DELFOS
(Oráculo
de Delfos)
Localidade
da Fócida, na Grécia, situada na encosta sul do monte Parnaso,
Delfos tornou-se um centro religioso dois mil anos antes de Cristo.
O
primeiro Oráculo ali instalado foi o de Ge (a Terra), e foi
crescendo em importância até que no século VIII antes de Cristo
tornou-se enormemente influente com o Templo de Apolo e suas
pitonisas, que eram procuradas por reis, nobres e cidadãos comuns
vindos das mais distantes regiões, buscando, nas previsões das
pitonisas, orientações e decisões para guerras, casos de amor e de
negócios, fundação de colônias, novos cultos, purificação de
criminosos e outros variados assuntos.
As
respostas eram dadas por uma pitonisa que se preparava fazendo
fumigações de louro e cevada, bebendo água da fonte de Cassótis,
e sentava em um tripóide, banco de ouro com três pernas, sobre uma
pedra redonda, dividida em três, tendo em cada parte uma fenda por
onde passava uma fumaça de origem vulcânica, vinda do adyton, parte
inferior do Templo de Apolo, que era aspirada pela pitonisa, fazendo
com que entrasse em êxtase mediúnico. Os oráculos proferidos pela
pitonisa eram então, se necessário, interpretados pelos sacerdotes.
Para
que aguardassem serem atendidos, os reis construíram vários
minipalácios no caminho para o Templo de Apolo - a Via Sagrada -,
erguendo monumentos e depositando tesouros que, com o tempo, se
perderam. Até hoje existem as ruínas do Templo, a pedra circular,
ruínas dos palácios, sendo o mais conservado o dos Atenienses.
Existe
o anfiteatro onde se faziam os julgamentos das pitonisas novatas,
pois, como o poder delas era muito grande, quando desconfiavam que
estavam diante de uma mistificação, submetiam-nas ao julgamento. Se
não conseguissem provar seus poderes, eram imediatamente atiradas a
uma corrente de água que caía pelo despenhadeiro.
Foi
num desses julgamentos que Pytia, encarnação de Tia Neiva,
produziu, pela primeira vez, o fenômeno do rufar dos tambores. Entre
a entrada do Templo e o anfiteatro existe um caminho, onde os guardas
se postavam com tambores.
A
cada passo que a pitonisa a ser julgada percorria, rufava um tambor
onde ela passava, de modo que o povo reunido no anfiteatro percebia
sua aproximação. Quando Pytia estava diante de seus juizes, provou
sua força fazendo com que, independentemente dos soldados, todos os
tambores rufassem ao mesmo tempo, sendo, então, reconhecidos seus
poderes.
Esse
fenômeno ela reproduziu em Atenas, quando comprovou seus poderes a
Leônidas, para libertar a Rainha Exilada, como se revive no
Turigano.
O
culto a Apolo era interrompido no Inverno, quando Apolo ia para os
Hiperbóreos, ficando em seu lugar Dionísio. Os Hiperbóreos eram,
segundo os gregos, “um povo que habitava além do Vento Norte”,
numa região de Paz e Sabedoria, até hoje não localizada. Eram os
condutores das forças de uma das Sete Raízes formadas pelos
Capelinos na Terra.
Em
Delfos, Pytia consagrou Alexandre Magno e suas tropas, dando-lhe o
título de “O Invencível”.
De
Delfos, Pytia organizou as Falanges Missionárias de Yuricy, Jaçanãs,
Muruaicys e Dharman Oxinto, após a instalação da Cruz do Caminho
no Delta do Nilo.
Segundo
os historiadores, havia em Delfos uma grande pedra - omphalos -, que
marcava o centro do mundo, que desapareceu. Com o passar dos séculos,
pela ação destruidora de terremotos e saqueadores, pouco resta do
antigo esplendor de Delfos.
No
Templo estavam escritas sentenças dos Sete Sábios - Tales de
Mileto, Pitaco de Metilene, Brias de Priene, Sólon, Cleóbulo de
Lindos, Míson de Cene e Chilone de Lacedemônia -, os sábios gregos
que possuíam no mais alto grau o que os gregos chamavam de
Sabedoria. Entre as sentenças gravadas, destacam-se “Conhece-te a
ti mesmo” e “Nada em excesso”.
Dentro
da missão de preparar o caminho para Jesus, as pitonisas de Delfos
se entregaram às suas funções com amor e muito zelo. Levavam uma
vida de castidade e orações.
De
modo geral, eram recrutadas entre as sacerdotisas de Apolo. Com o
advento do cristianismo, Delfos foi perdendo seu poder, e a última
mensagem do Oráculo dizia: “Chorai, trípodes! Apolo é mortal...
E ele sente morrer sua chama passageira... O fogo sagrado do Eterno
eclipsa sua débil luz!...”
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