sexta-feira, 12 de setembro de 2014

A visão Interplanetária - Trino Tumuchy


A visão do planeta Capela foi a abertura de um curso interplanetário, paralelo à missão da Clarividente Neiva. Desde então, ela foi aperfeiçoando sua carreira sideral, vivendo simultaneamente em três planos vibracionais: na matéria densa, no mundo etérico e no plano espiritual.

Na concentração física, na sua personalidade, ela tem sido submetida a todas as provas da sua faixa cármica, vivendo a vida de relação com intensidade. No plano intermediário, na física etérica, ela foi aperfeiçoando seu contacto com a matriz da Terra, o planeta-mãe, também conhecido pelo nome de Capela. No plano mais alto, o plano espiritual, ela se submeteu aos rigores da missão crística, com todos os percalços do Caminho da Cruz, do Evangelho e das lições que recebe dos Grandes Mestres.

A vida é contínua e a lei que rege seu todo é uma lei única, que costumamos chamar de Deus. Porém, para cada manifestação, para cada plano existencial, a lei se manifesta de acordo com Ele. Passamos, então, a falar em termos de “leis”. Existem, portanto, as leis que regem as várias gradações do plano físico, as que regem o plano etérico, as que regem o plano astral e as que regem planos desconhecidos, fora do nosso alcance.

No ser humano normal, a maior porção da consciência se concentra no plano físico, na vida de relação com o ambiente. Sua consciência dos outros planos é parcial e esporádica. Mediante exercícios, práticas iniciáticas e infinitas situações anormais do plano físico, o ser humano muda o foco de sua consciência, seu estado consciencional.

Sempre que isso acontece, ele fica submetido, parcialmente, às leis do plano em que se concentra. Um bom exemplo dessa situação nos é mostrado pela vida monástica. O indivíduo se retira da vida de relação normal, submete seu organismo e sua alma aos rigores das leis que regem seu espírito. O descumprimento das leis que regem o plano físico produz atrofias e deficits que  o afastam das relações normais com os outros seres. É impossível, por exemplo, ser um monge tibetano e, ao mesmo tempo, um atleta ou um bom comerciante. Nunca, porém, é conseguida uma vivência perfeita em tal situação.

Os reclamos das leis produzem efeitos dolorosos. O ser humano, nesta situação, procura, então, minimizar as dores, através de artifícios que lhe permitam manter-se nessa anormalidade, como um pássaro em voo. Um dos artifícios mais comuns é a organização em grupo. Para que uns poucos possam se manter em “voo espiritual”, outros executam as tarefas de relação. A isso não escapam nem os anacoretas das mais rigorosas iniciações. As lendas nos dizem que, em atitudes extremadas, certos místicos da Índia são sustentados por animais, que lhes levam o parco alimento.

O único ser humano que escapa, com maior perfeição, dessa situação, é o clarividente. Difícil, senão impossível, é saber como se forma um clarividente e o porquê da sua existência. O fato é que são seres raros, e aparecem, vez ou outra, na história deste planeta.

A palavra “clarividente” – “ver com clareza” – confunde-se com a palavra “vidente”- “ver o que não existe”. Confunde-se, também, com “vidência ampliada”. O termo, como se vê, não faz jus às qualidades do clarividente. Mas não se cunhou, ainda, um termo mais apropriado.

O que distingue um clarividente dos seres humanos comuns é o que poderíamos chamar de “consciência simultânea”, a capacidade de viver a vida de relação em planos diferentes, sem prejuízo das leis que regem cada plano, e sua possibilidade de se comunicar, ao mesmo tempo, pelos meios normais, a cada um desses planos.

No segundo contacto de Neiva com os Capelinos, que será relatado mais adiante, ela estava vivendo normalmente no mundo físico, consciente do solo, do céu, do mundo vegetal e do seu próprio corpo; psicologicamente, estava consciente da sua subordinação à instrutora terrena, Mãe Neném, e de suas obrigações com seus semelhantes; ao mesmo tempo, ela ouvia e via um casal Capelino, e penetrava na vivência psicológica dele; o terceiro plano, o plano espiritual, se fazia presente na consciência da sua missão e dos seus votos crísticos. Tudo ao mesmo tempo!

Essa complexa vivência resulta, em nosso plano, de várias maneiras: na manipulação de forças das outras dimensões, ela cura, retifica situações anormais e livra os seres que a procuram de suas angústias; do contacto com os outros mundos, ela nos dá as notícias mais urgentes, de nosso futuro imediato; do aprendizado com os espíritos superiores, ela nos traz os ensinamentos crísticos e as profecias.

A finalidade precípua deste livro é, aproveitando as qualidades da Clarividente Neiva, divulgar essas notícias e esses ensinamentos. Essa tarefa, entretanto, seria impossível se não déssemos, simultaneamente, explicações do mecanismo de contacto, dos seres envolvidos e as implicações resultantes.

O ser revelador – a Clarividente – é, ao mesmo tempo, um ser humano normal. A gente confunde, muitas vezes, sua personalidade com sua individualidade, e com as coisas que comunica.

Fonte: Mário Sassi, 2000 – A Conjunção de dois Planos – pág. 17.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Caminheiros de Jesus


À medida em que o médium se desenvolve, vai caminhando para dentro de si mesmo e descobre um intrincado conjunto de fatores que complicam sua jornada - o Carma, que, em sânscrito, significa "ação".
No Carma se projetam obstáculos provenientes de nossas experiências mal sucedidas ou incompletas em outras vidas, sendo a consequência da Lei de Causa e Efeito, que preside todos os nossos atos. Na verdade, temos que ter a consciência de que devemos pagar tudo quanto devemos por ações transcendentais bem como por aquelas que criam um carma adicional pelo mal cometido nesta reencarnação. Por isso nossa preocupação com praticar boas ações, levar a felicidade aos outros, enfim, buscarmos sempre fazer o Bem em todos os momentos de nossas vidas.
Infortúnios, doenças, crises morais e materiais, desastres, enfim, tudo o que foi planeado para nossa reencarnação no sentido de resgatarmos, da forma mais completa, nossos erros do passado, de forma inexorável, compõe o nosso Carma. São fatos pelos quais teremos que passar, obrigatoriamente, nesta vida, dificuldades que se sucedem como que em forma cíclica, buracos cavados por nós mesmos, nos quais teremos que cair. Pela influência do Carma, cada um de nós tem uma apreciação diferente para o mesmo fato. Por isso cada um tem uma visão particular do nosso mundo.
Existem muitas linhas que definem nossa vida neste plano como somente dores e sofrimentos, com a glória de alcançarmos planos superiores por compensação de nossa existência dolorosa. De nada, então, nos serviriam o amor e a caridade, e não haveria como alimentar nossas esperanças de momentos melhores. Nossa vida seria, deste modo, sentença terrível de um deus desnaturado.
A Doutrina do Amanhecer nos ensina que nossa trajetória foi planeada por nós mesmos, quando, na confeção do nosso plano reencarnatório, colocamos as provas e reencontros, as cobranças e os reajustes através dos quais, fortalecidos pelo amor, pela tolerância e pela humildade, buscaríamos nossa elevação espiritual, a caminho da Luz. Pela misericórdia de nosso Pai Celestial, nos foram dadas condições para atenuar essas quedas, tornar menos contundentes esses buracos, enfim, de diminuir nosso sofrimento pela evolução de nosso espírito. Assim, muito dependerá de nós mesmos - de nossos sentimentos, de nossos pensamentos, de nossas ações e de nossas palavras - aliviar o nosso Carma, conscientemente analisando as reais consequências das escolhas que fizermos em nossa jornada. Ou, caso contrário, se não quisermos evoluir, aumentamos nosso carma e passamos por maiores dores.
Quando vemos um pai que castiga seu filho por um erro que este cometeu, isso não significa que aquele pai não tem amor pelo filho. Na verdade, isso mostra que o pai está preocupado com a caminhada do filho, e está sendo enérgico da demonstração dos erros. Na nossa jornada, nosso carma é fruto dos nossos próprios erros, e é por eles que, pela Lei do Retorno, temos nossos sofrimentos. Assim, as dificuldades por que passamos são as reparações de nossos erros do passado, e não significam que Deus não nos ama. Ele, apenas, nos ensina e nos dá a oportunidade de os repararmos.
Na carta de Paulo aos Gálatas (6, 7) nos é dito: “Não vos iludais. De Deus não se zomba. O que o Homem semear, isso colherá!”
Quando se usa a mediunidade dentro da Lei do Auxílio, nos juntando a grupos que realizam trabalhos evolutivos, são geradas forças que transmutam as ligações cármicas, e passamos a ter todas as condições para nossa auto-transformação, alterando de forma positiva nosso carma, isto é, melhorando as condições físicas, morais e espirituais de nossa encarnação, amenizando nossos vínculos com o passado e beneficiando a muitos irmãos, encarnados e desencarnados.
Quando, de alguma forma, fazemos o mal, agindo sob o impulso de falsos conceitos, fora da conduta doutrinária, quando usamos qualquer meio para prejudicar alguém física ou moralmente, estamos agravando nosso carma, nossas dificuldades.
É no Centro Coronário que se originam as manifestações e os registos que marcam nossa sensibilidade e envolvem, no físico, nossa atuação em encarnações passadas, refletindo-se no presente - nosso carma. Pela manipulação de energias, o Centro Coronário emana fluidicamente a alma, alimentando-a com irradiações energéticas, estimulando, vitalizando, gerando o BEM e o MAL, formando o carma pelas consequências felizes ou infelizes de nossos atos, pensamentos e palavras...
Há várias maneiras de nos colocarmos num sistema evolutivo de vida. Na Doutrina do Amanhecer encontramos um imensurável repositório de forças desobsessivas, e aprendemos a manipulá-las harmoniosamente, em trabalhos e rituais, de forma progressiva, atenuando nosso carma e beneficiando a todos, fazendo com que, pela nossa evolução espiritual, possamos nos libertar dessas influências transcendentais.
O carma não é castigo e, sim, uma forma de evolução, de aprendizado para o nosso espírito encarnado. É o nosso reajuste connosco mesmo e com a Espiritualidade Maior. Quando vivemos as várias experiências de uma existência, nossa consciência as regista de forma imperecível, no perispírito, passando-as para nosso espírito e compondo o carma de uma nova reencarnação.
A Lei do Carma ou de Causa e Efeito é regida pelo princípio de que a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória, isto é, a cada ação nossa, a cada maneira de ser, corresponde uma reação proporcional que retorna para nós mesmos. Quando cometemos um mal contra alguém, não é suficiente pedirmos perdão, pois a ação que praticamos causou um ferimento espiritual e gerou nosso comprometimento com alguém, o que nos enquadra na Lei de Causa e Efeito, a Lei do Carma, que nos rege tudo e a todos.
Na Epístola de Paulo aos Gálatas (6-1 a 5) há o ensinamento: Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o com espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também tentado. Levai as cargas uns dos outros e, assim cumprireis a lei de Cristo. Porque, se alguém julga ser alguma coisa, não sendo nada, a si mesmo se engana. Mas prove cada um o seu labor e, então terá motivo de glorificar-se unicamente em si e não em outro. Porque cada um levará o seu próprio fardo.
Temos que aprender a reconstruir nossa vida em função do conhecimento de nossa jornada cármica, buscando melhorar nosso relacionamento pessoal, profissional, amoroso e familiar, considerando passageiras todas as situações adversas e inquietações que nos aflijam; trabalhar na Lei do Auxílio independentemente de questões físicas ou materiais; projetar de forma positiva as forças do amor, da tolerância e da humildade, buscando o equilíbrio e a harmonia com os nossos Mentores.
Devemos nos policiar, sempre atentos à nossa consciência, entendo e aceitando as dificuldades que enfrentamos, prestando atenção nos quadros que nos envolvem, mantendo inalterada nossa intenção de progredir, sabendo que o futuro está sendo construído no presente, e estamos sujeitos, permanentemente, à ação de obsessor e cobradores que procuram nos desviar para os abismos ameaçadores de nossa estrada.
Tia Neiva fez muitas cartas individualizadas, esclarecendo a jornada de cada um, para melhor orientação e consciencialização dos reajustes cármicos. Eis um exemplo, em que o nome do destinatário foi oculto: Salve Deus, meu filho (....)! Você é um espírito espartano que se destacou pela força e coragem. Percorreu as planícies macedónicas na conquista de novos mundos e civilizações. Em Roma, foi Centurião, e impunha respeito pela força. Fez muitas desordens no Egito, provocando a queda da rainha e exterminando com a civilização egípcia. Na França, participou ativamente na batalha da queda da Bastilha. Quando Cigano, acompanhava Natacha e era, então, inteligente, astucioso e muito dinâmico. Foi deportado, no império de Dom Pedro, quando se perdeu nas desapropriações de direitos, desviando-se de suas obrigações e responsabilidades. Veio, então, no Angical, onde foi severo senhor de escravos, homem de grande fortuna e inteiramente voltado para os vícios e prazeres mundanos, jogos, bebidas, danças e roubos. Gostava de conquistas amorosas, sendo o causador de desajustes em muitos lares, e a cada dia destruindo seu próprio lar. Teve que fugir e abandonar toda a sua riqueza, porque, na Abolição, os negros libertos, que tanto haviam sofrido em suas mãos, queriam matá-lo. Sempre foi um espírito de fortuna e até hoje não se conforma com a riqueza perdida. O que possui é concedido pela Providência. Procure não fazer inimigos, para não aumentar sua bagagem cármica. Destruiu toda a sua família e, por isso, sua principal missão, hoje, é se recuperar e se reajustar com seus familiares, que são os mesmos do passado. Procure cultivar e conservar tudo aquilo que Deus lhe concede a cada instante e, com a força do seu amor, vencerá mais esta batalha difícil do seu carma. Pai Seta Branca está lhe dando especial assistência e proteção, para que possua sempre, em seu íntimo, a paz e a tranquilidade, mesmo em meio às dificuldades que são comuns a todos nós que peregrinamos na Terra. A Mãe, em Cristo Jesus, Tia Neiva.
Pela força do nosso carma, muitas vezes nos aproximamos de alguém e sentimos um impacto desagradável, apesar de ser um primeiro encontro – pelo menos nesta vida! – e não entendemos essa estranha sensação de antipatia. É fruto da situação cármica, vibratória, que nos envolve na presença de um outro espírito com o qual termos reajustes a fazer, base desse fator muitas vezes avassalador que nos torna antipáticos sem qualquer motivo aparente. Isso é fato comum em nossa jornada, e precisamos estar atentos para contornar a situação sem agravar os atritos e, por conseguinte, agravar o nosso carma.
Tia Neiva sempre nos ensinou que, ao trabalharmos na força da Alta Magia, recebemos uma força magnética extra que nos ajuda em nossas passagens cármicas.
Deus não castiga nem premia. Dentro desta vida, nossos atos, são praticados por nós mesmos. Nós nos auto-punimos, nos auto-castigamos, nos auto-elogiamos e nos auto-engrandecemos.
É preciso perceber que o orgulho e a vaidade nos levam a nos colocarmos em posições, às vezes, querendo substituir o próprio Deus. Mas devemos nos lembrar que não foi Deus quem fez isto ou aquilo, mas nós é que estamos fazendo a partir da obra que somos deste próprio Deus.
O limite de nossa ação é a nossa própria vida. Ninguém recebe além daquilo para que foi preparado para fazer. Todos nós temos o nosso roteiro de vivência e nada acontece por acaso, senão pela atração do charme e das linhas cármicas. Tudo está programado em nossas vidas.
Nada há que nos faça deixar de recorrer a Deus pelo fato de estarmos em falta, porque Deus é bondade e só nos traz a luz. A todo momento podemos recorrer a Deus, porque, sem a energia divina, deixaremos de existir.
Mas é preciso abrirmos a oportunidade para que esta energia se manifeste. Se fecharmos os olhos de nossa alma e não estivermos conscientes deste Deus, a energia não penetrará em nós! (...)
O que vamos fazer no futuro depende do que estamos fazendo agora. Então, a Eternidade está sendo vivida neste instante. Tudo que quiserem, tudo que desejarem alcançar, poderão pedir a Deus neste instante.
Vamos, pois, cuidar da nossa vida com esmero. Temos um sistema planetário, herança transcendental, coisas verdadeiras trazidas para nós, às quais teremos que corresponder.
Vamos viver, portanto, com intensidade, porque nós poderemos modificar todo o nosso destino, numa concentração dentro de um processo evangélico como, por exemplo, uma Contagem. (...)
É com o coração que nós temos que aprender. Não adianta mergulhar mais fundo do que aquilo que podemos ir. Temos que saber qual é o nosso tamanho. E não esqueçamos, nunca, que enquanto não liquidarmos com as coisas que estão ao nosso alcance, as coisas do nosso carma, não entenderemos a voz de Deus, que nos fala através de mil mensagens a cada dia!” (Mestre Tumuchy)

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Conduta Doutrinária

Conduta Doutrinária 
Salve Deus!
A Conduta Doutrinária, a própria palavra indica, é "conduzir-se de acordo com a Doutrina".
A nossa Doutrina então tem o aspecto ritualístico, tem o aspecto filosófico, e tem o aspecto moral, certo? Muito bem, então o Médium tem todas as referências, tem todos os pontos de indicação para o seu comportamento, para a sua conduta.
Você quer se conduzir de quê maneira? Você quer ser isso, quer fazer aquilo, você tem essa intenção, tem aquela intenção, não importa, não importa. Você tem já um hábito, você tem situações, problemas anteriores, condutas anteriores, resultados de condutas anteriores, enfim, tem a soma da sua vida.
Agora, a partir do momento que você se torna Médium desta Corrente, você tem uma maneira de aferir, de comparar o seu comportamento, entendeu? Você pensa assim, bom, como é que eu faço naquele caso, naquela dívida daquele homem, como é que eu faço, aquela ofensa que o sujeito me fez, como é que eu faço em relação a isso ou aquilo, aquelas mil perguntas que você se faz para você decidir a sua vida, você tem um ponto de referência pra saber o que é o certo e o que é o errado, então você se conduz de acordo com a Doutrina.
Agora, a Doutrina não tem um policiamento da sua conduta, não tem nenhuma, ninguém vai atrás de você pra saber se você fez certo ou errado, ou, não compete a essa Doutrina te corrigir, ela apenas te dá a indicação do que é o certo e do que é o errado.
Agora, há uma certa confusão da Conduta Doutrinária, em termos da Conduta Ritualística, da Conduta Mediúnica, da Conduta, vamos dizer assim, do comportamento técnico dentro da Corrente.
Então, muitas pessoas pensam que Conduta Doutrinária é só a maneira correta de se vestir, de fazer seu Ritual, de fazer as coisas.
Isso também é Conduta Doutrinária, mas não é somente isso que é a Conduta Doutrinária.
A Conduta Doutrinária é realmente todo o conjunto da vida da pessoa, em relação a uma Doutrina que é completa e que é perfeita.
Isso que é preciso entender, e eu tive essa oportunidade de responder a essa pergunta ao pessoal de um Templo, que me fizeram essa pergunta dividida em várias perguntas, e eu vi que havia muita confusão.
Conduta Doutrinária não é só marchar direitinho, ter o Uniforme, feito um Soldado, mas é conduzir sua vida de acordo com uma Doutrina que existe, certo?
E uma Doutrina que ensina, inclusive dentro da Doutrina e da própria Conduta Doutrinária, a não corrigir ninguém, não olhar o comportamento dos outros, mas olhar o seu comportamento, não olhar o cisco que está no olho do seu irmão, e não enxergar o pau que está no seu olho, a tora que está no seu olho, isso é Conduta Doutrinária.
Conduta Doutrinária é que ensina você a diferença que há entre Amor e Desamor, você sabe perfeitamente o que é Amor, porque a Doutrina te ensina com toda clareza.
E você sabe quando você age com Desamor, você sabe quando você, por exemplo, se aproveita do relacionamento que é estabelecido pela sintonia, pela irmanação que você faz dentro da Corrente, dos encontros, das situações, você sabe quando está se conduzindo certo ou errado.
Então, ter uma Conduta Doutrinária, é pautar, é conduzir, é se comportar de acordo com aquilo que a Doutrina nos ensina. E ela nos ensina não só pelos textos, como por exemplo, o Evangelho que nos fala do Amor Incondicional, a Tolerância, a Humildade, ela não nos ensina só por isso, ela nos ensina pelos exemplos todas as horas, o dia inteiro, em qualquer contato que o Médium tenha com essa Corrente, ele vê acontecer as coisas, a maneira como as pessoas agem, não agem, como reagem, vê a maneira do comportamento, vamos dizer assim, como é que a Clarividente conduz a sua Missão, vê como é que os Mestres trabalham, vê como é que os Clientes reagem diante...
Tudo isso são lições o dia inteiro, a qualquer momento, a qualquer hora, em que você determina o que é uma Conduta Doutrinária com clareza. Agora, você determina para você, e você se comporta ou não!
Quando você sai fora daquilo que seria a Lei do Amor, da Tolerância, da Humildade, e principalmente no seu relacionamento com as Entidades, principalmente no seu relacionamento, por exemplo, qual é o seu comportamento como Médium, a sua Incorporação, a sua autenticidade, a assimilação de uma Mensagem, a maneira como você se entrega ao Trabalho, a maneira como você procura se desapegar dos seus próprios orgulhos, das suas interferências pessoais, tudo isso é Conduta Doutrinária, entenderam?
Então, é preciso entender bem isso, que não é simplesmente como está sendo interpretado, falar os textos direitinho, usar o uniforme direitinho, cumprir todos os rituais direitinho, só isso não basta! É uma Conduta! Quer dizer, é a maneira como você se conduz, e abrange todos os atos de sua vida!
O Mestre perguntou: "Mas quando você está sem uniforme, fora daqui...". Perfeitamente! Você é um Iniciado! Você é um Ungido, você é um Sacramentado, você conduz dentro de você toda aquela Energia, aquela Força, toda aquela Sintonia com os Planos Espirituais, você está irradiando, você está recebendo, mesmo que você não esteja consciente, em qualquer ato da sua vida fora daqui!
Então, se você, por exemplo, resolver dar mau exemplo, entrar num botequim, tomar uma cachaça, o outro de lá vê assim: "é Médium da Corrente, esse aí é Médium lá da Tia Neiva, tá aí bebendo...", ou o Médium que foi utilizar a sua Indumentária pra pular no Carnaval, coisas dessa natureza, assim absurdas, mas tem outras coisas menores que não são tão absurdas, e que determinam uma Conduta.
Agora, a Corrente não vai controlar sua vida, ninguém controla sua vida, você é o único e exclusivo responsável pelos seus atos!
Salve Deus!
Mário Sassi – 1º Mestre Sol
Trino Tumuchy