Caminhando no Espaço
Salve
Deus!
Houve
uma era em que o Sol e a Lua apareciam, mas ainda não se entendiam:
nem era dia, nem era noite.
A
Terra era uma grande formação e seus habitantes não surgiam... A
Terra passou a gerar muitos animais, mas ainda não sabia gerar o
Homem!
Porém,
tudo era Deus! Deus pintando lindas aguarelas, plantando e fazendo
nascer árvores - plantou e viu nascer, crescer. Abriu as cachoeiras,
os regatos... Emitia em canto a sua Luz silenciosa... e ficava
hieroglificamente a sua harmonia luminosa, até que uma grande nave
chegou a este maravilhoso planeta e seus tripulantes se comprometeram
a voltar para formar seus habitantes.
Subiram,
subiram, e desapareceram no resplendor das estrelas. A Terra era
inluz. Cumpriram o que disseram: voltaram... voltaram, porém aqui
não poderiam ficar.
O
aroma das matas frondosas, das rosas... tudo o que Deus, tão seguro,
já havia plantado, eles não podiam, não conseguiriam respirar se
não criassem o plexo físico! Criaram, modificaram, engrossaram a
sua estrutura, e estes deuses se fizeram homens, ficando claro que o
espírito como Homem poderia viver na Terra.
E,
assim, puderam voltar, puderam ficar. Porém, o contacto com outros
mundos, outras matérias... Salve Deus! A partir de então, o Homem
começou a se promover, esfera sobre esfera, em ritmo de luz e
sombras, paz e guerras, amor e ódios...
Veio
o grande perigo: a falta de contacto, a solidão... Largavam-se do
seu plexo físico e caminhavam sem harmonia, sem consciência, e com
isso começaram a se perder, desaninharam-se, pois o espírito
encarnado depende do plexo físico, da pressão sanguínea...
ectolítero, ectolítrio, ectoplasma... Por que este desajuste tão
grande se eram seres divinos?
O
plexo físico orgânico desajusta o plexo etérico, principalmente
quando vivemos na baixa individualidade. O espírito entra no corpo e
é invisível, no plano físico, porque não tem charme. Não tem
charme antes do contacto com a carne.
O
charme é um átomo, uma energia que se refaz na Terra, na vibração
da Terra, do aroma das matas, das águas... O charme é uma energia.
Por exemplo: se um disco, uma amacê, desgovernar-se em direção à
Terra, não irá cair como um avião e, sim, ficará se balançando a
cerca de mil metros acima da faixa da Terra, porque não tem charme,
átomos... Não sei bem, pois as entidades não me dão uma resposta
decisiva! A amacê não cairia na Terra.
Os
espíritos não podem pisar na Terra. Aparecerem, sim; pisar na
Terra, não! Afirmo, por isso, que nenhum disco baixa na Terra e leva
passageiros, espíritos encarnados. Impossível! O plexo físico é
que traz a vibração, forma o charme e liga o espírito ao feto. O
plexo físico é formado por energias do próprio planeta Terra. Por
exemplo: o aroma das matas frondosas, das cachoeiras...
É
o charme que se refaz das têmperas das pedras, do lodo, das
campinas, dos mares... Somos a centelha divina do Verbo encarnado...
Verbo encarnado, verbo luminoso!...
Tia
Neiva, Vale do Amanhecer, 11 de junho de 1984
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