Partida
Evangélica (4a Aula)
TRINO TUMUCHY, Mestre Mário Sassi (1983)
TRINO TUMUCHY, Mestre Mário Sassi (1983)
Salve
Deus! Agora, mais do que nunca, estou ficando convencido de que a
nossa partida evangélica vem se tornando efetiva. Vamos estabelecer
uma ponte entre o tempo de Jesus e a nossa vivência atual, e vamos
ver que, cada vez mais, vamos nos aproximando da semelhança das
situações. Vivemos intensamente as coisas, mas não as avaliamos
devidamente! É como as grandes pinturas, às quais só podemos
avaliar com profundidade quando as olhamos a uma certa distância.
Para fazermos a avaliação do que estamos vivendo, precisamos sair
do corpo, para assim podermos perceber como é vivo este Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo. Já dissemos que, aqui, não aprendemos
pelo intelecto, mas, sim, pelo processo intuitivo. Todo nosso
trabalho é intuitivo, é a assimilação direta do fenômeno
mediúnico. Assim, procuramos fazer uma relação entre o nosso grupo
e aquele grupo iniciático que trabalha com Jesus, principalmente os
Apóstolos. João, por exemplo, que foi um dos Evangelistas, era,
também um pescador, e foi ele quem escreveu o Apocalipse. O
Apocalipse, que é uma projeção do futuro, foi um trabalho especial
realizado por João. Como um pescador poderia realizar um trabalho de
tamanha profundidade? Nós, também, somos pescadores, e estamos
realizando o verdadeiro trabalho evangélico, por inspiração
direta. Muito recentemente, aprendemos com Tia Neiva que o traçado
entre o Tibet e a Palestina tem uma situação muito especial. No
Tibet, durante séculos, foram preparados muitos iniciados, que
trabalharam em concentração, como verdadeiros espíritos
extraterrestres. Não há explicação para tal concentração de
intensidade de conhecimentos transcendentais e de construções nas
montanhas, nas condições mais adversas. Só se pode assemelhar aos
grupos dos Equitumans, que chegaram em naves espaciais, nos Andes. A
Palestina continua sendo, até hoje, o centro de onde parte a maior
quantidade de informações, de conhecimentos, de concentração de
gente e a maior área de conflitos. A Palestina era, justamente, a
porta entre a área ocidental e a área oriental. A ela tinham acesso
todas as informações do Tibet. Esta era a situação no tempo em
que chegou Jesus: uma preparação, que havia se iniciado no Tibet, e
a Palestina, área escolhida, que havia recebido a preparação
direta. José de Arimatéia era um lhama tibetano. Ele era o mesmo
Simão Sirineu, que ajudou a Jesus carregar a cruz, e era, também,
um rabino. Portanto, tinha várias personalidades. Foi também ele
que conseguiu, com Maria e José, a preparação de Jesus, tendo ele
como tutor. Só ele tinha condições para tratar de um espírito tão
elevado. Jesus passou por tudo porque a Lei assim determinava. Só
não passou pelo casamento, porque não tinha carma. Isso nos dá
idéia de que casamento é carma. Uma das determinações do carma é
que a pessoa não pode deixar de casar. E é por isso que os
sacerdotes católicos não casam, em busca de se assemelharem ao
Grande Mestre Jesus. Como se isso fosse possível a um ser humano!...
Na verdade, Jesus não veio para se redimir, mas para confirmar a Lei
Natural, física, que rege o sistema estabelecido por Deus. Para se
entender o espírito do Evangelho é preciso entender o sentido das
leis naturais. O mundo de Deus não tem nenhuma segurança, nem nada
certo. Ninguém sabe a hora da morte, nada sabemos sobre o dia de
amanhã, etc. Todos os fenômenos da natureza, tanto físicos como
sociais, são sempre em termos de insegurança, e esta insegurança é
que traz, ao espírito, a busca da segurança transcendental. Se não
houvessem os estados de insegurança, os conflitos e as guerras, o
Evangelho não falaria em armas, como a lança, a espada, etc. Para
que possamos encontrar a tranquilidade, é preciso que subamos em
busca do vértice do Triângulo, ponto comum e mundo do espírito,
ponto de purificação. Só existe tranquilidade da individualidade.
Fora disto é impossível porque o organismo físico impede que
ocorra. A todo momento estamos vivendo, intensamente, a vida e a
morte. A paz só existe na individualidade, no espírito, na sede do
transcendental. À medida em que a parte física vai enfraquecendo, o
conflito vai diminuindo, vamos caminhando para as soluções
cármicas, vamos ao encontro da paz, e nos encontramos livres do
fator físico-psíquico, do fator luta e do fator conflito. Assim, é
preferível enfrentar as lutas, as dúvidas e os conflitos, do que
fugir deles. A maioria dos prejuízos financeiros resulta da
tentativa constante de fugir à luta. Daí resulta o mundo que
progrediu tanto tecnologicamente, em busca do conforto, que perdeu
completamente a realidade de poder chegar à área de paz. A busca de
fugir à luta, pelo conforto, é tão intensa, que levou o Homem a se
apegar, cada vez mais, ao mundo físico, se fixando na base do
Triângulo. No tempo de Jesus aconteceu a mesma coisa. Os homens já
tinham ultrapassado todas as faixas de encaminhamento para o ângulo
superior do Triângulo, e ficaram anulados em termos de percepção
espiritual. O Homem ia se anulando em relação a seu próprio
espírito, face à luta natural pela vida. Todo o Evangelho fala que
os judeus seriam o bode expiatório do Cristianismo. Na verdade, toda
aquela humanidade o era, exceto o Tibet e outras áreas de mosteiros,
onde estavam situados os focos crísticos realmente atuantes. Houve
uma transferência daquele foco crístico para a área onde estavam
concentrados os vários tipos de humanidade, na Palestina. Foi aí o
lugar escolhido para a chegada de Jesus. Entre o Tibet e o Oriente
Médio havia uma comunicação, apesar da distância imensa. A
comunicação era rápida, e José de Arimatéia era o responsável
por estas comunicações. Inclusive, Maria e José visitavam Jesus,
no Tibet! O povo tibetano atuava sobre as pessoas que estavam com
Jesus, da mesma forma que, hoje, entidades atuam sobre nós. Quando
trabalhamos e emitimos, nós somos a própria entidade, ela atua
sobre nós. É por isso que dizemos: “Eu, Cavaleiro Verde,
Cavaleiro Especial...” Naquela hora, quem fala é o próprio
Cavaleiro que está incorporado em nós, não fisicamente mas
espiritualmente. Então, os lhamas tibetanos, que eram, talvez,
descendentes dos Equitumans, vindos, quem sabe, de Capela, prepararam
toda a infra-estrutura para a chegada de Jesus. Os lhamas projetavam
sobre os Apóstolos e eram eles que falavam através deles. Daí a
ligação entre os tempos mais remotos, mais longínquos, e os
Grandes Iniciados, que estavam preparados para receber aquele impulso
crístico. Aí vemos que Jesus foi parte do Sistema. O Sistema, como
um todo, é o Verbo Divino, e sempre existiu em todos os tempos. Do
Tibet, aquela força poderosa se projetou na Palestina. Os judeus
carregavam com eles a Arca da Aliança, que, para eles, era um
instrumento intergalaxial. Para conter a Arca, no Templo de Salomão
se fez necessário uma construção especial. O Templo de Salomão
era uma construção essencialmente iniciática, tecnicamente
construído, assemelhado a uma usina atômica atual. Dentro dele
havia o lugar onde somente os santos sacerdotes podiam penetrar,
equivalendo aos sacrários da Igreja Católica. Há, portanto, uma
série de relações das coisas que são sistemáticas. Todas as
técnicas iniciáticas do Templo de Salomão foram levadas do Egito,
por Moisés. Moisés se iniciou no Egito e, depois, utilizou seus
segredos contra os próprios egípcios, porque lá ele se rebelou,
libertando seu povo da escravidão. Na realidade, ele estava se
rebelando contra a degeneração dos sacerdotes egípcios. Quem
denunciou estes sacerdotes foram os Tumuchy, como vem ocorrendo,
atualmente, no Vale do Amanhecer. O Vale é uma forma de denúncia de
todos os sacerdócios, de uma maneira indireta, porque nada cobra de
ninguém. Falamos alto e em viva voz que nós é que agradecemos a
honra de servir ao Mestre Jesus. Então, Moisés, quando percebeu a
decadência dos sacerdotes, fugiu, levando com ele os segredos
iniciáticos, entregando-os na Terra Prometida. Foi onde nasceu
Jesus, já com o terreno preparado para a Sua chegada. Aquela
humanidade que se transferiu para a Terra Prometida, ali formou o
começo de sua individualidade. Mas os sacerdotes que foram se
formando, geração após geração, foram, também, se degenerando,
e quando Jesus chegou, estava tudo preparado segundo os planos
espirituais, mas os homens permaneciam concentrados na base do
Triângulo, presos às coisas da Terra. O Templo de Salomão
representou, em princípio, o sacerdócio iniciático – a
capacidade de comunicação entre os planos. Um templo iniciático
funciona durante um certo tempo. Depois, começa a degeneração, os
formalismos, as ambições humanas. Os sacerdotes começam a dominar
a situação; estabelece-se uma política e termina com um sacerdócio
desorganizado, como é até os dias de hoje. Qual o perigo que
corremos em nosso sacerdócio? É, exatamente, o que aconteceu com os
outros. Se não nos alertarmos, se não fizermos esta Partida
Evangélica, nosso Templo vai caindo dentro da rotina. Para que isto
não aconteça, devemos, primeiro, não ficarmos presos somente à
organização. Devemos viver os fatos extraordinários que se passam
em torno de nós, e procurar entendê-los. São importantes o ritual,
o formalismo, o uniforme, mas é muito mais importante a nossa missão
simétrica, para a qual trazemos um mundo assimétrico. Portanto,
procurem em seus íntimos, porque a riqueza está lá dentro, e não
aqui fora. Temos que enriquecer esta Partida Evangélica dentro desta
Corrente. Vamos transformá-la numa realidade. Resumindo: o Sistema
Crístico já existia antes da chegada de Jesus; existiam pontos
focais, onde se concentravam os ensinamentos do Sistema Crístico;
houve uma transferência de concentração humana para a Palestina;
vieram egípcios e judeus, e, pelo céu, chegavam amacês, com os
Grandes Iniciados projetando sobre a comunidade, como acontece, hoje,
com os nossos Cavaleiros; então, foi preparado o clima para a
chegada de Jesus, que veio confirmar a Lei Crística; Jesus se reúne
aos Apóstolos, únicos seguidores, naquela época. Não esqueçam,
como grande ensinamento: “A riqueza está dentro de nós, na
partícula crística!” Salve Deus!
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