quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Velório e Sepultamento


Muito se tem falado sobre como o Jaguar deve ser enterrado. O Mestre Tumuchy, em seu livro “O que é o Vale do Amanhecer”, cita o velório iniciático, sem, contudo, fazer qualquer esclarecimento sobre o assunto. Na verdade, o velório de um mestre ou de uma ninfa do Amanhecer deve ser simples, mas temos que ter a consciência de que é mais um trabalho que vamos fazer para ajudar àquele espírito que está de partida. Cada um que ali comparece deve emanar o melhor de suas forças para ajudar a elevação daquele espírito que ali ainda está presente. Uma concentração de forças, emissão de energia mental e perfeita harmonia, com a emissão de mantras, ajudam muito àquele que ali se prepara para partir rumo à Pedra Branca.
O vestuário do mestre finado pode ser calça marrom e camisa preta ou calça preta e jaleco branco, com a fita. Para a ninfa, vestido branco com a fita. Nunca deverá ser usada uma indumentária de ninfa ou de missionária. O colete pode ser dobrado e colocado ao lado do corpo; jamais vestido.
Ao chegar o momento de iniciar-se o sepultamento, antes de ser fechado o caixão, o mestre presente, de maior hierarquia ou o Adjunto ao qual o médium pertencia, faz um rápido comentário sobre o finado, e pede que se forme uma corrente, com as pessoas presentes se dando as mãos. Faz, em seguida, o “Pai Nosso”, ao fim do qual pede que se emita o mantra “Consagração aos Mestres” (“Caminheiros de Jesus”). Terminado este mantra, o caixão é fechado e se inicia a jornada para o sepultamento. Se houver flores em buquês, estes devem ser desfeitos para permitir, dentro do possível, que cada um dos acompanhantes leve uma flor, individualmente, para ser colocada na cova.
A jornada é muito importante porque, enquanto atravessa o cemitério para chegar ao local do sepultamento, os acompanhantes vão distribuindo forças pela emissão dos mantras. Essas forças atraem espíritos que estão ainda vagando entre as tumbas, e muitos conseguem serem libertados, iluminados pela luz emanada pelas vibrações de amor e paz produzidas pelos mantras e flores, elevados pela força que recebem daqueles médiuns que estão conduzindo o féretro.
Na hora do sepultamento, uma rápida parada permite a última homenagem e carga fluídica em benefício do falecido: de modo geral, faz-se a Prece de Simiromba e, se for o caso, o canto da falange missionária a que pertencia o finado. As flores são lançadas na cova, que é lacrada e põe fim ao ritual.
No que se refere aos mantras, não devem ser emitidos os ritualísticos, dando-se a preferência a: Hino do Doutrinador, Noite de Paz e Encantos do Amanhecer.
No Templo-Mãe a sirene é acionada, de hora em hora, a partir das 10 horas, até a hora do sepultamento, no dia do enterro. Antigamente era só no caso de médium daquele Templo. Agora, é em auxílio do médium de qualquer outro Templo, porque, ao ouvir a sirene, os médiuns fazem preciosa emanação de força em benefício daquele espírito que desencarnou, vibração muito importante para sua libertação.

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