SENTIMENTO
E RAZÃO
Vale
do Amanhecer – DF. 25 de setembro de 1977.
Meu
filho Jaguar, Salve Deus!
Vamos,
hoje, individualizar nossa posição na Terra, esclarecendo-nos de
tudo que nos faz sofrer.
Esta
minha mensagem precisa ser ouvida na individualidade, sem o turbilhão
da tarefa de cada dia, porque a paisagem que nos cerca, muitas vezes,
nos envolve desperdiçando energia. Pois o espírito na Terra está
sempre indeciso entre as solicitações de duas potências: -
SENTIMENTO e RAZÃO.
Para
terminar este conflito é preciso que a LUZ SE FAÇA EM NOS. Sabemos
que a alma se revela por seu pensamento e, também, pelos seus atos.
Porém, nem por isso devemos nos escravizar. Jesus nos coloca como
discípulo ao alcance dos mestres.
Veja,
filho, já estava começando a clarear na Terra e eu me enchia de
cuidados pelo meu corpo, que ainda estava na cama. Já ia me despedir
de Amanto, quando Pai Joaquim das Almas me chamou, dizendo que eu
ainda teria mui to a ver.
Realmente,
tive a maior surpresa; seguindo Pai Joaquim das Almas, chegamos a uma
pequena mansão na qual fiquei observando um belo casal, já vestido
de uniforme. Viram-me de longe e exclamaram, de uma só vez em
harmonia comigo: - Salve Deus Tia Neiva, Vamos à mansão? – Sim
respondi.
Completamente
desconhecida para mim, uma linda moça vestida num longo vestido
rosa, marcando 1930, toca um harmónio. Com a minha chegada, virou-se
para mim como se me conhecesse. Fui pronunciar o nome do médium e
Pai Joaquim das Almas não deixou. Então eu me obstinei em dizer
apenas: - Mora aqui? – Oh! Tia Neiva, eu e Angélica estamos
completando o nosso tempo e, arrematou: - Eu, a senhora já sabe
minha vida como é: - Cada dia se torna mais difícil.
Ah!
Pensei, entretanto, porque a gente se conforta tão facilmente nestes
tristes carreiros terrestres.
Sim
minha filha, Angélica e Jerónimo são como se chamam estes filhos
médiuns, se amam muito, porém estão sentenciados por um crime
cometido no império de Dom João. Imaginei Jerónimo com cinquenta
anos, uma família desastrosa. Meu Deus; se soubesse não se queixava
tanto. – E completou Pai Joaquim das Almas - Justamente a família
que ele desajustou nas imediações de Angical.
Perguntei
pelo casal que encontramos de uniforme e me respondeu que todos nós
temos um amor, um grande amor na nossa vida que, diz ser a nossa alma
gémea e, na realidade, estão separados, reajustando o que
desajustaram por amor e, pela bênção de Deus, se encontram e se
fortalecem.
Triste
é quando uma está presa no UBRAL e, a outra na Terra. Não tem o
direito de se encontrarem. A angústia e a saudade nos devoram a
alma.
Senti
uma tristeza como se aquela despedida fosse eterna. Lembrei-me de
Jerónimo pedindo-me a bênção, do amor de Mãe Tildes, em ficar
connosco, se afastando até mesmo de Pai João. Levantei o meu
espírito lembrando-me da nossa grande missão.
Fui
encontrar com Amanto e, um novo mundo se me descortinou. Salve Deus!
Na Terra, o sol magnífico, outra visão. Sentei-me à mesa para
almoçar, quando entrou Jerónimo que, mora aqui em Planaltina. - Oh!
Tia! A senhora fez o meu trabalho? Sabe, tudo mudou, amanheci com
tanta coragem, deixei a mulher falando e nem me importei. Deus lhe
pague. - Não fiz nada, retorqui, recebi apenas uma lição. Sorrimos
como se ele estivesse consciente.
Jerónimo
equilibrou o seu SOL INTERIOR. Quando estamos em paz com a gente
mesmo, nada nos atinge.
Vamos,
filhos, equilibrar os três reinos de nossa natureza e pagarmos com
amor o que destruímos por não sabermos amar.
Jesus
que tem os meus olhos pela verdade de vosso amor, a Mãe em Cristo.
TIA
NEIVA
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