Cada
espírito tem características, objetivos, tendências e preferências
que são somente seus, e para retornar ao TODO DIVINO necessita
apagar sua individualidade, isto é, desindividualizar-se, o que lhe
é propiciado pelas encarnações, em sua adaptação ao corpo
físico, cujas manifestações se fazem pelo processo sensorial de
estímulo-resposta, chamado alma.
No
macroplexo ou plexo etérico, o espírito atua no Homem, sobre a alma
e através dela.
Como
não podemos conhecer o espírito em sua essência, ele se reveste de
energias que o tornam perceptível e cognoscível, tomando forma,
embora não percebida por nossos sentidos, formando organismo
homogêneo, uma película subcutânea, que desempenha todas as
funções da vida psíquica ou da vida fora do corpo, com
sensibilidade extrasensorial, à qual denominamos perispírito.
O
perispírito é a sede da alma e carrega todas as funções
psicossomáticas do ser humano, só que com uma vibração muito mais
ampla, e molda todas as características da individualidade do Homem.
Arquiva os pensamentos produzidos, preparando-os para se tornarem
realidade conforme a intensidade de sua estruturação, e também
arquiva as experiências vivenciadas, que alteram o modo de vida da
pessoa.
Embora
o perispírito registre todas as nossas ações, não influencia o
sistema nervoso.
Quando
se dá a concepção, aquele espírito que vai reencarnar inicia seu
sono cultural, fase de desassimilação, onde toda a memória se
apaga, e que se prolonga até o feto completar três meses, quando
ele vai despertando à medida em que aperfeiçoa seus sentidos
terrenos. É colocado em torno do corpo, sob a pele, razão pela qual
é denominado perispírito, revestindo-se da mesma substância da
alma, dela se diferenciando por ter uma herança transcendental,
enquanto a alma tem, apenas, a herança de uma encarnação.
O
espírito se prende ao corpo físico pela fagulha divina. A criança
nasce e dá expansão aos seus sistemas sensoriais e começa a
acumular informações, alimentando seu corpo e sua alma com a
manipulação das forças telúricas. Traz toda a experiência e os
mecanismos de defesa necessários à vida terrestre.
Com
seu corpo preparado pela codificação genética impressa em seu
perispírito - sua herança biológica – que lhe proporciona
vacilações e conflitos originados por seus erros e má conduta em
suas vidas passadas, o Homem inicia sua jornada, submetendo-se às
leis da Terra, sob ação das forças do mundo psicofísico, e onde
irá encontrar cobradores em seu redor, especialmente em seu próprio
lar, e as dificuldades que fazem parte de suas provações aceitas no
seu plano reencarnatório. Em sua mente e na sua consciência
começarão a agir variadas forças, produzindo fenômenos de
vibrações eletroquímicas que interagem com seus neurônios,
provocando suas reações que irão refletir sua condição moral,
afetiva e espiritual diante do seu carma. Recebe energias de suas
origens, que só serão identificadas a partir do despertar de seu
“Eu” (*) para a conscientização de seu espírito e efetivo
resgate de seus erros do passado.
Assim,
o Homem, liberto de suas formas animais, conquista sua autonomia, mas
está contido por suas responsabilidades morais, por seus deveres e
obrigações consigo mesmo e com a sociedade em que vive. Nasce,
cresce, muda de um lugar para outro, faz amizades, vive paixões,
chora, ri, ama, faz o bem ou o mal, resgata ou contrai dívidas
transcendentais, agindo e reagindo dentro do livre arbítrio, de
acordo com sua consciência e seus conhecimentos. Em seus encontros e
desencontros, desde os atos mais simples aos mais importantes, está
envolvido um complexo mecanismo que se modifica a cada momento, pela
decisão que toma aquela pessoa. Se a decisão é correta, em
harmonia com o planejado em seu plano reencarnatório, o resultado é
bom, causando bem estar e conforto espiritual e mental; mas, se a
decisão é errada, o Homem sofre angústias, tormentos e dores,
experiências registradas no perispírito.
O
espírito rompe o neutrom (*), indo buscar energia em seu plano
evolutivo para se alimentar e, assim, também alimentar o Homem,
embora sofra as influências da alma e do corpo. A maneira como ele
recebe as decisões da alma é que determinam seu bom ou mau
aproveitamento da situação de encarnado.
Aprisionado
no perispírito, dentro da Lei de Causa e Efeito - o carma -, o
espírito se evolui através de incontáveis testes e provas.
Após
o desencarne, a alma e o perispírito formam o corpo astral.
(Veja:
Plexos, Espírito, Reencarne)
- “Na vida absoluta do espaço existem todas as formas que consistem o organismo humano, mas nem sempre se põem em ação.
Porém,
pela harmonia da corrente magnética do perispírito que, mesmo
seguro ao sistema nervoso do corpo, emite a alma e se põe em
movimento, se atrai e se comunica.
No
envolvimento da alma a outra se faz o perigo da volta. Sim, se esta
não estivesse presa ao magnético vital nervoso do corpo.
Este
mesmo processo encontramos na manifestação de uma alma a outra ou
baixando sobre outro corpo que não o seu, porém que emite carga
magnética e faz harmonia, quebrando as barreiras do neutrom.
Existem
muitas formas de manifestação dessas almas ou reencontros em planos
diferentes, ou manifestação com diferentes magnéticos.
Analisando
a filosofia do perispírito, levando em consideração o seu centro
de força, temos a saber que este é o mais poderoso, o mais
importante do corpo, tanto no invólucro terrestre quanto no
invólucro astral.
O
perispírito está sempre presente e não se inflama, não é tocado
pelos desejos do corpo como o é o centro nervoso da carne.
Os
hindus consideram o perispírito “rosário de pétalas”, por ser
o mais significativo em razão de suas células.” (Tia Neiva, s/d)
- “E falamos na manifestação dos espíritos.
Falamos,
falamos dos desencarnados e de suas manifestações, porque é pela
corrente magnética que o perispírito se comunica com a alma.
Muitas
vezes eu, neste plano, me assombro com certas manifestações, suas
expansões junto à matéria, isto é, atingindo o sistema nervoso,
na normalidade do todo emocional vibracional do Homem, em matéria e
perispírito.
Um
grande ódio do sexo oposto traz terrível desajuste nos dois planos,
principalmente em quem o projeta.
No
Homem se acentua uma complexidade de coisas, efeitos incomparáveis.
Porém,
o mais terrível de todos é a vibração de pessoas irrealizadas. O
fato é que existem muitos outros caminhos.
Quanto
mais elevado o padrão do Homem nestes carreiros terrestres, mais
originais e perfeitas vão se tornando as suas aberturas, que atingem
os reinos de toda natureza.
Tudo
isso contribuindo para o aperfeiçoamento da memória, da percepção.
Instintos
que vão se adaptando às irradiações do extrasensorial, na cota
extra da Humanidade, digo, em todas as partes de todos os reinos da
Natureza!” (Tia Neiva, s/d)
- “Sabemos que o perispírito retém, guarda, conserva a modalidade adquirida durante a vida corpórea do ser.
Cada
indivíduo imprime certa modificação à sua aura de conformidade,
também, com suas necessidades, de como ou onde vai reencarnar.
Vem,
então, dotado de sua força psíquica, quer em um quer noutro caso
de reencarnação ou volta da alma à vida corpórea.
A
força psíquica, quando chega a ser espírito humano - a alma -, tem
necessariamente gravada no perispírito todas as qualidades distintas
e caracterizadas, que são as condições absolutamente
indispensáveis à manutenção da vida para cada um: mais timidez,
mais audácia, tudo de conformidade à sua missão na Terra, porque a
alma humana é o produto da evolução da força através do reino de
sua natureza.
O
mundo é um hospital, onde a cura é a própria desobsessão, porque
a energia extra-etérica é átomo que se revela na aura.
Cada
indivíduo concorre para o caráter do seu grupo, que se compõe de
diversos graus, desde a variedade até a espécie.
Apesar
dos milhares de espíritos, tudo gera, se afina, na individualidade.
Nascer,
morrer, reencarnar... Progredir sempre, na sensação de fenômenos
diversos, físicos, abalos fisiológicos, a comoção nervosa, a sua
transformação no cérebro, o efeito, a reação orgânica de
atração ou repulsa de emoções.
Temos,
assim, o conhecimento fisiológico denominado consciência, que se
estabelece entre o eu e o não-eu.. Cada indivíduo é um cenário
diferente, porque age na individualidade. (...)
A
sede do amor está na alma.
Cada
criatura recebe de acordo com o que merece.
No
campo cerebral do corpo espiritual é que os conhecimentos se
imprimem, em linhas fosforescentes.”
(Tia
Neiva, s/d)
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