Muitas vezes Jesus coloca
diante de nós nossas vítimas do passado, obsessores e sofredores,
até mesmo um poderoso exu, para que possamos harmonizar aquela força
desordenada.
A elevação ou entrega
de um espírito sofredor ou obsessor ao Reino Central (*) é feita
pelo Doutrinador, após, através da doutrina, emitir o ectoplasma
que a Espiritualidade utiliza para dar o choque magnético naquele
espírito, e deve ser feita corretamente, sob o risco de não ser
efetivada.
O Doutrinador abre seu
plexo e estende os braços erguidos bem alto, de modo que suas mãos
ultrapassem sua aura, emitindo com firmeza a Chave de Entrega do
Sofredor:
Ó,
OBATALÁ! Ó, OBATALÁ!
ENTREGO,
NESTE INSTANTE, MAIS ESTA OVELHA PARA O TEU REDIL!
Esta Chave abre um canal
por onde é projetado aquele espírito. O médium de força nativa,
isto é, sem ser Iniciado, pode lançar um espírito até o Terceiro
Plano; o Iniciado pode elevá-lo desde o Quarto ao Sétimo Plano; o
Centurião o eleva acima do Sétimo Plano, sendo seu alcance variado
conforme sua força, que se amplia a cada passo iniciático ou
consagração que recebe.
Outro cuidado que o
Doutrinador deve ter no momento da elevação é com sua mente. Ele
tem consciência de que está projetando aquele espírito para um
plano superior que não conhece e, então, se faz necessário que
mentalize um portal de desintegração, uma elipse. Na Mesa
Evangélica é fácil, pois a elipse está no centro da Mesa. Em
outras situações, o mais indicado é mentalizar a elipse da Estrela
Candente, o maior e mais potente portal de desintegração de que
dispomos.
Há muitos riscos
envolvendo uma elevação mal feita. Se os braços não forem bem
erguidos, a descarga poderá ser feita dentro da aura do Doutrinador,
originando sérios inconvenientes para ele. Se na hora da elevação
a mente do Doutrinador não estiver concentrada, aquele espírito
pode ser lançado em outros caminhos, o que pesará nas costas do
Doutrinador, pois a ele cabe toda a responsabilidade da entrega.
Temos vários exemplos:
um espírito que perturbava o lar do casal que estava trabalhando no
Trono foi trazido e, após doutrinado, foi feita a sua elevação. Só
que no momento da entrega, o Doutrinador mentalizou seu lar, e para
lá encaminhou, de volta, aquele sofredor. Outro Doutrinador,
preocupado com a queixa de um paciente sobre problemas que estavam
acontecendo com seu carro, obra de um obsessor, ao fazer a entrega,
mentalizou seu próprio carro, onde foi se alojar aquele espírito.
Por isso, devemos sempre
estar alertas! Ainda desconhecemos a maior parte de nossa capacidade
mediúnica e, por isso, temos que buscar a técnica ideal para nossos
trabalhos.
Há momentos, como na
Mesa Evangélica é comum acontecer, em que o espírito não sobe com
a elevação. Há Doutrinadores que insistem, fazendo novas
elevações, temerosos de que aquilo signifique falta de força ou
desobediência daquele espírito ou, até mesmo, desequilíbrio do
Apará, que não solta o irmãozinho. Na realidade, a Espiritualidade
está apenas mantendo o espírito incorporado para que ele receba
ectoplasma de outra natureza, na doutrina e elevação de outro
Doutrinador. É um espírito que necessita dessa dosagem mais alta de
ectoplasma para que possa prosseguir sua jornada.
Outro ponto que deve
ficar bem claro é que, no caso de obsessores ou de grandes chefes de
falanges das Trevas que incorporam em algum trabalho, a elevação
pode não ser completada, e aqueles espíritos voltam ao lugar de
onde vieram, prosseguindo sua obra, porém com os benefícios do
choque magnético da doutrina.
Sempre que o Doutrinador
sinta que alguma coisa mudou na comunicação de um Espírito de Luz
incorporado, deve pedir licença e fazer sua elevação, consciente
de que é o responsável por tudo que acontece naquele trabalho.
Há casos em que o Mentor
se afasta e dá lugar a um cobrador, que passa a falar e manipular
exatamente igual ao Espírito de Luz, mas provocando confusão com
suas mensagens.
Quando o Doutrinador está
em perfeita sintonia com o trabalho, percebe a mudança. É o momento
da elevação. Caso esteja errado, pode ficar tranqüilo que a
entidade, vendo sua mente e seu coração, irá perdoá-lo pelo
excesso de zelo.
Na Elevação de Espadas,
o Doutrinador faz a elevação do Mentor do Apará, mas ali existe
apenas um trabalho conjunto, pois o Mentor aproveita a força da
elevação para retirar qualquer impregnação porventura existente
naquele plexo, que poderia prejudicar o efeito da consagração.
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