Deixando
a Egea, os Hebreus de deslocaram, cerca de 2000 AC, para a Palestina
e depois para o ocidente, indo para o Egito, onde foram aprisionados
e mantidos como escravos até o século XIII AC, quando Moisés,
revoltando-se contra a degeneração dos sacerdotes egípcios, entre
os quais fora educado como um príncipe, conseguiu a libertação das
tribos e seguiu para a Terra Prometida
Moisés
foi o líder que deu às antigas religiões dos Hebreus uma
unificação sólida – o Judaísmo. Iniciado na linha egípcia,
Moisés era um espírito elevado e receptivo das forças cósmicas, e
teria recebido no monte Sinai as Tábuas da Lei, com os dez
mandamentos que se tornaram alicerces da Lei Mosaica, que denominamos
a Velha Estrada, porque obedecia, ainda, a velha lei do “olho por
olho, dente por dente”, excluindo o amor, a caridade e a
misericórdia.
Moisés
definiu que o único deus das 12 tribos hebraicas seria Jeová,
instituindo uma monolatria a ser seguida pelos “filhos de Israel”,
componentes dessas tribos, que passaram a se denominar “judeus”.
Surgiu a Arca da Aliança, considerada o trono de Jeová, que era uma
caixa de acácia, com 1,25 m de comprimento e 0,75 m de largura e
altura, revestida em ouro, coberta com uma tampa de ouro que
sustentava dois querubins.
Em
seu interior havia um instrumento intergaláctico, junto ao qual
Moisés depositou as Tábuas da Lei, e se tornou um grande mistério,
além de ser considerado objeto sagrado, que não podia ser violado e
nem ser tocada, e, por isso, era conduzida, quando necessário, sobre
varais. Era portadora do poder de Deus, e ficava isolada em uma
tenda, só podendo ser manipulada sua força pelo sumo sacerdote.
Com
a partida de Moisés e suas 12 tribos do Egito, tem início a grande
raiz hebraica, que concentrou a linha principal do Sistema Crístico,
fazendo a confluência de linhas para a Palestina, preparando a
chegada de Jesus.
Essa
linha segue através das eras como relatado nos livros que compõem a
Bíblia, especialmente no Velho Testamento. Em torno de 1200 anos AC
se completa a conquista da Palestina, a Terra Santa proclamada por
Moisés, e se inicia nova fase para aquele povo, que deixa sua
natureza nômade e se estabelece com atividades sedentárias
agrícolas e pastoris.
As
idéias sobre Jeová se adaptaram, e o centro do judaísmo passou a
ser Jerusalém. Ao mesmo tempo, as tribos ainda não unificadas
integralmente em torno de Jeová cultuavam outros deuses.
Agricultores adeptos do baalismo, faziam cultos a diversos deuses
agrícolas. Salomão, no século X AC, fez um dos mais brilhantes
governos do povo judeu e construiu um imponente templo onde foi
guardada a Arca da Aliança, num local velado, denominado “Santo
dos Santos”.
Do
magnífico Templo de Salomão existe, hoje, apenas uma ruína que é
conhecida como o Muro das Lamentações, local sagrado para os
judeus. Quando Salomão morreu, os hebreus se dividiram em dois
grupos: Israel, ao Norte, e Judéia, ao Sul.
Em
722 AC, as dez tribos que compunham Israel foram destruídas pelos
assírios e, embora constantemente atacada, a Judéia, incluindo as
tribos de Judá e Benjamim, conseguiram manter a linha dos hebreus.
Em
586 AC, os hebreus tinham sido expulsos de Jerusalém, caída em
poder dos babilônios, e surgiram os grandes profetas, que
reformularam a religião hebraica, dando-lhe caráter monoteísta e
combatendo os sacrifícios de animais, alegando que o sacrifício
verdadeiro deveria ser manter um espírito obediente e um coração
contrito.
Em
538 AC, Ciro, o grande rei persa, tomou Jerusalém e a devolveu aos
judeus, que já tinham evoluído em sua visão de Jeová, que passou
de Deus de Israel para ser o Criador, Deus de toda a Humanidade, e
foi abolido o politeísmo. Pelos profetas, firmou-se a idéia da
chegada de um Messias salvador que iria restaurar a nação judaica,
bem como da ressurreição geral no dia do Juízo Final.
No
século IV AC, Alexandre Magno estabeleceu um século e meio de
domínio da linha Grega sobre Israel, influenciando muito o povo
hebreu. Em 168 AC, Judas Macabeu iniciou revolução que, em 141 AC,
estabeleceu um Estado judeu independente, que se manteve até 63 AC,
ano em que os romanos, liderados por Pompeu, conquistaram aquelas
regiões do Oriente. A língua hebraica tinha uso muito restrito,
praticamente usada em orações e rituais, sendo popular o aramaico –
usado por Jesus e seus discípulos – e o grego, falado pelos mais
instruídos.
Quando,
em 70 AC, os romanos destruíram Jerusalém e o seu Templo, os judeus
já tinham solidificado sua base religiosa – o Tora, a Lei revelada
– constituída pelos cinco primeiros livros - o Pentateuco -
do Velho Testamento, compreendendo o Gênesis (relatando a criação
do mundo), o Êxodo (conta a saída dos hebreus do Egito), o Levítico
(que estabelece a organização do culto), o Números (fazendo o
recenseamento dos hebreus) e o Deuteronômio (um resumo das leis e
instruções de Moisés); pelos Livros dos Profetas e pelo Kethubim,
escritos diversos que completam o Velho Testamento.
O
Templo de Jerusalém, em sua terceira reconstrução (em 64 da era
Cristã foi totalmente arrasado), era o centro de reuniões, das
peregrinações e das orações, sendo usado pelos doutores da Lei,
por cambistas e mercadores, e nele se faziam sacrifícios de animais.
Imensa construção, a parte mais sagrada era o Sancta Sanctorum, uma
câmara vazia, simbolizando a presença invisível de Deus, contendo
apenas uma pedra, sobre a qual o sumo sacerdote acendia um incenso,
um dia por ano, no Dia da Expiação, consagrado ao jejum e à
oração. Formaram-se grupos religiosos, como Fariseus, Saduceus,
Zelotas e Essênios, estes unificando a raiz hebraica que nos chegou
com Jesus, o Caminheiro.
Os
Essênios formavam uma irmandade de vida ascética e comunitária que
se estabeleceu na região do Mar Morto, praticando o culto que Éssen
aprendera com Moisés e dos Santos Anjos, e faziam uma oração
matinal voltados para o Sol. Não participavam dos cultos no Templo
de Jerusalém e não faziam sacrifícios de sangue. Seguiam uma
doutrina esotérica e seus membros eram admitidos por uma Iniciação,
feita após longo período de provas e um juramento.
Jesus
recebeu a Iniciação dos Essênios. O povo judeu tinha uma
esperança: a chegada do Messias, que os libertaria, e, assim, quando
um pregador asceta – João Batista – anunciou, no ano 29, na
Judéia, que Jesus era esse enviado de Jeová, a maioria se
convenceu, e começaram a seguir Jesus e ouvir Suas idéias
assombrosas.
No
Sermão da Montanha, receberam toda a Doutrina Crística, quando
Jesus disse que não viera para abolir as Leis Mosaicas, mas sim
completá-las, e que seu reino não era deste mundo. Estavam confusos
e desapontados com aquele Messias, que aconselhava amar os inimigos
em lugar de providenciar a destruição dos romanos.
Gente
simples O amava, mas era odiado pelos ortodoxos, que diziam ir Jesus
contra a Lei Judaica. Os apóstolos de Jesus viveram e aprenderam
toda a Doutrina, de modo que, quando sob a acusação de
revolucionário e blasfemo, Jesus foi crucificado, continuaram a
difundir Suas idéias. Foram escritos os Evangelhos (que significam
Boa Nova), base do Novo Testamento, em que constam também as
diversas epístolas de Paulo, sendo estruturada a religião cristã,
que sofreu algumas derivações através do tempo e do espaço, mas
com sua raiz de verdade e de amor na rápida passagem do Divino e
Amado Mestre Jesus.
1 comentário:
SALVE DEUS!
EST A PÁGINA ESTÁ MUITO COMPLETA E EU QUE GOSTO TANTO DE LER.
GRATA POR ESTAS BELAS LEITURAS
SALVE DEUS E GRAÇAS A DEUS
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