Ser Jaguar implica em aceitar o Evangelho em sua abençoada síntese: Amor, Humildade e Tolerância. E, desta forma, sermos vistos, não apenas dentro do Templo como real esperança de Cura e Libertação, mas também em nosso dia a dia. Transformando nossa vida em nossa missão.
Bem, já que sou Jaguar, falo de nossa Doutrina e do que esperam de nós! Nossos irmãos, de fé ou simplesmente pacientes, bem como a Espiritualidade que nos orienta.
Falamos sempre sobre conduta doutrinária, sobre como comportar-se dentro do Templo. Às vezes avançamos para o período que antecede os trabalhos, seus intervalos e no máximo sobre o período completo de um Trabalho de Prisão. Mas normalmente nunca falamos sobre o nosso real dia a dia. Sobre as atitudes que devemos, ao longo da jornada, ir eliminando ou agregando, para nos tornarmos mais compatíveis com nossos objetivos espirituais. Falo primeiramente para mim mesmo, e pelo tempo que demandei em ir percebendo o quanto o homem do dia a dia estava distante do mestre, e quanto era necessário aproximá-los. Já escrevi parte de minha triste experiência pessoal com o orgulho, em texto do mesmo título, e a cada dia, sinceramente, vou buscando aperfeiçoar os defeitos dos quais me conscientizo. Venho agora dividir um pouco desta busca com vocês.
Não é mais possível admitir que sejamos Jaguares somente durante nossos trabalhos espirituais, ou nas horas que lembramos de nossas orações. Temos que ser Jaguares 24 horas por dia. Não importa onde estamos ou o quê estamos fazendo. É o momento de despertamos a consciência para nossa verdadeira responsabilidade. Para o quanto devemos nos preocupar com a caridade, com o amor, com a fraternidade e o respeito pelo próximo, e o quanto estes nobres sentimentos tomam parte de nossos corações e mentes, de verdade!
De nada resolve guardarmos nossos coletes, radares, capas e indumentárias, realizar grandiosos trabalhos, zelar pelas escalas, se quando terminamos nosso trabalho no Templo, tiramos o uniforme esquecendo todas as mensagens e as boas lembranças das valorosas instruções recebidas ou vividas durante uma realização espiritual.
Não podemos mais sair do Templo achando que nossa missão acabou por ali, e inconseqüentemente deixar de aplicar nosso aprendizado.
Nossa Doutrina é extremamente prática, somente os buscadores é que vão ao encontro de seus mistérios e entendem a essência contida nas cartas de nossa Mãe Clarividente. Com a consciência desperta temos a obrigação de executar a praticidade da Doutrina. Mas como? Basta buscarmos uma conduta compatível no dia a dia, com a nossa conduta doutrinaria, com a conduta de Jaguar.
A força da espiritualidade não será afetada pela conduta de alguns jaguares, mas o respaldo de nossa doutrina, sim!
Desta forma aparecem os problemas que alguns médiuns passam, e ainda tem a coragem de dizer que sempre foram verdadeiros filhos de Seta Branca, que sempre tiveram conduta doutrinaria impecável, que seguem todas as leis com perfeição, etc, etc... Ou pior ainda, caem na sintonia de ser vítima: dizem que não merecem isso! Questionam a própria espiritualidade, e acham que nossas Entidades têm a obrigação de resolver os problemas que eles mesmos criaram!! Falo, porque já passei por isso!
Falsas verdades, justificativas simplistas, desculpas tolas, que apenas servem para ajudar a fantasiar a verdade. Sabemos qual a verdade! Alguns de nós acreditam que saber todas as leis decoradas, ter as mais altas classificações e estar sempre presentes nos trabalhos do templo, substituem a verdadeira conduta de jaguares da última hora que devemos ter no dia a dia... Amor, Humildade e Tolerância.
Não! De forma alguma! Não há classificações, indumentárias, radares, conhecimento do Livro de Leis, presença, escalas, que substituam os ensinamentos do Divino Mestre tão bem sintetizados por nosso amado Pai Seta Branca: Amor Humildade e Tolerância. Para que nossos trabalhos espirituais surtam algum efeito para nós mesmos, é fundamental a coerência entre quem o realiza e como este está agindo com seu semelhante.
Urge que nos tornemos Homens e Médiuns melhores. Que nos preocupemos menos com classificações, ou com qual a hierarquia da entidade que está incorporando, e mais com nossos semelhantes.
Lembro que quando eu estava radiante por ter sido classificado Rama 2000, Pai João me disse: “Oh, meu filho, você já está quase conseguindo o direito de usar seu colete no plano espiritual... Mas ainda falta meu filho. Continue caminhando”.
Lembremos: somos os únicos responsáveis pela energia que atraímos. Somos reflexo de nossa atitude mental. Cabe a cada um de nós respeitarmos verdadeiramente nossa crença agindo como Jaguares, sempre!
Pai João sempre diz que amar a quem nos ama, até o bandido faz... Até entre os espíritos mais sem evolução ainda se encontra alguma forma de carinho. Mas amar àquele que te faz mal, que se julga seu inimigo, aí sim está o verdadeiro valor. Só é que se pode provar que aprendeu alguma coisa.
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