Cada célula do ser vivo
contém imensa variedade de características vitais e vibracionais,
organizacionais no todo ou em partes específicas, que dependem das
condições física, mental e vibracional do indivíduo.
O citoplasma corresponde
à massa da célula, excluído o núcleo e a membrana, e é a região
da célula onde se realiza a maioria das sínteses e das degradações
bioquímicas que são próprias da atividade celular. É constituído
por uma matriz com certa fluidez, percorrida por correntes líquidas
que transportam lentamente várias categorias de inclusões
celulares, sendo sua superfície exterior denominada ectoplasma.
Com o desenvolvimento dos
estudos do Espiritualismo e da Parapsicologia, foi identificado um
fenômeno de variadas intensidades que é desprendido pelo médium,
de forma visível, e que é utilizado para diversas manifestações
fenomênicas, que vão desde as mais simples até às
materializações. Por entenderem que havia semelhança com as
funções exercidas no citoplasma, essa ocorrência foi denominada
como ectoplasma - ou fluído magnético animal.
O ectoplasma é produzido
no organismo, sendo variável em teor, em qualidade e volume conforme
as condições proporcionadas pelo indivíduo segundo as metas
cármicas ou programas do seu espírito na Terra. É universal,
porque todas as pessoas - espíritos encarnados - o produzem,
constituindo-se na base do padrão vibratório e da manifestação
mediúnica. Podemos até mesmo dizer que a finalidade principal da
missão do espírito encarnado é a de fornecer, da forma mais
purificada possível, o ectoplasma animal para uso da
Espiritualidade.
Isso é conseqüência
natural da evolução de cada um de nós. Renascemos para nos
corrigir, para buscar ampliação dos nossos conhecimentos, para
equilibrar nossos sentimentos e para aprendermos a caminhar nos
caminhos do Bem. Dependendo das nossas condições vibracionais,
vamos emitindo nosso ectoplasma de forma cada vez melhor, mais
refinado e ativo.
Todos nós, encarnados,
em determinada fase de nossas vidas, após termos completado o
desenvolvimento físico, chegamos à necessidade de aprimorar nossa
capacidade de produção ectoplasmática. É uma fase marcada pela
inquietação, desassossego, pelos questionamentos, interrogações,
as dores, as irrealizações, as insatisfações e as dúvidas. O
maior ou menor grau desses inconvenientes varia de pessoa para
pessoa, de acordo com suas condições para gerar ectoplasma e, com o
progressivo desenvolvimento mediúnico, conseguem alcançar um nível
de equilíbrio satisfatório.
Na atualidade encontramos
essa situação até mesmo em crianças, o que indica a atenção que
devemos ter na avaliação dos fenômenos mediúnicos para evitar
muitos sofrimentos desnecessários.
De acordo com sua carga
natural, dependendo das condições de seu Sol Interior, o ectolítero
proporciona ectolítrio em natureza e níveis variáveis,
influenciando a ectopia, a emissão do ectoplasma.
Quando equilibrado o Sol
Interior, o médium tem plena capacidade de emitir seu ectoplasma
portador de várias energias benéficas, seja um Apará ou um
Doutrinador, sentindo-se realizado em sua jornada.
No caso de uma
incorporação, as entidades manipulam o ectoplasma do Apará, que
vai permitir a presença de um espírito – de Luz ou sofredor –
de acordo com a natureza do ectoplasma animal emitido pelo médium.
Essa condição que determina a maior ou menor facilidade de
manipulação das entidades, da sua expressão e da manifestação de
sua hierarquia. Verificamos isso nas muitas situações em que vemos
Aparás simples, modestos, com vida material difícil, tendo a
manifestação de uma entidade de elevada hierarquia. E é esse
também o motivo da necessidade das culturas de ninfas e mestres para
a incorporação de Pai Seta Branca ou de um Ministro, quando se
processa o refinamento do ectoplasma por eles produzido.
Quanto ao Doutrinador,
ele emite seu ectoplasma animal enquanto faz sua doutrina para um
sofredor ou um cobrador, também quando participa de um trabalho, em
qualquer posição, sempre de acordo com sua situação vibracional,
colaborando com as forças da Espiritualidade nos diferentes níveis
das manipulações.
Esse fator do ectoplasma
explica o que Tia Neiva nos disse sobre a força dos nossos
trabalhos. Quando nos afirmou que Deus não pára a guerra mas que a
Cabala pode parar uma guerra, esclareceu que somente com o ectoplasma
animal que nossa participação, em uma Unificação, levaria à
Cabala, a Espiritualidade teria como agir em benefício de um
conflito. E isso foi comprovado em várias crises internacionais,
como na Guerra das Malvinas e, mais recentemente, no confronto do
Líbano com Israel, em que a paz foi feita em seguida a uma
Unificação realizada por nós, Jaguares.
Também, no caso recente
da queda do avião em que morreram 154 pessoas, a Espiritualidade
pediu que fizéssemos um trabalho para ajudar aqueles espíritos que,
ainda atordoados pelo súbito desencarne, estavam presos naquele
local amplamente divulgado pela mídia. Aproveitamos uma Contagem no
Templo, num sábado, e com a emissão conjunta dos numerosos médiuns,
orientados para aquela situação, forneceu-se o magnético animal
que a Espiritualidade precisou para aqueles encaminhamentos.
Como fator de equilíbrio
da energia mediúnica, o ectoplasma precisa ser sempre renovado. E
isso se consegue pela atividade na Lei do Auxílio. Aquele que não
dá vazão à carga ectoplasmática, tanto pela não integração em
qualquer linha de trabalho espiritual, pela não aceitação de usar
sua capacidade mediúnica, como também aquele que se afasta do
trabalho mediúnico por muito tempo, fica sujeito ao acúmulo desta
energia, gerando desequilíbrios e sérias insatisfações, bem como
distúrbios neurológicos e doenças físicas graves.
Pelo trabalho no Sistema
Crístico, o médium mantém o equilíbrio de sua concentração
ectoplasmática e supera muitos problemas que seu programa cármico
lhe reservaria.
A maioria das religiões,
através de seus rituais, oferece condições para a emissão do
ectoplasma, mas em pequenas quantidades por força de dogmas e
preconceitos que abafam a maior parte das manifestações
individuais.
Assim, aquela que seria
uma via de vazão para a energia mediúnica se transforma em outro
fator de frustração para o médium de média a alta capacidade de
produção de ectoplasma.
Tudo isso decorre da
confusão que se faz entre a alma transitória e o espírito
transcendental, o que não ocorre na Doutrina do Amanhecer. Aqui
apenas é adotado o desenvolvimento natural da capacidade mediúnica
de cada um, proporcionando-lhe condições para que possa controlar
suas forças e energias, disciplinado-as suavemente para que possam
fluir pelos canais próprios, beneficiando o médium, trazendo-lhe
tranqüilidade e paz, e, o que é mais importante, o conhecimento de
todo este complexo sistema, sensível à percepção sensorial e
extrasensorial.
Aprendendo a manipular e
a refinar seu ectoplasma, o médium se purifica, se ilumina, se torna
mais sutil e, pela maior vibracidade, vai alcançando mais fina
sintonia com os planos espirituais, tornando sua alma mais receptiva
às influências de seu espírito. A purificação de sua energia
mediúnica abre, pela ação do ectolítrio, a sua percepção e
proporciona o melhor funcionamento dos chakras.
O ectoplasma é o
portador das energias emitidas pelo médium. Não é o seu canal de
vibrações, mas sim das energias e forças efetivamente produzidas
de acordo com as condições do Sol Interior do médium.
Tem que ser
permanentemente aperfeiçoado, e por isso o cuidado que temos com o
médium em desenvolvimento. Na sua primeira fase, em que se
identifica sua mediunidade – se é um Apará ou um Doutrinador –
ele vai sendo preparado para seu Emplacamento, após o qual poderá
trabalhar numa Mesa Evangélica ou em um Trono, isto é, num local
onde vai lidar com apenas um espírito e cada vez; faz suas aulas
para a Iniciação, onde aprende a depurar seu ectoplasma, e recebe,
na consagração, força extra-cósmica que vai permitir sua presença
em todos os outros trabalhos do Templo; consagrado na Elevação de
Espada, já está apto a todos os Sandays e à Estrela Candente, onde
poderá aplicar plenamente seu potencial ectoplasmático. Vale chamar
a atenção para o Trono Milenar, onde é necessário e até mesmo
vital que os médiuns estejam plenamente conscientes de sua refinada
ectopia, pois muito lhe será exigido pela entidade de alta
hierarquia do Vale das Sobras com que irão se confrontar.
Esse potencial é,
também, ampliado pelas consagrações que recebe em sua jornada na
Doutrina, de acordo com a preparação recebida nos diversos cursos.
Assim, consagrado Centurião, um mestre aumenta a qualidade da sua
capacidade de ectopia, e essa escala é crescente acompanhando sua
trajetória, até chegar a Arcano, quando já tem condições para
ampla atuação em qualquer trabalho. Vale lembrar que, pela própria
ação da personalidade, existem muitas consagrações feitas no
plano físico, material, que não recebem sua correspondência no
plano espiritual, e isso pode acarretar sérias conseqüências para
a individualidade, uma vez que, na verdade, aquele médium não tem
condições de emitir seu ectoplasma correspondendo àquela posição
em que se colocou.
Uma atenção especial
deve ter um Presidente de Templo do Amanhecer, levando
conscientemente em conta as condições locais do Templo, dos seus
componentes e preocupando-se com seu próprio potencial magnético
animal, tendo em mente que não pode se deixar levar pela prepotência
nem arrogância, buscando sempre ser exemplo de serenidade, paz e
harmonia para aqueles que o seguem, a fim de aperfeiçoar, em todos,
a qualidade do ectoplasma animal que irão emitir.
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