Há cerca de trinta mil
anos antes de Cristo, chegou à Terra um grupo de espíritos
missionários com corpos diferentes dos nossos, com estatura entre
três e quatro metros, tendo uma fisiologia que os tornava quase
indestrutíveis na Terra. Estavam plenos de Deus e da Eternidade,
pois sua constituição era de pura luz e sua individualidade era
conhecida apenas de Deus e dos Grandes Mestres.
Para poderem cumprir sua
missão, passaram a habitar corpos densos e, para operá-los, tiveram
necessidade de criar corpos intermediários - as almas.
Até então vivendo sem
cuidados pessoais, começaram sua odisséia individual neste planeta,
em que o meio físico já estava sedimentado, porém sujeito às
variações de busca de equilíbrio em sua órbita ao redor do Sol.
Da nebulosa inicial já
se haviam passado bilhões de anos, e a energia telúrica,
concentrada na pirosfera, emitia poderosos feixes magnéticos e ondas
de força que iam plasmando mares e terras, elevando montanhas,
formando vales, distribuindo as águas e formando sistemas
atmosféricos onde proliferavam as formas de vida vegetal e animal.
Os Equitumans vieram em
chalanas (*), desembarcando em sete pontos do nosso planeta, trazendo
uma alma singela, obedecendo às normas espirituais e sabendo
utilizar as forças cósmicas, especialmente as do Sol e as da Lua.
Foram padronizando a
exploração das energias vitais com vistas à energização da
Terra, enquanto utilizavam energias das usinas solares
contrabalançadas pelas geradas por usinas lunares.
Cada uma das regiões
ocupadas tinha seus planos evolutivos, sendo controladas suas
alterações na crosta terrestre e dispondo de aparelhos específicos
para os trabalhos. Sendo de constituição diferente dos terráqueos
e portando grandes poderes, são lembrados por vestígios desse
início civilizatório, principalmente, pela mitologia desses povos,
pois eram verdadeiros deuses, portadores de forças prodigiosas e de
conhecimentos fantásticos.
Para a colonização da
região andina, desde o sul da América do Sul até o centro do
México, foi enviado um grupo destes que chamamos de Equitumans.
Ocuparam aquela região, mesclando-se com os indígenas e de certa
forma se distanciando de suas origens, alterando sua fisiologia e
reduzindo seus poderes.
Como simples mortais,
após dois mil anos de quedas e provações, foram liquidados por
cataclismos que atingiram a Terra, desencadeados por uma nave
espacial - a Estrela Candente - que sepultou o núcleo central da
civilização dos Equitumans num lago entre o Peru e a Bolívia - o
Titicaca.
Na nossa Corrente, o lago
Titicaca é uma “lágrima da Estrela Candente”, nave que, sob o
comando do espírito que chamamos de Pai Seta Branca, transformou a
Terra.
Um grande tesouro da
civilização Equituman está oculto na região do rio Araguaia, na
serra do Roncador.
Em “2000 - A Conjunção
de Dois Planos”, Amanto ensina a Tia Neiva sobre os Equitumans.
Mostra-lhe o lago Titicaca e pede que ela force sua visão para ver o
que estava sob as águas. Ela começou a perceber formas estranhas de
casas, máquinas e corpos físicos desencarnados, de grande estatura,
mal se distinguindo do lodo sedimentar. Amanto explicou: “O que
você está vendo é o testemunho físico de um drama sideral, da
falência de uma civilização que foi promissora na evolução da
Terra. O que você está vendo é o túmulo dos Equitumans,
construído com água e terra pela Estrela Candente!
Esses espíritos foram
preparados em Capela durante muito tempo. Neles foi destilado, dia a
dia, o anseio evolutivo, o desejo de realização e despertado o
desejo de colaboração na obra de Deus. Eles aprenderam a história
da Terra, seu papel no conjunto planetário, e se prepararam para o
estabelecimento de uma nova civilização deste planeta.
A idade física da
Terra se contava em termos de bilhões de anos e muita coisa já
havia acontecido antes. Isso, porém, não era de seu domínio
mental, pois assim o exigia a didática divina. Só é dado ao Homem
saber aquilo que é necessário a cada etapa de sua trajetória. O
impulso criativo e realizador reside exatamente no terreno entre o
conhecido e o desconhecido de cada ser.
Assim estavam estes
espíritos quando vieram à Terra. Isto aconteceu 30 mil anos antes
da vinda do Cristo Jesus.
Os Mestres haviam
preparado o terreno em várias partes do globo. Mediante ações
impossíveis de lhe serem descritas, foram alijados da superfície
certas espécies de animais e outras foram criadas. Os climas e os
regimes atmosféricos foram contrabalançados e o cenário estava
preparado. Eles foram trazidos em frotas de astronaves e distribuídos
pelo planeta em sete pontos diferentes. Esta região foi um dos
pontos de desembarque. Os outros foram onde hoje são o Iraque, o
Alasca, a Mongólia, o Egito e a África. Esses locais servem apenas
como referência, pois, na verdade, eles tinham o domínio de grandes
áreas. Tinham enorme poder de locomoção e de domínio sobre os
habitantes de cada região.
Seu principal poder
residia na sua imortalidade, nas suas máquinas e na sua tecnologia.
Eram quase imortais. Não tinham a mesma organização molecular dos
seres que aqui já se encontravam. Seus corpos tinham sido preparados
em Capela e traziam em si dispositivos naturais de sobrevivência.
Eles só corriam o perigo de afogamentos ou destruição física.
Seus maiores inimigos eram os grandes animais e os acidentes. Eles
eram normais em tudo.
Sua língua, a
princípio, era a mesma, mas, aos poucos, ela foi se diferenciando,
conforme os grupos com que foram convivendo. Em algumas regiões da
Terra ainda se fala a língua original dos Equitumans, inclusive em
algumas tribos de índios brasileiros. Mas, além da linguagem
articulada, eles usavam a telepatia entre si. Isso, aliás, foi o que
causou a degenerescência da língua inicial. Para se entender com os
outros eles adaptavam sua linguagem ao meio.
Eles se tornavam mais
velhos pela passagem do tempo, mas sem degenerescência. Suas células
traziam em si princípios diferentes das células dos seres comuns.
Na verdade, os mais velhos eram apenas mais experientes, mais
adaptados nas tarefas. Eles amadureciam na sua alma, mas não no seu
corpo. Eles contavam ainda, para a conservação de seus corpos, com
a assistência dos Mestres, com quem mantinham contatos permanentes.
Às vezes acontecia de um Equituman não evoluir de acordo com a
tarefa e ceder seu corpo a outro que sofrera um acidente. Neste caso,
o espírito do cedente simplesmente era recolhido ao planeta de
origem.
Em Capela, eles eram
organizados em casais afins, almas gêmeas, e não havia reprodução
como aqui na Terra. Mas aqui, eles foram submetidos ao processo
sexual normal e tiveram filhos. Só que seus filhos nasciam com um
organismo comum, igual ao dos mortais. Assim, foram nascendo outros
Equitumans mais preparados para a Terra, como iam se desenvolvendo.
Suas mentes ágeis permitiam a constituição de organismos adaptados
às regiões onde nasciam. Daí os tipos diferenciados que deram
origem às raças modernas, como contam precariamente seus
historiadores e antropólogos.
O principal estímulo
dos Equitumans era seu livre arbítrio. Eles eram pequenos deuses a
quem estava entregue a tarefa de civilizar um planeta e dispunham de
ampla liberdade para isso. Seu único compromisso era o de observar
os propósitos civilizatórios apreendidos nas escolas de Capela.
A idéia fundamental
era o estabelecimento de condições ecológicas que permitissem a
vinda de novos imigrantes. Famílias espirituais inteiras sonhavam
com a oportunidade de colonizar, colaborar com a obra de Deus na
Terra. Mas, se dispunham das grandes vantagens de seres
extraterrenos, eles tinham as desvantagens do terráqueo na sua
animalidade física.
Cedo se manifestou a
velha luta entre suas almas e os seus espíritos. Não tinham
religião. Tinham um conjunto doutrinário, cujas coordenadas eram
formadas pela hierarquia planetária, cujo centro era o Sol. Com
isso, não tinham a preocupação com a busca de Deus, pois tinham um
universo amplo e objetivo, suficientemente dimensionados para não
necessitar a busca de uma finalidade.
Mais tarde, no
declínio de sua sintonia com os planos iniciais, essa doutrina
derivou na religião do Sol.
Durante mil anos os
planos seguiram sua trajetória prevista. Os núcleos foram se
expandindo e muitas maravilhas foram se concretizando na Terra. Basta
que se observem alguns resíduos monumentais na sua superfície para
se ter idéia. Verdade é que essas ruínas são de difícil
interpretação pelo Homem atual. Uma coisa, porém, elas evidenciam:
as ciências e as artes que permitiram sua elaboração estão fora
do alcance do Homem de hoje. Até hoje os cientistas não conseguiram
explicar, por exemplo, o porquê e como foram feitas as estátuas da
Ilha da Páscoa ou as pirâmides.
A partir de agora, uma
parte destes mistérios será desvendada. Dois fatos contribuirão
para isso: a curiosidade científica despertada para fatos estranhos
e as convulsões que a Terra irá sofrer.
Os Equitumans se
comunicavam de várias maneiras. Dispunham de forças psíquicas e de
aparelhos que lhes permitiam a troca de experiências.
Isso explica, em
parte, as semelhanças arqueológicas que estão sendo encontradas em
lugares distantes e aparentemente sem possibilidades, naquele tempo,
de comunicação entre si.
Também viajaram entre
planetas e chegaram não só à Lua, como a Marte e a outros lugares
do nosso sistema. Essas viagens, porém, só foram feitas no segundo
milênio, com o começo da hipertrofia de seus egos, à semelhança
do que está acontecendo agora.
A partir do segundo
milênio, eles começaram a se distanciar de seus Mestres e dos
planos originais. Seguros na sua imortalidade e intoxicados pela
volúpia de encarnados, eles começaram a ser dominados pela sede de
poder. Depois de muitas advertências, seus Mestres tiveram que agir.
Ao findar o segundo milênio de suas vidas, eles foram eliminados da
face da Terra.
A Estrela Candente foi
uma nave gigantesca que percorreu os céus da Terra, executando a
sentença divina. Em cada um dos núcleos Equitumans, a Terra se
abriu e eles foram absorvidos, triturados e desintegrados.
Aqui é um túmulo
deles, e como este existem outros túmulos.
Agora, com o próximo
degelo dos pólos, muita coisa virá para a luz do Sol!
O plano não falhou:
só não se cumpriu em toda a plenitude. Muita coisa foi feita que
permitiu a evolução da Terra. Já os grandes animais haviam sido
afastados, tornando habitáveis as principais porções de terra. Os
princípios da tecnologia e as sementes da vida social formavam um
lastro imperecível na mente de muitos habitantes. O padrão
espiritual então existente foi permitindo a materialização da
natureza e tudo foi se modificando. Os imortais Equitumans foram se
transformando em lendas e deuses e o Homem foi construindo suas
cidades e suas religiões.
A partir daí, os
grandes missionários começaram a vir à Terra e os Equitumans,
recolhidos no Planeta Mãe, começaram a reencarnar nos descendentes
de seus antigos corpos. Aí então teve início outro tipo de luta:
alguns desses espíritos, saudosos de seu antigo poder, começaram a
se organizar no etérico da Terra e a formar falanges.
Os antigos poderes
psíquicos foram sendo sedimentados em manipulações mediúnicas e
os dois planos - o físico e o etérico - intensificaram seu
intercâmbio.
Um grande missionário,
que hoje, para nós, se chama Seta Branca, responsável pela Estrela
Candente, reuniu os remanescentes mais puros e os dividiu em sete
tribos, que foram distribuídas nos antigos pontos focais dos
Equitumans. A eles coube recomeçar a tarefa interrompida. Cada tribo
compunha-se de mil espíritos.
Foi aí que foram
criadas as hierarquias dos Orixás, os grandes chefes que tinham a
virtude de se comunicar com os Mestres.
O processo
civilizatório dos descendentes dos Equitumans se foi realizando nos
milênios subsequentes, principalmente pelos Tumuchys (*). Duas
dessas tribos deixaram caracteres mais marcantes: os que mais tarde
se chamaram Incas e os posteriormente conhecidos como Hititas. Outra
tribo que também teve muita importância nos acontecimentos foi a
dos Índios, cujo núcleo foi iniciado aqui, nas margens deste lago.
Cedo eles adentraram para Leste, em direção ao Atlântico, e para o
Norte, na rota do Amazonas. (...)
Ao desencarnarem de
suas agora curtas vidas, eles se recusavam seguir os rumos normais de
Capela e preferiam perseguir suas próprias quimeras nos planos
etéricos. Juntaram-se, assim, em falanges e, graças ao conhecimento
adquirido, procuraram sempre reproduzir a situação inicial.
Esqueceram-se eles de que, desta vez, não tinham a bênção de Deus
e nem o auxílio precioso dos Mestres, suas máquinas e seus corpos
imperecíveis.
Eram imperecíveis,
mas no sentido inverso do que foram na Terra física. Nos seus corpos
iniciais, os princípios vitais lhes permitiam viver, como aconteceu
com quase todos, até a destruição externa, propositada. Suas
mentes, porém, através de suas almas, se evoluíam e progrediam sem
parar.
Na economia sideral
dos planos da época, a indestrutibilidade dos corpos atuava como
fator de segurança que permitia a esses seres enfrentar as tarefas
ciclópicas sem titubear, além do respeito que impunham a seus
descendentes, as vantagens da memória física milenar e outras.
Já no plano etérico,
sem as vantagens do plano físico, sem a contínua assistência dos
Mestres e sem os planos da Engenharia Sideral, suas mentes foram se
degenerando na atrofia inexorável desse plano.
Isso é um círculo
vicioso, em que o ser cada vez mais perde as perspectivas e se ilude
com as próprias sensações. Grande parte de sua atividade se
concentra na alimentação de seus corpos etéricos, cuja maior fonte
de energia é o ectoplasma da Terra, dos seres vivos. Em vez de terem
suas cabeças erguidas para o Céu, para as fontes puras de energia
divina, são obrigados a tê-las voltadas para baixo, para os seres
encarnados, de onde parte sua alimentação energética.
E o coração do Homem
está onde estão seus interesses. Tudo o que acontece com os seres
humanos lhes interessa. Tendo uma falsa noção de poder,
reminiscência dos poderes que possuíam, eles sempre pretenderam
influir nos acontecimentos humanos e, em parte, o conseguem. Sua
confusão mental, entretanto, os faz crer ser possível a retomada da
antiga posição de 300 séculos antes.
E assim podemos juntar
duas épocas distantes e entender os enredos tenebrosos dos dias
atuais. Equitumans encarnados, Equitumans no invisível etérico e
Equitumans nos planos mais evoluídos - esses são os elementos das
lutas atuais no Brasil.
Hoje, esses espíritos
nem sabem mais que foram os poderosos Equitumans que foram à Lua e a
Marte. Os que estão encarnados têm menos noção ainda.
Acrescente-se que esses encarnados, presos aos círculos cármicos,
vêm se endividando e pagando dívidas num círculo quase vicioso.
Muitos dos atuais
políticos passaram pelas lutas dos dois ou três mil anos, talvez
mesmo anteriores.
E agora, no fim de
mais um Ciclo, quando o planeta urge passar a categorias melhores,
fazem-se necessários o reajuste e o reequilíbrio. Por isso, os
inocentes de hoje não o foram ontem. É preciso ter compaixão e
ajudá-los, mas isso deve ser feito com a serenidade que o Cristo nos
proporciona, com a justiça Evangélica de as árvores serem
reconhecidas por seus frutos.”
Os espíritos que se
mantinham puros naquela fase civilizatória do planeta e, portanto,
tinham condições de retornar a Capela, eram recolhidos e recebiam
instruções dos Grandes Mestres, reencarnando, em seguida, para
cumprir novos planos na Terra.
Assim foram formados os
Tumuchys, os Jaguares e os Mussuman. Esses eram antigos Equitumans
que voltavam com liderança e em condições superiores aos demais
habitantes, bem como em corpos preparados para maior tempo de vida
terrestre e para ações determinadas, vedadas aos demais. Em lugar
da evolução marcada pelo espírito, com o poder da criação e
características próximas de Deus, pois está mais próximo da
eternidade, a mudança fundamental da Terra foi sendo realizada com
base na alma, o que significa conflitos, relacionamento pelas
diferenças, ações desencadeadas por fatores positivos ou
negativos, marcada do já criado, do transitório, da elaboração
transformista.
Houve momentos em que,
por conseqüência de movimentos telúricos, com cataclismos e
movimentação das placas terrestres, predominava o plano puramente
físico; outras fases, em que predominavam as lutas entre as
civilizações mais avançadas e outras menos evoluídas, predominava
o plano psíquico. Com isso, o espírito só conseguia predominar em
pontos restritos e herméticos, atravessando os séculos em segredos
profundamente guardados na tradição oral e escrita das doutrinas
secretas, no segredo das iniciações, do ocultismo e do esoterismo,
evoluindo e se revestindo de características próprias, adequadas à
região ou à missão envolvida nos diversos grupos.
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