Ciência
e Fé
“A
fé que nega a ciência é tão inútil quanto a ciência que nega
a fé.”
Estas
palavras de Pai Seta Branca resumem o posicionamento do mestre do
Amanhecer diante dos aspectos místico e científico da Doutrina.
O
conhecimento das encarnações sucessivas, da Lei de causa e
efeito e da Ciência da vida fora da matéria são
necessários para que o médium compreenda o que está fazendo na
Doutrina. Este conhecimento, se bem assimilado, traz segurança ao
médium fazendo-o entender que o trabalho na Lei de auxílio,
além de equilibrar sua vida, vai permitir que se livre de dívidas
de outras vidas quando, por falta de amor, fez outras pessoas
sofrerem.
De
modo singelo, como nos disse Tia Neiva, ele vai evoluindo, se
libertando de velhos hábitos, deixando de dar valor a muitas coisas
que antes o faziam sofrer.
Se
bem posicionado, ele aprende que deve lutar por suas realizações
materiais, tendo, porém, o entendimento de aceitar em sua faixa
cármica aquilo que não pode evitar, atravessando os seus momentos
difíceis sem se desequilibrar e, acima de tudo, sem deixar de
trabalhar espiritualmente.
A
fé é o conhecimento da Individualidade, que chega à personalidade
na forma de segurança e convicção. O lado místico do médium, se
bem dosado, traz, ao trabalho mediúnico, poderosas energias
espirituais.
Equilíbrio
deve ser a palavra de ordem. Muitas vezes, vemos mestres tão
apegados à forma que se esquecem da essência. A Doutrina do
Amanhecer trabalha em sintonia com o 7° Raio, movimentando, através
da Magia Ritualística, um poder enorme.
Para
se controlar esta força e com ela realizar curas, o mestre precisa
colocar sua mente na sintonia correta e executar os rituais com
precisão. O grande perigo é a realização de rituais frios e sem
vibração. O ritual deve ser um meio de se atingir objetivos
espirituais e não um fim.
Certamente,
haverá um dia nesta terra em que não fará sentido fazer distinção
entre fé e ciência, pois estes dois aspectos estarão unificados em
um só: o conhecimento. Com este conhecimento, o homem saberá se
relacionar com outros mundos e movimentar as energias que necessita.
Este tempo ainda não chegou e o misticismo da alma, que dá calor
aos rituais e impulsiona o homem para Deus, ainda está muito
associado ao aspecto religioso.
Da
fé e do conhecimento surge a consciencialização que, se
verdadeira, traz a sabedoria e coloca o ser humano em contacto com
sua individualidade, sem afastá-lo das metas racionais, que a sua
condição de medianeiro exige.
E
mais uma vez, como nos disse nosso Pai Seta Branca:
“Filho
Jaguar, filho Esparta, ao cruzar as espadas em teu peito exigi que
empunhasses sempre dividindo da direita para a esquerda,
resguardando-se na conduta doutrinária, na ciência e na fé, porque
tudo te pertencerá na alegria e na dor. Na filosofia dividirás o
bem e o mal. Na religião, o amor unirás todas as pérolas e com
elas enfeitarás o caminho onde um dia caminharás junto a quem tanto
suspiras.”
Texto
do Mestre Zílcio, Adjunto Parlo
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