Projeções Mentais ou Fluídicas, por Tia Neiva
Vale do
Amanhecer – DF, 07 de setembro de 1977.
Salve Deus!
Proporciona a
Divina Providência este nosso encontro.
Deixemos por
instantes, os nossos pensamentos libertos, a vaguear na amplidão
circunstancial desta doutrina, para esta nova era.
Remontamos
séculos, atingindo nossos ensinamentos e nossas heranças
transcendentais, porque sabemos que tudo vibra e irradia neste
universo, onde tudo é força, luz e vida.
Meus filhos,
nós somos o rio que corre tranquilo e se encontra no mar. Quando
recebemos uma projeção mental fluídica
a seguimos
com a mente ou somos por ela atraídos. Conforme as nossas
propriedades ou heranças, ajudamos ou destruímos.
As projeções
podem ser mentais ou fluídicas.
As projeções
mentais quando se apresentam, atingem o processo mental e se são de
amor, destinadas a beneficiar ou socorrer, elas produzem bons
pensamentos. Essas projeções benéficas são recebidas no coração.
A energia
mental é o fermento vivo que improvisa, altera, constrange, alarga,
desassimila, pulveriza ou recompõe a energia em todas as dimensões.
Na criação
do todo, sentimos a força da Mente Divina, e dizemos: O Senhor tem o
seu templo em meu íntimo, nenhum poder é demasiado ao poder
dinâmico do meu espírito, o amor e a chama branca da vida residem
em mim.
Nossos maus
desejos criam em torno de nós uma atmosfera fluídica impura,
propícia à ação das influências da mesma ordem, ao passo que as
nobres aspirações atraem as vibrações benéficas, principalmente
se estamos em prece. "Bem aventurados os puros de coração,
porque verão a Deus" (Mateus 5:8).
Todas as
coisas são regidas pela Lei das atrações.
As vibrações
atraem sempre as similares, aproximam e vinculam as almas, os
corações e os pensamentos. Portanto, se falando de uma condição
hierárquica entre os desencarnados, diremos que entre os mesmos, a
única base é a virtude e são as qualidades morais, conquistadas
pelo trabalho e pelo sofrimento. Verificamos, pois, que eles
estacionam na faixa da erraticidade, de acordo com seu padrão
psíquico e moral.
Assim também
nós outros alimentamo-nos agora com boas obras, avivando o drama do
amor puro, transformando-nos num facho que esclareçam todos aqueles
que de nós se aproximam, a fim de caminharmos cada vez mais em
frente, sem tropeços, cumprindo o que Jesus nos disse: "Amai-vos
uns aos outros".
Se você tem
fé você se sustentará, sobretudo no esforço diário do próprio
burilamento, através das pequeninas e difíceis vitórias sobre a
natureza inferior. Aperfeiçoando a nós mesmos temos mais condições
de segurança e refletimos o amor e a sabedoria das leis.
A fé cega é
como o farol vermelho, cujo clarão não pode trespassar o nevoeiro.
A fé esclarecida é o foco que brilha iluminando a nossa própria
estrada, foco esse que transpõe todo e qualquer nevoeiro.
Ninguém
adquire sem ter passado pelas tribulações da dúvida, sem ter
padecido as angústias da libertação dos nossos compromissos
cármicos.
É preciso
também cuidado com a fé religiosa que anula a razão e nos submete
ao juízo dos outros. A razão humana é um reflexo da razão eterna,
é Deus em nós.
Vivemos num
propósito firme em busca de aprimoramento e evolução; entretanto,
estacamos ao menor empecilho. Somente a verdade nos dá a libertação
dos nossos espíritos.
Meus filhos,
sempre que uma estrada termina, nasce outra; portanto, não há
motivo para trocar de estrada e sair para outra que não conhecemos;
é mais uma precipitação da época vibrante que estamos vivendo,
que 'acelera o ritmo das experiências. A época que vivemos, na
condição feliz ou infeliz deve ser pensada antes de qualquer
mudança.
Passar pelo
Amanhecer ignorando sua disciplina ou seus esclarecimentos não cura
coisa alguma. Devemos procurar a nossa "luz
íntima" oferecendo-'nos
ao Pai e a Jesus, agradecendo este paraíso renovador dos nossos
espíritos. Devemos cultivar o santuário de nossa inteligência, uma
vez que é ele (o santuário) que evoluímos. Jesus não veio
destruir a lei dos homens, cuja lei vem de Deus, mas sim esclarecer e
fazer cumprir o grau de desenvolvimento de cada um de nós.
No dia em que
a alma se liberta das formas animais, chegando ao estágio humano,
ela conquista sua autonomia, compreende suas responsabilidades
morais, seus deveres, mas nem por isso atinge o seu fim ou termina a
sua evolução. Longe de acabar aí, começa sua Obra real.
O corpo
espiritual, isto é, o "perispírito” , como toda a matéria,
nada mais é do que a concentração de energia do fluído cósmico
em várias camadas vibratórias, que o espírito manipula para sua
realização.
Desde quando
o espírito escolhe a sua mãe, um grande laço
os envolve.
Sim, pai e mãe. Na minha conceção de clarividente e mãe
experiente, eu digo das mães que elas assumem toda a
responsabilidade.
Somos, cada
um de nós, um íman de elevada potência espiritual, de um centro de
vida inteligente, atraídos por forças cármicas, que se harmonizam
com as nossas forças e com as deles (dos pais), com isso,
constituindo o nosso domicílio na matéria ou no perispírito. A
criatura, encarnada ou desencarnada, onde estiver respira entre raios
de vida, superiores ou inferiores, que emitem ao redor dos próprios
passos, tal qual a aranha que se confunde nos fios escuros que
produz, ou então como andorinhas que corta os céus com as próprias
asas. Todos nós exteriorizamos as energias com as quais nos
revestimos, cujas energias nos definem muito mais que as palavras.
Para
simplificar: Essa é a verdadeira coordenação do espírito. Enfim,
existe somente uma lei: Individualidade - Livre arbítrio - Lei
divina - Lei do auxílio.
É no Centro
Coronário que se originam as manifestações e os registos, que
calçam na sensibilidade e envolvem no físico sua atuação passada
que, refletida no presente, plasma em ondas de retorno num circuito
fechado a Lei de Causa e Efeito (Carma).
Desses
centros de força são recebidas e localizadas no "duplo
etérico" as energias manipuladas pelo perispírito, Esses
"centros de forças" recebem e movimentam esses fluídos,
transmitindo glóbulos vitalizantes aos órgãos do corpo físico,
através dos chamados "plexos".
Temos assim
no Centro coronário a complementação de forças, determinantes dos
planos superiores, que passam por uma seleção paulatina, fazem a
sua expansão, filtradas as emanações e cuidadosamente
encaminhadas, através de reflexos benéficos, que são os momentos
da individualidade, com base nas vibrações próprias do Espírito,
que eu chamo também de "força nativa".
Neste labor o
Centro Coronário imprime emanações fluídicas eletromagnéticas
que levam ao centro da alma irradiações energéticas estimulando,
vitalizando, agindo sempre de forma independente de si para si, de
suas propriedades, sempre gerando o bem
ou o mal.
O homem bom
em suas condutas doutrinárias emite seus reflexos bons; o negativo
deturpa de acordo com sua receção.
Deste modo o
Centro Coronário regista a responsabilidade marcando o próprio
homem, com as consequências felizes ou infelizes.
Essas são
leis emanadas pelo Criador - causa e efeito.
Sob a
orientação dos mentores espirituais as células são reunidas
compondo os tecidos, moldando e funcionando sempre pelo governo
espiritual. Mas, deixemos agora o funcionamento do Centro Coronário,
onde concluímos, que o homem herda o corpo conforme sua disposição
mental, para entrarmos na Lei do Auxílio.
Na Lei do
Auxílio é que se aplica o trabalho da caridade, no emprego das
faculdades mediúnicas. Cada um de nós é uma força curadora e
inteligente que cura o seu próprio corpo.
Quando o
espírito se liberta das forças animais, nada mais tem a fazer na
terra. O homem tem que sentir constantemente a força vital.
Ao sentirmos,
em nosso íntimo, falhas de nosso lado, temos que reagir com coragem
suficiente para discernir, a fim de reparar o negativo de hoje, que
será o mal de amanhã. Cada consciência vive e se envolve nos seus
próprios pensamentos.
Através dos
séculos e dos tempos, nada escapa a lei do progresso, as religiões
acima de tudo, pois são as fronteiras que nos iluminam as muitas
passagens.
As células
que compõe o nosso corpo físico são as mesmas do corpo, astral.
Salve Deus.
Relatemos, aqui uma importante passagem que nos deixou estarrecidos:
Tendo completado o seu tempo na terra, uma nobre família voltou os
planos espirituais. Houve muitas festas em comemoração por tão
rica passagem.
Quando nos
referimos a uma "família espiritual" trata-se de muita
gente. Havia, porém dois jovens que pertenciam a essa família, mas
que não participavam dessa alegria: Rúbio e Rúbia cuja tristeza
irradiava em tomo deles com uma intensidade anormal. Enquanto todos
os outros membros da família, eram designados e seguiam para suas
missões específicas, os dois nada recebiam; chegou à vez deles e o
chefe da família tomou as providências que o caso requeria; os dois
jovens foram levados ao Grande Aledá Alufã onde foi feito o
diagnóstico: Numa passagem na terra eram mudos e surdos devido a um
grande erro cometido na “guerra dos 100 anos”. Eles haviam se
aproveitado dos seus poderes e fizeram atos de espionagem, que
causaram muito mal.
Foi muito
triste o que aconteceu, pois o casal não podia, acompanhar a grande
família e seguir o curso normal da vida. Foram então levados para o
Sono Cultural de onde, nove meses depois iriam procurar uma mãe para
reencarnar. Foi uma encarnação triste porque não tinham na terra
nenhum parente espiritual, o que resultava na ausência de ideais e
alegrias. Nem mesmo o Sono Cultural curou sua tristeza. Ainda assim
tiveram um lar feliz e pagaram com amor a sua triste dívida.
O fato real é
que mesmo na decorrência dos tempos e dos Séculos, nada escapa à
Lei do Progresso, que é a lei das religiões e das doutrinas.
Temos que
corresponder às necessidades da época em que vivemos, uma vez que
para isso viemos preparados dos planos espirituais. Só teremos o
“espírito da verdade" pela vivência única e simples do
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, pois, somente, por esse
caminho chegaremos à glória máxima do Espírito da Verdade.
Qualquer
situação que se destaque preocupa com mais constância a ideia ou a
mente do homem, porém tudo nesse particular é propósito mal
dirigido. Devido à existência de forças mal distribuídas passa-se
a considerar a vida um terrível espinho e a vivê-la nas provas com
agonia existencial. Entretanto, se, se conversar com Deus e os
mentores espirituais a gente sentirá a alegria que este Planeta
produz. A manifestação dos espíritos por meio dos aparelhos
mediúnicos alivia em muito nossas dores e não são mais do que a
evangelização. Se a gente se alertar no primeiro passo então se
ficará seguro e dar-se-á outros mil passos, sempre se defrontando
com as antenas de outros fenómenos, porém, o que consta para nós é
que os espíritos vêm ensinar a darmos os primeiros passos sem
segurar nas nossas pernas. Não devemos ignorar que, nem o poder, a
juventude, o ouro, a fama ou a ciência nos confere qualquer
privilégio de fixação no conhecimento de um palmo se quer acima da
nossa cabeça.
Pense nisso,
meu filho, e se lembre que você se encontra no mundo como numa
viagem; sempre as despedidas, sempre as saudades, sempre o adeus. Sua
queixa é aparentemente justa; porém, antes de você perder o
equilíbrio, examine primeiro as intenções mais íntimas do
portador dela.
É nosso
dever salientarmos a necessidade do nosso equilíbrio.
Temos a
assistência espiritual e todos os dias devemos estar mais
conscientes dos nossos compromissos e responsabilidades, não para
com Deus como para connosco. O peixe mora gratuitamente na água, mas
sabe que deve nadar por si mesmo. Assim somos nós, se compreendemos
a vontade de Deus, então sabemos que só através de nossos esforços
atingiremos nossa meta.
Devemos
procurar, no cumprimento de nossas obrigações interiores e
exteriores e nos unir ao Altíssimo.
Estamos
vivendo os últimos dias e sabemos que a inteligência e o pensamento
não são atribuições da matéria. Verificamos também que o
elemento espiritual e a matéria são dois princípios
característicos do universo. Individualizando o princípio
espiritual constituímos os seres chamados espíritos, assim como
individualizando o princípio chamado matéria constitui os
diferentes corpos da natureza orgânica e inorgânica. Não é,
somente, a alma humana; é uma coisa que preexiste e sobrevive dos
corpos físicos e fluídicos. Assim, em todo homem vive um espírito
e, por espírito deve-se entender a alma revestida pelo seu
envoltório fluídico que tem a forma do corpo, físico, que
participa da imortalidade do mesmo, do qual é inseparável.
Revela-se por
seus pensamentos e também por seus atos. Para que possa agir e
impressionar os sentidos físicos, transporta-se com o envoltório se
mi-material que denominamos "perispírito", nome dado ao
invólucro fluído, imponderável e invisível. Muitas vezes estamos
com o nosso invólucro fluído junto à meia-alma e o nosso psique
está atravessando outros planos, conservando os instintos do corpo
físico, acumulando forças, vivendo as nossas múltiplas existências
ou o futuro da nossa desejada evolução.
Durante a
encarnação, como anteriormente foi explicado, o Centro Coronário
se incumbe de captar e transportar aos outros centros de forças as
energias que, por sua vez, são transportadas aos órgãos
vitalizando-os.
Estimulados
por essas energias os órgãos executam duas importantes tarefas: A
assimilação e a desassimilação (ou excreção).
Estamos no
limiar do terceiro milénio e tudo esperamos. Espero até mesmo
juntos, em breve, o céu e a terra; porém, grandes catástrofes nos
desentendimentos humanos.
Bendito sejas
Jesus querido, que por sua piedade devolvestes o meu espírito aqui
para a terra, confiante nos dotes que me deste.
A Mãe em
Cristo.
TIA NEIVA
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