segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

A missão do Jaguar


A missão do Jaguar
É bem verdade que o Espírito de Natatchan (Tia Neiva) desempenhou verdadeiro trabalho na actualização de uma tribo milenar. Civilizações estas, que marcaram e influenciaram todo o planeta, definindo e reestruturando a cultura dos povos. Este é um dilema sideral, que por sua vez faz a Terra sentir no seu bojo o preço do livre arbítrio do homem na ascensão de sua civilização. A Liberdade não é apenas um conceito filosófico ou uma ideologia de acordo com nosso Mestre Maiores, ela é, por si só, um fato, um mistério universal. No entanto é apenas um dos pontos a serem estabelecidos pela obra de Capela. Depois de concluída a tarefa, unificados os planos e as mentes dos habitantes da Terra, seremos sempre lembrados como aqueles que proporcionaram o fenómeno da transmutação. E o nome jaguar será, dentro de uma condição natural, imortalizado!
O planeta hoje vive a mercê dos destinos cármicos daqueles que outrora incrementaram suas bagagens transcendentais. Sabemos ainda, que a missão primordial desta tribo é trabalho e, às vezes não conseguimos assimilar a relação entre carma e missão, no máximo buscamos um conforto as nossas limitações. Isto porque, numa concepção Crística, aqui no Vale do Amanhecer, entendemos a Lei do auxílio como a atitude básica e natural, que nos é ensinada pelos nossos mentores que, a nosso ver são seres conscientes e iluminados. 
Para se entender melhor, façamos uma reflexão: “como exercer a missão com o carma ainda a ser cumprido?”. Basta que trabalhemos na lei do auxílio sem quaisquer pretensões. A resposta é simples, porém ainda nos parece abstracta. De fato, todo esse complexo de indagações só serve ao homem para preencher ainda mais a sua mente de filosofias e princípios sem substancialidade. Parece fácil fazer tais afirmações, mas cabe aqui destacar que os médiuns do Vale do Amanhecer trazem no seu transcendente a parcela dos espartanos, pois estes espíritos estão actualmente introduzidos em um Sistema Doutrinário que permite o exercício da missão em concomitância com o cumprimento dos dolorosos carmas. Isto porque, este Sistema teve suas bases fundamentadas por seres aculturados que já viveram mil experiências, confirmando assim, as afirmações do cientista Lavoisier quando diz que “nada se perde, tudo se transforma...”. 
É importante lembrar, que o trabalho da Espiritualidade é perfeito na manipulação de preciosas energias. Este factor energético é tão preciso que não se podem permitir desperdícios. Isto explica porque a Doutrina do Amanhecer naturalmente não se utiliza de materializações e outros fenómenos que, de certa forma, serviriam simplesmente para a confirmação física das nossas potencialidades. Outro aspecto importante é o factor mental-psicológico ainda em desenvolvimento no planeta de uma forma geral. Não devemos esquecer que é o homem que forma o núcleo da célula mental do planeta. Ou seja, cada ser humano é uma célula vital na Terra e como qualquer organismo estas células precisam se evoluir de tempo em tempo para se adaptarem a “atmosfera” vigente. 
Concluída a fase preliminar de ambientação dos espíritos encarnados com uma nova tónica em que suas psiques tendem a se adequar ao sistema actuante, iniciar-se-á uma nova etapa em nossas vidas. É necessário entender bem este processo, para que possamos assimilar a relação constante entre carma e missão. Somos sabedores que o tempo espiritual é assimétrico, e não obedece exactamente às leis que conhecemos. Porém, a verdade é que dentro de um plano astral, superior e alheio as nossas próprias convicções, para os propósitos de Capela em relação à Terra, já não existe mais espaço para o ciclo vicioso de ódio e negativismo que vive o planeta. É senso comum que a Terra vive num estado constante de baixas vibrações. Cabe lembrar que somos as células pensantes no planeta e compomos todo o seu quantum vibracional.
É simples observar esta disparidade de conceitos e leis, visto que a Terra se apresenta como uma prisão sem muros e ao mesmo tempo é um paraíso de belezas e riquezas que podem ser vividas de forma bem concreta. Sentimos no espírito, na alma e na carne tudo o que vivenciamos neste planeta tão singular. Somos conscientes de que nossos actos têm conduzido a Terra para a sua própria destruição, mas Deus em sua natural sabedoria nos coloca frente à situações que permitam a retomada do curso natural do planeta. Um exemplo claro desta intervenção divina é a missão desempenhada pela própria Clarividente Neiva que nos trouxe a Doutrina do Amanhecer. Neste sistema Doutrinário estão sintetizadas todas as bases de sobrevivência da humanidade para o novo amanhã. 
Como em qualquer enredo evolutivo não é difícil perceber a acção de duas vertentes o bem e o mal. Aqui vamos procurar observar ambos os lados. Ou seja, ale da assistência dos mundos evoluídos, dos planos superiores com seus princípios e planos civilizatórios, é preciso destacar também o outro lado da moeda, falemos então, do Vales negros. Estes mundos são o reflexo da desorganização humana ainda alicerçada em leis falhas e falsos preconceitos. Ali vivem seres entregues ás suas próprias dores e muitos já perderam a noção do certo e do errado. 
Não precisamos ir muito longe, até porque, estes mundos são os reflexos das irrealizações humanas. Criam suas próprias pela simples necessidade de estabelecer princípios, no entanto, não têm a verdadeira “noção de mundo” que compõe a vida do planeta hoje. Fazendo uma comparação com o sistema de vida das grandes cidades com o seu quotidiano agitado, famílias desestruturadas pela incompreensão dos carmas, podemos observar que o homem dispõe de propósitos totalmente transitórios e horizontais, digo inclinados a materialidade exacerbada, mas é claro que existem as excepções. Mas de fato, o homem no sentido de “ser encarnado” não age sozinho neste cenário contraditório. A actuação dos planos de baixo padrão é mais comum do que pensamos, pois a distância que nos separa é a mesma que nos une. Sabendo que a mente se expande ou se contrai, atraindo ou expelindo as más influências, isto, de acordo com o padrão do indivíduo que a projecta, não é difícil imaginar quão grande é o acesso que têm os seres de baixo padrão.
Em meio a este cenário aparentemente desordenado e pessimista, destaca-se a Doutrina do Amanhecer com suas mensagens de um futuro promissor. Passamos por diversas tapas evolutivas e eis que estamos frente a frente com o desfecho afunilado de uma missão um tanto quanto precipitada, pois sabemos que ainda estamos nos adaptando ao Sistema e este se integra ao planeta sem que suas bases sejam abaladas. Claro que não estamos inatingíveis, mas cabe lembrar que somos “experts” na manipulação magnética, o que fazemos com maestria. Digo, o Amanhecer com suas leis transparentes e bem definidas deixa o homem à mercê de suas próprias atitudes, conservando assim, o seu livre arbítrio. Talvez seja por isso, que temos uma certa dificuldade em entender as actuais circunstâncias que vivem os jaguares no âmbito doutrinário, o que desencadeia uma série de conflitos e perturbações na condução do sistema. 
No entanto, não se pode esquecer que o sistema está pronto, como a maioria gosta de “repetir”. Há na verdade uma força maior que nos guia. Naturalmente houve grande investimento em toda a obra estabelecida por meio de Natachan e, considerando o nível civilizatório dos nossos Mestres Capelinos, certamente há um plano de ganhos e perdas no contexto de “gerência” do Sistema Doutrinário. Não podemos esquecer, no entanto, que dispomos do poder magnético da desintegração e estamos incumbidos de conduzir o Terceiro Milénio. Para isso, é necessário atrair as forças contrárias e transmutá-las. Este é papel do jaguar enquanto missionário. Por isso o carácter natural de conflitos que provêm a adequação do Sistema. A prece de Sabá é bem clara neste aspecto. Digo, “o conhecimento de que tudo é bom, nos liberta do mal”. E assim, naturalmente passarão os tempos e os missionários, mas o Jaguar, este nome, na luz de Natachan, a nossa imortal Tia Neiva, jamais será esquecido aqui ou no espaço. Certamente, Seta Branca espera confiante que alcancemos os objectivos dos nossos espíritos.

Adj. Petanaro. Mestre Márlio Kleber

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