Não
existe verdadeira injustiça quando olhamos com os olhos da
Espiritualidade.
Não
conhecemos ninguém e não podemos avaliar o que carrega cada um,
oculto pela nova roupagem carnal. Por vezes nosso grande amor, nossos
familiares, são espíritos enormemente endividados e que pediram as
mais duras provas.
Não
podemos carregar a cruz de ninguém. Não podemos trazer para nossas
costas o quê não nos pertence, pois não estaremos ajudando,
somente protelando o que inevitavelmente o outro terá que passar.
Pois os reajustes, a energia um dia desequilibrada, deverão sempre
ser realinhados.
Por
vezes sofremos junto, ao ver sofrer a pessoa amada. Julgamos haver
injustiças, nos revoltamos e, finalmente, acabamos interferindo no
karma de outrem. Pensamos que como médiuns podemos tudo...
Somos
missionários, mas encarnados pela força do nosso próprio karma.
Temos nossos próprios reajustes e as ferramentas concedidas para
atenuar as dores, pelo fiel cumprimento da missão. E todos, todos os
espíritos encarnados chegam a este plano com a condição de
cumprirem suas jornadas, equilibrarem seus desajustes e ainda serem
felizes. Nem o mais endividado dos espíritos virá a este mundo
somente para sofrer.
Atendemos
a todos que nos são confiados, enviados ou que desesperados nos
procuram, mas jamais devemos nos deslumbrar com as ferramentas
mediúnicas que nos foram dadas, para sair buscando consertar a vida
dos outros. O quê cada um terá que passar, irá passar de qualquer
maneira, mais cedo ou mais tarde.
Podemos
sim, orar, pedir com todo nosso coração, mas jamais se envolver com
o que não nos pertence. Como disse acima: “Não conhecemos ninguém
e não podemos avaliar o que carrega cada um, oculto pela nova
roupagem carnal”.
Já
nos ensinava Tia Neiva que “ninguém é de ninguém” e que na
escada fatal da evolução, as vezes nosso grande amigo, ou nosso
grande amor, se adiantará ou ficará para trás, e não os
encontraremos mais ao retornar à pátria espiritual.
Nosso
esforço é para manter sempre alto nosso padrão vibratório e
seguirmos avançando em direção à Luz. Pedimos pelos que nos
acompanham, os incentivamos, animamos, mas não podemos carregar o
peso que está em suas costas... Temos nossa própria bagagem e nosso
próprio karma vem na medida exata que poderemos suportar.
Injustiça?
Como avaliar? Por vezes não passa da mais feliz oportunidade que o
próprio espírito pediu para passar, em prol de sua evolução.
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