sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Conhecimento


Conhecimento

Todos, dentro da nossa particularidade, procuramos respostas aos porquês que nos cercam. Inevitavelmente para obter essas mesmas respostas desatamos a procurar fontes de conhecimento que permitam satisfazer a nossa sede. Ingenuamente e pela nossa condição há um momento em que acreditamos que se bebermos muita água dessas fontes podemos estar mais aptos a desempenhar o nosso papel.
Felizmente e Graças a Deus, a nossa condição humana, iluminada pelo amor eterno da espiritualidade, consoante vai ingerindo cada gole de conhecimento vai se apercebendo que não adianta ser sôfrego. O conhecimento é para ser saboreado e assimilado, obedecendo sempre as nossas necessidades e de acordo com a nossa capacidade de o compreender na sua tão complexa simplicidade. Caminhando e com o passar dos dias, das semanas, dos anos percebemos que o nosso conhecimento brota, na maioria das vezes, de fontes improváveis, tal qual uma água cristalina que brota de uma nascente. Salve Deus.
Conscientemente acredito que sabemos, até pelos exemplos que temos, que devemos ter plena consciência que a espiritualidade sabe perfeitamente qual a dose certa de conhecimento que nos é dado a beber. Mesmo assim, com amor e por amor, essa mesma Espiritualidade, respeita todos que em vez de saborear o que lhes dado a beber optam por mergulhar diretamente nas águas do conhecimento á procura do “Tudo” que hipoteticamente os satisfaz.
Acontece porém que muitos dos nossos irmãos sedentos do “Tudo” perdem-se á procura de “Tudo” sem método, sem rumo, esquecendo qual a maior das suas dúvidas.
É que vejo alguns irmãos e irmãs que fazerem questão de mostrar a sua sapiência em questões ligadas a nossa doutrina, de A a Z eles sabem “Tudo”. Mas quando lhes pergunto: «Quem és TU?» - há um vazio completo de “Tudo”. A verdade é que há uma maioria de irmãos e irmãs não sabe quem realmente são, porque procuraram “Tudo” e esqueceram-se do pressuposto que a evolução do nosso conhecimento deverá partir sempre do simples – Eu - para o complexo. Talvez por isso quando questionados refugiam-se junto do nosso amado Pai Seta Branca e respondem: «Sou filho / filha de Pai Seta Branca». Salve Deus.
Prezo muito que todos tenhamos Pai Seta Branca como Pai, e mais feliz fico quando o reconhecemos a Ele e ao seu infinito Amor, mas também importante sabermos de quem é a imagem que se reflete nas águas que brotam da fonte do conhecimento quando nos aproximamos para as beber.
Se formos capazes de nos reconhecer é a prova maior de que de facto cada gole de água bebida proporcionou-nos o conhecimento e a consciência do propósito pelo qual estamos a viver esta oportunidade, só assim podemos nos entregar completos ao que nos propusemos fazer, e desta forma evitar que sejamos tentados entrar num labirinto que só irá nos distrair do que de fato é importante – A nossa Evolução.
Salve Deus,
Adjunto Galmã - José Teixeira
Templo Evalumo – Nogueira da Maia - Portugal

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