batendo as nossas portas os nossos velhos credores do nosso antepassado cobrando centil por centil, e assim pagávamos mesmo sem força necessária do bom trabalhador do Cristo, os tempos passavam e eu com o meu ideal de vencer, continuava também no mesmo comercio porem em dias alternados, pois as caridades não me dava tempo, para mais chegava aqui pessoas de todos os lugares com enfermidades para serem curadas aqui. E Deus dava-me forças nesta Terra fazendo assim as mais perfeitas curas. Devido esta enchente de pessoas marquei uma taxa a pagar, as pessoas que tomassem refeições no bendito abrigo, que chamávamos de hotel, taxa esta de 40.00 cruzeiros por diária na verdade a maioria era indigente e eu as sustentava sem qualquer ajuda que não fosse lançada em meu rosto ou alegada por toda parte. É muito fácil oferecer alguns quilos em géneros alimentícios. Porém, oferecer o próprio sustento dos filhos, tirando-lhes a metade do que lhes é justo, e, em amor do Cristo, oferecer a quem pensamos ser um estranho, não é fácil!... E eu o fiz!

Carmem Lúcia, minha filha de 15 anos; Gertrudes, minha filha adotiva; Marly, filha de nossa querida Diretora Irmã Neném, uma linda jovem bacharela; todas eu incentivava ao trabalho na cozinha para os doentes. Muitas vezes sentia medo que elas se envaidecessem com os elogios dos visitantes. Certo dia, após uma de minhas incorporações, recebi da Diretora uma ordem que teria sido dada pelo espírito secretário do nosso Pai Espiritual Seta Branca, espírito este da razão porque ali vivíamos assim, e que teria dito que eu e meu irmão Jair teríamos que entregar nossos veículos em troca de um possante motor gerador de força elétrica. Não titubeamos e, assim, eu e meu bom irmão, que foi para mim uma força ajudadora, entregamos os nossos tão úteis carros. Começou, então, a piorar a minha situação material.
Senti que deveria preparar-me para receber as avalanches...

Salve Deus!
Tia Neiva.
03-11-59.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Sudálio


(arte do Adjunto Petanaro)
 
O Sudálio é onde se trabalha com a força dos Caboclos e das Caboclas e alcançamos grande poder desobsessivo.
No Sudálio, cujo Sanday consta do Livro de Leis, o paciente deve passar por três entidades, recebendo os passes, com muita força desobsessiva, que retiram as possíveis impregnações, resíduos porventura existentes após ter ele passado pelos outros trabalhos no Templo.
Pode acontecer – embora raramente – a presença de um Preto Velho no trabalho.
No Castelo do Sudálio, no Templo-Mãe, é realizado o trabalho de Defumação (*).
No dia 4/fev/2003, ocorreu o I Encontro Doutrinário dos Presidentes de Templos do Amanhecer, no qual o Trino Ajarã implantou a 1ª Etapa da Unificação das Leis do Amanhecer, com a matéria aprovada pelo Trino Araken. A reunião foi gravada em fitas de vídeo e documentada em ata, para registrar e comprovar a veracidade das informações. Sobre o SUDÁLIO ficou estabelecido:

  • O AMBIENTE = O Sudálio é um trabalho iniciático que retira a carga negativa e algumas irradiações que possam ainda estar no paciente.
  • O Sudálio é aberto em Templos que dispõe de Corrente Mestra, após as 15h até o encerramento do trabalho.
  • MÉDIUNS = Este trabalho deverá ser aberto com o mínimo de 3 Aparás, que deverão estar, pelo menos, emplacados. Não é permitido Aparás na roupagem de prisioneiro.
  • O Comandante deverá ser um mestre Adjuração fazendo-se acompanhar de uma ninfa Lua com lança, ambos com indumentária.
  • Se o Comandante e a ninfa escalados (ou convidados) para comandar o Sudálio já tiverem feito a sua preparação individual na Pira, não necessitam mais repetir a preparação.
  • O Comandante a Ninfa Lua entram no Aledá do Sudálio, posicionando-se a ninfa à esquerda do mestre, e fazem suas emissões.
  • Os pacientes aguardam do lado de fora.
  • Os Aparás se anodizam e se posicionam. Em seguida, o Comandante faz uma breve harmonização e dá início à abertura:
    Eu, (emissão), em nome de Deus Pai Todo Poderoso, abro este trabalho de Passe, pedindo a Jesus, Divino e Amado Mestre, que os Caboclos e os pretos velhos venham nos assistir nesta tão necessária Lei de Auxílio. Permita, Jesus, que eu possa ser o Jaguar medianeiro entre o Céu e a Terra, para que as benditas falanges dos Caboclos e dos Nagôs, do poder desobsessivo, nos assistam neste trabalho. Salve Deus!
  • Após a abertura, o Comandante pede a presença dos abnegados mensageiros de Deus e os Aparás incorporam.
  • É uma linha de Caboclos, mas se incorporar Pretos Velhos, serão bem vindos.
  • Não há necessidade de se identificar os Caboclos.
  • O Mestre que está coordenando a parte externa do Aledá, encaminha os pacientes para tomarem o sal e receberem o Passe de TRÊS Entidades.
  • A Ninfa Lua, após o término da Abertura, faz sua emissão e emite o 1O Canto:
EU, (emissão), EMITO O MEU CANTO NA LUZ DO MEU PRIMEIRO CANTO!
Ó, JESUS, ESTA É A HORA PRECISA
NA INDIVIDUALIDADE DE NOSSAS VIDAS, DE MINHA VIDA!...
Ó, JESUS, É A HORA EM QUE, DENTRO DE MIM,
ASSISTO O DESPERTAR DAS FORÇAS
NA FORÇA ABSOLUTA QUE VEM DE DEUS TODO PODEROSO.
QUISERA, Ó, PERFEIÇÃO,
QUE AS PÉROLAS DOS ANJOS E DOS SANTOS ESPÍRITOS
ENCONTRASSEM ACESSO NOS HOSPITAIS, NOS PRESÍDIOS,
ONDE GEMEM E CHORAM OS INCOMPREENDIDOS,
NA DESARMONIA PORQUE ORA NÃO TE CONHECEM...
DÊ A LUZ DA VIDA E DA MORTE!
ILUMINA O VIANDANTE NA SUA OBSCURIDADE,
ILUMINA OS CEGOS, TAMBÉM, NA SUA OBSCURIDÃO!...
ILUMINA, Ó, JESUS, OS CAMPOS ORVALHADOS,
AS CORDILHEIRAS SILENCIOSAS À MARGEM DO RIO CAUDALOSO,
ONDE VIVEM A CHOUPANA E O LAVRADOR...
AS CACHOEIRAS DAS MATAS; O CABOCLO E SEUS AMORES;
O SAVEIRO NO MAR DISTANTE; O MENINO E A MENINA;
A JOVEM MÃE ABANDONADA; O ÓRFÃO DE PAI E MÃE VIVOS...
NOS LIBERTE, SENHOR, DA CALÚNIA, DA FALSIDADE E DO DESPREZO!
MESTRES DESTA CONSAGRAÇÃO:
VAMOS EMITIR TODO O NOSSO AMOR,
PARA QUE EFLÚVIOS LUMINOSOS NOS ALCANCEM E NOS PROTEJAM,
NA LUZ DOS NOSSOS CAMINHOS CÁRMICOS.
MEUS IRMÃOS E MEUS FILHOS!
MENTALIZEMOS O QUE FORMAMOS NESTE CANTO,
PARA QUE OS GRANDES INICIADOS DISTRIBUAM DE NOSSAS MENTES
PARA O FENÔMENO DESOBSESSIVO...
MUNDO ENCANTADO DOS HIMALAIAS!
POVO DE DEUS! RAIO DE ARAKEN!
PODER DA VIDA E DO AMOR, DO MEU AMOR, DO NOSSO AMOR,
DO AMOR INCONDICIONAL QUE EM NOME DO PAI E DO FILHO,
    DO ESPÍRITO DO SOL E DA LUA, SALVE DEUS!
    Obs.: Caso haja dificuldade para a Ninfa emitir o 1O Canto, poderá fazer a sua emissão e dizer: “Emito o meu canto na Luz do Pai Nosso” e prossegue fazendo a Prece do Pai Nosso.
    XIV Ao final do atendimento dos pacientes, o Comandante toca o sino, o coordenador agradece as Entidades, aplica o Passe Magnético, se solicitado por algum Apará que esteja sentido irradiação, e em seguida encerra o trabalho.
    XV Não há tempo estipulado para a realização de um novo trabalho. Caso seja o mesmo comando, não há necessidade de nova preparação na Pira, sendo feito só o ritual dentro do Aledá.
    XVI Qualquer paciente pode passar no trabalho, mesmo sem a indicação de Entidades.
    XVII Os prisioneiros devem anotar 300 bônus por sua participação no Sudálio.

  • "LEI DO SANDAY SUDÁLIO - 1) Um mestre e uma ninfa com lança fazem a preparação na Pira e partem para o Sudário. Vão até o Aledá, atrás da Cruz, emitem suas emissões de abertura, sendo o seguinte:
2) Fala o mestre: Eu, (emissão completa), em nome de Deus Pai Todo Poderoso, abro este trabalho de Passe, pedindo a Jesus, Divino e Amado Mestre, que os Caboclos e Caboclas venham nos assistir nesta tão necessária Lei de Auxílio. Permiti, Jesus, que eu possa ser o Jaguar medianeiro entre o Céu e a Terra, para que as benditas falanges dos Caboclos e dos Nagôs, no poder desobsessivo, nos assistam neste trabalho. Salve Deus!
3) Fala a ninfa: Eu, (classificação), Ninfa Ajanã Raja ou Rama -0-0-, emito o meu Canto na Luz do meu 1º Canto (ou Pai Nosso);
4) Os mestres permanecem ali sentados e, quando quiserem trocar de posto, toca a campainha. Os mestres que forem substituir fazem o mesmo ritual. (TIA NEIVA, 29.1.80)

terça-feira, 18 de junho de 2013

Sentimento e Razão


SENTIMENTO E RAZÃO

Vale do Amanhecer – DF. 25 de setembro de 1977.

Meu filho Jaguar, Salve Deus!

Vamos, hoje, individualizar nossa posição na Terra, esclarecendo-nos de tudo que nos faz sofrer.

Esta minha mensagem precisa ser ouvida na individualidade, sem o turbilhão da tarefa de cada dia, porque a paisagem que nos cerca, muitas vezes, nos envolve desperdiçando energia. Pois o espírito na Terra está sempre indeciso entre as solicitações de duas potências: - SENTIMENTO e RAZÃO.

 
Para terminar este conflito é preciso que a LUZ SE FAÇA EM NOS. Sabemos que a alma se revela por seu pensamento e, também, pelos seus atos. Porém, nem por isso devemos nos escravizar. Jesus nos coloca como discípulo ao alcance dos mestres.

Veja, filho, já estava começando a clarear na Terra e eu me enchia de cuidados pelo meu corpo, que ainda estava na cama. Já ia me despedir de Amanto, quando Pai Joaquim das Almas me chamou, dizendo que eu ainda teria mui to a ver.

Realmente, tive a maior surpresa; seguindo Pai Joaquim das Almas, chegamos a uma pequena mansão na qual fiquei observando um belo casal, já vestido de uniforme. Viram-me de longe e exclamaram, de uma só vez em harmonia comigo: - Salve Deus Tia Neiva, Vamos à mansão? – Sim respondi.

Completamente desconhecida para mim, uma linda moça vestida num longo vestido rosa, marcando 1930, toca um harmónio. Com a minha chegada, virou-se para mim como se me conhecesse. Fui pronunciar o nome do médium e Pai Joaquim das Almas não deixou. Então eu me obstinei em dizer apenas: - Mora aqui? – Oh! Tia Neiva, eu e Angélica estamos completando o nosso tempo e, arrematou: - Eu, a senhora já sabe minha vida como é: - Cada dia se torna mais difícil.

Ah! Pensei, entretanto, porque a gente se conforta tão facilmente nestes tristes carreiros terrestres.

Sim minha filha, Angélica e Jerónimo são como se chamam estes filhos médiuns, se amam muito, porém estão sentenciados por um crime cometido no império de Dom João. Imaginei Jerónimo com cinquenta anos, uma família desastrosa. Meu Deus; se soubesse não se queixava tanto. – E completou Pai Joaquim das Almas - Justamente a família que ele desajustou nas imediações de Angical.

Perguntei pelo casal que encontramos de uniforme e me respondeu que todos nós temos um amor, um grande amor na nossa vida que, diz ser a nossa alma gémea e, na realidade, estão separados, reajustando o que desajustaram por amor e, pela bênção de Deus, se encontram e se fortalecem.

Triste é quando uma está presa no UBRAL e, a outra na Terra. Não tem o direito de se encontrarem. A angústia e a saudade nos devoram a alma.

Senti uma tristeza como se aquela despedida fosse eterna. Lembrei-me de Jerónimo pedindo-me a bênção, do amor de Mãe Tildes, em ficar connosco, se afastando até mesmo de Pai João. Levantei o meu espírito lembrando-me da nossa grande missão.

Fui encontrar com Amanto e, um novo mundo se me descortinou. Salve Deus! Na Terra, o sol magnífico, outra visão. Sentei-me à mesa para almoçar, quando entrou Jerónimo que, mora aqui em Planaltina. - Oh! Tia! A senhora fez o meu trabalho? Sabe, tudo mudou, amanheci com tanta coragem, deixei a mulher falando e nem me importei. Deus lhe pague. - Não fiz nada, retorqui, recebi apenas uma lição. Sorrimos como se ele estivesse consciente.

Jerónimo equilibrou o seu SOL INTERIOR. Quando estamos em paz com a gente mesmo, nada nos atinge.

Vamos, filhos, equilibrar os três reinos de nossa natureza e pagarmos com amor o que destruímos por não sabermos amar.

Jesus que tem os meus olhos pela verdade de vosso amor, a Mãe em Cristo.

TIA NEIVA

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Tanoaê



TANOAÊ
Tanoaê é o vento (*) destruidor, o furacão, a força reparadora que, segundo Koatay 108, vai varrer a Terra, levando seu triste fardo, e deixando nosso planeta em seus planos Crísticos, sendo respeitado, apenas, o mundo cabalístico transcendental.

Tanoaê é um poder originário do calor do Sol e da força fria da Lua que, abrindo o neutrom (*), emite sua força no vento para levar sua mensagem e fazer suas reparações, fazendo a limpeza das impregnações coletivas.

Age nas grandes tempestades, junto aos grandes temporais, numa explosão de forças telúricas, realizando profundas desimpregnações que proporcionam melhoria das condições do ser humano e dos três reinos da Natureza, por aliviar cargas muito pesadas e alterar padrões vibratórios que poderiam provocar sérios desastres.

“Tanoaê, filho, é um poder que emite sua força no vento, nas tempestades. Tanoaê tem poderes de manipular forças, abrindo o neutrom para levar sua mensagem e fazer sua reparação.” (Tia Neiva, 8.4.79)

Deus está presente em tudo...
Bom dia irmãos.

domingo, 16 de junho de 2013

Vale a pena recordar


Vale a pena relembrar...

Contou-me certa vez, meu instrutor e amigo Bálsamo, esta pequena história, que seria a realização do Primeiro Trabalho de Contagem no Vale do Amanhecer.

Uma das primeiras missões que recebeu no Vale foi o comando da Estrela Candente, ainda em um tempo que a luz para a terceira Consagração era à base de lampião a gás, e para completar o grupo mínimo de quatorze pares, era necessário ir de porta em porta procurando médiuns de boa vontade para participar.

Era agosto de 1976... Naquela manhã ele despertou “inexplicavelmente” mais cedo que o normal. Sete e meia da “madrugada” (no Vale, na época de Tia, este horário, em função dos famosos “corujões”, era muito cedo mesmo!), ele já estava a caminho da Casa Grande para buscar a bolsa com a Lei da Estrela, recém ditada por Vovô Indú.

Pensava em “pegar” a bolsa sozinho, e ir tranqüilo para a Estrela pensar um pouco na vida.

Porém ao chegar, uma das mocinhas do Orfanato já estava na porta e foi dizendo:

- A Tia já está na Estrela lhe esperando!

Pensou: “Vixi”... A Tia na Estrela a esta hora?

Chegando lá entendeu por que...

A “chefe” (ele gostava de contar sempre chamando a Tia de “a chefe”) estava com as mãos na cintura, bem no meio da Estrela com “aquele olhar”... Distante, penetrante, com um silêncio profundo.

Imediatamente percebeu o quê se passava: No piso da Estrela estava uma “macumba das grandes”. Tinha de tudo! Farofa, vela, charuto, bonequinhas de vodu, tesouras, fitas, bebidas... Tudo colocado lá dentro da Estrela!

Conta que parou ao lado de Tia e esperou que ela se manifestasse após algum tempo ainda em silêncio:

- Bálsamo! Tiãozinho está pedindo para que você tenha muito carinho com o comando da Estrela de hoje. Também pede para que avise que não devem usar sal e perfume na primeira consagração, colocaram umas “coisas” lá. Já pedi para as meninas virem limpar tudo, e depois da primeira consagração já vai estar tudo desimpregnado.

Falou assim... De forma firme e segura. Com uma naturalidade que somente a mediunidade dela poderia transmitir.

Ninguém, exceto as meninas que fizeram a limpeza, ou alguma pessoa mais próxima de Tia, ficou sabendo do ocorrido antes, ou durante as consagrações, que foram executadas seguindo a recomendação de Tiãozinho.

Após as três consagrações, desceram todos para o Templo e Tia aguardava junto ao Radar. Pediu para que as Entidades nos Tronos desincorporassem, e após todos acomodados, com os Aparás de pé, iniciou as Invocações. Terminou pedindo a presença do Povo de Cachoeiras e das Serias de Yemanjá. Nesse momento ela mesma iniciou o Mantra das Ninfas.

A emoção contagiou a todos, era algo inédito aquele trabalho!

Ao terminar o Mantra, com lágrimas nos olhos e a voz embargada, Tia Neiva pediu aos Médiuns de Incorporação que desincorporassem. Os Aparás, também, tinham lágrimas nos olhos.

“Todos estavam em estado de êxtase; amparados pela magia, encantos... Meu Deus, como traduzir... !?” (Bálsamo)

Então pediu que todos em conjunto emitissem o Mantra de Simiromba, e, ao final, pedindo total sintonia, dirigiu três Elevações em conjunto.

Tomada pela emoção do momento, lutando para manter a razão face a grandiosidade que se operara, ela falou:

- Meus filhos, pelos olhos que entreguei a Jesus a bem da verdade, trezentos exús voltaram para Deus. Salve Deus, meus filhos, graças a Deus!

Após essa realização, este trabalho ganhou forma definitiva e foi entregue para ser conduzido pelo Trino Araken.

Mais um fato interessante se passou algum tempo depois, ainda referente a esta história:

Em uma aula de Centúria, Tia Neiva e seu Mário (Trino Tumuchy), estavam presentes, acompanhando o Trino Araken. Em determinado momento ela contou a história dizendo que o líder da legião tinha por objetivo destruir a Estrela. Assim, enviou todo o seu povo para lá, mas “macaco velho” que era, ficou de fora e acabou escapando. Quando deu por si que tinha perdido todos seus componentes, virou sua ira contra o “pai de santo” que foi preparar a macumba. Contou então, que o tal “pai de santo” só teve um jeito de escapar da terrível cobrança: entrou para a Doutrina do Vale do Amanhecer.

- Meus filhos, ele agora é um de vocês! Um Centurião!

- E quem é ele Tia? – perguntou um dos Mestres Presente.

- Ah... De jeito nenhum! Se eu contar vocês derretem ele na vibração!

Todos deram um alegre riso.

Salve Deus!