sexta-feira, 15 de junho de 2012

O Para-Brisas


O Para-brisas

Pai João de Enoque chegou de mansinho:
  • Fia, os Espíritos do Astral Inferior gostam de se aproveitar dos grandes médiuns quando estes estão descontrolados pelo efeito de irritações e outras perturbações.
  • Você tem que ser diferente, fia!
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Porém, eu me esquecera de abastecer o isqueiro, e, quando fui acender o cigarro, não acendeu. Gritei, num desabafo:
- Se não estivesse com esses espíritos na cabeça, meu isqueiro estaria funcionando! Não teria me esquecido de colocar fluído...
Num gesto automático, acionei o isqueiro, e ele acendeu.
Como já tinha atirado o cigarro para longe de mim, fui apanhá-lo, e o isqueiro apagou. Peguei o cigarro e o isqueiro tornou a acender, permitindo que eu acendesse o cigarro.
Nisso, ouvi Pai João me dizendo:
    • Mal criada! Devia deixá-la sem o seu cigarro...
      Fia, procure acompanhar os espíritos.
      Não deixe que eles percam tempo com você, com as suas mesquinharias.
      Um dia, quando for uma rainha, você terá vergonha de tudo isso.

- Quanta coisa por causa de um simples cigarro – pensei (ou falei?)
Foi a conta! O isqueiro foi arrancado da minha mão e bateu, com força, no para-brisas, quebrando o vidro, voltando a cair na minha mão.
Olhei o isqueiro, e vi que estava sem o parafusinho e a tampinha.
Fiquei apavorada!
Estaria eu tão nervosa a ponto de fazer tudo aquilo?
Procurei a tampinha por todo o carro, e não a encontrei.
Quando cheguei em casa, Beto me disse:
- Mamãe, olhe! É a tampinha do seu isqueiro...
Tive um susto muito grande e lhe contei o que tinha acontecido, inclusive sobre o vidro quebrado. Avisei ao Sr. Jaime que iria a Goiânia para comprar outro para-brisas, antes que aquele começasse a esfarelar. Ele disse, então, que não encontrou nenhum vidro quebrado.
Fui conferir.
Realmente, o para-brisas não estava quebrado. Foi quando voltou a voz:
- Lição de luz e amor. Eu não iria dar prejuízo a você.
Salve Deus! 

(Sob os Olhos da Clarividente)

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