Muito
se tem falado sobre como o Jaguar deve ser enterrado. O Mestre
Tumuchy, em seu livro “O que é o Vale do Amanhecer”, cita o
velório iniciático, sem, contudo, fazer qualquer esclarecimento
sobre o assunto. Na verdade, o velório de um mestre ou de uma ninfa
do Amanhecer deve ser simples, mas temos que ter a consciência de
que é mais um trabalho que vamos fazer para ajudar àquele espírito
que está de partida. Cada um que ali comparece deve emanar o melhor
de suas forças para ajudar a elevação daquele espírito que ali
ainda está presente. Uma concentração de forças, emissão de
energia mental e perfeita harmonia, com a emissão de mantras, ajudam
muito àquele que ali se prepara para partir rumo à Pedra Branca.
O vestuário do mestre finado pode ser
calça marrom e camisa preta ou calça preta e jaleco branco, com a
fita. Para a ninfa, vestido branco com a fita. Nunca deverá ser
usada uma indumentária de ninfa ou de missionária. O colete pode
ser dobrado e colocado ao lado do corpo; jamais vestido.
Ao chegar o momento de iniciar-se o
sepultamento, antes de ser fechado o caixão, o mestre presente, de
maior hierarquia ou o Adjunto ao qual o médium pertencia, faz um
rápido comentário sobre o finado, e pede que se forme uma corrente,
com as pessoas presentes se dando as mãos. Faz, em seguida, o “Pai
Nosso”, ao fim do qual pede que se emita o mantra “Consagração
aos Mestres” (“Caminheiros de Jesus”). Terminado este mantra, o
caixão é fechado e se inicia a jornada para o sepultamento. Se
houver flores em buquês, estes devem ser desfeitos para permitir,
dentro do possível, que cada um dos acompanhantes leve uma flor,
individualmente, para ser colocada na cova.
A jornada é muito importante porque,
enquanto atravessa o cemitério para chegar ao local do sepultamento,
os acompanhantes vão distribuindo forças pela emissão dos mantras.
Essas forças atraem espíritos que estão ainda vagando entre as
tumbas, e muitos conseguem serem libertados, iluminados pela luz
emanada pelas vibrações de amor e paz produzidas pelos mantras e
flores, elevados pela força que recebem daqueles médiuns que estão
conduzindo o féretro.
Na hora do sepultamento, uma rápida
parada permite a última homenagem e carga fluídica em benefício do
falecido: de modo geral, faz-se a Prece de Simiromba e, se for o
caso, o canto da falange missionária a que pertencia o finado. As
flores são lançadas na cova, que é lacrada e põe fim ao ritual.
No que se refere aos mantras, não
devem ser emitidos os ritualísticos, dando-se a preferência a: Hino
do Doutrinador, Noite de Paz e Encantos do Amanhecer.
No Templo-Mãe a sirene é acionada,
de hora em hora, a partir das 10 horas, até a hora do sepultamento,
no dia do enterro. Antigamente era só no caso de médium daquele
Templo. Agora, é em auxílio do médium de qualquer outro Templo,
porque, ao ouvir a sirene, os médiuns fazem preciosa emanação de
força em benefício daquele espírito que desencarnou, vibração
muito importante para sua libertação.
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