Os imortais Equitumans (*), depois de banidos da Terra, foram se transformando em lendas e deuses e o Homem foi construindo suas cidades e suas religiões. A partir daí, os grandes missionários começaram a vir à Terra e os Equitumans, recolhidos no Planeta Mãe, começaram a reencarnar nos descendentes de seus antigos corpos.
Aí então teve início outro tipo de luta: alguns desses espíritos, saudosos de seu antigo poder, começaram a se organizar no etérico da Terra e a formar falanges. Os antigos poderes psíquicos foram sendo sedimentados em manipulações mediúnicas e os dois planos - o físico e o etérico - intensificaram seu intercâmbio.
Um grande missionário - Oxalá, que hoje, para nós, se chama Seta Branca -, reuniu os remanescentes mais puros e os dividiu em sete tribos, que foram distribuídas nos antigos pontos focais dos Equitumans.
A eles coube recomeçar a tarefa interrompida. Cada tribo compunha-se de mil espíritos. Foram criadas as hierarquias dos Orixás, os grandes chefes que tinham a virtude de se comunicar com os Mestres.
Orixá é palavra afro-brasileira que significa “divindade intermediária entre os crentes e a suprema divindade”.
Cada Orixá tinha a seu serviço outros sete orixás de menor grau e estes, por sua vez, também os tinham, o que originou a organização septenária das falanges.
No Candomblé é ensinado que Deus criou o universo jogando seu mastro para cima e dividindo tudo de forma dualista – céu e terra, dia e noite, homem e mulher. Do oceano celeste nasceu Yemanjá, a mãe de todos os outros orixás, divindades que se relacionam mais diretamente com os homens. Porém, orixás, na Linha Africana da Corrente do Amanhecer, são regentes de determinadas forças. São os Cavaleiros de Deus, portando forças específicas para a realização de suas missões, e, na Doutrina do Amanhecer, assumindo separadamente ou em conjunto, a responsabilidade da projeção de forças em cada trabalho ou ritual.
Sua maior atuação se faz nos dias de Trabalho Oficial, por causa do grande número de pacientes e intensidade dos trabalhos. Cavaleiros Orixás são os Cavaleiros das Lanças de diversas cores, que se deslocam no conjunto de forças de Oxan-by.
Os Três Cavaleiros da Luz, invocados no Terceiro Sétimo, são Orixás que se dedicam à cura - os Cavaleiros das Lanças Verde, Azul e Vermelha - Espíritos Iluminados, cuja ação unida se transmite ao Jaguar trazendo-lhe grande bem-estar, com proteção suplementar à dada pelos seus Mentores.
Os dirigentes dos Retiros e dos Trabalhos Oficiais são denominados Orixás do Dia.
Existe na religiosidade brasileira um ramo da Raiz Africana – o Candomblé – ligado pelas forças trazidas pelos negros Iorubas, como escravos no Brasil Colônia, que até hoje tem como mentores os Orixás, que se ligam aos praticantes de acordo com suas heranças transcendentais e afinidades em diversas manipulações, realizadas nos terreiros, onde as incorporações trabalham com suas forças naturais específicas, só havendo comunicação do Orixá Exu. Cada Orixá representa uma força da Natureza, tais como a água, o ar, as matas, as rochas, as cachoeiras, o Sol, a Lua, tempestades e trovões, e são coordenados, nos terreiros, pelas Mães e Pais de Santo, e, nos planos espirituais, por Olorum, o Deus-Pai, único e soberano, distribuindo axé, a energia que é manipulada e impregnada nos participantes para ajudá-los na vida material e em seus carmas.
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