segunda-feira, 30 de julho de 2012

Ectoplasma


Cada célula do ser vivo contém imensa variedade de características vitais e vibracionais, organizacionais no todo ou em partes específicas, que dependem das condições física, mental e vibracional do indivíduo.
O citoplasma corresponde à massa da célula, excluído o núcleo e a membrana, e é a região da célula onde se realiza a maioria das sínteses e das degradações bioquímicas que são próprias da atividade celular. É constituído por uma matriz com certa fluidez, percorrida por correntes líquidas que transportam lentamente várias categorias de inclusões celulares, sendo sua superfície exterior denominada ectoplasma.
Com o desenvolvimento dos estudos do Espiritualismo e da Parapsicologia, foi identificado um fenômeno de variadas intensidades que é desprendido pelo médium, de forma visível, e que é utilizado para diversas manifestações fenomênicas, que vão desde as mais simples até às materializações. Por entenderem que havia semelhança com as funções exercidas no citoplasma, essa ocorrência foi denominada como ectoplasma - ou fluído magnético animal.
O ectoplasma é produzido no organismo, sendo variável em teor, em qualidade e volume conforme as condições proporcionadas pelo indivíduo segundo as metas cármicas ou programas do seu espírito na Terra. É universal, porque todas as pessoas - espíritos encarnados - o produzem, constituindo-se na base do padrão vibratório e da manifestação mediúnica. Podemos até mesmo dizer que a finalidade principal da missão do espírito encarnado é a de fornecer, da forma mais purificada possível, o ectoplasma animal para uso da Espiritualidade.
Isso é conseqüência natural da evolução de cada um de nós. Renascemos para nos corrigir, para buscar ampliação dos nossos conhecimentos, para equilibrar nossos sentimentos e para aprendermos a caminhar nos caminhos do Bem. Dependendo das nossas condições vibracionais, vamos emitindo nosso ectoplasma de forma cada vez melhor, mais refinado e ativo.
Todos nós, encarnados, em determinada fase de nossas vidas, após termos completado o desenvolvimento físico, chegamos à necessidade de aprimorar nossa capacidade de produção ectoplasmática. É uma fase marcada pela inquietação, desassossego, pelos questionamentos, interrogações, as dores, as irrealizações, as insatisfações e as dúvidas. O maior ou menor grau desses inconvenientes varia de pessoa para pessoa, de acordo com suas condições para gerar ectoplasma e, com o progressivo desenvolvimento mediúnico, conseguem alcançar um nível de equilíbrio satisfatório.
Na atualidade encontramos essa situação até mesmo em crianças, o que indica a atenção que devemos ter na avaliação dos fenômenos mediúnicos para evitar muitos sofrimentos desnecessários.
De acordo com sua carga natural, dependendo das condições de seu Sol Interior, o ectolítero proporciona ectolítrio em natureza e níveis variáveis, influenciando a ectopia, a emissão do ectoplasma.
Quando equilibrado o Sol Interior, o médium tem plena capacidade de emitir seu ectoplasma portador de várias energias benéficas, seja um Apará ou um Doutrinador, sentindo-se realizado em sua jornada.
No caso de uma incorporação, as entidades manipulam o ectoplasma do Apará, que vai permitir a presença de um espírito – de Luz ou sofredor – de acordo com a natureza do ectoplasma animal emitido pelo médium. Essa condição que determina a maior ou menor facilidade de manipulação das entidades, da sua expressão e da manifestação de sua hierarquia. Verificamos isso nas muitas situações em que vemos Aparás simples, modestos, com vida material difícil, tendo a manifestação de uma entidade de elevada hierarquia. E é esse também o motivo da necessidade das culturas de ninfas e mestres para a incorporação de Pai Seta Branca ou de um Ministro, quando se processa o refinamento do ectoplasma por eles produzido.
Quanto ao Doutrinador, ele emite seu ectoplasma animal enquanto faz sua doutrina para um sofredor ou um cobrador, também quando participa de um trabalho, em qualquer posição, sempre de acordo com sua situação vibracional, colaborando com as forças da Espiritualidade nos diferentes níveis das manipulações.
Esse fator do ectoplasma explica o que Tia Neiva nos disse sobre a força dos nossos trabalhos. Quando nos afirmou que Deus não pára a guerra mas que a Cabala pode parar uma guerra, esclareceu que somente com o ectoplasma animal que nossa participação, em uma Unificação, levaria à Cabala, a Espiritualidade teria como agir em benefício de um conflito. E isso foi comprovado em várias crises internacionais, como na Guerra das Malvinas e, mais recentemente, no confronto do Líbano com Israel, em que a paz foi feita em seguida a uma Unificação realizada por nós, Jaguares.
Também, no caso recente da queda do avião em que morreram 154 pessoas, a Espiritualidade pediu que fizéssemos um trabalho para ajudar aqueles espíritos que, ainda atordoados pelo súbito desencarne, estavam presos naquele local amplamente divulgado pela mídia. Aproveitamos uma Contagem no Templo, num sábado, e com a emissão conjunta dos numerosos médiuns, orientados para aquela situação, forneceu-se o magnético animal que a Espiritualidade precisou para aqueles encaminhamentos.
Como fator de equilíbrio da energia mediúnica, o ectoplasma precisa ser sempre renovado. E isso se consegue pela atividade na Lei do Auxílio. Aquele que não dá vazão à carga ectoplasmática, tanto pela não integração em qualquer linha de trabalho espiritual, pela não aceitação de usar sua capacidade mediúnica, como também aquele que se afasta do trabalho mediúnico por muito tempo, fica sujeito ao acúmulo desta energia, gerando desequilíbrios e sérias insatisfações, bem como distúrbios neurológicos e doenças físicas graves.
Pelo trabalho no Sistema Crístico, o médium mantém o equilíbrio de sua concentração ectoplasmática e supera muitos problemas que seu programa cármico lhe reservaria.
A maioria das religiões, através de seus rituais, oferece condições para a emissão do ectoplasma, mas em pequenas quantidades por força de dogmas e preconceitos que abafam a maior parte das manifestações individuais.
Assim, aquela que seria uma via de vazão para a energia mediúnica se transforma em outro fator de frustração para o médium de média a alta capacidade de produção de ectoplasma.
Tudo isso decorre da confusão que se faz entre a alma transitória e o espírito transcendental, o que não ocorre na Doutrina do Amanhecer. Aqui apenas é adotado o desenvolvimento natural da capacidade mediúnica de cada um, proporcionando-lhe condições para que possa controlar suas forças e energias, disciplinado-as suavemente para que possam fluir pelos canais próprios, beneficiando o médium, trazendo-lhe tranqüilidade e paz, e, o que é mais importante, o conhecimento de todo este complexo sistema, sensível à percepção sensorial e extrasensorial.
Aprendendo a manipular e a refinar seu ectoplasma, o médium se purifica, se ilumina, se torna mais sutil e, pela maior vibracidade, vai alcançando mais fina sintonia com os planos espirituais, tornando sua alma mais receptiva às influências de seu espírito. A purificação de sua energia mediúnica abre, pela ação do ectolítrio, a sua percepção e proporciona o melhor funcionamento dos chakras.
O ectoplasma é o portador das energias emitidas pelo médium. Não é o seu canal de vibrações, mas sim das energias e forças efetivamente produzidas de acordo com as condições do Sol Interior do médium.
Tem que ser permanentemente aperfeiçoado, e por isso o cuidado que temos com o médium em desenvolvimento. Na sua primeira fase, em que se identifica sua mediunidade – se é um Apará ou um Doutrinador – ele vai sendo preparado para seu Emplacamento, após o qual poderá trabalhar numa Mesa Evangélica ou em um Trono, isto é, num local onde vai lidar com apenas um espírito e cada vez; faz suas aulas para a Iniciação, onde aprende a depurar seu ectoplasma, e recebe, na consagração, força extra-cósmica que vai permitir sua presença em todos os outros trabalhos do Templo; consagrado na Elevação de Espada, já está apto a todos os Sandays e à Estrela Candente, onde poderá aplicar plenamente seu potencial ectoplasmático. Vale chamar a atenção para o Trono Milenar, onde é necessário e até mesmo vital que os médiuns estejam plenamente conscientes de sua refinada ectopia, pois muito lhe será exigido pela entidade de alta hierarquia do Vale das Sobras com que irão se confrontar.
Esse potencial é, também, ampliado pelas consagrações que recebe em sua jornada na Doutrina, de acordo com a preparação recebida nos diversos cursos. Assim, consagrado Centurião, um mestre aumenta a qualidade da sua capacidade de ectopia, e essa escala é crescente acompanhando sua trajetória, até chegar a Arcano, quando já tem condições para ampla atuação em qualquer trabalho. Vale lembrar que, pela própria ação da personalidade, existem muitas consagrações feitas no plano físico, material, que não recebem sua correspondência no plano espiritual, e isso pode acarretar sérias conseqüências para a individualidade, uma vez que, na verdade, aquele médium não tem condições de emitir seu ectoplasma correspondendo àquela posição em que se colocou.
Uma atenção especial deve ter um Presidente de Templo do Amanhecer, levando conscientemente em conta as condições locais do Templo, dos seus componentes e preocupando-se com seu próprio potencial magnético animal, tendo em mente que não pode se deixar levar pela prepotência nem arrogância, buscando sempre ser exemplo de serenidade, paz e harmonia para aqueles que o seguem, a fim de aperfeiçoar, em todos, a qualidade do ectoplasma animal que irão emitir.

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