sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Cuidado com a incorporação

Vovó Maria do Congo

A roupagem escolhida por nossos Mentores para atender os pacientes é de Preto Velho! Esta escolha ocorreu por vários motivos, dos quais posso citar:

A apresentação de Preto Velho é a expressão máxima da humildade, mais próxima de nossa realidade, onde um Ser de Luz, já evoluído e livre de seus enredos kármicos, assume para se fazer acessível, sem as elaboradas frases da cultura espiritual que possuem. Como se sentiria uma pessoa humilde, que não teve as oportunidades de desenvolvimento cultural neste plano, ao conversar com um “Doutor” de palavras difíceis? Seria fácil quebrantar a intimidação e o natural constrangimento? E, perante os pacientes de maior nível educacional, se sobressai a beleza da simplicidade pela experiência adquirida na apresentação da figura do sábio Preto Velho.

Também é notório que nem todos nossos Mentores tiveram uma encarnação como escravo. Muitos apenas usam esta roupagem cumprindo as Leis do Amanhecer.

Para nós médiuns, conhecedores da realidade espiritual de nossos Mentores, torna-se uma obrigação o tratamento de extremo respeito e educação. Estas Entidades chegam exclusivamente para a prática da caridade, sem jamais intrometerem-se em nossas vidas, apenas trazendo o bálsamo curador para o espírito e para o corpo físico. Escutam nossas mazelas, nossos dramas pessoais e envolvimentos kármicos. Absorvem nosso negativismo e devolvem harmonia, paz e esperança. Curam nossas dores morais e físicas, sempre que nosso padrão vibratório e nossos merecimentos permitem.

A Voz Direta, dom mediúnico cedido por Deus aos Aparás, é um tesouro a ser cultuado como expressão de Amor Divino e respeitado como a própria Presença da Luz.

Respeito! É a palavra da Ordem!

Respeito por parte dos Doutrinadores, que devem ter a total consciência do belíssimo fenômeno que ali se manifesta e a compreensão do enorme desprendimento do médium de incorporação e da Entidade presente.

Respeito por parte dos Aparás, jamais permitindo que seus pensamentos, sentimentos e vibrações pessoais se misturem com a expressão Divina ali presente. Seu Mentor é seu pai, sua mãe, é a quem você deve, mesmo sem ser cobrado, total respeito e formalidade.

O amor e o carinho destes seres deve ser recíproco. Não devemos usar seus nomes em brincadeiras da personalidade, e muito menos banalizar o sagrado.

As maiores demonstrações de falta de respeito sempre se iniciam de maneira “inocente”, com uma brincadeira, mas que atraem espíritos que insuflam o agravar da situação e o aumento do tom da já iniciada falta de conduta.

Reserve para a personalidade as coisas da personalidade e procuremos manter o sagrado, o Iniciático, o Missionário, longe do que tristemente banaliza a grandiosa missão que por ora nos é confiada.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

O Vale das Sombras

O Vale das Sombras é uma universidade criada em um plano etérico, muito perto da Terra, onde espíritos de grandes cientistas, filósofos, teólogos, políticos e outros de grandes conhecimentos e cultura se deixam ficar, julgando-se donos da Verdade e não obedecendo às Leis Crísticas, não reencarnando, e atuando sobre outros intelectuais e políticos encarnados, para que possam ampliar suas influências espirituais de modo a que, depois do desencarne, possam eles se transformar em seus seguidores, aumentando suas legiões. Conseguem, pela afinidade, inúmeros servidores que, quando ainda encarnados na Terra, eram bandidos, assassinos e marginais, traficantes e viciados, tarados e com desvios terríveis em suas individualidades, que vão se regalar com as missões que seus chefes lhe darão, com a facilidade de não serem mais encarnados e, portanto, se sentirem plenamente livres para agir, tornando-se dedicados guerreiros das Sombras.
Vivem em reuniões, estudam estratégias, fazem planificações, numa atividade intensa para atacar e buscar destruir os pontos vibracionais de Luz e trazer para seu domínio os espíritos que de dedicam à luta pela Luz e pela Verdade.
Uma das mais perigosas e atuantes legiões do Vale das Sombras é a dos Falcões (*). A influência desses espíritos do Vale das Sombras se faz, na Terra, de várias maneiras: ensinam a fabricação de armas potentes, estimulam as guerras e revoluções, as ditaduras e impérios, além de provocarem fenômenos de comunicação gravadas em vídeos e em áudio, sabendo como manipular os encarnados. Escravizam outros espíritos e provocam sua modificação em diversas formas. Fazem mistificações, incorporando como se fossem Espíritos de Luz, com as mãos abertas e comunicando mensagens enganosas. Exigem permanente atenção do Doutrinador, embora, na nossa Corrente, a sua presença especificamente se faça no Trono Milenar (*).
Quando um grande intelectual ou cientista desencarna e ainda não foi atuado pelo Vale das Sombras, legiões tentam capturar aquele espírito que, caso tenha o merecimento, será protegido pelos Espíritos de Luz.
No Vale das Sombras se encontram as principais falanges de demônios.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Suicidio


A notícia abalou todos na Casa Grande: dona Leonor, a simpática senhora que, há dois anos, freqüentava o Vale, havia se suicidado! O comentário dos dias que se seguiram girou em torno dos suicidas. Para mim, esse assunto se concluíra com a literatura de Chico Xavier. O suicida era um ser humano fracassado, tanto aqui como no mundo dos espíritos, e sua recuperação era tão difícil que até hospitais especializados existiam no espaço para assisti-los. A idéia mais comum em torno disso era a de um espírito que frustrara o plano de Deus, e que ninguém poderia destruir aquilo que Deus criou: a vida!

Passei a observar a Clarividente e reparei que, ao falar nisso, ela se emocionava, chegando, mesmo, a chorar. Mas vi, também, que sua emoção tinha um cunho diferente. Não tinha ela a mesma idéia de fracasso, que pairava em meu espírito, fracasso por não ter evitado o suicídio de uma pessoa que era assistida nossa. Aos poucos, fui entendendo que o problema do suicídio era mais complexo e que havia ângulos que ainda não haviam sido abordados na literatura espiritual. A senhora em questão resumia sua presença, no Vale, em contatos diretos com a Clarividente, e pouco sabíamos sobre ela. Aos poucos, consegui saber sua história e, a partir daí, minhas idéias sobre o suicídio se modificaram muito.

Tudo começou numa tarde quente de agosto de 1970. Neiva estava exausta pelos trabalhos ininterruptos. Quando duas senhoras desceram de luxuoso carro, na porta da Casa Grande, todo mundo se preveniu para evitar uma consulta forçada. Mas se sentaram na sala, uma das senhoras desandou a chorar convulsivamente, e daí, para conseguir a atenção de Neiva, foi um passo.

Sentaram-se as duas diante de Neiva. Embora não estivesse mediunizada, Neiva percebeu, de pronto, que o maior problema não era o da senhora que chorava, mas, sim, o da outra! A que chorava – Silvia – , tinha um descontrole emocional, e seus motivos eram fúteis, demonstrando falta de propósitos mais responsáveis. A outra, porém, embora não demonstrasse, estava em grande perigo.

Eram Leonor de Souza, 42 anos, e Silvia Castro, 36. Leonor pediu licença para fumar, e acendeu o cigarro numa longa piteira. Segurou a mão de Silvia, e pediu a Neiva que atendesse a ela em primeiro lugar. Embora Neiva não estivesse vendo coisa alguma que demandasse maior atenção, consentiu no pedido de Leonor. Pediu-lhe que fosse até a cozinha tomar um café, enquanto atendia Silvia. Logo que Leonor saiu, Silvia parou de chorar.

- Dona Neiva, – disse ela – a senhora tem um juramento para guardar segredo, não é verdade? Já me falaram disso.

- Sim. – respondeu Neiva – Jurei meus olhos a Nosso Senhor Jesus Cristo, para que os arranque no dia em que eu disser uma mentira ou induzir alguém ao erro, pela minha clarividência.

- Pois é, dona Neiva, a senhora tem que me ajudar em segredo. Meu marido acaba de ser transferido de Brasília para o Rio de Janeiro, e eu não suporto a idéia de abandonar Brasília. O motivo principal, pelo qual não quero sair daqui, é que amo este homem, e ele diz que me matará se eu sair de perto dele.

Dizendo isso, Silvia tirou uma fotografia da bolsa e estendeu-a a Neiva. Tomando a foto em suas mãos, Neiva quedou-se estarrecida: o retrato era do marido de Leonor, da amiga de Silvia! Sem dar a perceber que já identificara seu amante, Neiva prometeu-lhe segredo. Entretanto, sentia-se irritada com a futilidade aquela mulher. Alem de trazer um assunto escabroso – ser amante do marido da amiga –, vinha, ainda, com toda falta de respeito, pedir a manutenção daquela situação. Disfarçando suas próprias emoções, Neiva prometeu que iria fazer todo esforço para que ela não tivesse que sair de Brasília, e pediu-lhe que voltasse daí a alguns dias, num dia de consulta. Em seguida, mandou entrar Leonor, que foi logo dizendo:

- Dona Neiva, a senhora conseguiu um milagre fazendo Silvia para de chorar. Bem que ela me disse que a senhora era extraordinária!

Ainda agastada com o desplante de Silvia, Neiva olhou-a e respondeu:

- A senhora é quem devia estar chorando!...

- É verdade, dona Neiva. Estou desolada e não estou mais agüentando viver com o meu problema. Sou casada, meu marido é muito bom para mim, tenho filhos, mas estou amando desesperadamente outro homem! Mas, por favor, não me leve a mal. Amo, sei que sou correspondida, mas nada fiz de errado. Não me julgo no direito de prejudicar a quem quer que seja, minha família ou a dele, pois também é casado! A única coisa que acontece é conversarmos de vez em quando. Vim procurá-la para que me ajude a manter meu equilíbrio. Tanto ele como eu, queremos cumprir rigorosamente nossos deveres.

A atitude respeitosa de Leonor contrastou com o despudor de Silvia. E, apesar de não estar bem mediunizada, Neiva compreendeu que o caso era muito sério. Prometeu ajudá-la e lhe pediu que voltasse em dia de consulta.

Três dias depois, elas voltaram. Neiva já havia visto o quadro delas: Leonor tinha sido uma nobre da corte francesa, e havia se endividado com seu atual amor, que, naquele tempo, se chamava Antoine. Os laços que os uniam eram tão fortes que não lhes permitiam, agora, outra atitude senão a de um amor verdadeiro, sem manchas. Nisso se constituía a faixa cármica dos dois. Sentir aquela atração quase irresistível, e não poder, sem macular o amor, se unir. Só uma atitude altiva e honesta satisfaria aqueles espíritos. Com isso, o sofrimento era intenso, como um fogo perene a queimar-lhes os corações. Neiva admirou-se da intuição daqueles dois. Vivendo, como viviam, num meio social em que as irregularidades conjugais eram norma, e com todas as facilidades para a realização, os dois haviam tomado aquela atitude nobre.

Dia a dia, o velho francês ressarcia os desmandos do tempo em que se endividara com sua amada. Para agravar o sofrimento, a vida os colocara lado a lado, na intimidade de uma relação social próxima.

A intuição de Leonor, nas mãos de quem estava a manutenção daquela situação, foi confirmada pelo quadro espiritual. Se eles se entregassem à relação fácil, ao desvirtuamento daquele amor, ambos se destruiriam. Teriam que renunciar a qualquer realização pelo resto de seus dias na Terra!

O problema é que Leonor não estava mais conseguindo resistir. A idéia do suicídio a perseguia, constantemente, e, por isso, viera consultar Neiva. Pedia-lhe que a ajudasse a manter sua linha de procedimento, o que se estava tornando cada vez mais difícil.

Neiva se viu num dilema. A possibilidade de suicídio era muito grande. A realização ou o suicídio... Sexo ou morte!...
Desde esse dia, com grande habilidade e carinho, prometendo ajudá-la sempre e a recebendo a qualquer hora, do dia ou da noite, Neiva foi conduzindo pela mão aquela boa alma, sempre pedindo a Deus por ela. Às vezes, Neiva sentia-se tentada a desatar a rigidez daqueles laços morais. Afinal, amar não é pecado. Aliás, a palavra pecado não faz parte do dicionário espírita. O que existe é a responsabilidade do espírito pelos seus próprios atos.

Assim se passaram dois anos. Dia a dia, Neiva via aquele espírito perder as forças na luta. Para agravar a situação, o amado de Leonor fora convidado para ocupar um alto cargo em outro estado, e ela não pôde acompanhá-lo. Sua correspondência era apaixonada e eivada de desespero.

No dia de aniversário de Neiva – 30 de outubro –, Leonor lhe trouxe um presente: uma pequena rosa lavrada em prata e um vidro de fino perfume francês.

- Neiva, – disse ela – vou viajar, e antes que esses presentes se acabem, eu estarei longe deste mundo! Não quero que você me veja morta. Quero que se lembre de mim assim como sou agora...

Sentindo toda a tristeza do mundo, Neiva disse-lhe, apenas, poucas palavras, pois sabia que já era tarde e nada mais poderia fazer. Leonor partiu, e Neiva passou um dia terrível. Sem poder deixar de atender às múltiplas obrigações de aniversariante, nem conseguiu pensar direito no assunto. Sentiu-se fisicamente mal.

Quando conseguiu uma pequena folga, tomou a resolução de avisar à família de Leonor. Descobriu, então, que ninguém da família sabia de sua freqüência no Vale, a não ser um filho moço. Depois de longa espera, o rapaz veio procurar Neiva. Disse que ele era o único que sabia da assistência de Neiva à sua mãe, e estava muito agradecido por isso. Conhecia a desonestidade de seu pai, que sabia ter uma amante, e via o desespero que ele causava a sua mãe. Ele era a favor dela, mas ela estava muito frustrada, e a toda hora falava em se matar. Ele era estudante de Medicina, e nunca creditou que, realmente, sua mãe fosse se suicidar.

No dia 2 de novembro, o rapaz voltou a ver Neiva, para lhe dizer que a mãe tentara o suicídio e estava agonizante. No dia seguinte, voltou para comunicar que ela havia morrido.

Desde então o rapaz tornou-se amigo de Neiva, e a visitava constantemente.

Um ano depois, Neiva recebeu a notícia da morte do antigo nobre francês.

- É, Neiva, – disse eu – uma história quase banal de frustração, de desespero. Você acha que está certo? Afinal de contas, um suicídio é um atentado a Deus, é contra a Natureza, contra o instinto de conservação!

- Concordo com você, Mário, mas apenas em parte. Devemos ser cuidadosos em nosso julgamento. A maioria dos suicídios se deve a fatos de frustrações de personalidade, do ser transitório, da incapacidade para resistir às provas da vida. Mas, veja que nós, habitualmente, consideramos suicídio apenas quando a pessoa se mata violentamente. Mas não esqueça que o mesmo problema existe nos outros que, por frustração, não se matam fisicamente, mas se destroem moralmente e socialmente. E deve se considerar, ainda, aqueles que não se matam visivelmente, mas se matam aos poucos, como os alcoólatras, os toxicômanos, etc.

- Dessa maneira, Neiva, praticamente metade da humanidade é suicida?

- É, não é? Lembra-se da parábola dos talentos? Uma pessoa que enterra seus talentos não mata a sua oportunidade como ser encarnado? E aqueles que se deixam dominar pela preguiça, pela indolência, pelas idéias negativas? Esses não atentam contra Deus? Quero lembrar a você, Mário, da relatividade das coisas. É lógico que a autodestruição não pode ser boa. Mas a verdade é que ela é conceituada, na humanidade, em apenas um de seus aspectos. A humanidade é excessivamente complacente com os desmandos sexuais. Saiba você que, nos planos espirituais, é muito mais penosa a situação de um espírito que se atolou no sexo, que a de um suicida relativamente justificado. Você fala em natureza e instinto de conservação. Na realidade, temos um conceito do que chamamos natureza. Na verdade, a natureza estabelece formas de vivência e sobrevivência segundo um equilíbrio geral. Mas, pergunto eu, o que é natureza no Homem civilizado, moderno, habitante das grandes cidades? E o que é instinto de conservação nesse mesmo Homem? Repare que as idéias mudam muito quando as olhamos sob esse prisma. Há toda uma gama de valores novos, criados pelo progresso humano, que diferem muito do Homem in natura. E, se o espírito já conseguiu uma certa evolução, ele obtém  um senso de responsabilidade que lhe permite saber se pode ou não viver de uma certa maneira.

- Mas, Neiva, – disse eu – afinal, o que é considerado suicídio nos planos espirituais? Está certo que devemos ser cuidadosos no julgar. Também está certo que consideremos suicidas todos que destroem suas possibilidades de vida, seja de uma forma ou de outra. Mas, diga-me, então: existem ou não existem suicidas?

- É lógico que existem, Mário. Todo ser humano que por egoísmo, preguiça ou qualquer outro motivo planeja sua morte ou destruição, esse é um suicida. O suicídio é quando a morte é premeditada. O que causa o suicídio é a falta de uma doutrina, da aceitação da existência do espírito, da vida fora da matéria. O suicida é o que tenta morrer em vez de tentar viver. Leonor, a meu ver, não se suicidou! Apenas, saiu da vida terrena!...

Tia Neiva e Mário Sassi

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Nova Estrada (repetição)

 
A Nova Estrada é a Doutrina de Jesus, que nos trouxe o Sistema Crístico, com precisa manipulação das energias, sem fanatismo, em benefício de nossos irmãos encarnados e desencarnados, dentro da Lei do Auxílio, apresentando Deus clemente e misericordioso, trazendo a esperança aos humildes e aos oprimidos, numa vibração imensurável do Amor Incondicional.
A Doutrina do Amanhecer nos ensina a técnica e a filosofia para enfrentarmos as situações que toda a Humanidade sofre na transição para o Terceiro Milênio, quando temos que reconstruir tudo o que foi destruído por nossas próprias mãos.
No cumprimento de nossa missão, devemos seguir a Nova Estrada do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, com amor, tolerância e humildade, obedecendo à conduta doutrinária e procurando atender, sempre que possível, às necessidades de nossos plexos, especialmente às ansiedades de nossas almas.
A Velha Estrada, sob a Lei Mosaica do “olho por olho, dente por dente”, ainda é aplicada por muitas correntes e até mesmo por legiões espirituais, e compreende fanatismo religioso, violências e matanças sob pretextos de purificações e liberações religiosas, profecias, dogmas e oferendas.
Com o Sermão da Montanha (*) Jesus deu ao Homem  o balizamento da Nova Estrada, não modificando as Leis, mas introduzindo o fator AMOR, que dá uma nova dimensão ao relacionamento da Humanidade com o Universo.

  • “Explica-se a diferença entre a Velha Estrada e o Novo Caminho.
A Velha Estrada é cheia de medo, de temor a Deus. A Velha Estrada foi palmilhada por milhares de pessoas, milhares de teorias sempre escritas e nunca praticadas.
O Novo Caminho, entretanto, foi traçado pelo suor, pela própria energia de quem o traçou e vive a emitir com tanto amor.
Vamos sentir o Caminho do Amanhecer, sem superstições nem teorias dos pensadores, e sim pela vivência, na prática, na execução desta Doutrina e de seus fenômenos sensoriais. Vamos senti-lo no respeito à dor alheia, no carinho aos humildes, no afeto das ninfas, no progresso e na compreensão de nossa família.
ESTE É O CAMINHO TRAÇADO PARA O HOMEM NA DOUTRINA DO AMANHECER!”
(Tia Neiva, 7-3-80 – “O Amanhecer das Princesas na Cacheira do Jaguar”)

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Sofredor

Um processo normal de desencarne inicia-se 24hs antes do fato em si. Após deixar o corpo, totalmente livre das amarras físicas, o espírito é levado para um sono cultural, onde revive suas lembranças terrenas por um período de sete dias. Ao término deste tempo, retorna ao ambiente terrestre, acompanhado de seu Mentor, de quem recebe o convite para seguir em busca da faixa dimensional correspondente ao seu grau de evolução.

No momento em que recebe o convite, o livre arbítrio é total, independente das condições do espírito. Muitos, ainda apegados aos bens materiais, às pessoas, aos familiares, a lugares e sentimentos, decidem que querem “ver suas coisas”, encontrar pessoas, e ficam “por aqui”. Passam a uma dimensão paralela ao plano terrestre, chamada etérico.

O etérico é muito parecido com o plano físico, pois as energias são densas e a vida é plasmada pela energia dos encarnados, uma vez que não existe produção energética luminosa, apenas o magnético animal absorvido dos seres encarnados.

Vivem levados pelos seus pensamentos como um “furacão de transporte”. Às vezes seu padrão vibracional consegue os aproximar dos parentes, mas em poucos segundos são levados para outros lugares, e seguem de acordo com seus pensamentos, cada vez mais entorpecidos pelas inusitadas situações que encontram.

Alguns chegam a adaptar-se, ao ponto de considerarem-se ainda encarnados e desprezados pelo mundo.

Outros vivem a vagar, sem nada entender.

Alguns ainda são capturados por espíritos mais experientes no etérico e transformados em escravos.

O sofredor é o espírito que permaneceu no etérico, a despeito do convite de seu Mentor. Vive em função da energia alheia que capta pela familiaridade vibracional, ou pela obsessão direta. Existem os inconscientes, que decidiram ficar pelo impulso e apego, e os conscientes, que ficam pela vingança e sentimentos negativos.

A denominação de “sofredor” vem porque não é possível ser feliz no etérico. A dor moral, sentimental e mesmo física, pois permanecem por muito tempo as dores do desencarne, os impede de evoluir. Não produzem energia e, portanto, não podem praticar a caridade e buscar a redenção.

Somente pelo difícil equilíbrio de seus pensamentos, pelo real arrependimento, por uma dificílima conscientização, é que podem receber uma nova oportunidade de seguir para onde verdadeiramente lhe compete.

Aí entramos nós... Os Jaguares!

Na Mesa Evangélica recebemos os espíritos recém-desencarnados, trazidos por seus Mentores, para receber uma “dose extra” de energia, que lhes dará condições de seguir a “jornada de regresso”. Por isso, os espíritos que passam ali já vêm com toda uma preparação e orientação. O objetivo é receberem o esclarecimento e principalmente a energia magnética que lhes proporcionará as forças para a jornada.

Nos Tronos os sofredores já chegam na condição de obsessores. Estão ligados ao paciente e pela afinidade vibracional, ou cobrança, que igualmente necessita desta afinidade, estão sugando as energias da vítima (daí o termo obsessor). Chegam ali pelo trabalho dos Mentores que encaminharam o paciente, e chegam na condição de pacientes também. Devem ser tratados com total respeito e jamais se deve permitir que suas pesadas vibrações encontrem um campo fértil nos pensamentos dos médiuns, que ali são verdadeiros socorristas, médicos deste grande hospital chamado Mayanti.

Somos profissionais do auxílio! Instrumento feliz que participa do resgate destes irmãos desconhecidos, pela força de nossa energia mediúnica, associada à projeção luminosa de nossos Mentores.

É necessário total respeito! Por isso o termo “irmãozinho”, aplicado até mesmo no Mantra em que emitimos que “nos compadecemos porque é sofredor”. Temos a consciência que eles não tiveram e ainda não tem.

Não brinque falando dos “cobradores”. Só é cobrado quem merece e tem condições de pagar.



quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Cacique Pena Branca


Pena Branca nasceu em aproximadamente 1425, na região central do Brasil, hoje, entre Brasília e Goiás, onde seu pai era o Cacique da tribo.
Era o filho mais velho de seus pais e desde cedo se mostrou com um diferencial entre os outros índios da mesma tribo, era de uma extraordinária inteligência.
Na época não havia o costume de fazer intercâmbios e trocas de alimentos entre tribos, apenas algumas tribos faziam isto, pois havia uma cultura de subsistência, mas o Cacique Pena Branca foi um dos primeiros a incentivar a melhora de condições das tribos, e por isso assumiu a tarefa de fazer intercâmbios com outras tribos, entre elas a Jê ou Tapuia e Nuaruaque ou Caríba.
Quando fazia uma de suas peregrinações ele conheceu na região do nordeste brasileiro (hoje Bahia), uma índia Tupinambá que viria a ser a sua mulher, chamava-se “Flor da Manhã” a qual foi sempre o seu apoio.
Como Cacique Tupinambá, foi respeitado pela sua tribo de tupis, assim como por todas as outras tribos e principalmente a maior rival, os Caramurus, que após a chegada dos portugueses se uniram aos Tupinambás, nascendo então outra nação indígena, a nação Caramurú-Tupinambá, na qual Pena Branca passou a ser o Cacique Geral, apesar disso, continuou seu trabalho de itinerante por todo o Brasil na tentativa de fortalecer e unir a cultura indígena.
Certo dia Pena Branca estava em cima do Monte Pascoal no sul da Bahia, e foi o primeiro a avistar a chegada dos portugueses nas suas naus, com grandes cruzes vermelhas no leme.
Esteve presente na primeira missa realizada no Brasil pelos Jesuítas, na figura de Frei Henrique de Coimbra. Desde então procurou ser o porta-voz entre índios e os portugueses, sendo precavido pela desconfiança das intenções daqueles homens brancos que ofereciam objetos, como espelhos e pentes, para agradá-los. Aprendeu rapidamente o português e a cultura cristã com os jesuítas.
Teve grande contato com os corsários franceses que conseguiram penetrar (sem o conhecimento dos portugueses) na costa brasileira – muito antes das grandes invasões de 1555 – aprendeu também a falar o francês.
Os escambos, comércio de pau-brasil entre índios e portugueses, eram vistos com reservas por Pena Branca, pois ali começaram as épocas de escravidão indígena e a intenção de Pena Branca sempre foi a de progredir culturalmente com a chegada desses novos povos, aos quais ele chamava de amigos.
O Cacique Pena Branca faleceu no ano de 1529, com 104 anos de idade, deixando grande saudade a todos os índios do Brasil, sendo reconhecido na espiritualidade como servidor na assistência aos índios brasileiros, junto com outros grandes espíritos, como o Cacique Cobra Coral e Cacique Tupinambá. Apesar de não ter conhecido o Padre José de Anchieta em vida, já que este chegou ao Brasil em meados de 1554, Pena Branca foi um dos espíritos que ajudou este abnegado jesuíta no seu desligamento desencarnatório e por isso Padre José de Anchieta trabalha atualmente em conjunto com Mestre Pena Branca.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Ninfas Consagradas pelo Reino Central



Ninfas Consagradas pelo Reino Central:
Salve Deus minhas filhas!
Gostaria imensamente que cada uma de vocês fizessem um sincero exame
de consciência, e despertassem para o importante papel que por Deus lhes foi confiado nesse limiar do III Milênio, quando temos tanto trabalho a realizar, desempenhando as suas funções como verdadeiras missionárias que são.
Porque minhas filhas, é muito triste ver que o desequilíbrio começa a se
alastrar, insinuando-se em seus corações e suas mentes, tornando difíceis as tarefas mais simples, desarmonizando os trabalhos, gerando rivalidades que criam profundos abismos entre vocês e entre as falanges missionárias e o que é pior, causando desilusões profundas aos que contavam com o seu apoio e com seu amor.
A inveja e o ciúme são frutos da insegurança, E esta é provocada por
fatores que devemos combater. Quanto maior for o conhecimento dentro da conduta doutrinária, quanto mais participarem dos trabalhos no Templo, mais confiança vão adquirindo e assim a insegurança vai acabando. também deve ser evitado o excesso de confiança, pensando que nada mais têm a aprender e cair no feio abismo da vaidade.
Sempre que envergarem seus uniformes, suas indumentárias, devem deixar
que a Individualidade passe a conduzi-las.
Esqueçam os problemas, as dores que perturbam a personalidade e procurem dedicar-se dando o melhor de si levando a Lei do Auxílio onde se faça necessário. Porque é terrível o efeito de uma negativa para ajudar em um trabalho, pelo simples motivo de não estar disposta ou por não ter sido escalada especificamente para aquilo. Quando há escassez de Ninfas, não se
justifica que, por simples questão de preferência, haja mais Ninfas do que o necessário para a realização de um trabalho, ficando outro paralisado.

Vamos, mesmo que com esforço, nos tornarmos prestativas, cuidando de
tudo e de todos com atenção e carinho, fazendo com que as pessoas se sintam bem com nossa presença.
Que nossa vibração transmita serenidade e equilíbrio. Vamos valorizar o trabalho de cada uma das falanges missionárias. Em lugar de criar tolas
rivalidades é preciso ter a preocupação de agir em conjunto e harmonia, juntando as forças, abrindo os corações, irmanando-se com todos na importante tarefa de auxiliar os que necessitam.
É preciso ter muito cuidado para não decepcionar os que as cercam e
principalmente, as Guias Missionárias, os Grandes Iniciados, que criam em cada uma de vocês, essa beleza interior, essa força, o amor incondicional, abrindo seus caminhos para a luz e paz, a felicidade do cumprimento de suas missões.
Junto a seus mestres, ou nas Falanges Missionárias, busquem sempre
servir dentro da Lei Crística, com amor, tolerância e humildade.
Salve Deus!
Com carinho, a Mãe em Cristo.
Tia Neiva
Vale do Amanhecer, 18 de fevereiro de 1981