Quando, por merecimento, um espírito encarnado consegue evoluir em sua jornada, ele sobe um degrau em sua longa trajetória, e a isso damos o nome de Consagração, pois ele se habilita a manipular mais forças, sua emissão vai mais alto, captando forças cada vez mais potentes, ampliando seu poder curador e desobsessivo. Essa Consagração é individual e lhe é concedida pela Espiritualidade Maior, certificando-o de que seu plexo está preparado para o novo passo em sua missão. Muitos serão os chamados, mas pouco serão os escolhidos! Isso nos advertiu Jesus, e sabemos que, em nossa caminhada, temos que estar alertas para tudo o que acontece em nosso redor, buscando sempre amar e aprender, compreender e perdoar, usando todo o nosso conhecimento e toda a nossa força para ajudar a quem precisa. Nosso trabalho na Lei do Auxílio vai nos dando condições para recebermos nossas Consagrações. Na elevação efetiva de um espírito, há séculos acrisolado no ódio, perdido nas Trevas, podemos receber uma Consagração! Por força de se manter a força decrescente e a hierarquia do Mestrado, foram estabelecidas Consagrações coletivas, como as de 1º de Maio, Dia do Doutrinador, as de setembro, das Falanges Missionárias, e as de outubro, dos Adjuntos e seus componentes. Embora de caráter aparentemente coletivo, são, na realidade, concedidas individualmente, cada um as recebendo de conformidade com suas reais condições e por seu merecimento. Essas Consagrações coletivas canalizam potentes raios de forças que são manipuladas e distribuídas a todos os médiuns da Corrente, estejam eles presentes ou não, pois essas forças irão atingir todo aquele que, mesmo ausente no plano físico, está ligado ao ritual por sua energia mental, concentrando-se e buscando a recepção daquelas forças. Todavia, dentro de uma Consagração coletiva permanece o conceito básico: cada médium irá receber de acordo com seu merecimento, pela capacidade que alcançou com seu próprio trabalho. Hoje, sem a presença física de Koatay 108, não sabemos o que nos chega em uma Consagração coletiva. Abre-se o ritual, é feita a chamada das forças, faz-se todo o roteiro, baseados no conhecimento e na confiança que temos em nossos Mentores. Mas, o que recebemos? Não podemos e nem temos como avaliar. Cada médium, dependendo das condições de seu Sol Interior, vai receber sua parcela, em maior ou menor intensidade, e pode, até, nada receber! Não devemos ter a pretensão de nos julgarmos merecedores de receber tudo quanto pedimos, nem mesmo das forças dos trabalhos e rituais de que participamos. Temos, sim, que atuar com amor, tolerância e humildade, mantendo equilibrados os três reinos de nossa natureza, para podermos ser dignos de receber uma partícula dessa grandeza em que se constitui uma Consagração. Toda Consagração envolve a deposição de forças no plexo do médium, de modo a potencializar sua emissão horizontal, uma vez que amplia sua recepção vertical, isto é, dos planos espirituais para si. Quando ocorre uma Consagração de Arcanos ou de Trinos Juremá ou Iramar, por exemplo, uma parte das forças é depositada no plexo daquele Doutrinador enquanto a outra permanece no espaço, à sua disposição, para ser utilizada na medida da necessidade. Se não for manipulada corretamente, isto é, se aquele mestre não corresponder aos objetivos daquela sua Consagração, elas vão se diluindo, terminando por desaparecerem. Por isso não se deve pensar em ser consagrado levianamente.
“o pão alimenta o corpo e o amor o coração”
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