quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

A Origem das Doenças - Mario Sassi


ORIGEM DAS DOENÇAS
Doença é um estado de anormalidade física ou psíquica. A ciência que trata das doenças é a Patologia. Um dos ramos da Patologia chama-se Etiologia, ou ciência das causas. A Etiologia considera a origem das doenças nos agentes biológicos, nas profissões, na insalubridade e em outros fatores desconhecidos.
Fora da Ciência, na observação comum, qualquer pessoa pode perceber que os estados psicológicos também produzem doenças. Por sua vez, as alterações psicológicas tanto podem ter sua origem num fato expresso consciencializado, como num fato inconsciente ou subliminar.
O inconsciente é o mundo desconhecido do ser humano, o vasto repositório dos mistérios da vida. A ciência médica ou a Psiquiatria não têm condições, ainda, de explicar esses mistérios. Enquanto isso não acontece, teremos que aceitar o pragmatismo mediúnico.
Para o mediunismo, todas as doenças têm sua origem no plano invisível, na dimensão envolvente do plano físico. O espírito não tem doenças, mas pode ser o portador delas. Ao reencarnar, ele traz, na sua memória o esquema de outras encarnações e se liga, pelos corpos invisíveis, aos deficits energéticos de sua cota, e procura fazer o ressarcimento.
Vista por esse prisma, a doença tem um sentido educativo, faz parte do mecanismo cármico e é coerente com a posição atual do planeta.
A Neogenética é uma ciência relativamente nova, que estuda os problemas dos genes. Estes corpúsculos se situam no íntimo das células, e determinam as características do indivíduo, suas doenças, enfim, a vida física de uma pessoa.
Uma das coisas que intriga os geneticistas é o fato que uma célula, possuidora de um gene causador de uma determinada lesão ou doença de um organismo, ficar dormente durante muitos anos, e só entrar em atividade num tempo certo, como um ator, que só entra no palco no momento de representar a sua parte!
Isso dá a entender que o organismo tem uma programação, um esquema no qual cada coisa acontece na hora determinada. Mas, assim o como o fato genético pode ser modificado, por razões do próprio organismo ou por interferências externas, assim são as vidas das pessoas nos outros planos.
Existe uma génese do corpo, uma da alma e uma do espírito.
Mas existe, também, o livre arbítrio.
Um espírito programa uma encarnação em função do seu débito para com a Terra. Para que ele salde esse débito, é preciso que emita energias, se coloque em posição de produtividade espiritual. É necessário que sua força se evidencie no plano da Terra e, com isso, outros espíritos, talvez seus próprios credores, se beneficiem dessas forças. Ele escolhe, então, uma vida em que a dor anule, até certo ponto, a tónica da alma e do corpo, para que se evidencie a do espírito.
Ele programa um corpo e, para ele, certas doenças. Para isso são feitas miríades de combinações, impossíveis de serem entendidas ou concebidas em nossa mente humana. Os genes são manipulados a partir dos pais ou, talvez, dos avós. Não esqueçamos que o tempo do plano espiritual não é o mesmo que o nosso. Não esqueçamos, também, que os espíritos programam suas encarnações um função de outros espíritos, e que famílias inteiras se relacionam por acordo mútuo, muito antes do encontro.
Chegado o momento propício, a doença aparece – ou não –, na dependência da maneira que esse espírito tenha vivido até esse ponto. Mesmo encarnado, o espírito sabe o que programou. Mas sua alma, sua psique, apenas pressente. O corpo nada sabe: é apenas o executivo, a base material. A luta se passa no Eu, no campo consciencional, entre a alma e o espírito. Uma boa alma pode pagar o débito energético de um espírito, sem precisar da dor. Mas, isso só pode acontecer no ser humano adulto, quando a alma tem capacidade de decisão.
Disso podemos tirar inúmeras conclusões. Por exemplo, a doença de uma criança causa mais dor aos pais do que a ela mesma. Os adultos têm mais consciência da dor que as crianças. A morte de uma criança em nada afeta seu espírito, mas atinge muito o espírito dos pais.
O ser humano, enquanto não se torna adulto, não tem vida mediúnica, da mesma forma que não tem autonomia sócio-económica. Deduz-se, daí, que o aspecto cármico das doenças, embora tenha nas crianças um instrumento, se refere mais aos adultos. Só eles têm seu livre arbítrio em condições de viver uma dor, ou evitar essa dor pelo trabalho espiritual.
O trabalho mediúnico, qualquer que seja sua modalidade, no âmbito doutrinário ou não, pode evitar uma doença, nos adultos ou nas crianças da sua dependência. Isso tanto pode acontecer antes ou depois de a doença se manifestar.
Portanto, as doenças cármicas são as programadas.
Mas, não existem, apenas, doenças cármicas. Os desatinos, tanto no plano físico como no psíquico, causam, talvez, mais doenças do que os carmas. Também, a doença pode ser, apenas, um fato correlato com o carma de uma pessoa. Há miríades de possibilidades de um ser humano apanhar doenças apenas como decorrência de outros fatores cármicos, como, por exemplo, viver numa região insalubre ou trabalhar em condições que provoquem doenças.
Deve-se, por conseguinte, distinguir os fatos que são parte integrante da Natureza, em que o fator cármico é natural, sendo a Terra um planeta de retificação dos espíritos e os destinos particulares de cada espírito.
Conclui-se que cada caso deve ser examinado de per si, não se podendo estabelecer generalizações em torno das doenças. A mesma terapêutica aplicada em indivíduos diferentes produz resultados diferentes.
 
Limiar do Terceiro Milénio.  Mário Sassi

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