sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Santa Sara Kali padroeira do Povo Cigano


Santa Sara Kali é a padroeira do povo cigano, é pouco conhecida, como também é pouco conhecida a sua história. Acredita-se ser Egípcia, era escrava, venceu os mares com sua fé e virou Santa.
Conta a lenda que Maria Madalena, Maria Jacobé, Maria Salomé, José de Arimatéia e Trofino, junto com Sara escrava, foram atirados ao mar, numa barca sem remos e sem provisões. Desesperadas as três Marias puseram-se a orar e a chorar. Sara então retira seu lenço da cabeça, chama por Jesus Cristo e promete que se todos se salvassem, ela seria escrava de Jesus, e jamais andaria com a cabeça descoberta em sinal de respeito.
Milagrosamente, a barca sem rumo, atravessou o oceano e aportou com todos salvos em Petit-Rône, hoje a tão querida Saintes-Maries-de-La-Mer, no sul da França. Por ser escrava e negra, ao aportar não foi acolhida como os outros de seu barco.
Um grupo de ciganos a encontrou e ficaram penalizados, então acolheram-na. Sara cumpriu a sua promessa até o final de seus dias. Conta a lenda que ela operou alguns milagres entre o povo cigano e por isso, após sua morte foi cultuada como padroeira do povo cigano.
Suas histórias e milagres a fez Padroeira Universal do povo cigano, sendo festejada todos os anos no dia 24 de maio. Segundo o livro escrito pela cigana Miriam Stanescon, deve ter nascido deste gesto de Sara Kali, a tradição de toda a mulher cigana casada, usar um lenço, tornando a peça mais importante do seu vestuário, tanto que quando se quer presentear uma cigana com o mais belo presente, se diz:- “Te darei um lindo lenço”.
Além de trazer saúde, prosperidade, Sara Kali é cultuada também pelas ciganas por ajuda-las diante da dificuldade de engravidar. Muitas que não conseguiam ter filhos, faziam promessas, no sentido de que, se concebessem, iriam à cripta da Santa, em Saintes-Maries-de-La-Mér, fariam uma noite de vigília e depositariam aos seus pés como oferenda, um lenço, o mais bonito que encontrassem. Lá existem centenas de lenços, como prova que muitas mulheres receberam essa graça.
Para a mulher cigana, o milagre mais importante da vida, é o da fertilidade. Quanto mais filhos tiver, é considerada pelo seu povo, uma mulher dotada de sorte. A pior praga para uma mulher cigana é desejar que ela não tenha filhos. Talvez seja esse o motivo das mulheres terem desenvolvido a arte de simpatias e garrafadas milagrosas para a fertilidade.
Uma outra lenda diz, que Sara Kali, as três Marias e José de Arimatéia, teriam fugido numa pequena barca, transportando o Santo Graal (o cálice sagrado), que seria levado para um mosteiro da antiga Bretanha. A barca teria perdido o rumo durante o trajeto e atracado no porto de Camargue, às margem do Mediterrâneo, que ficou conhecido como Saintes-Maries-de-La-Mer, transformado num grande local de concentração cigana.
O seu dia é comemorado e reverenciado através de uma longa noite de vigília e oração pelos ciganos espalhados no mundo inteiro, com candeias de luzes azuis, flores e vestes coloridas, muita música e muita dança. Cujo simbolismo religioso representa o processo de purificação e renovação da natureza e do eterno “retorno dos tempos” CIGANOS LUZ DO AMANHECER

domingo, 9 de novembro de 2014

Faz hoje 45 anos que Neiva chegou ao Vale do Amanhecer


Salve Deus,
Meus Irmãos em Cristo Jesus,
Salve Deus.
Hoje é uma data importante a relembrar para todos nós, filhos desta Doutrina, deste Vale do Amanhecer.
Faz 45 anos, que sob as ordens de Pai Seta Branca, nossa Mãe Clarividente - Tia Neiva, chegou no seu camiãozinho ao Vale do Amanhecer.
Era o dia 09 de Novembro de 1969, um Domingo, e foi o dia de sua chegada, e também colocada a primeira pedra, a primeira intenção, a força, a esperança e o sonho, naquela terra prometida onde está hoje construído o Templo Mãe - Planaltina.
Salve Deus.
Devemos mais uma vez, passados apenas dez dias do seu aniversário, prestar-lhe a devida homenagem pela sua grandeza enquanto mulher, ser humano, e espírito que foi e É.
Salve Deus.
Devemos prestar uma homenagem sentida, humilde e duradoura por todos os séculos vindouros, porque tal como o Grande Mestre Jesus que se sacrificou por nós, também Tia Neiva, simples e humilde mulher o fez, para que hoje pudéssemos manipular os grandes poderes da Alta Magia de Nosso Senhor Cristo.
Tia Neiva também Ela se sacrificou, travou lutas interiores e espirituais, ultrapassou dores físicas e espirituais, psicológicas e emocionais, que apenas Ela saberia como lhe foi difícil ultrapassar, para trazer até nós esta Doutrina que manipulamos em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Salve Deus.
Devemos portanto meus irmãos, homenageá-La com o nosso trabalho, dedicação, deslocando-nos ao templo, em nossas casas ou nos nossos corações, emitir em Seu nome, palavras cheias de Amor, Humildade, Tolerância.
Salve Deus.
Porque só assim, emitindo numa só voz, poderemos com todo o legado que Tia Neiva nos deixou, sermos pessoas melhores, seres humanos melhores e mais capazes de ajudar os nossos irmãos encarnados ou desencarnados nesta Lei do Auxílio, neste Pronto Socorro Universal.
Não vou alargar mais este texto, porque cada um de nós é, e deve ser capaz, de neste instante trazer até si tudo o que de bom já viveu ao serviço desta doutrina. Suas realizações, suas melhoras como ser humano, o bem sem olhar a quem, e com isso homenagear em seu coração a nossa Mãe em Cristo Jesus,
A GRANDE MULHER - TIA NEIVA
Página: Sou Jaguar - Vale do Amanhecer
Salve Deus.
Jesus Te peço, que a Paz e a Harmonia viva no coração do Mestre Jaguar, e que ele possa se encontrar consigo mesmo.
Salve Deus e Graças a Deus.
-0-//

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Rainha do Sabá


A invocação da força da Rainha de Sabá é muito poderosa e desobsessiva. O Cap. 10 do I Livro dos Reis descreve: Tendo a Rainha de Sabá ouvido a fama de Salomão, com respeito ao nome do Senhor, veio prova-lo com perguntas difíceis. Chegou a Jerusalém com enorme comitiva; com camelos carregados de especiarias e muitíssimo ouro e pedras preciosas; compareceu perante Salomão e lhe expôs tudo quanto trazia em sua mente. Salomão lhe deu resposta a todas as perguntas, e nada lhe houve profundo demais que não pudesse explicar. Vendo, pois, a Rainha de Sabá toda a sabedoria de Salomão, e a casa que edificara, e a comida à sua mesa, e o lugar dos seus oficiais, e o serviço de seus criados, e os trajes deles, e seus copeiros, e o sacrifício que oferecia na Casa do Senhor, ficou como fora de si, e disse ao rei: "Foi verdade a palavra que a teu respeito ouvi na minha terra e a respeito de tua sabedoria. Eu, contudo, não cria naquelas palavras, até que vim e vi com os meus próprios olhos. Eis que não me contaram a metade: sobrepujas em sabedoria e prosperidade a fama que ouvi. Felizes os teus homens, felizes estes teus servos, que estão sempre diante de ti e que ouvem a tua sabedoria! Bendito seja o Senhor, teu Deus, que se agradou de ti para te colocar no trono de Israel; é porque o Senhor ama Israel para sempre, que te constituiu rei, para executares juízo e justiça." Deu ela ao rei cento e vinte talentos de ouro e muitíssimas especiarias e pedras preciosas; nunca mais veio especiaria em tanta abundância como a que a Rainha de Sabá ofereceu ao rei Salomão.(...) O rei Salomão deu à Rainha de Sabá tudo quanto ela desejou e pediu, afora tudo o que lhe deu por sua generosidade real. Assim, voltou e se foi para a sua terra, com seus servos. Essa passagem está também registada em 2 Cronicas 9; 1 a 12. Segundo os Evangelhos de Mateus (12; 42) e Lucas (11; 31), Jesus fala aos escribas e fariseus sobre aquela geração má e adúltera, e diz, referindo-se à Rainha de Sabá: A rainha do Sul se levantará, no Juízo, com esta geração e a condenará, porque veio dos confins da Terra para ouvir a sabedoria de Salomão. E eis aqui está quem é maior do que Salomão! A Rainha de Sabá - cujo nome era Makeda - foi considerada, em sua época, a mais inteligente e rica rainha do Oriente. Reinava sobre Sabah e áreas fronteiriças, numa região em ambas as margens do mar Vermelho, que compreendia as cidades de Marib, Sana e Taizz, ao sul da Arábia Saudita, e no litoral africano, a zona da atual Etiópia. No Século XV, mapas foram feitos com a situação de Sabá dentro do território etíope, e documentos egípcios antigos indicavam a Etiópia e Sabá como um só país. Essas controvérsias são compreensíveis, uma vez que trata-se de história vivida há mais de três mil anos, com muitos documentos perdidos através dos tempos ou destruídos por ações religiosas. Inúmeras histórias descrevem a sabedoria e a fortuna de Makeda, amealhada com amor e paz, especialmente pelo grande comércio de incenso e mirra, material que era vendido para as mais distantes civilizações. A mirra é uma planta medicinal, originária da África, cuja resina dimana por incisão, sendo usada como unguento, bem como excelente perfume e para o trabalho de mumificação. Muito cara por seu difícil cultivo, foi um dos presentes que os Reis Magos levaram ao Menino Jesus, simbolizando a cura do espírito e do plexo físico. Makeda era rainha e sacerdotisa, sabendo manipular, com perfeição, as Grandes Forças do Oriente Maior, de forma precisa e consciente, realizando grandes fenómenos e tendo, sempre, proteção dos mundos espirituais de Luz, para si e para seu povo. Foi, principalmente nos relatos da Idade Média, tida como grande feiticeira, que usava calçados especiais para esconder seus pés, que tinham a forma dos pés de patos, e muitas ilustrações a mostram como um cisne. Uma lenda das mais difundidas é a de que, quando visitou Salomão, a Rainha de Sabah se recusou a passar por uma ponte, construída com madeira retirada da Árvore do Bem e do Mal, que havia recoberto o túmulo de Adão. Essa madeira, mais tarde, foi retirada, e com ela foi feita a cruz onde Jesus foi crucificado. Símbolos e fantasias preenchem os relatos sobre a Rainha de Sabá, principalmente dos Hebreus, que a identificam com Lilith, mulher bela, sedutora e diabólica, citada na mitologia assíria e babilónica. Chegou a formar uma poderosa raiz, mas esta força foi desintegrada por causa das deformações que sofreu, em face dos transtornos pelos quais a Rainha de Sabá passou. Para se casar com Salomão, Makeda teria se convertido ao Judaísmo, onde tomou o nome de Balkis ou Belkiss. Seguindo seus destinos, Salomão continuou em Jerusalém e Makeda, grávida, voltou a Sabah. Menelique, fruto dessa união, nasceu em Sabah, sendo ali educado e preparado para ser um rei, até que, ao completar 22 anos, foi visitar Salomão. Foi recebido cordialmente pelo pai, que cuidou para que estudasse as leis e a religião hebraicas. Após algum tempo, sentindo que haveria mais condição para alcançar o poder em suas terras, Menelique resolveu retornar a Sabá. Antes de partir, o sumo sacerdote hebreu sagrou-o Primeiro Imperador da Etiópia, e Salomão deu-lhe o nome de David, ordenando que os primogénitos dos chefes de Israel o acompanhassem à Etiópia, conduzindo a Arca da Aliança, embora haja, em outras narrações, a acusação de que Menelique teria roubado a Arca da Aliança, mas isso não tem fundamento. Por essa razão é que, desde então, seus descendentes herdam o trono da Etiópia, com o título de Filho de David e Leão de Judá. Esse milenar espírito da Rainha de Sabá, tendo totalmente cumprido sua missão na Terra, hoje, espírito de alta hierarquia, conduz seu trabalho no Umbral, atendendo aos espíritos que foram perturbados em suas encarnações e não souberam como encontrar o Caminho de Jesus, deixando-se levar pelos desesperos e pelas dores, ficando em triste situação após o desencarne. A Rainha de Sabá, juntamente com Falanges de Guias Missionárias, especialmente Dharman Oxinto e Jaçanãs, e Cavaleiros de Oxosse, os assiste e os conduz às enfermarias e aos albergues, protegendo-os da ação das falanges do Mundo Negro. Salve Deus!

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

O Padrinho - Tia Neiva


                                                      PADRINHO

Quando um espírito se compromete com outro como padrinho, ele tem a responsabilidade de levar o amor e a evolução àquele afilhado, principalmente pela harmonia e dedicação nos trabalhos da Doutrina do Amanhecer.
Tia Neiva dizia ser a mãe do Doutrinador, logo, como pai, com a polaridade positiva, está, neste planeta, o padrinho, cuja principal função é a de substituir a figura paterna, tornando-se um espelho para aquele que lhe coube como afilhado, dando exemplo dignificante por sua conduta doutrinária.
Não sofre qualquer interferência dos espíritos das Trevas aquele que está sob a guarda de seu padrinho, porque é formada uma proteção magnética que permite o total isolamento dos dois, juntando seus campos magnéticos e vibrando o amor luminoso, em harmonia como seus Ministros e Cavaleiros.
O padrinho completa o grande feixe de forças necessárias para a evolução e condução de um espírito a caminho de Deus.
O padrinho de um Arcano deve ser do mesmo Adjunto de origem. Caso não o seja, deixará de emitir com o Ministro anterior e passará a emitir no Ministro do afilhado.
• “As lutas, as constantes guerras dos exus, eguns, são terríveis. Existem espíritos que já subiram para o sono cultural, isto é, tiveram a graça de serem retirados das Trevas por um padrinho. Sim, quando estamos em dificuldade, chamamos por nosso padrinho e ele, somente ele, pela graça de Deus, pode colocar seu afilhado no grau de sua evolução. Devemos admitir, então, que entre o afilhado e ser padrinho tudo pode acontecer. Tudo, inclusive uma mudança estrutural benéfica.” (Tia Neiva, 14.8.84)

domingo, 2 de novembro de 2014

Prioridades


Prioridades

Uma das grandes dificuldades que encontramos para exercitar nossa tolerância é compreender as prioridades dos outros.

As pessoas ao nosso redor, por mais próximas que sejam, possuem suas próprias prioridades e não temos o direito de julgar fúteis ou tentar “enfiar” em suas cabeças as nossas prioridades, por mais que pareça claro aos nossos olhos que deveriam ter uma atitude diferente.

Não podemos avaliar seus pensamentos, devemos apenas aceitar o nível de compreensão que cada um possui. Claro que aceitar, compreender, é muito diferente de concordar!

Podemos discordar, considerar que tudo poderia ser diferente, mas temos, pela nossa consciência, a obrigação de compreender as diferenças nas prioridades de cada um. Aquilo considerado fútil para nós, pode ser verdadeiramente importante para o outro, e ponto! É importante para a pessoa, devemos respeitar.

Às vezes isso é muito difícil... Pois agiríamos de maneira completamente diferente, falaríamos, sentiríamos... Mas cada um é cada um e sequer podemos exigir que sejamos compreendidos. Compreender antes de ser compreendido! Esta é a máxima!

Evolução não é algo que podemos impor aos outros com nossas palavras e justificativas. Não vamos mudar os pensamentos e convicções por conta de nossos discursos e justificativas. A evolução é muito individual, e tão particular que sequer podemos avaliar quem é mais evoluído: se nós com nossas certezas e boas intenções, ou o outro com seus rompantes que também são certezas pessoais.

Nos magoamos inutilmente por pensar que os outros poderiam pensar ou agir de maneira diferente, principalmente quando estamos diretamente envolvidos. E, a grande verdade, é que não podemos exigir que compreendam nossas mágoas... Não podemos querer mudar os outros, pois quem deve mudar somos nós!

Recordemos sempre que o sofrimento é uma escolha e que qualquer mágoa inicial pode ser manipulada com a tolerância e a compreensão.

Nem sempre conversar adianta! Pois na maioria das conversas  um dos lados tenta prevalecer, e quando existe mágoa, esta mágoa não poderá ser sanada com a imposição das ideias ou justificativas dos fatos. Mágoa é sentimento, e sentimento não some por um bom discurso.

Respeitemos ao outro! Compreendamos as prioridades de cada um! Aprendamos a nos magoar menos e principalmente buscar a compreensão (mesmo sem a concordância) para não mantermos a mágoa e transforma-la em ressentimento.

Kazagrande

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Trinta Moedas


TRINTA MOEDAS
Salve Deus!
Então um dos doze discípulos, chamado Judas Iscariotes, foi falar com os chefes dos sacerdotes. Ele disse: - Quanto vocês me pagam para eu lhes entregar Jesus? E eles lhe pagaram trinta moedas de prata. E daí em diante Judas ficou procurando uma oportunidade para entregar Jesus. (Evangelho segundo Mateus)
Por trinta moedas de prata Judas entregou Jesus aos chefes dos sacerdotes. Visto sob o ponto de vista literal é realmente algo muito triste. Mas, espiritualmente, Judas pode ter sido o instrumento para o cumprimento e complementação da missão de Nosso senhor Jesus Cristo.
Tia Neiva no trilhar da sua missão para a implantação e edificação da Doutrina do Amanhecer também foi “vendida” várias vezes por seus seguidores. Para quantos, e quantas vezes, ela estendeu a mão, preparou, colocou o homem a caminho de Deus, e no entanto foi traída.
Quantas vezes, nós outros que nos intitulamos seus seguidores traímos, acima de tudo nosso compromisso, aquele que não nos obrigaram a fazer, mas, no entanto, sem razões que justifiquem, ou quebramos, e por muito menos que trinta moedas de pratas, o traímos.
Em nossa Doutrina o médium faz poucos juramentos, em alguns deles, faz a si mesmo, mas, mesmo assim, no meio de sua caminhada, abandona seu compromisso espiritual, volta-se contra aquele que deu tudo para que ele tornasse um Mestre, vira as costas, e parte para outros caminhos.
Trinta moedas... Hoje, por muito menos os valores espirituais estão sendo substituídos por posições hierárquicas que, na verdade, podem até valer diante dos homens, mas que no mundo espiritual não existem.
Nossas Consagrações têm valor espiritual, são heranças transcendentais! Quando um médium é classificado por direito de conquista, ele brilha como um farol na noite escura.
Tia Neiva abdicou de sua vida para a criação da Doutrina do Amanhecer, escolheu viver em um barraco de tábua até os últimos dias de sua existência.
Deixou todo um sistema técnico espiritual baseado em Leis e Rituais que movimentam forças, e estas formam a Cabala de Nosso Senhor Jesus Cristo. Um poder de forças que só consegue movimentá-lo aquele é fiel aos desígnios dessa Doutrina.
Em trinta de outubro de mil novecentos e oitenta e cinco, quando foram lhe entregar flores, data de seu aniversário Tia Neiva disse: “De que me valem essas flores? Meus filhos, eu quero vê-los em harmonia!”.
Hoje querem estabelecer e dizer que há dois reinos, e não pode haver de forma alguma. Certa vez também ela disse: "Eu não divido meus filhos”. E as trintas moedas continuam ainda presentes em nosso sacerdócio, principalmente quando há Consagrações que são feitas sem nenhuma preocupação com o Princípio Divino, com a hierarquia que a Clarividente deixou. Somente um iniciado pode conduzir outro a uma Iniciação, nos disse o Primeiro Mestre Sol Trino Tumuchy. Um Trino Presidente que enverga todos os poderes conferidos pela Clarividente e tem poderes para tal... Por que então, grandes mestres, tomam para si poderes que não lhe foram confiados? ... Trinta moedas...
E Jesus disse: Pai perdoai-os, porque não sabem o que fazem! Mas em nossa Doutrina existem homens que tem o pleno conhecimento do bem e do mal, se outorgam Mestres de um sacerdócio cujos poderes vão além de nossa compreensão... Nós sabemos o que fazemos! Como pedir perdão?
Trinta moedas... E depois, o que fazer delas? De que vale uma Consagração que não pode ser ouvida nos Planos Espirituais?
Trinta moedas hoje representam o não cumprimento de um juramento realizado na Pira com o gume de uma espada apontado para o próprio peito.
Lembrando Tia Neiva:
Eu me ajoelhei todos os anos, e pedi a Jesus que arrancasse os meus olhos no dia em que eu deixasse de amar... Que Jesus arrancasse os meus olhos no dia em que eu dissesse alguma coisa que não fosse verdadeira, por vaidade ou por qualquer pretensão.
Dececionar os outros é o mesmo que assassinar, matar as ilusões, os sentimentos dos que acreditam em nós!
Quando chego no Templo ou nas horas de trabalho, esqueço de Neiva e passo a viver somente Tia Neiva.
Só conhecemos que estamos evoluídos quando não estamos nos preocupando com os erros dos nossos vizinhos!
A mente enferma produz o constante desequilíbrio.
Vamos equilibrar os três reinos de nossa natureza e pagar com amor o que destruímos por não saber amar.
É preciso pensar! Refletir... Trinta moedas valem a pena? –

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Francisco de Assis e Clara de Assis

        São Francisco de Assis (Pai Seta Branca) e Santa Clara (Mãe Yara)

O Primeiro Amor de Santa Clara
A menina Clara, mesmo vivendo em um ambiente de riqueza e ostentação, aos poucos foi cultivando a vida piedosa e simples, uma característica que mais tarde ficaria evidente como mulher consagrada a Deus.
Quando estava próxima de completar 18 anos, os pais já começaram a pensar no seu casamento. Clara não concordava com a ideia de se casar tão jovem e estava sempre adiando a decisão. Na realidade, ela começava a se interessar pelo projeto de vida de um jovem de Assis: Francisco. Tomás de Celano explica assim: “Quando ouviu falar do então famoso Francisco que, como homem novo, renovava com novas virtudes o caminho da perfeição, tão apagado no mundo, quis logo vê-lo e ouvi-lo, movida pelo Pai dos espíritos, de quem, embora de modo diferente, tinham recebido os primeiros impulsos”.
Clara sempre esteve bem informada sobre os passos de Francisco em Assis, isso porque Frei Rufino e Frei Silvestre eram seus parentes. Não poucas vezes ela escutou as pregações de Francisco, que costumava falar na Igreja de São Rufino ou na Catedral de São Jorge.
A pregação de Francisco impressionava porque era diferente dos “sermões”. Em suas palavras e em seu modo de ser havia alguma coisa nova. Era certamente a força do Evangelho que transparecia. Francisco se apresentava vestido com muita simplicidade, sem aparato nem ostentação. Suas palavras são inflamadas de amor a Deus. Clara fica sabendo que a vida dos irmãos é extremamente pobre.
Segundo Celano, Francisco a visitou, e ela o fez mais vezes ainda, moderando a frequência dos encontros para evitar que aquela busca divina fosse notada pelas pessoas e mal interpretada por boatos.
“A moça saía de casa levando uma só companheira e frequentava os encontros secretos com o homem de Deus. Suas palavras pareciam flamejantes e considerava suas ações sobre-humanas”. A companheira de Clara nos encontros com Francisco foi Bona de Guelfúcio, testemunha em seu Processo e irmã de Pacífica de Guelfúcio, uma das primeiras religiosas de São Damião. Já com 18 anos, Clara tinha consciência de que não seria compreendida por seus pais quando desse passo decisivo. Havia confiado a Francisco como desejava realizar sua vocação e ele a guiaria para cumprir os desígnios de Deus. “Então se submeteu toda ao conselho de Francisco, tomando-o como condutor de seu caminho, depois de Deus. Por isso, sua alma ficou pendente de suas santas exortações, e a acolhia num coração caloroso tudo que ele lhe ensinava sobre o bom Jesus.