O
reajuste é fator pelo qual o Homem se torna a ajustar, a harmonizar,
a acertar as faltas cometidas em exis-tências anteriores, tanto com
seu próprio espírito como com outros, encarnados e desen-carnados,
buscando sua líber-tação e, conseqüentemente, sua promoção a
planos supe-riores após o desencarne.
Em
seu caminho para voltar às origens, o Homem reencarna dentro de um
plano de trabalho elaborado em conjunto com seus Mentores, em que são
previstas dificuldades, em graus variáveis, visando sua evolução.
Cumprir ou não esse plano depende do livre arbítrio daquele
espírito e o resultado positivo ou negativo de uma encarnação tem
como ponto crítico o reajuste.
A
aceitação das condições físicas e sociais em que nascemos: se
somos bonitos ou feios, perfeitos ou com alguma deficiência, pobres
ou ricos, alegres ou tristes, enfim, conviver com situações
pessoais é o ponto mais difícil do reajuste. Pai, mãe, irmãos,
uma família em que escolhemos nascer pela real necessidade de
ajustarmos débitos contraídos no passado acrescentam mais uma dose
em nosso cálice, que vai se alterando com o correr dos anos, em
nossa jornada.
Casamento,
filhos, problemas familiares e sociais nos envolvem em reajustes -
débitos e créditos de outras vidas, e de nossas ações e reações
vai depender nosso mérito e o sucesso de nossa encarnação.
Na
realidade, temos nos reajustes o principal objetivo de nossas
encarnações, pois só reajustando com nossas vítimas do passado
podemos chegar ã perfeição e, no Sermão da Montanha, segundo
Mateus (V, 17 e 18), já o Divino e Amado Mestre Jesus anunciava:
“Não julgueis que vim
abolir a Lei ou os profetas! Não vim destruí-los, mas dar-lhes
cumprimento. Porque em verdade vos digo: enquanto não passarem o Céu
e a Terra, não passará da Lei um só i ou til sem que tudo esteja
perfeito!”
Nossos
cobradores não entendem a mensagem crística, e vivem a Lei Mosaica,
do “olho por olho, dente por dente”, e estão com toda liberdade
de ação. Pela nossa vontade, foram colocados ao nosso lado para que
possam cobrar, ceitil por ceitil, aquilo de que se acham credores.
Cabe
a cada um de nós, através do desenvolvimento da mediunidade e o uso
dela, com amor, tolerância e humildade, no trabalho da Lei do
Auxílio, proporcionar condições de atingir nossos cobradores,
arrefecendo seu ódio, seus desejos de vingança, tanto no plano
físico como no plano espiritual.
Muitas
coisas desagradáveis nos acontecem, porque os cobradores estão no
uso de seu livre arbítrio, mas são contidas, em sua intensidade, se
tivermos merecimento, pela Espiritualidade Maior, que aplica diversos
fenômenos magnéticos que levam o cobrador a uma falsa sensação de
ter conseguido seu intento. E o reajuste se faz, pelo nosso trabalho
e pelo nosso amor.
A
Doutrina do Amanhecer nos ajuda substancialmente em nossas metas
cármicas, pois nos fornece condições para os reajustes nos planos
espirituais, através do trabalho na Lei do Auxílio, da Prisão e de
todos os fenômenos decorrentes de uma correta conduta doutrinária,
bem como nos dá harmonia e conhecimentos para lidar com nossos
cobradores encarnados, propiciando reajustes que, fora de uma
doutrina, seriam impossíveis de obter.
Mesmo
desenvolvidos na Doutrina, independentemente de nossas consagrações,
temos que cumprir nosso carma e lutar por nossos reajustes. Enquanto
houver uma conta, por menor que seja, para ser acertada, não
poderemos partir para nossas origens e teremos que voltar,
reencarnar, para cumprir este reajuste.
- “Tendo completado seu tempo na Terra, uma nobre família voltou aos planos espirituais. Houve muitas festas em comemoração por tão rica passagem. Quando nos referimos a uma “família espiritual” trata-se de muita gente.
Havia,
porém, dois jovens que pertenciam a essa família mas que não
participavam dessa alegria: Rúbio e Rúbia, cuja tristeza irradiava,
em torno deles, com uma intensidade anormal. Enquanto todos os outros
membros da família eram designados e seguiam para suas missões
específicas, os dois nada recebiam; chegou a vez deles e o chefe da
família tomou as providências que o caso requeria.
Os
dois jovens foram levados ao Grande Aledá Alufã, onde foi feito o
diagnóstico: numa passagem na Terra, eram mudos e surdos devido a um
grande erro cometido na Guerra dos Cem Anos. Eles haviam se
aproveitado dos seus poderes e fizeram atos de espionagem que
causaram muito mal.
Foi
muito triste o que aconteceu, pois o casal não podia acompanhar a
grande família e seguir o curso normal da vida. Foram, então,
levados para o sono cultural (...)
Foi
uma encarnação triste, porque não tinham, na Terra, nenhum parente
espiritual, o que resultava na ausência de ideais e alegrias. Nem
mesmo o sono cultural curou sua tristeza.
Ainda
assim, tiveram um lar feliz e pagaram com amor a sua triste dívida!”
(Tia Neiva, s/d)
- “Quando assumimos o compromisso de embarcarmos nesta viagem, viemos equipados para o Bem e assumimos o compromisso para o reajuste de um débito, o qual não somos obrigados a assumir. Porém, tão logo chegamos, pagamos ceitil por ceitil o que prometemos!” (Tia Neiva, 4-9-77)
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