Nossa
Senhora da Conceção do Apará
É
a madrinha e protetora dos médiuns Aparás do Amanhecer. Alma humana
que não provém de seitas ou de escolas, somente Castro Alves nos
recorda, com a figura do majestoso “O Navio Negreiro”, que, entre
mil versos, diz:
(...)
Era um sonho dantesco... O tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho,
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... Estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...
Um, de raiva, delira, outro enlouquece...
Outro, que de martírios embrutece,
Cantando, geme e ri!
Que das luzernas avermelha o brilho,
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... Estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...
Um, de raiva, delira, outro enlouquece...
Outro, que de martírios embrutece,
Cantando, geme e ri!
"Foi
então que neste quadro dantesco de dor, apareceu a figura de Nossa
Senhora da Conceição Apará; compadecida, chegava subtil e falava,
naquela era sofrida, àqueles que, por Deus, ali estavam, sem
carinho, sem esperança e sem amor. Apará, Apará! Era como a
chamavam. Ela se manifestava entre eles, dando-lhes força, soprando
suas feridas. Apará hoje és, na tradição deste exemplo, deste
amor. Apará, meu filho, Apará! Não te esqueças de que, outrora,
na dor, Nossa Senhora Apará, de poderes infinitos, nunca ensinou a
ira, muito menos a vingança ou a riqueza, mas, sim, a humildade, a
tolerância e o amor! É tudo, filho querido do meu coração, na tua
graça singular. É a história que ficou. Os teus poderes são tudo
o que disse este pouco que pude dizer..."
Alma
Livre e Evoluída! É o Mestre Apará, que rompe o véu da ciência,
dos preconceitos, que transporta o transcendente, perscruta a alma,
descreve com clareza e precisão.
Quanto
mais simples, mais perfeito exemplo de amor do extra-sensorial;
cientista se expande com fenómenos inexplicáveis dos surdos e dos
mudos.
É
também a dor para os que desejam prova. É mais verdadeiro do que
pensamos, pois o mundo é o seu cenário, onde desenrola os dramas da
vida e da morte.
Quando
desejo explicar na minha Clarividência, surge um foco diferente; é
fenómeno especial.
(Tia
Neiva, 23-01-1979)
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